Feijoada beneficente em comemoração aos 3 anos do Blog do Esmael foi um sucesso
2 de Abril de 2012, 0:00 - sem comentários aindaNo último sábado ocorreu a feijoada beneficente em comemoração aos 3 anos do Blog do Esmael, o blog “irmão” do Blog do Tarso. Veja as fotos no Facebook do Esmael clique aqui. O dinheiro arrecadado vai para o Hospital Erasto Gaertner de combate ao câncer.
Estiveram no evento o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, os pré-candidatos a prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT), Ratinho Jr (PSC) e Rafael Greca (PMDB), o ex-governador Orlando Pessuti (PMDB), o senador Sérgio de Souza (PMDB) e o deputado João Arruda, representando o Senador Roberto Requião (PMDB). Os pré-candidatos do PT à prefeitura Tadeu Veneri e Doutor Rosinha não puderam comparecer porque estavam lutando pela candidatura própria do PT nas eleições.
O governador Beto Richa (PSDB) e o prefeito Luciano Ducci (PSB) fugiram da raia e não compareceram.
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EUA utilizam suas licitações para defesa de sua indústria. Está na hora do Brasil fazer o mesmo em defesa da indústria nacional
2 de Abril de 2012, 0:00 - sem comentários aindaOs Estados Unidos da América, por meio da sua Força Aérea, cancelaram contrato de US$ 355 milhões com a Embraer e preparam nova licitação para a compra de 20 aviões destinados à missão no Afeganistão, provavelmente para beneficiar sua indústria, segundo a Folha de S. Paulo. Está na hora do Brasil se utilizar mais dos artigos 3º da Constituição da República e da Lei Nacional de Licitações (Lei 8.666/93), que prevêem a possibilidade de defesa da indústria nacional em licitações “promoção do desenvolvimento nacional sustentável”.
Sobre o tema ver o art. 3º da Lei de Licitações recentemente alterado e o meu texto de 2003 A ALCA, as compras governamentais e a defesa do interesse público nacional.
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Testemunhas reforçam suspeita de uso eleitoral de cargos no Porto durante governo Beto Richa
2 de Abril de 2012, 0:00 - sem comentários aindaApós denunciar que Beto Richa escondeu denúncia de corrupção em seu governo, a Gazeta do Povo voltou a publicar denúncias de suspeita de uso eleitoral de cargos no porto de Paranaguá, durante o governo Beto Richa (PSDB). Dois ex-servidores comissionados do Porto dizem que suas nomeações e exonerações ocorreram em função da pré-campanha tucana à prefeitura de Paranaguá.
A Gazeta ainda denunciou que o primo do ex-superintendente da APPA, escolhido e exonerado por Beto Richa, teve acesso a documentos restritos do Porto, para defender o primo.
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Marçal Justen Filho questiona a Lei Geral da Copa
2 de Abril de 2012, 0:00 - sem comentários aindaCaderno Justiça e Direito da Gazeta do Povo de sexta-feira:
O especialista em Direito Administrativo e Público Marçal Justen Filho considera que um dos aspectos mais sérios do PL é a responsabilidade civil por parte do poder público. Segundo o jurista, itens como a proibição de atividades de cunho publicitário, não só nos estádios, mas nas suas principais vias de acesso ou em lugares claramente visíveis a partir deles, forçará o Estado a interferir em uma esfera que não lhe compete.
“De acordo com o caderno da FIFA [Fédération Internationale de Football Association], é proibido a uma pessoa que mora perto do estádio mostrar na janela algo que possa ser interpretado como violação aos direitos da associação. O governo está assumindo a obrigação de interferir na esfera privada, algo que ele não pode fazer”, diz Justen.
Veja a entrevista completa:
Entrevista
O jurista Marçal Justen Filho, especialista em Direito Administrativo e Público considera que as grandes polêmicas relacionadas à Lei Geral da Copa só vão ser levantadas caso os artigos mais polêmicos precisem ser colocados em prática. Justen Filho é formado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre e doutor em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e foi pesquisador-visitante na Universidade de Yale.
Na sua opinião, há partes da Lei Geral da Copa que vão contra a constituição e podem gerar questionamentos no STF?
