Saudade do confronto eleitoral direto anima militância do PT em Curitiba
7 de Novembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaOs filiados do PT de Curitiba estão vibrando com a pré-candidatura a prefeito do deputado estadual Tadeu Veneri, que coloca no tabuleiro eleitoral um nome forte como opção de candidatura própria do PT em 2012, contrapondo-se ao argumento de que “o PT não tinha nomes em 2010”, que foi utilizado para apoiar candidato de outro partido na última eleição para governador.
Os militantes do PT que querem candidatura própria, que são muitos , marcaram se reunir num Ato Público, dia 21 de novembro, às 19 horas, na sede do Diretório Estadual e dizem que contam como certa a presença de integrantes da Direção Nacional do PT, dos Diretório Estadual e Municipal.
O local do Ato, que é na sede estadual do PT, na Alameda Princesa Izabel, 160, nas Mercês, foi escolhido por ser o local que unifica os petistas de todas as matizes.
“Somos os filhos da paixão… projetamos a perigosa imagem do sonho, somos a perigosa memória das lutas.”
Este trecho do poema de Pedro Tierra está na carta aos filiados assinada pelo Tadeu Veneri convocando para o Ato do dia 21 de novembro, denunciando que queremos resgatar a perigosa imagem do sonho e das lutas para uma construir uma cidade para todos, numa campanha alegre e militante. “Nesse dia teremos uma pequena mostra de nossa organização, militancia e alegria em fazer política por uma causa justa e ética. Mas acima de tudo, de resgate histórico das melhores tradições do PT”, diz Tadeu. Poetas, músicos e outros artistas estarão dedicando sua criatividade e ousadia para animar o ato dos militantes petistas.
Tadeu defende que a militância não pode ficar a margem dos acordos entre as direções dos partidos. “É necessário convocar a militância para decidir sobre o futuro do PT nas eleições de 2012.E eu estou à disposição para quem não quer abrir mão do numero 13, das cores do PT e da estrela do PT nas próximas eleições ”.
Animados também estão os pré-candidatos a vereadores que com a candidatura própria terão mais chance de se eleger. “É só fazer as contas. É matemático.Para vereador a eleição não tem segundo turno. Partido que não tem candidato próprio, tem dificuldade de eleger vereadores. Pelo menos para aqueles disputam sua primeira eleição”, diz Tadeu Veneri.
Paul Krugman: “concentração extrema de renda é incompatível com a democracia real”
7 de Novembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaPaul Krugman
Oligarquia, segundo os Estados Unidos
Hoje na Gazeta do Povo
A desigualdade voltou às manchetes, em grande parte graças ao Ocupe Wall Street, mas com um auxílio do Gabinete de Orçamento do Congresso dos EUA. E sabemos o que isso significa: é hora dos ofuscadores entrarem em ação!
Qualquer um que tenha acompanhado o assunto ao longo do tempo sabe o que eu digo. Sempre que disparidades crescentes de renda ameaçam entrar em foco, um grupo previsível de defensores tenta borrar a imagem novamente. Grupos de reflexão independentes (“think-tanks”) redigem relatórios alegando que a desigualdade não está de fato subindo, ou que ela não importa. Comentaristas tentam pôr uma face mais benigna no fenômeno, alegando que não é, na verdade, uma questão dos poucos ricos contra o resto, mas dos possuidores de educação formal contra os menos educados.
O que você precisa saber é que todas essas alegações são basicamente tentativas de obscurecer a realidade crua: nós temos uma sociedade em que o dinheiro está concentrado nas mãos de poucas pessoas, e em que a concentração de renda e riqueza ameaça fazer com que sejamos uma democracia somente no nome.
O gabinete de orçamento expôs um pouco dessa realidade crua num relatório recente, que documentou uma queda abrupta na cota do total de renda indo para americanos de baixa e média renda. Nós, norte-americanos, ainda gostamos de ter uma ideia de nós mesmos como um país da classe média. Mas, com os 80% de base dos domicílios agora recebendo menos do que metade dessa renda total, essa é uma visão que vai na contra mão da realidade.
Culpados
Em resposta, os suspeitos de costume lançaram alguns dos argumentos de sempre: há falhas nos dados (não há); os ricos são um grupo sempre mutável (não muito); e por aí vai. O argumento mais popular agora parece, no entanto, ser a afirmação de que nós podemos não ser uma sociedade de classe média, mas ainda somos uma sociedade de classe média-alta, em que uma ampla classe de trabalhadores com alto nível de educação formal, que têm as habilidades para competir no mundo moderno, está indo muito bem.
É uma história legal e muito menos perturbadora do que a imagem de uma nação em que um grupo muito menor de ricos está se tornando cada vez mais dominante. Mas não é verdade.
