O governo brasileiro vem lutando contra uma série de ataques cibernético em seus sites, durante o feriadão de “corpus christ”. Especialista disse que dados críticos (ou sigilosos) não ficam disponíveis na internet ou na rede dos órgãos públicos, dificultando acesso.
Em entrevista à Agência Brasil, o especialista em segurança da informação Jorilson Rodrigues, que é coordenador do Comitê Gestor de Segurança da Informação do Ministério da Justiça e perito criminal federal, disse que dados críticos do poder público não costumam estar acessíveis na rede ou na internet. “Em geral, esses dados de governo (que são relevantes) são protegidos e não estão nem na rede”. Acrescentou, ainda: “E isso acontece por questões normativas de governo. É o que chamamos de informação off-line.”
Ele admitiu, também, que há dados relevantes do governo que precisam ser disponibilizados em rede para que outros servidores públicos acessem, mediante algum tipo de mecanismo de segurança, como senha. E considera que a tecnologia utilizada atualmente é suficiente para evitar ataques e impedir que hackers acessem conteúdos sigilosos.
Rodrigues destacou à Agência Brasil que não acredita que os ciberataques tenham uma motivação ideológica ou política. O principal objetivo, segundo ele, é ganhar notoriedade. “Existe um ranking entre os grupos [de hackers] e eles competem entre si. Então, quanto mais sites de governo [eles conseguirem atacar] e mais importantes, mais entendem que estão sendo respeitados no meio deles”.
Dos ataques virtuais iniciados na madrugada do dia 22/6 (4ª feira), dois grupos, o LulzSec e o Fail Shell são os supostos responsáveis pelos ciberataques. Eles atacaram dois web sites da presidência, os sites da Receita Federal, da Petrobras, do Ministério do Esporte e do IBGE. A Polícia Federal está investigando o assunto.
Fonte: Revista Espírito Livre, com informações da Agência Brasil e Olhar Digital.
0sem comentários ainda