A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.
A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.
Lançado Kwheezy Linux 1.2
21 de Setembro de 2013, 16:14 - sem comentários aindaEuan Thoms, liderando sua equipe de desenvolvedores, anunciou o lançamento do Kwheezy 1.2, uma distribuição baseada no Debian, com um desktop pré-configurado com o ambiente KDE e uma seleção de aplicativos de software para as tarefas diárias. A versão 1.2 já está disponível na página de downloads do projeto, trazendo três focos principais: estabilizar o instalador, aprimorar o ambiente GNU/Linux e remover o repositório de terceiros deb-multimedia.org. Houve alterações na versão 1.2, com a incorporação de um par de correções de bugs restantes; o Kwheezy Profiler, uma nova ferramenta GUI para fazer backup e restaurar perfis de usuários; navegador Rekonq atualizada a 2.3.2; cliente Steam instalado por padrão; PlayOnLinux instalado por padrão e alguns jogos open-source (como KDE Games, DreamChess).
Kwheezy é uma distribuição Linux baseada no Debian, com um desktop KDE, caracterizando uma interface bastante intuitiva e uma boa seleção de softwares opensource para GNU/Linux. Ele também inclui drivers de dispositivos populares, codecs de mídia e plugins do navegador, todos eles pré-configurados e prontos para o uso logo no primeiro boot.
Com informações de Kwheezy e Under-Linux.
Lançado Zentyal 3.2
21 de Setembro de 2013, 14:29 - sem comentários aindaA Zentyal, renomada desenvolvedora de soluções fáceis e práticas de TI voltadas para pequenas empresas, anunciou esta última semana, a disponibilização do seu Zentyal Server 3.2, uma nova versão do servidor Zentyal Linux. Zentyal visa proporcionar às pequenas e médias empresas um ambiente nativo compatível com tecnologias Microsoft, all-in-one, backoffice de TI, que pode ser configurado em menos de 30 minutos, além de ser fácil de usar e ser bastante acessível, adaptando-se às necessidades do negócio à medida que estes evoluem.
“Zentyal é um dos poucos fornecedores que foi desenvolvido para integrar o complexo de tecnologias Samba – que garantem a interoperabilidade nativa com o Microsoft Active Directory – juntamente com mais de 30 outras tecnologias líderes de código aberto em um ambiente fácil de usar, dentro do alcance das pequenas e médias empresas “, disse Julien Kerihuel, CTO da Zentyal.
O anúncio pode ser lido na íntegra (em inglês) aqui. O download pode ser feito através do site oficial do Zentyal.
Com informações de Zentyal e Under-Linux.
Lançado Zorin OS 6.4 “Educational”
21 de Setembro de 2013, 14:22 - sem comentários aindaA equipe do Zorin OS anunciou o lançamento do Zorin OS 6.4 “Educational”, uma versão educacional do Zorin OS, que é basicamente destinado para usuários do Windows fazerem migrações para um sistema GNU/Linux. O Zorin OS 6.4 “Educational” inclui software recém-atualizados, um novo kernel out-of-the-box e correções de bugs. Como Zorin OS 6.4 é baseado no Ubuntu 12.04, trata-se de um release LTS (Long Term Support) de liberação, contando com 5 anos de atualizações de segurança.
Os usuários que já instalaram versões anteriores do Zorin OS 6 série “Educational” de sistemas operacionais, não precisam obter Zorin OS 6.4 como todas as atualizações e melhorias mencionadas na versão vigente; ele pode ser aplicado ao instalar as últimas atualizações a partir do Update Manager.
O download do Zorin OS 6.4 Educational pode ser feito aqui.
Com informações de Zorin Group e Under-Linux.
Estudo analisa impactos da digitalização de documentos
20 de Setembro de 2013, 14:19 - sem comentários aindaUm fenômeno vem crescendo mundialmente e conferindo uma maior visibilidade aos arquivos públicos, na esteira da expansão dos movimentos de preservação da memória. Essa nova dinâmica está mudando o seu status. Antes vistos como lugares empoeirados onde ninguém ia, hoje vêm se tornando cada vez mais objeto de pesquisas e de afeto da população. Trata-se de um movimento social e cultural, observando-se, não só na educação formal, como também na educação informal, uma maior aproximação entre a população, a sociedade civil e os arquivos.
