Internet e democracia
16 de Março de 2019, 14:54
Os valores éticos e de cidadania das sociedades redes, onde a autocomunicação de multidões é a formadora de opinião, estão em disputa como nunca antes.
Os hackers e acadêmicos, os primeiros habitantes do ciberespaço e criadores da Internet, vislumbraram um futuro libertário, de democracia real, dos comuns sem intermediários, de compartilhamento do conhecimento, das artes, de liberdade de expressão plena e de novas possibilidades criativas ilimitadas.
Nesse momento, predomina em nossas preocupações, um cenário em que as redes de relacionamentos estão a serviço da vigilância em massa, do controle e manipulações. Intermediadas por algoritmos, análise das emoções, inteligência artificial, vigilância em massa, uso de dados privados e máquinas tecnológicas para a segmentar públicos e espalhar fake e junk news customizados, corroem a democracia e legitimam o populismo tosco da extrema-direita de Trump, Bolsonaro e Vox.
Penso que só poderemos retomar a rede como um espaço próximo ao idealizado pelos criadores com iniciativas concretas de participação cidadã, novos movimentos que rompam o cerco dos oportunistas endinheirados que financiam e se alimentam da ignorância, disseminam o ódio e a intolerância através das redes.
Que o combalido poder público tome atitudes, que não deixe impune quem financia tudo isso.
Que os poderes midiáticos corporativos tomem atitudes e saiam da cumplicidade passiva diante desse cenário que os transformará em obras de um museu da democracia liberal.
De uma coisa eu tenho convicção, não será possível fazer essa virada com as mesmas formas e com as mesmas estruturas da era industrial.
Feminismo: Alerta Roja #8M - Manuel Castells
8 de Março de 2019, 13:21FEMINISMO: ALERTA ROJA
Manuel Castells
Los millones de mujeres que ayer salieron a las calles del mundo, lo tienen muy claro: ni un paso atras. Porque ha llegado el momento decisivo de su lucha por el derecho a existir. Es precisamente porque han conquistado un cierto reconocimiento social e institucional como seres humanos iguales a cualquier otro que se estan generando reacciones violentas de los machos ibericos. “Ladran, luego cabalgamos”, decia el clasico. Pero cada vez con mayor riesgo, porque aquellos hombres incapaces de aceptar la nueva cultura igualitaria han tocado a rebato, en lo personal y en lo politico. La violencia domestica aumenta porque a la que sale respondona se la somete a golpes como siempre se hizo. Para eso sirve la fuerza fisica superior, aunque esto va siendo distinto conforme las mujeres aprenden tecnicas de defensa personal. Los hombres estamos cambiando pero hay un pasado milenario de dominacion que llevamos inscrito en nuestras redes neuronales. Y como las mujeres si que han cambiado y han asumido la plena conciencia de sus derechos, el conflicto es inevitable en muchos casos, hasta que los hombres redefinamos nuestra masculinidad en terminos de igualdad y complementariedad sin los cuales el amor y la familia se haran imposibles.
La contraofensiva machista se expresa intensamente en el espacio politico, en Espana y en el mundo.