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Qual é a marcha da nossa banda larga?

20 de Junho de 2011, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Lenta e inacessível. Esta será com certeza a resposta de diversos usuários da cara banda larga, no Brasil. Os usuários travam uma luta diária para ver o plano contratado ser realmente oferecido pelas operadoras. Lutam para que a banda larga seja realmente veloz (e fazem inúmeras medições). Os brasileiros desejam ver a banda larga com cobertura nacional (não apenas nas grandes capitais), de qualidade (cumprimento dos contratos) e a preços populares. Isso não é pedir muito, é o certo, é democrático (direito ao acesso à comunicação e à informação).

A revista INFO (edição 304, junho/2011) fez uma matéria especial resultante de seis meses de pesquisa, sendo feito um “raio x” dos melhores e piores serviços de banda larga no Brasil. Entre diversos aspectos, foram analisadas a cobertura, se as operadoras cumprem com o que foi estabelecido nos contratos, qualidade, preço, cobertura territorial, perfil dos clientes, tipos de conexões e modens.

O mais importante da matéria: é possível ter no país uma banda larga de alta velocidade e com preços populares. Para tanto, é extremamente necessário haver disposição política do Governo Federal através do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), bem como do setor privado em procurar oferecer cobertura abrangente, cumprir os contratos e a preços justos.

Nesse sentido, cabe lembrar que a Telebrás assinou contrato com uma empresa que vai oferecer acesso rápido à internet por R$ 35, seguindo os moldes definidos pelo PNBL. O acordo foi fechado com um provedor que opera no município de Santo Antônio do Descoberto (GO).

Segundo destacou a Agência Brasil, a assinatura ocorreu dias depois de outras operadoras terem feito uma proposta para oferecer banda larga de 1 Mbps de velocidade a R$ 35 no PNBL, sem a obrigação de contratar uma linha de telefone que custa mais de R$ 40, mas apenas aos municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional.

A INFO analisou a conexão de 5.892 leitores, que durante seis meses mediram a velocidade do acesso, notadamente nos domicílios, de norte a sul do Brasil – 828 cidades. Dos 27 estados analisados, 17 ficaram abaixo da média nacional de 4.470 Mbps. A velocidade média de upload não ultrapassou 637,7 kbps.

A publicação conclui que o download é bom, mas o upload deixa a desejar. Uma família, por exemplo, que queira transmitir ao vivo um aniversário, terá que ter, no mínimo, uma conexão de 1 Mbps, sendo o dobro da média registrada na pesquisa.

A pesquisa foi resultado de ações combinadas entre leitores da INFO e os órgãos oficiais de medição, como Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e o Ceptro.br.

Foi destacado o exemplo de uma operadora (melhor no ranking) que oferece serviço de 5 Mbps de download nominal e preço de R$ 49,90 e 10 Mbps por R$ 69,90. Ou seja, é possível oferecer serviços de qualidade a preço populares. No entanto, há operadoras que oferecem 1 Mbps acima de R$ 80,00, e daí para cima. E mais: com permanente desequilíbrios na conexão, e ficando dias fora do ar.

Dica importante: o cliente deve vigiar permanentemente se seu contrato está sendo cumprido, fazendo medições através de portais especializados (velocímetros) e cobrar das operadoras o cumprimento do plano contratado. O usuário deve ficar atento, também, para renegociar seu plano, uma vez que a operadora esteja desativando o mesmo. Foi dado o exemplo de que planos de 2 Mbps estão desaparecendo. Na renegociação, o cliente poderá derrubar bastante o preço pago.

Segundo a pesquisa, no país 48% das conexões variam entre 512 kbps e 2 Mbps e apenas 5,5% dos usuários residenciais contratam velocidades superiores a 8 Mbps. A conexão discada é usada por 7% da população. Segundo o IBOPE, 73,9 milhões de brasileiros acessam a internet, seja em casa ou no trabalho. Embora a internet alcance menos de 40% da população, ela tem crescido 10% ao ano.

O acesso domiciliar cresceu 24% entre 2009 e 2010 – 52,8 milhões de pessoas tem acesso a internet. Os acessos por aparelhos celulares e 3G representam 24,4 milhões de pessoas, enquanto 14,5 milhões são por ponto fixo.

Planos de Banda Larga mais populares

  • 1 Mbps / 21,4%
  • 10 Mbps / 19,5%
  • 2 Mbps / 17,3%
  • 5 Mbps / 9,6%
  • 4 Mbps / 9,4%
  • 15 Mbps / 6,2%
  • 512 kbps / 5,4%
  • 3 Mbps / 3,1%
  • Outros / 8,1%

Finalizando, a INFO demonstrou que para a Banda Larga melhorar é preciso que o Governo Federal fomente a concorrência e reduza o impacto da carga tributária. Essa, entre outras tarefas, estão por conta do PNBL.

Fonte: Revista Espírito Livre, com informações da INFO (304, jun/11).


Fonte: http://www.revista.espiritolivre.org/?p=1429

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