Esse movimento ganha mais impulso com a digitalização de documentos e sua publicação on-line. E muitos arquivos mobilizam áreas exclusivamente dedicadas ao ensino. “Como tudo nessa nova economia da memória passa rapidamente e ameaça cair na obsolescência, os arquivos precisam medir esforços e planejar os passos para responder com sensatez e responsabilidade à exposição midiática e às suas demandas.” Foi o que concluiu a historiadora Adriana Carvalho Koyama em sua tese de doutorado defendida na Faculdade de Educação (FE), orientada pela docente Maria Carolina Bovério Galzerani.
As publicações, salienta Adriana, dão acesso imediato a documentos que de outra forma não seriam conseguidos facilmente. É o caso do site do arquivo nacional inglês (The National Archives – http://www.nationalarchives.gov.uk/education/lesson47.htm), que dá acesso a um mapa de Londres após um incêndio do século 17 que se tornou emblemático. “Nessa atividade educativa se veem os registros da casa do padeiro onde começou o fogo, além de uma série de documentos de época que fascinam as pessoas. Temos a sensação de ter às mãos documentos que, para conhecê-los, seria necessário viajar até lá.”
Eles são todos higienizados, tratados digitalmente e ficam como novos, dando a impressão de que não sofreram com a ação do tempo, o que não é verdade, desmistifica a pesquisadora. O documento original sofre também com o pó e com os acessos. Mas essas dificuldades, em sua opinião, desaparecem na consulta on-line.
Ensino
Nas décadas de 1980 e 1990, em um movimento de renovação no ensino de História e com os novos currículos, as escolas passaram a ter como perspectiva o trabalho com fontes para o ensino de História, desde o ensino fundamental. Este foi um movimento que já teve outros momentos de aproximação, mas ganhou um maior incentivo depois da década de 1990, quando vários países da Europa e da América renovaram seus currículos e passaram a mostrar as possibilidades que o ensino de História traz usando fontes documentais.
O contato com essas fontes – críticas e análises – passou a ser pensado como importante desde as séries iniciais. Já no segundo ano, as crianças conseguem ler documentos curtos ou imagéticos e até no máximo no terceiro ano podem ser inseridas em atividades de arquivos. Para isso, basta qualquer lugar que dê acesso à internet, principalmente com a expansão da educação tecnológica nas escolas, dos tablets nas salas de aula e dos laboratórios de informática na rede pública.
Um momento anterior de aproximação ocorreu no final da década de 1970, quando professores reivindicaram a renovação do ensino de História. Ela foi incorporada aos currículos duas décadas depois, fazendo com que os arquivos fossem mais buscados pelas escolas. “Foi um movimento de aproximação em dois sentidos: tanto os arquivos se aproximaram das escolas, com a criação de serviços educativos, como começaram a ser pensados por professores e pesquisadores de ensino de História como espaços de educação”, contextualiza a pesquisadora.
Ela relata que começou sua pesquisa fazendo um levantamento de sites de arquivos. Pesquisou os arquivos nacionais de língua inglesa, portuguesa, francesa, italiana e espanhola. Acabou se detendo nos arquivos inglês e americano (National Archives and Records Administration), os quais têm as ações de educação on-line mais antigas e o maior número de documentos digitalizados.
No confronto com outros arquivos, delineou o trabalho de campo. A maior parte da pesquisa de literatura foi feita nos periódicos eletrônicos presentes nas bases de dados que a Unicamp assina. Pela novidade do tema, as referências específicas sobre a educação em arquivos on-line são basicamentepapers e teses.
Mas Adriana também muito se valeu de sua experiência de historiadora na direção de um arquivo público da cidade de Indaiatuba, de 2008 a 2012. Foi igualmente responsável pelo serviço educativo e trabalhou com o ensino de História por anos a fio, usando fontes documentais. De acordo com ela, o primeiro vestibular no Brasil com o uso de documentos (na década de 1980) foi o da Unicamp, universidade pioneira no movimento de renovação do ensino de História.