Trabalhadores com ensino superior têm, de fato, se dado melhor do que trabalhadores sem, e a diferença tem, em geral, se ampliado com o tempo. Mas os americanos possuidores de alto nível de educação formal de modo algum têm sido imunes à estagnação de renda e à crescente insegurança econômica. Aumentos nos salários para a maioria de trabalhadores com ensino superior não têm sido nada impressionantes (além de inexistentes desde 2000), enquanto mesmo os melhor formados não podem mais contar com empregos com bons benefícios. Particularmente hoje, esses trabalhadores com ensino superior, mas nenhuma outra formação, têm menor chance de receber seguro de saúde do que trabalhadores com apenas o ensino médio completo em 1979.
Então, quem está recebendo os grandes lucros? Uma minoria muito pequena e rica.
99%
O relatório do gabinete de orçamento nos diz que, essencialmente, toda a redistribuição de renda superior, distante dos 80% de base, tem ido para o 1% dos americanos de mais alta renda. Isto é, os manifestantes que se apresentam como representantes dos interesses dos 99% estão basicamente certos, e os comentaristas que garantem solenemente que a questão em pauta é, na verdade, educação, e não os ganhos de uma pequena elite, estão completamente errados.
Na verdade, os manifestantes estão até nivelando muito por baixo. O relatório recente do gabinete de orçamento não chega a inspecionar o interior do 1% do topo, mas um relatório um pouco mais antigo, que só ia até 2005, descobriu que quase dois terços da cota crescente da porcentagem do topo em renda na verdade ia para o 0,1% do topo – o milhar mais rico dos americanos, que viram suas rendas reais aumentarem mais de 400% ao longo do período de 1979 a 2005.
Quem está nesse 0,1% do topo? São empreendedores heroicos criando empregos? Não, na maior parte, eles são executivos corporativos. Pesquisas recentes mostram que cerca de 60% do 0,1% do topo ou são executivos em companhias não financeiras ou fazem dinheiro com finanças, ou seja, a definição ampla de Wall Street. Some os advogados ou pessoas no mercado imobiliário e teremos mais de 70% dos mil sortudos.
Mas por que importa essa concentração crescente de renda e riqueza em poucas mãos? Parte da resposta é que a desigualdade crescente implica uma nação em que a maioria das famílias não participa plenamente do crescimento econômico. Outra parte da resposta é que, uma vez que você descobre quanto os ricos se tornaram mais ricos, o argumento a favor de impostos mais altos sobre rendas elevadas no orçamento a longo prazo se torna muito mais atraente.
Democracia?
A resposta mais ampla, no entanto, é que a concentração extrema de renda é incompatível com a democracia real. Alguém, por acaso, nega com seriedade que nosso sistema político tem sido distorcido pela influência desse dinheiro, e que essa distorção tem ficado pior conforme a riqueza dos poucos se torna cada vez maior?
Alguns comentaristas ainda estão tentando considerar as preocupações sobre a crescente desigualdade como sendo algo tolas. Mas a verdade é que toda a natureza de nossa sociedade está em jogo.
Tradução de Adriano Scandolara.
1º Encontro Mundial de Blogueiros: veja posições dos representantes do Le Monde Diplomatique e WikiLeaks
7 de Novembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaConversas ao pé da mídia
Kristinn Hrafnsson, do WikiLeaks, e o pesquisador Ignácio Ramonet falam do cerco à informação livre e do “trabalho que dá” saber de fato o que acontece
Hoje na Gazeta do Povo, por Denise Paro
ºA internet é uma ferramenta a serviço da democracia? Protestos juvenis, transparência na prestação de contas públicas e descentralização de informações podem ser apenas prenúncios de inúmeras mudanças que ainda estão por vir? Eis as questões. Democracia e internet foram um dos assuntos em pauta no 1.º Encontro Mundial de Blogueiros realizado em Foz do Iguaçu na semana passada, do qual participou o editor do jornal Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet, e o porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson. Abaixo o resumo das principais ideias debatidas por ambos:
HRAFNSSON – O bloqueio no WikiLeaks
Segundo Hrafnsson, o WikiLeaks suspendeu temporariamente suas operações porque é preciso focar no levantamento de fundos devido a um bloqueio econômico que ele considera ilegal e antiético, feito pelas maiores instituições financeiras do mundo. “Se nós não quebrarmos o bloqueio abrindo e recebendo doações de nossos patrocinadores ou se nós não formos bem-sucedidos em quebrar o bloqueio econômico por meios legais, em algum ponto no futuro ficaremos sem fundo e não estaremos aptos a operar. Mas não estamos lá ainda. E vamos esperar que não cheguemos a este ponto.”
