Recordes de acessos ao Blog do Tarso: os números de 2014
31 de Dezembro de 2014, 11:12 - sem comentários aindaOs duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2014 deste blog.
Aqui está um resumo:
O Museu do Louvre, em Paris, é visitado todos os anos por 8.5 milhões de pessoas. Este blog foi visitado cerca de 2.100.000 vezes em 2014. Se fosse o Louvre, eram precisos 90 dias para todas essas pessoas o visitarem.
Clique aqui para ver o relatório completo
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Imperdível a biografia do Doutor Sócrates
29 de Dezembro de 2014, 3:45 - sem comentários aindaAcabei de ler a biografia que ganhei de Natal “Sócrates: a história do jogador mais original do futebol brasileiro”, que acabou de ser lançada pela editora Objetiva. Foi a minha leitura de um livro de mais de 200 páginas mais rápida de todos os tempos.
O autor da obra é Tom Cardoso, que já escreveu a biografia do meu xará Tarso de Castro, que foi um dos fundadores do “O Pasquim” e ex-colunista da Folha de S. Paulo, e inspiração para o meu nome (não, meu nome não foi inspirado no 13º Apóstolo, o Paulo ou Saulo de Tarso).
Você é corinthiano, gosta de política e é de esquerda? A leitura da biografia do Doutor Sócrates é obrigatória!
Você é corinthiano, gosta de futebol, gosta de política, gosta da história recente do Brasil ou é de esquerda? A leitura desse livro é mais do que recomendada.
Tom, com muita competência, contou a história de Sócrates, unindo as suas questões pessoais, futebolísticas e políticas e, com maestria, faz o leitor não conseguir parar de ler o livro, mesmo que já saibamos o final.
Segundo o jornalista Fábio Altman, que escreveu a apresentação da obra, Sócrates foi “um dos mais peculiares meio-campistas da história do futebol em todo o mundo”. O jornalista palmeirense Mauro Beting, no prefácio, diz que talvez tenhamos tido craques maiores do que Sócrates em campo, mas é ”possível que nenhum brasileiro tenha jogado melhor pelo país” do que Sócrates em “todos os campos”.
Cardoso trata o paraense filho de um cearense de Messejana e de uma paraense como no título da obra, como “o mais original jogador da história do futebol brasileiro”.
Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira começou sua carreira de jogador no Botafogo de Ribeirão Preto mas se imortalizou no Corinthians, não apenas pelo seu futebol e liderança dentro de campo, mas também pela implementação da Democracia Corinthiana (prefiro escrever assim mesmo, com “th”, e não Corintiana) junto com Wladimir e Casagrande, após assumir o poder no Corinthians o sociólogo Adilson Monteiro Barros como diretor de futebol do timão.
Na verdade Wladimir, filiado ao Partido dos Trabalhadores, inicialmente era muito mais politizado do que Sócrates, que aos poucos deixou de ser apenas da esquerda festiva para se tornar o grande líder da Democracia Corinthiana.
Na Democracia Corinthiana do diretor de futebol aos roupeiros, todos tinham o mesmo direito ao voto para as tomadas de decisões, e não havia concentração.
Sócrates foi o grande líder dentro e fora de campo da seleção brasileira da Copa da Espanha de 1982, de Zico, Falcão, Júnior, Eder e grande elenco, quando a “canarinho” encantou o mundo com o seu belo futebol, mesmo não sendo campeã.
Após a Copa, Sócrates, Casagrande e Wladimir organizaram uma grande festa, dentro do Corinthians, para arrecadar fundos para a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para o governo de São Paulo, com a presença de Gonzaguinha, Fagner e Djavam. Lembrando que existiam conselheiros de extrema-direita no clube, como Romeu Tuma, apoiador da ditadura e ex-diretor-geral do DOPS – Departamento de Ordem Política e Social.
A Democracia Corinthiana ainda colocou na camisa do Corinthians o dizer “Dia 15 vote“, incentivando a participação democrática nas eleições para governador de São Paulo, e levava faixas ao campo como “ganhar ou perder, mas sempre com democracia”.
O Corinthians apoiou o movimento das Diretas Já em 1984, que não teve adesão da TV Globo, e Sócrates chegou a dizer em comício que se a Emenda Dante de Oliveira fosse aprovada ele não sairia do Brasil para jogar na Europa.
O Governador de São Paulo, Franco Montoro (então no PMDB) chegou a esboçar uma possibilidade que a CESP patrocinasse Sócrates para ele ficar no Brasil, mas desistiu após o jogador criticar a morosidade do governo e tecer elogios à Lula.