Reflexão
A historiadora comenta que, nas visitas aos arquivos, há sempre um serviço educativo que seleciona fragmentos de séries documentais para serem mostrados. Nesse caso, a experiência presencial não difere muito da experiência on-line. Porém Adriana reconhece que visitar os arquivos e percorrer seus corredores é uma experiência relevante para os estudantes, a fim de dimensionarem a documentação que é custodiada pelos arquivos.
De outra via, admite ela, nessas visitas corre-se um risco muito comum de monumentalizar o arquivo, porque cria-se uma imagem de que lá estão guardadas a memória e a história, o que gera uma espécie de educação das sensibilidades que situa o arquivo como o lugar da história, da memória – um santuário.
Ocorre que essas visitas escolares aos arquivos presenciais acabam não permitindo que as crianças tenham de fato acesso à experiência de pesquisa com as séries documentais. Seria preciso encontrar formas para ampliar as experiências de reflexão e produção de conhecimento histórico educacional nos arquivos. “O aluno como pesquisador seria capaz de criar seu conhecimento a partir das fontes, evitando gerar uma aura em torno dos arquivos”, acredita.
Como os arquivos vêm sendo atraídos por esse discurso de que são lugares da memória, essa é uma acepção que por um lado traz visibilidade e que traz inclusive mais financiamento. Logo, os arquivos entram no circuito das culturas da memória. Entretanto, eles tendem a sobrepor essa ideia à noção do documento custodiado. “O que temos nos arquivos é somente o registro de procedimentos do Estado na relação com os cidadãos. Os registros são muito importantes, contudo não são a memória social, posto que quem a constrói são os grupos sociais, de forma dinâmica, contraditória e sempre plural”, ressalva Adriana.
A despeito disso, mundialmente os arquivos nacionais cada vez mais têm estampado nas suas páginas iniciais que eles são os guardiões da memória. Isso é parte de sua propaganda e funciona como uma justificativa do valor dos arquivos, pondera.
Séries
Adriana conta que um grupo de pesquisadores de ensino de História da Universidade de Bolonha, Itália, tem tido experiências com séries documentais inter-relacionadas, não com documentos avulsos, selecionadas a partir de um fundo de arquivo com inúmeros documentos.
Dentro dessas séries, os alunos podem fazer suas pesquisas com liberdade. Mas, no Brasil, elas ainda são desconhecidas. “Aquelas que conheço envolvem seleção de documentos avulsos que são agrupados para o trabalho de ensino”, relata.
Na tese, ela sinalizou a chance de trabalhar com esses documentos a contrapelo, pois a forma como eles são lidos é fundamental. Têm que dialogar com os sujeitos da pesquisa: sejam os alunos ou os professores, com suas próprias experiências, de forma a deslocar as apreensões existentes, as significações que eles já têm sobre o passado e o próprio presente.
Devem promover uma experiência significativa e mover esteticamente. Na perspectiva da educação, às vezes, experiências significativas deslocam as pessoas, as movem e mudam sua maneira de enxergar o mundo, relembra a doutoranda sobre o pensamento de Vigotski.
Também é necessário trabalhar com seleções de documentos que estimulem alunos e professores a viver esta experiência de pesquisa que conecta sujeito e passado. Para a historiadora, toda cidade que tem um arquivo e um serviço educativo ligado a ele é privilegiada, porque são poucos os arquivos no país que têm essa condição e se colocam à disposição dos usuários.
Desde o final do século XIX, o mundo tem recebido, fragmentariamente, informações midiáticas sedutoras, com as quais são propostas significações sobre o passado, primeiro nos almanaques, nas revistas e nos jornais, depois na rádio, no cinema, na TV e, agora, na internet. “Ganhamos mais acesso a imagens sobre o passado, e os documentos reproduzidos têm entrado nesse fluxo midiático, o que também educa nossas sensibilidades”, realça Adriana.
