A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.
A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.
Garoto de 12 anos hackeia sites do governo para o Anonymous em troca de games
29 de Outubro de 2013, 16:24 - sem comentários aindaUm garoto de 12 anos se declarou culpado por uma série de ataques a vários sites do governo e da polícia do Canadá em nome do grupo de hackers Anonymous. As informações são do Toronto Sun.
O menino, que mora na cidade de Quebec, disse que os ataques não eram motivados por questões de política, mas sim porque, após invadir e conseguir informações confidenciais do governo, o adolescente as trocava por jogos de videogame com o Anonymous.
Segundo as autoridades locais, o garoto causou um prejuízo de US$ 60 mil. Páginas oficiais, como da Polícia de Montreal, do Instituto de Saúde Pública de Quebec e do governo chileno foram hackeadas pelo jovem. Alguns desses sites chegaram a ficar fora do ar por até dois dias.
O canadense, cujo nome não foi revelado, será condenado em dezembro. Ele afirmou gostar de computadores desde os nove anos de idade, quando começou a provocar a queda de alguns sites e informações acessadas por usuários de administradores de empresas. “Hackear é fácil, mas não vá muito adiante senão eles podem encontrar você”, disse.
Ainda de acordo com a Polícia de Montreal, o menino ensinou a outras pessoas como invadir as máquinas. O advogado do jovem disse que “ele viu isso como um desafio, mas não houve nenhum propósito político”.
Fonte: Canaltech
A mente por trás do primeiro PC IBM, William C Lowe morre aos 72 anos
29 de Outubro de 2013, 16:22 - sem comentários aindaWilliam C. Lowe, o homem que liderou o projeto que lançou o IBM PC, morreu em 19 de outubro, com a idade de 72 anos em Lake Forest, Illinois.
Em 1980, Lowe lançou a “idéia improvável” a seus empregadores de montar um computador pessoal em apenas um ano. A Apple e outras empresas estavam vendendo computadores pessoais há alguns anos, quando a IBM começou a procurar maneiras de se envolver neste negócio no final de 1970. A empresa havia dominado o mercado de mainframes corporativos e para o governo usando software proprietário e produção in-house. Mas essa solução não era ágil e a IBM acreditava que seria deixada para trás se não ousasse em máquinas populares ou de produção em massa.
O grande sucesso proveniente de seu projeto surpreendeu até mesmo a IBM. Os esforços da Lowe levaram a uma maior colaboração na indústria de computação, e com a proliferação de ambos: o nome “PC” e o próprio PC nos lares de milhões de pessoas em todo o mundo.
Lowe tornou-se ainda um pára-raios de críticas sobre como a IBM tentou afastar as dezenas de concorrentes e desenvolver um novo hardware e software. Por um tempo ele deu apoio inclusive a Steve Jobs, que estava desenvolvendo sua plataforma de computador NeXT depois de deixar a Apple em 1985. Mas o compromisso com a arquitetura aberta e as peças off-the-shelf teve outra conseqüência: outros fabricantes, como Compaq e Dell, começaram a construir máquinas “compatíveis com IBM”, também chamadas de clones, que eram muitas vezes melhores e mais baratas. Eles assumiram o mesmo nome coloquial dado aos equipamentos criados por Lowe: PC.
A entrada da IBM na computação pessoal, embora tardia, foi um enorme sucesso. A empresa nunca tinha tido uma presença em lojas de varejo. Então, os clientes puderam comprar computadores IBM até mesmo em lojas de departamentos. Microsoft, Intel e outras empresas cujos produtos foram usados nestes equipamentos beneficiaram-se tremendamente, começando sua transformação de empresas obscuras de tecnologia em marcas populares e acessíveis para todos.
Lowe deixa um legado importante para a história da computação pessoal e deixa também sua esposa, Cristina, seus filhos Gabriela, Daniel, Julie Kremer e James, e 10 netos.
Com informações de Linux Magazine.
Cientista cria disco para armazenar dados que dura 1 milhão de anos, diz MIT
29 de Outubro de 2013, 16:20 - sem comentários aindaA capacidade de armazenamento pode ter crescido, mas o método de salvar não.
Ainda são mídias magnéticas que podem ser facilmente magnetizadas, apagadas ou sujeitas à decomposição. Um CD-Rom irá se desintegrar. Um disco-rídigo pode ser destruído por uma partícula de poeira. E o papel queima. É por isso que antropólogos têm que se contentar com a leitura de esculturas de pedras e hieróglifos, desde que a biblioteca de Alexandria virou pó.