Futuro do WikiLeaks
Hrafnsson diz que o WikiLeaks terá dificuldade de sobreviver se o site não obtiver fundos. “Esse é um negócio dispendioso. Mas nós estamos em uma posição bastante invejável, graças a uma organização de publicação. Contamos apenas com doações de indivíduos. Dezenas de milhares de pessoas têm feito doações na média de US$ 25. É uma quantia relativamente moderada para as pessoas e nós somos muito gratos. Se tudo isso secar, ficaremos em uma posição muito precária. Mas estamos tomando medidas para contornar a situação, de modo que não cheguemos ao ponto em que possamos deixar de existir.”
Transparência
A transparência é um dos principais objetivos do WikiLeaks, diz Hrafnsson. Para ele, a democracia sem transparência não é uma democracia real. O objetivo principal do WikiLeaks é aumentar a transparência.
RAMONET – Novas tecnologias
Para Ignácio Ramonet, as novas tecnologias permitem aos cidadãos em geral desenvolverem uma capacidade de intervenção no debate da comunicação mediante a multiplicação dos blogs, das redes de comunicação e dos sites. Cada grupo social ou de cidadãos que se organizam para vigiar a informação podem analisá-la, comentá-la, completá-la, corrigi-la.
Os meios de comunicação
Os meios de comunicação seguem sendo meios de síntese que deformam a informação para facilitá-la. O receptor devia desenvolver a informação que está nos livros. Ramonet escreveu um texto que se chama Informar-se cansa. No texto, o jornalista comenta que o cidadão não pode ter a atitude de querer se informar vendo o telediário (telejornal). “O telediário não é feito para informar, é feito para divertir. O cidadão não pode protestar dizendo que não lhe informaram bem. O telediário não vai informar bem nunca porque é uma série de pílulas muito pequenas de informação. E se o cidadão quer se informar, tem de trabalhar. Tem de ler e se documentar e isso é um grande trabalho que poucos cidadãos querem fazer.”
Culpa dos meios?
Para Ramonet, não se pode culpar apenas os meios de comunicação. “Há uma responsabilidade compartilhada. Muitas vezes dizemos que a culpa é dos meios. Os meios têm muita culpa, mas uma parte da culpa temos nós, por não querer buscar a informação.” Para ele, hoje isso é possível porque a internet permite acessar outras análises e complementar informações. Informar-se bem, segundo Ramonet, supõe muito tempo, esforço e trabalho. “E quem dispõe de muito tempo?”, diz.
Hoje, a maioria dos jovens gasta tempo em intercâmbios no Facebook, nas redes sociais, “mas não têm preocupação de informação”, salienta. “E as estatísticas mostram que nos países da Europa quem tem menos de 25 anos quase não vê televisão porque gasta tempo no computador e no telefone, não para telefonar, mas para enviar mensagens, trocar e-mails e usar o Facebook.”
Paul Krugman: “concentração extrema de renda é incompatível com a democracia real”
7 de Novembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaPaul Krugman
Oligarquia, segundo os Estados Unidos
Hoje na Gazeta do Povo
A desigualdade voltou às manchetes, em grande parte graças ao Ocupe Wall Street, mas com um auxílio do Gabinete de Orçamento do Congresso dos EUA. E sabemos o que isso significa: é hora dos ofuscadores entrarem em ação!
Qualquer um que tenha acompanhado o assunto ao longo do tempo sabe o que eu digo. Sempre que disparidades crescentes de renda ameaçam entrar em foco, um grupo previsível de defensores tenta borrar a imagem novamente. Grupos de reflexão independentes (“think-tanks”) redigem relatórios alegando que a desigualdade não está de fato subindo, ou que ela não importa. Comentaristas tentam pôr uma face mais benigna no fenômeno, alegando que não é, na verdade, uma questão dos poucos ricos contra o resto, mas dos possuidores de educação formal contra os menos educados.
O que você precisa saber é que todas essas alegações são basicamente tentativas de obscurecer a realidade crua: nós temos uma sociedade em que o dinheiro está concentrado nas mãos de poucas pessoas, e em que a concentração de renda e riqueza ameaça fazer com que sejamos uma democracia somente no nome.
O gabinete de orçamento expôs um pouco dessa realidade crua num relatório recente, que documentou uma queda abrupta na cota do total de renda indo para americanos de baixa e média renda. Nós, norte-americanos, ainda gostamos de ter uma ideia de nós mesmos como um país da classe média. Mas, com os 80% de base dos domicílios agora recebendo menos do que metade dessa renda total, essa é uma visão que vai na contra mão da realidade.
