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O real valor do Bitcoin está nos algoritmos

21 de Janeiro de 2014, 15:35 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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O Bitcoin pode finalmente estar a caminho da legitimidade este ano, com a Overstock.com começando a aceitá-lo para pagamentos e o surgimento das primeirs ATMs. Mas as partes mais intrigantes do Bitcoin – assim como de todas as moedas virtuais como o Litecoin,  o Peercoin, e mesmo o Dogecoin – são os algoritmos matemáticos que o alimentam.

Agora, esses algoritmos estão surgindo em contextos que permitem entender como a criptomoeda é apenas uma das muitas aplicações possíveis para tal matemática, e como essas outras aplicações podem ser ainda mais poderosas e socialmente úteis.

A tecnologia Blockchain – a matemática central usada na produção dos Bitcoin, como explica o seu alegado criador – é uma forma de descentralizar itens antes considerados descentralizáveis. A explicação de Paulo Bohm, em um texto no Quora, descreve-o como “um meio para obter consenso em sistemas altamente distribuídos de larga escala que, de outra maneira, nunca seriam capazes de chegar a um consenso. O valor disto é que agora é possível a criação de aplicações de forma descentralizada, para o que antes pensávamos não poder ser construído sem uma autoridade central”.

Considere o Twister, uma aplicação de microblog/rede social que usa tecnologias do bitcoin e do BitTorrent, por exemplo. Ele funciona sem nenhum servidor central, mas em um agregado de clientes individuais, “peer-to-peer”. A Blockchain verifica se as contas de usuário são únicas e se as mensagens de uma determinada conta pertencem realmente a essa conta.

Um projeto semelhante, o Bitmessage, para mensagens simples “peer-to-peer”, pode até funcionar como um substituto seguro para o e-mail, dependendo da implementação.

Outra aplicação da rede Bitcoin foi discutida por Jeremy Clark, da Universidade de Carleton, e Aleksander Essex, da Universidade de Waterloo, que pretendem usar o próprio sistema Bitcoin como forma de verificar a hora de uma determinada ação, o que chamam de “datação por carbono”. Essa técnica poderia ser usada para um voto eletrônico verificável, com a Blockchain tornando a falsificação praticamente impossível.

Estes projetos também mostram duas principais formas de como a tecnologia do Bitcoin poder ser reutilizada. A primeira envolve a utilização do mesmo protocolo do Bitcoin, mas não a rede atual da moeda. A segunda abordagem utiliza o protocolo e a rede do Bitcoin – na prática, aproveitando a existência da rede para distribuir os dados.

Mais uma vez, a amplitude das aplicações – e algumas potenciais falhas – só agora está começando a ficar clara. A Namecoin, por exemplo, usa o seu próprio Blockchain, ao estilo do Bitcoin, para criar um sistema de nomes de domínios seguros como possível alternativa para o normal registo de domínios da ICANN. Uma ótima ideia que, no entanto, não impediu os usurpadores de domínios (“cyber squatters”) de abocanharem domínios de forma barata e, em seguida, tentar revendê-los com lucro.

A maior parte da agitação atual em torno do Bitcoin gira em torno do seu uso como moeda – o valor de um Bitcoin contra o dólar, e se os governos vão ou não aceitar a sua legitimidade. Early adopters da moeda são principalmente empresas de alta tecnologia, incluindo provedores de VPN, os comerciantes online e sites bem conhecidos, como o Reddit e o WordPress. O motor de busca chinês Baidu está aceitando Bitcoins como pagamento por seus serviços de segurança. Nos EUA, no entanto, as grandes empresas têm ficado longe até agora, talvez devido a preocupações regulatórias.

A matemática subjacente, no entanto, tem um poder e utilidade que ultrapassa qualquer das implicações financeiras do Bitcoin. Será interessante ver como vai se desenvolver, totalmente, afastada e em paralelo da própria criptomoeda.

Com informações de CIO.


Fonte: http://www.revista.espiritolivre.org/o-real-valor-do-bitcoin-esta-nos-algoritmos

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