Sem dúvida, existem várias questões que são controvertidas. O que a gente observa é que o modelo da FIFA é bastante empresarial, ou seja, considera tal como se ela estivesse contratando com pessoas privadas. E a Constituição Brasileira tem uma série de limites, portanto isso envolve alguma dificuldade.
Há o argumento de que ao aceitar trazer a Copa para cá o governo brasileiro estava ciente de que teria que se submeter às exigências da FIFA. O senhor concorda?
Esse é um argumento prático, um raciocínio muito mais político ou econômico. E, desse ponto de vista, o Brasil conhecia as regras do jogo e sabia que a organização da Copa do Mundo envolvia obrigações muito sérias. Do ponto de vista jurídico, porém, não é possível que uma decisão de receber uma Copa do Mundo seja executada de modo incompatível com a Constituição. O argumento de que o presidente da República assinou algum documento é insuficiente. Se a Constituição não for mudada, prevalece a Constituição.
E quanto ao documento que foi assinado pelo presidente Lula dando garantias à FIFA de cumprir certos requisitos?
Na maior parte dos tratados internacionais, por exemplo, o presidente da república assina o tratado, mas ele só passa a ser Direito brasileiro, quando aprovado pelo Congresso. A FIFA não é uma outra nação, não existe um tratado internacional, mas ainda que a FIFA fosse um país e existisse um tratado internacional, a vigência desse tratado dependeria da aprovação do Congresso.
Joana Neitsch
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Brócolis e má-fé – Paul Krugman
2 de Abril de 2012, 0:00 - sem comentários aindaDecisão sobre reforma da saúde pode ser novo golpe para a imagem da Suprema Corte norte-americana
Ninguém sabe o que a Suprema Corte dos EUA decidirá sobre a lei de reforma da saúde do presidente Obama. Mas parece provável que o tribunal derrube a compra obrigatória de planos de saúde pelos cidadãos e possivelmente a lei inteira.
Caso a cláusula que impõe a compra compulsória seja derrubada, seria muito mais difícil aplicar a lei, e rejeitar o texto por inteiro significaria negar cobertura de saúde a 30 milhões de americanos ou mais.
Dado o que está em jogo, seria de esperar que os juízes fossem cuidadosos. Na verdade, porém, o segundo dia de audiência sugeriu que os juízes mais hostis à lei não compreendem, ou optam por não entender, como o seguro-saúde funciona.
E o terceiro dia foi ainda pior, pois pareciam estar abraçando qualquer argumento, por mais precário, que pudesse ser usado para rejeitá-la.
Um juiz comparou a compra de um plano à de um brócolis, com a implicação de que, se o governo tiver o poder de obrigar os cidadãos a comprar o primeiro, teria direito de impor a compra do segundo. A relação horrorizou especialistas.
Por quê? Quando as pessoas optam por não comprar brócolis, não tornam o produto indisponível para aqueles que o desejam. Mas, quando as pessoas não fazem um plano a não ser que adoeçam -que é o que ocorre se a compra não for obrigatória-, o agravamento do pool de risco resultante dessa decisão torna os planos mais caros, e até inacessíveis, para as demais.
Como resultado, um setor desregulamentado de seguro-saúde não funciona -e nunca funcionou.
Além disso, juízes conservadores pareciam defender a interpretação de que uma expansão do programa financiada pelo governo federal, e da qual os Estados decidam participar porque recebem assistência federal, representaria abuso de poder, simplesmente porque os Estados dependeriam dessa assistência.
A juíza Sonia Sotomayor parecia inconformada com o argumento. “Portanto, vamos dizer ao governo federal que, quanto maior o problema, menores os seus poderes? E que, se o governo conceder tamanhas verbas, perde o direito de estruturar o programa como deseja?” E ela estava certa: a alegação não faz sentido -a não ser que o objetivo seja destruir a reforma da saúde usando qualquer argumento disponível.
Como disse, não sabemos como isso vai terminar. Mas é difícil evitar uma sensação agourenta -e a impressão de que a fé do país na capacidade da Suprema Corte de se erguer acima das disputas políticas, já tão abalada, sofra novo golpe.
Tradução de Paulo Migliacci
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