Culpados
Em resposta, os suspeitos de costume lançaram alguns dos argumentos de sempre: há falhas nos dados (não há); os ricos são um grupo sempre mutável (não muito); e por aí vai. O argumento mais popular agora parece, no entanto, ser a afirmação de que nós podemos não ser uma sociedade de classe média, mas ainda somos uma sociedade de classe média-alta, em que uma ampla classe de trabalhadores com alto nível de educação formal, que têm as habilidades para competir no mundo moderno, está indo muito bem.
É uma história legal e muito menos perturbadora do que a imagem de uma nação em que um grupo muito menor de ricos está se tornando cada vez mais dominante. Mas não é verdade.
Trabalhadores com ensino superior têm, de fato, se dado melhor do que trabalhadores sem, e a diferença tem, em geral, se ampliado com o tempo. Mas os americanos possuidores de alto nível de educação formal de modo algum têm sido imunes à estagnação de renda e à crescente insegurança econômica. Aumentos nos salários para a maioria de trabalhadores com ensino superior não têm sido nada impressionantes (além de inexistentes desde 2000), enquanto mesmo os melhor formados não podem mais contar com empregos com bons benefícios. Particularmente hoje, esses trabalhadores com ensino superior, mas nenhuma outra formação, têm menor chance de receber seguro de saúde do que trabalhadores com apenas o ensino médio completo em 1979.
Então, quem está recebendo os grandes lucros? Uma minoria muito pequena e rica.
99%
O relatório do gabinete de orçamento nos diz que, essencialmente, toda a redistribuição de renda superior, distante dos 80% de base, tem ido para o 1% dos americanos de mais alta renda. Isto é, os manifestantes que se apresentam como representantes dos interesses dos 99% estão basicamente certos, e os comentaristas que garantem solenemente que a questão em pauta é, na verdade, educação, e não os ganhos de uma pequena elite, estão completamente errados.
Na verdade, os manifestantes estão até nivelando muito por baixo. O relatório recente do gabinete de orçamento não chega a inspecionar o interior do 1% do topo, mas um relatório um pouco mais antigo, que só ia até 2005, descobriu que quase dois terços da cota crescente da porcentagem do topo em renda na verdade ia para o 0,1% do topo – o milhar mais rico dos americanos, que viram suas rendas reais aumentarem mais de 400% ao longo do período de 1979 a 2005.
Quem está nesse 0,1% do topo? São empreendedores heroicos criando empregos? Não, na maior parte, eles são executivos corporativos. Pesquisas recentes mostram que cerca de 60% do 0,1% do topo ou são executivos em companhias não financeiras ou fazem dinheiro com finanças, ou seja, a definição ampla de Wall Street. Some os advogados ou pessoas no mercado imobiliário e teremos mais de 70% dos mil sortudos.
Mas por que importa essa concentração crescente de renda e riqueza em poucas mãos? Parte da resposta é que a desigualdade crescente implica uma nação em que a maioria das famílias não participa plenamente do crescimento econômico. Outra parte da resposta é que, uma vez que você descobre quanto os ricos se tornaram mais ricos, o argumento a favor de impostos mais altos sobre rendas elevadas no orçamento a longo prazo se torna muito mais atraente.
Democracia?
A resposta mais ampla, no entanto, é que a concentração extrema de renda é incompatível com a democracia real. Alguém, por acaso, nega com seriedade que nosso sistema político tem sido distorcido pela influência desse dinheiro, e que essa distorção tem ficado pior conforme a riqueza dos poucos se torna cada vez maior?
Alguns comentaristas ainda estão tentando considerar as preocupações sobre a crescente desigualdade como sendo algo tolas. Mas a verdade é que toda a natureza de nossa sociedade está em jogo.
Tradução de Adriano Scandolara.
Poesia da semana
6 de Novembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaRAFAELA
Barco a Vela, Vela,
Vela e Leva, Ela
Ao Infinito, Bonito e Bendito,
Ao Destino, da Alma Dela
Alma Bela, Rafaela,
Minha Neta,
Aquela que Ilumina e Aquece,
Aqueles que com Ela Navegam.
Navegam, Navegam com Ela,
Mais para chegar ao Destino Dela,
Só Ela Sabe,
Quais ferramentas são Dela.
Siga em frente Rafaela,
Navega, Navega no Barco à Vela, que te Vela,
E como a Vela,
Queima a Mazela.
Assim a Centelha da Alma Dela,
Permanecerá Eternamente Acesa,
E com Alegria e Serenidade Dela,
Seguirei minha trajetória,
Mais Bela, Rafaela.
Fortaleza, 07 de julho de 2011
Roseni Cabral Violin