Ir para o conteúdo
ou

Software livre Brasil

Tela cheia Sugerir um artigo
 Feed RSS

Comunidade da Revista Espírito Livre

20 de Junho de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.

A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.


China proibindo transações com Bitcoins nas companhias

7 de Dezembro de 2013, 22:34, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

bitcoin

O Banco Central Chinês está bloqueando instituições financeiras no país de efetuarem transações utilizando a moeda corrente virtual Bitcoin, após um salto em 89 vezes o seu valor ter causado um enorme aumento no número de investidores dentro do país. Com isso, o Bitcoin caiu 20 por cento de seu valor para abaixo do teto de US$ 1.000 a unidade no BitStamp Internet após o Banco da China que essa não era uma moeda com “significado real” e sendo assim, não teria o mesmo status legal no mercado. O setor financeiro Chinês ainda afirmou que o público está livre para participar de transações via Internet, mas o risco é por conta própria delas mesmas.

De acordo com a operadora BTC China, essa proibição reflete as preocupações sobre o risco que a moeda digital possa impor ao controle de capital Chinês, além da estabilidade financeira pós o grande crescimento deste setor ocorrido neste ano, tornando esse país asiático o maior mercado de Bitcoins no mundo. O valor do Bitcoin subiu nove vezes em apenas nesses dois últimos meses, permitindo que Alan Greenspan, um ex-funcionário da Reserva Federal Norte-Americana chamasse isso de uma “bolha”. De acordo com Hao Hong, chefe de pesquisas Chinês junto a Bocom International Holdings Co. em Hong Kong, “A preocupação é que isso interfere om as políticas de operações monetárias normais”. e completou que “Isso represent um vazamento não-oficial para o sistema monetário corrente e mercado globalizado. É difícil de regular e pode ser utilizado pra lavagem de dinheiro”.

O valor de um Bitcoin caiu para US$ 875 as 6:02 da tarde do dia 5 de Dezembro de 2013, no horário de Shangai, de acordo com a BitStamp que trabalha com o câmbio para essa moeda virtual, troando-a por dólares, euros e outras moedas no mundo. Eles fecharam no dia anterior (4 de Dezembro de 2013) quando o valor recorde do Bitcoin chegou a incríveis US$ 1.132,01 a unidade. No câmbio Mt.Gox, a moeda era comercializada a US$ 901, depois de uma queda do teto de US$ 1,240 registrado também no dia 5. Os preços caíram para 4.512,10 yuan (moeda corrente Chinesa) no câmbio da BTC China, após terem chegado ao teto de 7.050,00 yuan.

Regras do Bitcoin

De acordo com o Banco Nacional Chinês as instituições financeiras e companhias de pagamentos não podem oferecer o preço em Bitcoin, comprar ou vender a moeda virtual, ou oferecer produtos ligados a pagamento via Bitcoin. Essa informação foi publicada em seu site oficial e está valendo para todo território Chinês.

De acordo com duas pessoas com conhecimento direto no assunto, o Banco Chinês, a Comissão Reguladora Bancária na China, e outras entidades reguladoras tem mantido discussões sobre as regras e plataformas de câmbio que facilitam a compra e venda de dinheiro virtual. Eles não estão autorizados a falar de forma oficial porque essa informação não é pública.

“Nós estamos felizes de ver que o governo começou a regular o câmbio de Bitcoin”, disse em uma entrevista por telefone antes do anúncio do Banco Central Chinês, Bobby Lee, chefe executivo junto a BTC China, o maior câmbio de Bitcoin no país asiático. Lee ainda completou que o BTC busca ser regulamentado como moeda virtual oficial, permitindo que a mesma possa ser utilizada para a aquisição de mercadorias e serviços, ao invés de ser utilizada para especulação. É importante destacar que as novas regas para Bitoin podem ainda não esclarecer o status legal dessa moeda virtual, já que os reguladores continuam divididos sobre o problema. Mas as pessoas estão livres para efetuar trocas utilizando Bitcoin mesmo sem o reconhecimento do governo Chinês sobre essa moeda.

