O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta segunda-feira (18) em uma entrevista coletiva que pretende deixar a embaixada do Equador em Londres “em breve” para evitar ser extraditado para a Suécia. Assange, que está refugiado no endereço há dois anos, não revelou nenhum detalhe sobre como e nem quando deixará a embaixada equatoriana na capital do Reino Unido.
“Eu posso confirmar que estarei deixando a embaixada em breve, mas não pelos motivos que as pessoas devem estar pensando”, explicou Assange aos jornalistas na embaixada, no centro de Londres. A informação foi veiculada no canal britânico Sky News, que pertence em parte à 21st Century Fox, e repercutida em agências de notícias como Reuters e AFP.
Na entrevista, Assange estava acompanhado pelo ministro equatoriano das Relações Exteriores, Ricardo Patiño. O chanceler não mencionou nenhum plano para retirar Assange da embaixada, mas defendeu a atuação de todos os governos envolvidos no caso, destacando que a permanência de Assange no prédio da embaixada por dois anos “é muito tempo”. Além disso, Patiño disse que o governo equatoriano segue oferecendo proteção a Assange e está disposto a conversar com os governos britânico e sueco para encontrar uma solução.
O porta-voz de Assange disse à Reuters que ele só poderia sair do país se o governo britânico “retirar o cerco do lado de fora”, pois o fundador do WikiLeaks não tem intenção de se entregar à polícia. O australiano de 43 anos alega ter medo de ser processado caso a Grã-Bretanha o extradite para a Suécia, que por sua vez o entregaria ao governo dos Estados Unidos, onde responderia na justiça pela divulgação de centenas de milhares de documentos secretos do exército e do governo norte-americano.
O vídeo do pronunciamento oficial de Assange ao lado do ministro equatoriano, Ricardo Patiño, publicado pela CNN, você assiste neste link.
Com informações do Canaltech.
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