Ontem anunciaram a compra do Instagram pelo Facebook, uma semana depois do aplicativo ser disponibilizado para Android, visto que até então somente usuários da plataforma IOS poderiam ter usufruto dele. Acompanhando de perto os comentários na rede, percebo – além do bom humor dos brasileiros com piadas oportunas -, algumas colocações que colocam em risco a liberdade dos usuários na Internet.
Ouso questionar – ainda que sem provas concretas -, se podemos chamar de “coincidência” a liberação do Instagram para Android exatamente há sete dias atrás, até porque vejo a palavra “popularização” sendo vinculada a compra pelo Facebook. Popularizar e monopolizar possuem diferentes significados e não caminham lado a lado. Alias, pelo contrário, isso soa como um populismo virtual, onde “A Internet é de todos” fica sendo disseminada por uma empresa só.
A liberdade do usuário é a grande questão a ser debatida aqui. Pode ser sim que o Facebook faça qualquer modificação que melhore o Instagram, é claro que devemos comemorar o fato de um brasileiro estar envolvido no projeto e ser o mais novo bilionário na rede, e sem dúvidas é ótimo que projetos tenham seu retorno financeiro. O que não deve ser enaltecido de forma alguma é o monopólio, é uma empresa grande engolir uma pequena, é a rede ficando a mercê de grandes corporações. Onde ficam nossos dados? Nossa liberdade de escolha? Onde foi parar a ideia de descentralização concebida junto com a Internet? Navegar é nosso grande barato e só me resta ficar preocupada com a centralização dos serviços em uma plataforma só.
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