Greenspan informou através de uma entrevista televisiva para o Bloomberg que os preços para o Bitcoin são altamente insustentáveis e que a moeda ainda não possui status legal. “É uma bolha”, afirmou Greenpan. “É preciso ter valor intrínseco. Você precisa esticar sua imaginação para inferir o quão intrínseco é o valor do Bitcoin. Eu não tenho conseguido fazer isso. Talvez alguém consiga”, completou.

Enquanto Isso nos EUA

Um oficial do Departamento de Justiça Norte-Americano disse, no dia 18 de Novembro deste ano de 2013, em pleno senado, que o Bitcoin pode ser “uma forma legalizada de troca”, alavancando prospectos para uma larga aceitação desa moeda virtual. Já Ben S. Bernanke, chefe do Banco Central Norte-Americano, informou ao comitê do Senado que a entidade não possuía planos para regular essa moeda.

Sites Fraudulentos

De acordo com um anúncio veiculado no website interno do ramo Jiangsu da China Telecom, estão sendo aceitos Bitcoins como depósitos para o novo handset da Samsung Electronics. Os interessados em adquirir o pequeno possante devem pagar 0,1 Bitcoin para agendar um telefone móvel W2014 da Samsung sendo liberado para retirada a partir do dia 20 de Dezembro de 2013. O crescimento do Bitcoin na China se tornou pura especulação de que os reguladores podem suspender o câmbio após a polícia ter prendido três suspeitos de roubar dinheiro de investidores através de um câmbio online falso.

A GBL, uma plataforma de câmbio de Bitcoin que começou a operar em Maio deste ano de 2013 já possuía 4.493 usuários registrados até o final de Setembro, quando foi fechado de forma inesperada no dia 26 de Outubro. Um dos investidores que reportou o caso para a polícia, reclamou que perdeu o equivalente a 90.000 yuan (cerca de US$ 4.774,00), disse que o real montante roubado pelo site dos demais investidores ainda não está claro. Porém, de acordo com o relatório produzido no dia 11 de Novembro pelo Hong Kong Standard, acredita-se que os investidores perderam um montante de 25 milhões de yuan após o site ter sido fechado.

Preocupação dos Reguladores

De acordo com o Bitcoincharts, um site que rastreia as atividades através de vários câmbios, existem ao todo 12 milhões de Bitcoins em circulação no mundo. O Bitcoin foi introduzido em 2008 por um programador, ou grupo de programadores sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto.

De acordo com Peter Pak, chefe de câmbio junto ao BOCI Securities Ltd., via telefone de Hong Kong, “A escala do mercado de Bitcoin não é significante o suficiente para desestabilizar o sistema financeiro Chinês, mas seu crescimento tem sido bem acentuado”. E completou que “Os reguladores podem estar preocupados que isso possa sair do controle em um ou dois anos, se eles não fizerem algo”.

Com informações de Slashdot e Under-Linux.



NSA rastreando localização de celulares em todo o mundo

7 de Dezembro de 2013, 22:32, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

national-security-nsa

De acordo com documentos altamente secretos vazados por Edward Snowden, seguido de entrevistas com oficiais de inteligência nos EUA, a Agência de Segurança Nacional Norte-Americana – NSA – está acumulando cerca de 5 bilhões de gravações por dia no que se refere a localização de cada telefone móvel ao redor do planeta. Isso permite que a NSA possa rastrear os movimentos de indivíduos e mapear seus relacionamentos em formas beirando o inimaginável. É claro que toda essa informação são “apenas metadados” e não estariam (em tese) invadindo a privacidade, caso você questione a “amada” NSA.

Video: A NSA coletando os dados de localização ao redor do planeta ao bisbilhotar diretamente nos cabos que conectam as redes móveis de forma global. Redes essas que servem tanto aos cidadãos Norte-Americanos quanto aos estrangeiros em todos os países.

Os dados coletados alimentam uma vasta base de dados que armazena informação sobre as localizações de pelo menos centenas de milhões de dispositivos. Novos projetos criados para analisar esses dados tem abastecido a comunidade de inteligência com uma poderosa ferramenta de vigilância em massa. Veja o vídeo do The Washington Post para entender melhor como a NSA utiliza o rastreamento de telefones móveis para encontrar e monitorar seus alvos.

