Espanha: um laboratório de experimentação de democracia direta 4 anos depois da revolta dos indignados
14 de Maio de 2015, 18:57Quatro anos pode ser uma eternidade ou apenas um momento. Para Javier Toret e Pablo Soto, e o que eles estão fazendo, é um tempo muito curto. Os dois estávam em maio de 2011 aquecendo os motores do movimento #15M dos indignados na Espanha. Os dois participam hoje de novas plataformas políticas eleitorais, em Barcelona en Comú y Ahora Madrid respectivamente, que concorrem a prefeitura nas duas principais cidades da Espanha.
Para Marcelo D'Elia Branco, ativista de Software Livre do Brasil, essas experiências podem ter uma implicação para além das fronteiras espanholas.
Branco, que também participou na conferência organizada pelo D-CENT no Centro de Cultura Contemporânea (CCCB), recorda a onda de protestos e movimentos cidadãos que ocorreram desde 2011 em diferentes países do mundo, após a Primavera Árabe, e acredita que a Espanha é "o único lugar onde a energia da rua pode se tornar institucional."
"Estes são partidos em formação, com muitas coisas para resolver, mas podem ser um laboratório para novas práticas dos movimentos sociais em rede. Segundo ele, abre a possibilidade de mudar a democracia representativa, que está esclerosada e não é uma democracia real", diz ele.
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