No entanto, o MIT Technology Review relatou que um cientista de nome Jeroen de Vries da Universidade de Twente, na Holanda, e sua equipe projetaram e construíram um disco capaz de armazenar dados por mais de um milhão de anos sem que a mídia seja destruída – e eles realizaram testes de envelhecimento para provar isso.
Dados são armazenados na mídia em 0 e 1 segundo e tem que haver uma barreira de energia entre cada digito. Quando essa barreira é violada, os dados torna-se corrompidos.
De Vries e sua equipe fizeram os cálculos com base em algumas ciências e matemática além da maioria de nós, meros mortais, e determinou que eles teriam 63 KBT (uma medida da energia térmica) para fazer a barreira durar um milhão de anos, ou 70 KBT para durar um bilhão de anos. “Estes valores estão bem considerando a atual gama de tecnologia”, disse de Vries.
Criando com métodos atuais
O disco é um conceito simples e não muito diferente do que é feito atualmente. Os dados são armazenados no padrão de linhas gravadas em um disco metálico fino, que é como funciona hoje, e depois são cobertos com uma camada de proteção para prevenir que as barreiras sejam violadas.
O metal usado na gravação é o tungstênio, que foi escolhido por conta da sua temperatura de fusão elevada e baixo coeficiente de expansão térmico. A camada protetora é de nitreto de silício, que foi escolhido devido à sua elevada resistência à ruptura e o seu baixo coeficiente de expansão térmica.
Como teste, eles fizeram códigos QR com linhas de dados de 100 nanometros de largura. Eles, então, aqueceram os discos em várias temperaturas para ver como os dados reagiam. Em teoria, um disco capaz de sobreviver a um milhão de anos teria que sobreviver a 1 hora a 445 graus Kelvin – teste esse que os novos discos sobreviveram sem problemas.
Ainda assim, o Technology Review observou que uma casa em chamas poderia destruir o disco. Mas seu uso não é tão cotado para armazenamento de dados em casa ou escritório. Ele provavelmente seria usado em cofres de armazenamento seguros, ou talvez em satélites espaciais como o Voyagers.
Esta poderia ser a chave para imortalizar a nossa civilização. Com tanto conhecimento perdido de civilizações passadas, temos que adivinhar ou especular. Na ausência de conhecimento, a informação errônea prospera. Então, talvez, quando arqueólogos desenterrarem esses discos em 10 mil anos, admitindo que possam reproduzi-los, eles saberão exatamente como costumávamos ser.
E eles irão rir ou chorar.
Fonte: IDGNow
Propostas de emendas do marco civil divergem sobre guarda de logs e permitiriam serviços diferenciados de internet
29 de Outubro de 2013, 16:18 - sem comentários aindaO Projeto de Lei 2126/2011, o chamado Marco Civil da Internet, tramita com urgência constitucional e tranca a pauta de votação da Câmara de Deputados desde segunda-feira. A votação está prevista para quarta-feira (30), mas o processo não será simples, considerado o número de propostas de emenda (34) e a falta de acordo em alguns temas como, por exemplo, a obrigatoriedade, ou não, da guarda de registros por provedores de conexão e de aplicações da internet.
O último texto conhecido define que cabe ao administrador do sistema autônomo, de conexão à internet, o dever de manter os registros, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de um ano, e proíbe o provedor de conexão a manter tais registros. Para a aplicação, o texto estabelece que a guarda dos registros é facultativa. Entre as emendas apresentadas até o momento, há tentativas de mudanças das três definições.
Eduardo Azeredo (PSDB-MG) propõe que a guarda de registro seja facultativa também para o provedor de conexão, as operadoras de rede. Uma das emendas apresentadas por Eduardo Cunha (PMDB/RJ), Eli Correa Filho (DEM-SP) também vão na mesma linha.
Sandro Alex (PPS/PR) e Paes Landim (PTB/PI) propõem que a guarda de registros seja obrigatória também para as aplicações da internet, com prazo de 12 meses. Já Nelson Marchezan Junior (PSDB/RS) propõe a guarda obrigatória, por 12 meses, de registro de acesso dos usuários a aplicações da internet pelos provedores de conexão.