Vale ressaltar que a NSA, por padrão, não estaria apta a rastrear diretamente através dos dados de localização de cada dispositivo móvel, mas a agência adquire uma quantidade substancial de informação – de forma incidental – sobre o paradeiro de celulares domésticos, já que um termo legal permitem tal ação.

Um gerente de colação sênior, falando apenas na condição de anonimato mas sob a supervisão da própria NSA, disse que “nós estamos coletando vastos volumes” de dados de localização ao redor do mundo ao bisbilhotar os cabos que conectam as redes de telefonia móvel globalmente, e que abastece os dispositivos tanto nos Estados Unidos quanto no restante do planeta, já que as empresas da área costumam atuar globalmente em vários países, as vezes om nomes diferentes. De forma adicional, os dados são frequentemente coletados de dezenas de milhões de usuários Norte-Americanos de telefonia móvel que viajam para outros países com seus aparelhos todos os anos.

N que se refere a escala, o escopo e o potencial de impacto na privacidade, os esforços para coletar e analisar esses dados de localização podem não parecer ser de tanta importância se comparado aos demais casos que foram divulgados desde Junho pelos documentos vazados por Snowden. Analistas podem encontrar telefones móveis em qualquer lugar do planeta, mapear seus movimentos e expor relacionamentos entre as pessoas que os utilizam.

Oficiais do governo Norte-Americano dizem que os programas que coletam e analisam os dados de localização estão dentro da lei e são destinados exclusivamente para o desenvolvimento da inteligência sobre alvos estrangeiros.

Robert Lit, conselheiro geral para o Escritório do Diretor Nacional de Inteligência, que supervisiona a NSA, disse que “não existe um elemento da comunidade de inteligência que sob qualquer autoridade esteja intencionalmente obtendo uma grande quantidade de informação de localização de telefones móveis nos Estados Unidos”. Ainda de acordo com Lit, a NSA não teria motivo para suspeitar que os movimentos da maioria esmagadora dos telefones móveis poderiam ser relevantes para a segurança nacional. Ao invés disso, ela coleta as localizações em blocos porque suas poderosas ferramentas analíticas – conhecidas coletivamente como CO-TRAVELERS – permitem procurar por associados desconhecidos de alvos conhecidos da inteligência, ao rastrear as pessoas que esses movimentos cruzam.

Ainda sim, os dados de localização, especialmente quando agrupados ao longo do tempo, estão altamente relacionados como unicamente sensíveis pelos defensores da privacidade. Técnicas matemáticas sofisticadas permitem que a NSA possa rastrear os relacionamentos de proprietários de telefones móveis ao correlacionar suas rotinas de movimento ao longo do tempo com milhões de outros usuários de telefonia móvel que cruzam seus caminhos. Vale lembrar que todos os dispositivos de comunicação móvel como os celulares efetuam uma transmissão contínua de suas localizações mesmo quando eles não estão sendo utilizados para efetuar uma ligação ou enviar uma mensagem.

Com informações de Washington Post, Slashdot e Under-Linux.



Usuários do Google, Facebook, LinkedIn, Yahoo e ADS vítimas de botnet Pony

7 de Dezembro de 2013, 22:21, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

botnet

Atenção! De acordo com pesquisadores de segurança, crackers utilizando código malicioso conseguiram obter nomes de usuários e senhas de aproximadamente 2 milhões de contas em alguns dos sites mais populares da Web como Facebook e Google. Os pesquisadores, da firma Trustwave baseada em Chicago, afirmam que os crackers utilizaram uma botnet chamada Pony para executar esse roubo massivo de dados. A botnet Pony pode capturar senhas ao bisbilhotar dentro dos navegadores dos próprios usuários para coletar dados de credenciais de login que eles aplicam nos sites na Web.

John Miller, gerente pesquisador de segurança na Trustwave, disse que a firma tem estado alerta para esse botnet por aproximadamente um ano, e que a botnet Pony está constantemente sendo vendida e reformulada como uma ferramenta disponibilizada como parte de um grande grupo de ladrões de dados digitais. A firma estima que o software colete dezenas de milhares (algumas vezes centenas de milhares) de senhas de sites na Web, provedores de email e outras contas de acesso a cada dia de operação. Ele também alertou que o malware parece estar coletando bem mais informação que a Trustwave conseguiu descobrir até o momento nesse servidor particular que que podem existir outros servidores que tenham coletado uma quantidade similar de dados através do uso de software malicioso.

