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Intel admite que não conseguirá acompanhar a Lei de Moore

18 de Julho de 2015, 21:51 , por Revista Espírito Livre - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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A Intel anunciou que o lançamento da sua próxima geração de processadores, intitulada Cannonlake, será adiado. O atraso marca a segunda vez consecutiva que a empresa não lançou um chip em um ciclo de menos de dois anos, infringindo assim as “regras” da Lei de Moore.

Para quem não está familiarizado com o termo, a Lei de Moore surgiu nos anos 1960, quando o cofundador da Intel, Gordon Moore, disse que a quantidade de transistores em um circuito integrado dobraria a cada 18 meses, mantendo o mesmo custo de fabricação. Ao longo dos anos, as empresas de semicondutores têm levado essa ideia a sério e se baseiam nela para definir suas metas de produção.

Algumas previsões indicavam que os problemas da Lei de Moore começariam após 2015, quando a Intel deveria lançar os seus processadores com litografia de 10 nanômetros, mas parece que as dificuldades se anteciparam. No ano passado, o lançamento dos chips Broadwell, de 14 nanômetros, foi igualmente adiado e até mesmo as linhas Haswell e Ivy Bridge sofreram atrasos.

A Intel diz que o revés para os novos chips de 10 nanômetros foi causado pelo aumento da complexidade na construção de transistores tão pequenos. Em relação à Lei de Moore, fato é que os avanços de fabricação não evoluíram no mesmo ritmo de antes, razão pela qual a empresa teve que mudar sua estratégia de lançamentos de novas tecnologias de processadores. Agora, a previsão é que a transição aconteça apenas em 2017.

Os chips de 10 nanômetros estão se aproximando dos limites do que pode ser feito com silício, e qualquer novo desenvolvimento deve contar com outro tipo de material, como a liga de silício-germânio que a IBM usou para criar um processador com arquitetura de sete nanômetros – uma esperança para que a Lei de Moore continue valendo por mais algum tempo.

Brian Krzanich, CEO da Intel, está confiante de que a Lei de Moore ainda está viva e bem, porém a desaceleração no roteiro da companhia sugere que o ritmo extraordinário de melhora na indústria de processadores está começando a desacelerar. Em todo caso, se alguém vai manter a Lei de Moore viva nos próximos anos, não será a Intel.

Planos para o futuro

Para tapar esse furo no cronograma estipulado pelo fundador da empresa, a Intel deve lançar novos processadores de codinome Kaby Lake, baseados na arquitetura Skylake, mas que ainda continuarão com tecnologia de 14 nanômetros.

Krzanich disse que a empresa “espera que esse adiamento no roteiro entregue novas funcionalidades e um melhor desempenho, além de pavimentar o caminho para uma transição suave para 10 nanômetros”. A empresa também admitiu que a demanda por PCs está menor do que o esperado, e deve diminuir ainda mais até o final do ano. A esperança de Krzanich e sua equipe está depositada no Windows 10 e seus novos recursos, que podem atrair mais consumidores.

Com informações do The Verge e Engadget e Canaltech.


Fonte: http://www.revista.espiritolivre.org/intel-admite-que-nao-conseguira-acompanhar-a-lei-de-moore/

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