Com a não aprovação das eleições diretas para presidente, e sem o Corinthians ter condições de segurar Sócrates, o Doutor foi jogar na Fiorentina, onde ficou por um ano e meio com muitas contusões, dificuldades de relacionamento e brigas políticas. Sócrates apoiava o Partido Comunista Italiano, contra os donos do seu time, de uma elite reacionária.
A Democracia Corinthiana chegou ao fim após boicotes do goleiro Leão, criticas de Biro-Biro (filiado ao PDS) e derrota da diretoria para o grupo de Vicente Matheus. O que, além dos problemas financeiros do Corinthians, impossibilitou a volta de Sócrates para o timão.
Em 1985 fez militância política para Fernando Henrique Cardoso (então no PMDB) nas eleições para prefeito de São Paulo. Por mais que fosse simpatizante do Partido dos Trabalhadores de Eduardo Suplicy, pregou o voto útil em FHC, pois não havia segundo turno, para derrotar Jânio Quadros do conservador PTB, que acabou vencendo.
Na Copa de 1986 no México Sócrates voltava de contusão e não teve o mesmo brilho, mas foi titular. Criticou o regime político no México, usou faixas contra o governo dos Estados Unidos e foi o único a perceber em um jogo que trocaram o Hino Brasileiro pelo Hino da Bandeira. Talvez o único erro do livro seja dizer que Sócrates era o camisa 8 também na Copa de 86, quando na verdade ele era o camisa 18.
Sem o mesmo brilho Sócrates jogou no Flamengo, Santos e se despediu do futebol no seu Botafogo de Ribeirão Preto. Em 2004 ainda jogou algumas partidas para o time inglês Garforth Town Association Football Club, aos 50 anos de idade.
Sócrates chegou a ser Secretário de Esportes de Ribeirão, na gestão do prefeito Antonio Palocci Filho, ocupou alguns cargos de técnico e comentarista, chegou a ser sondado mas recusou ser Ministro dos Esportes de Lula, tentou ser presidente da CBF, e nos últimos anos foi colunista da revista Carta Capital. Estava negociando ser técnico da seleção de Cuba.
Sócrates tinha críticas a alguns membros do governo Lula, mas sempre apoiou o presidente, e votou em Dilma Rousseff em 2010.
Nosso herói infelizmente era alcoólatra, e morreu devido a uma cirrose hepática em 4 de dezembro de 2011, no dia em que o Corinthians foi campeão brasileiro pela quinta vez.
O livro conta histórias engraçadas, tristes e mostra as falhas e erros de Sócrates. Mas o Doutor é inesquecível apenas porque não foi perfeito em tudo o que fez. Não despontou antes para o futebol porque estudava medicina. Não era tão atleta porque bebia e fumava. Não se deu tão bem em lugares por onde passou porque atuava politicamente, como cidadão, e isso não era aceito em várias esferas. Era questionador, festeiro, mas muito amigo de seus amigos.
Sócrates é meu grande ídolo no futebol e um dos maiores em todas as áreas. Sou fã desde 1982, vi vários jogos do Doutor, mas o conheci pessoalmente apenas em 2010 em Curitiba, em palestra que ele falou sobre futebol e política. Sarrista, quando perguntei para ele sobre seu desafeto Leão e disse que eu tinha uma filha já corinthiana com então 4 anos de idade que queria um autógrafo, ele ainda brincou que seu filho Fidel também tinha a mesma idade e quem sabe poderia ser um futuro namorado.
Desejo que o livro vire um filme de qualidade, para que a história do Doutor Sócrates seja ainda mais popularizada.
Tarso Cabral Violin – advogado e professor universitário, autor do Blog do Tarso, é corinthiano desde que nasceu por influência paterna e por ver desde pequeno os jogos do time de Sócrates, Casagrande e Wladimir, da Democracia Corinthiana, em especial o bi-campeonato Paulista de 1982-1983 com seu pai no estádio do Morumbi, o salão de festas do Corinthians
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Boas festas e um ótimo 2015!
22 de Dezembro de 2014, 23:05 - sem comentários aindaPresidenta Dilma Rousseff (PT) e Tarso Cabral Violin, autor do Blog do Tarso, em outubro de 2014, em evento em Itaquera, na periferia de São Paulo
O ano de 2014 foi de vitórias e derrotas.
Na política vencemos com a presidenta Dilma Rousseff (PT) e com o deputado estadual Tadeu Veneri (PT), mas perdemos para o governo, senado e deputado federal.
Fizemos a Copa das Copas.
