A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.
A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.
Programa Cidades Digitais usará criptografia e redes fechadas para operar com e-mails seguros
30 de Outubro de 2013, 14:22 - sem comentários aindaA preocupação do governo em garantir a inviolabilidade das correspondências eletrônicas será levada ao Programa Cidades Digitais. No último dia 14, o governo divulgou a lista de 262 municípios selecionados para fazer parte do programa. A previsão é que 6,2 milhões de habitantes sejam beneficiados.
O Cidades Digitais prevê a instalação de infraestrutura de conexão de rede entre órgãos públicos municipais e a instalação de aplicativos de governo para gerir os setores financeiro, tributário, da saúde e da educação. Além disso, vai oferecer pontos públicos e gratuitos de acesso à internet em espaços públicos de grande circulação, como praças, parques e rodoviárias.
Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, haverá um esquema especial de segurança no programa. “Ele terá criptografia, e, como os e-mails internos do governo vão trafegar em uma rede só nossa, isso será uma segurança adicional”, disse, após anunciar municípios selecionados pelo Cidades Digitais.
O programa vai ajudar as administrações municipais a melhorarem as gestão. “Vai conectar todas as unidades, órgãos, escolas, postos de saúde a uma rede de fibra ótica. A conecção ajuda não só a administração da cidade, mas [possibilitará] que o cidadão tenha informação, governo eletrônico e atendimento à Lei de Acesso à Informação”, disse o ministro.
Com informações da Agência Brasil.
Projeto pune divulgação não autorizada de vídeos e dados de mulheres na Internet
30 de Outubro de 2013, 13:50 - sem comentários aindaA Câmara analisa proposta que inclui entre os crimes contra a mulher previstos na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) a divulgação não autorizada pela internet de imagens, dados, vídeos ou áudios. Com a proposta, a pessoa responsável pela divulgação fica sujeita a todas as sanções da lei, como afastamento do lar e restrição de contato com a vítima.
A medida está prevista no Projeto de Lei 5555/13, do deputado João Arruda (PMDB-PR). De acordo com a proposta, sempre que esse tipo de dado, imagem ou áudio for divulgado sem o consentimento da mulher, o juiz ordenará a remoção do conteúdo da internet. A medida deverá ser tomada pelo provedor de serviço de e-mail, gerenciador de rede social, empresa de hospedagem de blog ou qualquer outro responsável em até 24 horas.
“A violação da intimidade da mulher na forma da divulgação na internet de vídeos, áudios, imagens, dados e informações pessoais sem o seu expresso consentimento é uma conduta praticada por cônjuges ou ex-cônjuges que se valem da condição de coabitação ou de hospitalidade para obter tais registros, divulgando-os em redes sociais como forma de constrangimento à mulher. Esse tipo de violência se torna progressivamente mais danoso quanto mais disseminado e universalizado está o acesso à internet no Brasil”, alertou João Arruda.
Tramitação
A proposta, que tramita de forma conclusiva, será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Intel apoia universidades no desenvolvimento de aplicações móveis
30 de Outubro de 2013, 13:48 - sem comentários aindaA Intel anunciou durante o Intel Software Day, evento voltado para profissionais, acadêmicos e estudantes da área de desenvolvimento de software, um programa para a implantação de laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de software em parceria com universidades brasileiras.
O programa faz parte do plano de incentivo à inovação no Brasil, anunciado no início de 2013, em parceria com o MCTI, que prevê o investimento de R$ 300 milhões em pesquisa e desenvolvimento no Brasil, em cinco anos.
As duas primeiras instituições de ensino superior brasileiras a receberem os novos laboratórios são o Centro Universitário Senac, e o SENAI-BA. Os laboratórios serão equipados com ferramentas para a criação e teste de aplicações para plataformas móveis.
Alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em Ciência e Engenharia da Computação e de Tecnologia da Informação das universidades envolvidas terão acesso aos laboratórios, bem como treinamentos específicos nas ferramentas de software para o desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis baseados na plataforma Android e equipados com arquitetura Intel.