Já a emenda 27, de Marcos Rogério (PDT/RO), prevê que, mesmo a guarda dos registros pelos administradores dos sistemas autônomos (provedor de conexão à internet) seja facultativa. Rogério ainda vai além e apresentou outra emenda com a exclusão dos parágrafos 2 e 3 do Art. 13, que obrigaria a guarda dos registros por aplicações da internet mediante ordem judicial.
Neutralidade
Uma série de propostas se concentram no Art. 9, que estabelece o tratamento isonômico a quaisquer pacotes de dados. Marchezan Junior quer permitir a gestão de tráfego de dados para oferta de pacote de dados com franquia. Eduardo Cunha e Ricardo Izar propõem a possibilidade de tratamento diferenciado do tráfego de dados no caso de pacotes “adequados aos diversos perfis dos usuários”, ou seja, diferenciados por serviços. Miro Teixeira (PROS/RJ), por sua vez, sugere permitir a discrminação e degradação do tráfego no caso de serviços de emergência como prioritários. Jandira Feghali (PCdoB/RJ) exclui do texto a possibilidade de gestão técnica da rede, para evitar interpretações equivocadas. Ainda, Wandenkolk Gonçalves (PMDB/PA) sugere que a discriminação ou degradaçãoo de tráfego seja regulamentada pela Anatel, por critérios técnicos e priorização de emergência.
Mas deverão ser apresentadas emendas de plenário, a depender de como virá a última versão do projeto, que deverá ser lida hoje pelo relator Alessandro Molon no plenário da Câmara.
Com informações de Tele.Síntese.
FNDC lança nota sobre Marco Civil da Internet
29 de Outubro de 2013, 16:16 - sem comentários aindaO Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lançou nota apoiando o texto original do projeto. A entidade argumenta que a proposta, formulada no processo de diálogo público com a sociedade, tornou-se “referência mundial de legislação”.
A luta principal atualmente gira em torno da garantia da neutralidade de rede (alvo da indústria de telecomunicações) e do direito à reprodução de conteúdos (alvo da indústria do entretenimento).
Segue abaixo o documento na íntegra:
Queremos a nossa internet livre!
Em luta pela democratização da comunicação e pela liberdade de expressão, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) vem a público divulgar seu apoio à aprovação da proposta original do Marco Civil da Internet (PL 2126/11), com a garantia dos direitos à liberdade de expressão, privacidade e neutralidade de rede. O projeto poderá ser votado nesta terça (29) na Câmara dos Deputados, data a partir da qual trancará a pauta de votações da casa.
O FNDC espera o respeito dos parlamentares ao processo de construção colaborativa que envolveu o Estado e a sociedade civil para a validação desta que já foi considerada uma referência mundial de legislação. Que os parlamentares tomem para si a vontade da população brasileira e rejeitem os lobbies das empresas de telecomunicação e das indústrias de entretenimento e de conteúdo, afastando qualquer possibilidade de censura à internet brasileira.
A neutralidade de rede – princípio que garante que os pacotes de informação que trafegam na rede sejam tratados de forma isonômica – deve ser garantida, para que o fluxo de informação, como acontece hoje, seja livre. As empresas de telecomunicação, em nome de seus lucros, não podem restringir o tráfego de acesso aos conteúdos, não podem diferenciar o uso dos usuários com pacotes de informação. Pelo direito de informação e liberdade de expressão, o FNDC defende que todos os cidadãos e cidadãs tenham liberdade e sejam tratados com igualdade na navegação em rede, sem que haja benefício ou detrimento para alguns, de acordo com sua condição financeira.
Dessa maneira, além do texto original, que dá as garantias para a neutralidade de rede e da privacidade, o FNDC apoia também a supressão do parágrafo 2,º do artigo 15, inserido posteriormente ao texto, que permite a remoção de conteúdos sem ordem judicial no caso de infração a direitos autorais ou conexos. Tal parágrafo agride o direito dos usuários ao devido processo legal, especificamente ao contraditório e à ampla defesa, frente a pedidos de retirada de conteúdos considerados pelos requerentes, e não pela Justiça. Em nome dos interesses das corporações, este parágrafo fere gravemente os direitos constitucionais da liberdade de expressão e do acesso ao conhecimento e à cultura.
Os direitos dos cidadãos e cidadãs à liberdade de expressão e à informação, assim como à privacidade, não podem ser sublimados em nome dos interesses do capital.
Queremos a nossa internet livre!
Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Com informações do Observatório do Direito à Comunicação.