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Com o fim do Windows XP, China deve mudar para Ubuntu

18 de Fevereiro de 2014, 12:59 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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ubuntukylin

Depois de 13 anos de suporte oficial, o Windows XP vai finalmente “aposentar-se”. Apesar das inúmeros promoções de atualizações para as novos sistemas da Microsoft, as empresas e serviços públicos procuram manter o mesmo hardware, escolhendo o Ubuntu como a solução mais adequada. Na Espanha e na Alemanha há já vários exemplos destas decisões.

Tendo em vista esta oportunidade, a Canonical investiu num “sabor” alternativo, chamado Ubuntu Kylin, que está adaptado à cultura Chinesa. Este já teve mais de 1.000.000 de downloads em menos de meio ano e é desenvolvido em parceria com Ministério da Indústria Chinês, o que torna cada vez mais evidente que isto é uma aposta ganha para a Canonical.

Tudo começou em 2013 quando a Canonical conseguiu chegar a um acordo com o Ministério da Indústria Chinês (Ministry of Industry and Information Technology of the People’s Republic of China) para desenvolver uma versão Chinesa do Ubuntu. Nessa altura, tal decisão da Canonical foi criticada por vários motivos, dos quais se destaca o facto de estarem a adaptar um sistema livre a uma filosofia distorcida que o Governo Chinês exige. Falo claro da Censura.

Apesar de tudo isso, o projeto continuou e em apenas 6 meses alcançou um número redondo de 1 milhão de downloads. Num mundo 7 mil vezes maior, é óbvio que este número é irrisório. No entanto, é um valor impressionante para um projeto tão recente como é o Ubuntu Kylin. Aliás, por conhecerem tal potencial, atualmente no site do Ubuntu só há um sabor que é publicitado para além da versão principal, é o Ubuntu Kylin.

Não é de surpreender porque, em princípio, será o [ou um dos] sistema oficial chinês visto que está a ser desenvolvido por uma entidade oficial do governo Chinês. Para além disso, toda esta questão da falta de privacidade faz com que sistemas fechados (e norte americanos) como o Windows se tornem menos atrativos para a China, dando prioridade clara a sistemas abertos como o Ubuntu.

Tudo isto são factos misturados com suposições, no entanto, tudo isto torna-se ainda mais evidente quando se começa a ter noção do momento que a China está a passar. Segundo estatísticas do StatCounter, metade da população chinesa que acede à internet ainda usa o Windows XP. Para além disso, o pedido das entidades Chinesas à Microsoft para estender o prazo de suporte do Windows XP foi recusado, o que tornou o clima entre a Microsoft e a China ainda mais complicado.

Para finalizar, e aqui temos que admitir que é um ponto negativo para a liberdade, o facto do Governo Chinês ser conhecido pela sua Censura e o facto de estar a desenvolver a versão do Ubuntu Kylin em parceria com a Canonical, torna o produto mais adaptado às necessidades que achem mais importantes. Isto é claramente uma vantagem que será considerada em momentos de decisão.

Assim, nos próximos tempos poderemos ver uma viragem muito grande em termos de números de utilização do Ubuntu. Não só o Ubuntu poderá ter números impressionantes de utilizadores, como a versão principal poderá ser uma pequena parte dos utilizadores, visto que a China é um país com uma população muito grande.

Com informações de ZDNet  e Ubuntued.


Fonte: http://www.revista.espiritolivre.org/com-o-fim-do-windows-xp-china-deve-mudar-para-ubuntu

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