Miller também informou que enquanto 2 milhões de figuras desse roubo parece pouco em comparação a outros recentes roubos de dados na Internet, como os 150 milhões de nomes de usuários e senhas roubados da Adobe em Novembro desse ano de 2013, o ataque realizado pela botnet Pony pode abranger uma rede muito maior. A natureza desse ataque significa que existe muito pouco o que o Google e o Facebook possam fazer para tentar parar esse roubo de dados, porque os alvos são usuários normais da Web, diferente dos sistemas de segurança empresariais disponíveis nas companhias que sã (em tese) mais difíceis de burlar.

Essa enorme rede de computadores-zumbis roubam as credenciais de acesso dos usuários de sites populares como Facebook, Google, Yahoo, Twitter e LinkedIn. Mas acredita-se que ela também consiga obter informações das empresas como serviços de pagamento. Uma das maiores empresas de pagamentos no mundo, a ADP, oferece sistemas de recursos humanos, como processamento de pagamentos e administração de benefícios, para mais de 620.000 empress mundo afora.

Miller também afirma que esse tipo de trabalho que a ADP faz, a torna um alvo atrativo para crackers. “Eles são um pouco diferente do Facebook”, ele disse. “Você pode usar a conta do Facebook para efetuar spam para outras pessoas, mas a ADP possui informação bancária por trás disso”.

Em um comunicado efetuado ontem, dia 4 de Novembro de 2013, a ADP disse que estava ciente da botnet e que havia determinado que nenhuma de suas redes internas ou servidores estariam comprometidos. “Para nosso conhecimento, nenhum dos cientes da DP foi afetado pelo comprometimento de credenciais”, afirmou a companhia.

A Ação de Cada Empresa

Ainda sim, a ADP disse que a empresa estaria exigindo um reset de senha para mais de 2.400 de seus clientes que foram afetados pelo ataque como uma “abundância de precaução”. O Twitter, Facebook, LinkedIn e Yahoo confirmaram que eles estavam trabalhando junto a Trustwave para zerar as senhas de contas de usuários afetados em suas redes. O Google negou comentar sobre o ataque sesse malware.

Com informações de Washington Post e Under-Linux.



Tecnologia ou privacidade?

6 de Dezembro de 2013, 16:49, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

30-04-2013_google-glass-wallpaper-hd

“Ok, Glass, grave um vídeo.” É só dizer isso para o Google Glass começar a filmar. Ou então, bem mais discretamente, basta pressionar o botão de câmera durante um segundo.

A facilidade que a tecnologia proporciona para uns significa invasão de privacidade para outros. Foi com esse argumento que um restaurante de Seattle expulsou um cliente que se recusou a retirar o Google Glass durante o jantar.

Será que o artefato do Google vai dividir a high-tech Seattle entre quem é pró e quem é contra o uso irrestrito da tecnologia?

(Para quem está por fora, Google Glass é um computador com internet em formato de óculos. Tira foto, grava vídeos, compartilha imagens em tempo real, indica como chegar a um endereço, traduz frases, faz chamadas de vídeo e voz, toca música, etc. A ideia do Google é que os usuários usem o produto o tempo todo. O Google Glass ainda não está à venda, mas pelo menos 10 mil usuários foram escolhidos para testá-lo. Pelo visto, alguns estão em Seattle)

Atitude arrogante

O problema maior parece ser a questão da permissão para fotografar e filmar outras pessoas sem consentimento. De uma forma geral, você deveria obter a permissão de quem você está filmando ou fotografando nos Estados Unidos.

Por não saber disso, turistas tirando fotos de crianças bonitinhas desconhecidas podem ser surpreendidos por um olhar reprovador ou mesmo o pedido expresso da mãe: “Não filme meu filho” ou “Apague a foto, senão vou chamar a polícia”.

Se alguém virar uma filmadora para você, mesmo em cima de uma mesa, isso é óbvio o suficiente para você esboçar uma reação. Com o Google Glass, a pessoa pode estar gravando um vídeo sem você perceber, enquanto conversa com você, por exemplo.

