A sanha de terceirizar da Prefeitura de Curitiba não pára. Multas com a Consilux, podas de árvores com a família Derosso, exames de saúde pública com laboratórios particulares, pavers no lugar das calçadas tradicionais, ônibus com as famílias detentoras de concessão que remonta a 1957. Agora, até a Maratona de Curitiba.
A empresa paulista Latim Esportes é a dona do pedaço. Quem quiser correr os 42 km olímpicos deve pagar R$ 70 de inscrição. Para correr só 10 km, na modalidade amador, paga-se R$ 60. Para caminhar – como iniciante – apenas 5 km, pasmem, a taxa é de R$ 50.
Perguntamos: se quem corre somos nós, as ruas são públicas, o bloqueio de tráfego é do Diretran e da PM, as ambulâncias – seu pessoal e combustível – são do Siate, o monitoramento é dos valorosos professores de Educação Física funcionários públicos municipais, o secretário de Esportes Municipal de Esportes e Lazer – Marcelo Richa, acadêmico de direito da Universidade Positivo – é pago com dinheiro público, o que sobra de despesa e investimento para a empresa particular terceirizada?
Ainda vale lembrar que o evento é patrocinado com dinheiro público pela Caixa, Copel (ainda pública), Sanepar (em parte pública) – mas que fornecerá água pura dos mananciais da serra – e o banco espanhol Santander – dono da conta pública da Prefeitura de Curitiba.
O valoroso vereador Algaci Túlio (PMDB), com ideais olímpicos, adepto das corridas esportivas, não se conforma. Fez pedido de informações ao prefeito Ducci. Ainda sem resposta.
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