Com informações de IPNews
Governo vai insistir em armazenar dados da internet localmente
30 de Outubro de 2013, 13:46 - sem comentários aindaBuscando blindar os brasileiros da suposta espionagem americana, o governo está levando adiante seu plano para obrigar empresas globais da internet a armazenar dentro do país os dados fornecidos por usuários do Brasil, segundo uma emenda do governo ao projeto do Marco Civil da internet, à qual a Reuters teve acesso.
Apesar da oposição de empresas multinacionais de software, hardware e telecomunicações, a presidente Dilma Rousseff está pressionando o Congresso a aprovar a nova lei já nesta semana. A tramitação ganhou urgência depois das revelações de que os Estados Unidos espionaram as telecomunicações de milhões de brasileiros, inclusive a própria Dilma.
Se aprovado com essa emenda, o Marco Civil pode afetar a forma como Google, Facebook, Twitter e outros gigantes da internet operam no país, que é um dos maiores mercados globais das telecomunicações.
O projeto diz que “o Poder Executivo, por meio do Decreto, poderá obrigar os provedores de conexão e de aplicações de internet … a instalarem ou utilizarem estruturas para armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados em território nacional”.
O governo avaliaria as exigências para cada empresa, diz a emenda, “considerando o porte dos provedores, seu faturamento no Brasil e a amplitude da oferta do serviço ao público brasileiro.”.
A espionagem americana, revelada a partir de documentos vazados pelo ex-técnico de inteligência Edward Snowden, dá a Dilma, provável candidata à reeleição em 2014, uma causa popular dentro e fora do Brasil.
A Alemanha, também supostamente espionada pelos EUA, anunciou apoio a uma proposta brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU) para reforçar as regras internacionais para a rede de computadores e para impor limites à vigilância estrangeira.
Em abril, haverá no Rio uma conferência para discutir maneiras de proteger a privacidade dos usuários da internet. A reunião será promovida pela Icaan, órgão que gerencia os nomes de domínios da rede e é considerada por muitos como sendo neutro, já que reúne governos, sociedade civil e empresas.
Dados brasileiros
Antes, no entanto, vem o foco sobre os dados gerados no Brasil.
Partidários da nova versão da lei dizem que a exigência da instalação de centros de dados dentro do país seria uma forma de submeter as empresas à legislação local. Essas pessoas rejeitam temores das empresas de que isso tornaria a operação muito custosa e ineficiente e que criaria barreiras desnecessárias a uma rede que deveria ser sem fronteiras.
“Não estamos regulamentando a maneira como a informação flui, apenas exigindo que os dados sobre os brasileiros sejam armazenados no Brasil, de modo a ficarem sujeitos à jurisdição das cortes brasileiras”, disse o porta-voz de Dilma, Thomas Traumann. “Isso não tem nada a ver com as comunicações globais.”
Traumann acrescentou que, diante da indignação de muitos parlamentares com a revelação da espionagem americana, o governo está confiante de que reunirá os votos necessários para aprovar a medida. A Câmara dos Deputados deve votar o projeto do Marco Civil da internet a partir de quarta-feira.
Mas as empresas da internet estão fazendo um forte lobby para impedir o que veem mais como uma reação política à espionagem dos EUA do que como uma medida eficaz para assegurar a proteção dos dados.
Na semana passada, um grupo de dezenas de grandes empresas da internet, incluindo Facebook, Google, Microsoft e eBay, enviou uma carta a parlamentares dizendo que “as exigências para a armazenagem de dados no país afetaria negativamente toda a atividade econômica que depende de fluxos de dados”.
Fontes da indústria dizem que a exigência da guarda interna de dados não resolverá as preocupações sobre a privacidade, já que a mesma informação será copiada em servidores no exterior.
Por outro lado, alertam essas fontes, a medida afastaria as empresas, privando os brasileiros de serviços e causando problemas para setores como o aéreo e o financeiro, que dependem fortemente da armazenagem de dados.