Com o objetivo de proteger a privacidade dos seus clientes, o restaurante The Five Point Cafe deixou claro em sua política que o Google Glass não seria aceito no estabelecimento, mesmo antes de o produto ser lançado.

Foi no outro restaurante do mesmo dono, Lost Lake Cafe and Lounge, que o mal-entendido com o cliente aconteceu. A gerente abordou o cliente, ele disse que sabia da política do Five Point mas não do Lost Cafe, a gerente insistiu, o cliente pediu para ver a política por escrito, a gerente disse que não tinha, o cliente disse que não tiraria o Google Glass e acabou saindo do restaurante.

Claro que o cliente insatisfeito colocou a história nas redes sociais, onde teve muito apoio e também muitas, muitas críticas. O apoio parece vir de quem também é adepto de tecnologia de ponta e acha que os dispositivos “vestíveis” devem ser usados livremente como um celular ou qualquer outro.

As críticas vieram de gente que achou a atitude do cliente arrogante. Empresas particulares têm o direito de estabelecer regras, mesmo que não escritas. Se você não concorda com as regras, você simplesmente não vai lá. Será que a tolerância vai mudar quando produtos como o Google Glass virarem mais populares?

Pelo visto Seattle ama tecnologia, mas por enquanto ama privacidade muito mais.

Por Melissa de Andrade.

Fonte: Observatório da Imprensa



Privacidade na internet

6 de Dezembro de 2013, 16:42, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

internet_trackpad

Os brasileiros formam um dos maiores mercados mundiais de internet. Estimativas recentes avaliam o total de internautas brasileiros em mais de 100 milhões. Não surpreende, portanto, que uma coalizão de grupos empresariais de internet, hardware, software e telecomunicações, entre as quais Facebook, Google, Microsoft e eBay, esteja fazendo lobby contra as propostas da presidente Dilma Rousseff quanto à segurança na internet.

Os oponentes alegam que o Brasil corre o risco de se excluir da internet. A proposta de Dilma envolve usar um cabo submarino que não passa pelos EUA, criar um serviço criptografado de e-mail, exigir que Google e Facebook armazenem dados sobre brasileiros em servidores instalados no Brasil e que haja pontos de intercâmbio de tráfego de internet instalados no Brasil. As medidas propostas são consequência das revelações de Edward Snowden, que denunciou práticas irregulares da Agência Nacional de Segurança dos EUA, a qual espionou e-mails e telefonemas da presidente do Brasil.

Na realidade, Dilma não é a única vítima de espionagem americana. As revelações de Snowden mostram que ela foi apenas um dos 35 líderes internacionais, entre os quais Angela Merkel, cujos celulares foram alvo de escuta dos espiões norte-americanos. Na ONU, esta semana, uma proposta de Brasil e Alemanha quanto à privacidade na internet e em outros meios de comunicação foi adotada pelo Terceiro Comitê da Assembleia Geral, que trata de questões sociais, humanitárias e culturais. A proposta será votada em dezembro pela Assembleia Geral e insta os países a tornar internacional o direito à privacidade, o que abarcaria a “vigilância extraterritorial de comunicações”. Os EUA vêm fazendo lobby contra a proposta.

Solução não será para breve

A Comissão Europeia também está agindo para reforçar as normas de privacidade e oferecer resposta à bisbilhotice americana por meio do estabelecimento de “portos seguros” para dados, que evitariam a jurisdição dos tribunais secretos dos EUA, que forçaram companhias de internet sediadas em seu país a entregar dados sobre pessoas que não são cidadãs norte-americanas.

Thomas Traumann, porta-voz de Dilma, declarou que “não estamos regulamentando o fluxo de informações, mas apenas requerendo que dados sobre brasileiros sejam armazenados no Brasil, para que fiquem sob a jurisdição de tribunais brasileiros. Isso nada tem a ver com as comunicações mundiais”.

Em abril de 2014, o Rio de Janeiro receberá uma reunião da Icann, a organização neutra que administra o sistema de nomes de domínio da internet. Está claro que essa questão não será solucionada em breve.

Por Kenneth Maxwell.

Fonte: Observatório da Imprensa



Tags deste artigo: publicação código aberto software livre revista espírito livre revista opensource