Sem perceber, as pessoas entram em contato com documentos de arquivo de um modo pouco reflexivo. O History Channel, um canal de televisão americano cuja programação é focada em conteúdos de teor histórico e científico, usa documentos de arquivo como autoridade. Como eles se apoiam nesses documentos, o resultado é que surgem conclusões sem fundamentação teórica mais sólida, mas que parecem ganhar um ar de verdade porque se apoiam supostamente em documentos públicos.
Esses documentos estão on-line e estão sendo veiculados pela mídia, causando preocupação para os arquivistas internacionalmente, sobre como lidar com esse fluxo de documentos, pois os arquivos sempre foram ciosos por garantir autenticidade aos seus próprios documentos. Do modo como estão sendo mostrados na mídia, perdem totalmente o contato com seu contexto de produção original.
“Temos pensado como é possível, a partir dos documentos midiáticos na contemporaneidade, trabalhar com a educação patrimonial em oposição a essas tendências”, sugere a doutoranda no estudo, realizado no período de 2008 a 2013, que teve como referenciais teóricos na educação Vigotski e Bakhtin, e nas pesquisas histórico-educacionais Edward Palmer Thompson, Peter Gay, Walter Benjamin e Carlo Ginzburg.
Atualmente, a autora do estudo faz parte de dois grupos de pesquisa – do Kairós: Educação das Sensibilidades, História e Memória do Centro de Memória Unicamp e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada (Gepec) da FE.
Com informações do Jornal da Unicamp.
Direito autoral volta a ser tema de polêmica no Marco Civil
20 de Setembro de 2013, 14:17 - sem comentários ainda“Vou mandar retirar”. Esta frase, que teria sido proferida pela presidente Dilma Rousseff na reunião desta semana com os integrantes do Comitê Gestor da Internet (CGI), pode ser confirmada por uns e negada por outros presentes no encontro. Alguns interlocutores afirmam que quando começou a discussão sobre direito autoral e sobre a inimputabilidade dos provedores de serviço, a presidente não estava mais na sala. Outros confirmam que ela ouviu e apoiou as mudanças sugeridas pelo professor Sérgio Amadeu, integrante do CGI, que levantou o assunto. Com sua conhecida verve, Amadeu denunciou que as mudanças promovidas no artigo 15º, na última versão do deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do Marco Civil, afetariam a liberdade de expressão.
Esse artigo estabelece: “Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e evitar a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.
§ 1º A ordem judicial de que trata o caput deverá conter, sob pena de nulidade, identificação clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que permita a localização inequívoca do material.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de infração a direitos de autor ou a direitos conexos.”
Em síntese, afirma que o provedor de internet só pode retirar conteúdo do ar mediante ordem judicial, o que o torna inimputável (sem responsabilidade) em relação aos conteúdos gerados por terceiros, à exceção da infração ao direito autoral.
Para Amadeu, esse parágrafo, que só teria surgido para atender aos interesses da TV Globo (ele disse isso à presidente Dilma), tem de ser eliminado do projeto porque traz insegurança aos provedores. “Defendi à presidente que as questões relacionadas ao direito autoral devem ser discutidas em lei específica, e não no Marco Civil”, afirmou.
Na versão de outros participantes da reunião, a discussão – que, de fato, tomou grande parte do tempo dos 11 ministros presentes, além dos mais de dez integrantes do CGI – só teria ocorrido após a saída da presidente da sala, para atender ao telefonema do presidente dos Estados Unidos. Frente aos argumentos, o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, teria alertado para a dificuldade de mudança no texto.
Diretores da Globo ouvidos pelo Tele.Síntese Análise, embora ressaltem que não participaram da reunião e sequer têm representação no Comitê Gestor, assinalaram que esse artigo protege a classe artística brasileira, e não uma empresa específica. “O pior dos mundos seria se o trabalho intelectual e o direito autoral ficassem desprotegidos”, argumentou a fonte.
Diferentes agentes avaliam que, se o governo assumir proposta de mexer nesse parágrafo, o projeto não consegue tramitar nos 90 dias estabelecidos pela urgência constitucional, pois muitas serão as pressões contrárias.
Com informações de Tele-Síntese.