De acordo com alguns cálculos, os impostos e custos energéticos elevados tornariam os centros de dados no Brasil até 100% mais caros do que nos EUA, custando estimados 200 milhões de dólares.
Mas o governo argumenta que o tamanho do mercado justifica que parte da infraestrutura fique no país, especialmente num momento em que empresas como o Google, que recentemente construiu um centro de dados no Chile, estão se instalando nos arredores.
“O mercado brasileiro é enorme”, disse uma fonte oficial de alto escalão. “Há um consenso dentro do governo de que, se o mercado está aqui, faz sentido que os data centers fiquem aqui também.”
Algumas fontes do setor acreditam que as grandes companhias afinal irão se adequar, por não terem escolha.
Outros, porém, alertam que as grandes companhias poderiam abrir mão do Brasil, ou optar por operar remotamente. Isso é especialmente válido para companhias que já não têm presença física no Brasil, porque a lei, segundo a emenda vista pela Reuters, valeria apenas para companhias estrangeiras com filial no país.
Fonte: O Globo
Votação do Marco Civil da Internet fica para semana que vem
29 de Outubro de 2013, 16:27 - sem comentários aindaA votação do Marco Civil da Internet na Câmara será adiada para a próxima terça-feira (5/11), e acontecera em comissão geral. A decisão saiu nesta terça-feira (29), após reunião de líderes partidários, que entenderam ser necessário mais tempo para encontrar um consenso sobre o projeto, especialmente em torno do artigo que trata da neutralidade da rede.
A decisão foi anunciada durante a sessão extraordinária convocada para discutir o assunto. Antes disso, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que vai se reunir com o relator da proposta, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), ainda hoje para discutir o assunto. O parlamentar quer que o projeto seja pautado quando houver mais acordo.
Nova reunião de líderes nesta tarde discutirá detalhes do projeto, mas o texto final do relator somente será apresentado amanhã, em reunião prevista para acontecer na liderança do governo. Operadoras de telecomunicações e radiodifusores consideraram importante mais debate em torno da proposta, mas duvidam que ela seja votada ainda este ano. “Urgência constitucional pode ser retirada”, especulou um empresário.
Para as teles, é preciso deixar mais claras as possibilidades de gerenciamento da rede, no artigo que fala de neutralidade. Uma das ideias apresentadas é incluir o termo “ressalvado o que prevê a legislação existente” como exceção. Com isso, as operadoras dizem que terão atendida a possibilidade de bloqueio da tráfego após o vencimento da franquia de dados, e averiguar se há vírus embutidos em textos e imagens das comunicações trocadas na rede. “Isso já é feito hoje, para evitar que os data centers sejam infectados”, disse um representante do setor.
Já os radiodifusores não abrem mão do texto da neutralidade da rede como foi apresentado pelo relator no ano passado. Porém, discordam da obrigatoriedade de autorização judicial para que provedores retirem da web conteúdos protegidos pelo direito autoral. “Isso é judicialização demais e só apareceu depois das denúncias de espionagem”, reclamou um empresário de TV. Os radiodifusores querem manter a propota do relator, conhecida como “note and take down”, que abre exceção para o provedor retirar conteúdo do ar, se ele estiver ferindo direito autoral.
Com a decisão, muitos projetos que tramitam na Câmara dos Deputados não poderão ser votados. Isto porque o PL do Marco Civil da Internet tramita em regime de urgência constitucional e já tranca a pauta. Mas temas como códigos e emendas constitucionais poderão ser apreciados.
Segundo o regimento, a sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante ou projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. Na comissão geral, a palavra é aberta a convidados, diferentemente do que ocorre nas sessões, nas quais apenas deputados podem usar a palavra. E a intenção é convidar representantes de diferentes segmentos para apresentar seus pontos de vista na reunião da próxima semana.
Com informações de Tele.Síntese.