Foi um ano importante, em que decidi ser candidato ao cargo de vereador de Curitiba em 2016, quando pretenderei conquistar 10 mil votos dos curitibanos, em campanha ética, transparente e participativa.
Em 2014 palestrei e lecionei muito sobre Direito Administrativo, Administração Pública, Terceiro Setor e Democratização da Mídia.
Foi meu primeiro ano do doutorado em políticas públicas na Universidade Federal do Paraná, uma ano suado, mas recompensador. Decidi no final do ano que minha tese será sobre a Democratização da Mídia, um tema que será muito discutido no segundo mandato de Dilma.
O Blog do Tarso cresceu, bateu recordes de acessos e caminha para os 5 milhões de acessos, e continuará a discutir Política, Direito e Administração Pública, com o lema “Ácido, mas sem perder a ternura jamais”.
No finalzinho do ano recebi de presente uma demissão, após ter sido prejudicado por causa de um mal entendido ou após a atuação ardilosa/matreira de algum adversário político. Mas que isso sirva para que eu conquiste novos horizontes.
O ano de 2015 será de muito estudo, trabalho, militância política e debate.
Organizaremos junto com os blogueiros progressistas o 3º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná, em abril; estruturaremos minha campanha de vereador de Curitiba junto com amigos, advogados, professores, blogueiros, servidores públicos, sindicalistas, estudantes, ativistas digitais e de movimentos sociais, empresários e profissionais autônomos; estudaremos principalmente o tema da Democratização da Mídia; proferiremos palestras e aulas sobre Direito Público; publicaremos a 3ª edição do meu livro “Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública: uma analise crítica” (Fórum), atualizado nos termos da Lei das OSC; escreveremos no Blog do Tarso e advogaremos.
Desejo a todos os meus amigos, leitores e seguidores ótimas festas, um bom descanso e um maravilhoso 2015!
Tarso Cabral Violin – advogado, professor de Direito Administrativo, mestre e doutorando (UFPR) e autor do Blog do Tarso
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Beto Richa e a privatização da educação
19 de Dezembro de 2014, 21:06 - sem comentários aindaO governador Carlos Alberto Richa (PSDB) divulgou hoje o nome do novo secretário de educação do Estado do Paraná. Será o engenheiro de telecomunicações e atual conselheiro de Administração da Positivo Informática Fernando Xavier Ferreira.
Ele é especialista em negócios e bolsa de valores; foi Diretor-Geral da Itaipu Binacional escolhido pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, que sofreu Impeachment; ocupou altos cargos na telefonia durante o governo FHC e foi responsável pelas privatizações do setor (nossa telefonia é caríssima e de péssima qualidade); e ocupa altos cargos na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo-FIESP.
Ou seja, ELE NÃO ENTENDE NADA DE EDUCAÇÃO, ele entende de negócios privados, ele entende de privatização.
Em entrevista para Rogério Galindo da Gazeta do Povo, Ferreira mostrou que tem pouca experiência na área da educação. Parece piada: “sempre tive um pouco de vocação para o magistério. No segundo ano da faculdade dava monitoria para os alunos do primeiro ano. Depois, fui professor por 15 anos na Universidade Federal do Paraná, no curso de Engenharia Elétrica. Sempre vivi no ambiente da educação. Mas além disso a gente sempre pode trabalhar com a gestão”. Disse que não precisar ser especialista em educação, mas que sobre o tema “pode se informar”.
Vai aplicar o que aprendeu na iniciativa privada, a cartilha do neoliberalismo-gerencial, ou seja, privatizar a educação pública. Não vai buscar a universalização gratuita da educação estatal. Não vai investir nos trabalhadores. Vai sim buscar o lucro pelo lucro, a educação de crianças não para que elas sejam cidadãs, mas sim consumidores de uma mercadoria, para que sejam educadas a serem egoístas, individualistas, consumistas.
A APP-Sindicato vai ter muito trabalho.
Por favor 2018, chega logo!
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Fora coronéis da mídia!
19 de Dezembro de 2014, 20:19 - sem comentários ainda
No Paraná os coronéis da mídia normalmente são empresários não políticos que mandam e são beneficiados pelos governos. Mas Ratinho Junior (PSC) e Cida Borghetti (PROS) são donos de concessão de radio e TV.
Maria Aparecida e Rato são deputados federais, sendo totalmente inconstitucional que eles sejam donos de rádio e TV. Ela foi eleita vice-govarnadora de Beto Richa (PSDB), ele foi eleito deputado estadual e continuará sendo secretário de Carlos Alberto.
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