A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.
A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.
Nieman Foundation lança e-book sobre desafios globais
23 de Outubro de 2013, 10:30 - sem comentários aindaPor ocasião da 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, realizada este mês no Rio de Janeiro, a Nieman Foundation for Journalism, de Harvard, publicou um novo e-book com artigos sobre as conquistas e desafios enfrentados pelos jornalistas investigativos que cobrem pautas de interesse e impacto globais. Muckraking Goes Global: The Future of Cross-Border Investigative Journalism [que pode ser acessado aqui, em pdf] tem versões em inglês e espanhol e inclui conteúdo original, além de artigos publicados na edição de Primavera do Nieman Reports.
A coletânea foi produzida em colaboração com os organizadores da conferência, os jornalistas brasileiros Fernando Rodrigues, repórter e colunista da Folha de S. Paulo, e Guilherme Alpendre, diretor-executivo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), além do romeno Stefan Candea, diretor do Centro Romeno para Jornalismo Investigativo. Rodrigues e Alpendre também assinam um artigo sobre a história e o papel da Abraji.
Perigo e esperança
A fundação de estudos do jornalismo de Harvard também tem outro e-book sobre o tema, com uma compilação de artigos publicados em 2011 por conta da Conferência Global de Jornalismo Investigativo realizada naquele ano em Kiev, na Ucrânia. Investigative Reporting: Perils and Promise [aqui] faz uma análise do cenário pós-Comunista encontrado pelos jornalistas, das repressões governamentais que afetam a liberdade de imprensa e das estratégias e planos para o futuro do jornalismo investigativo.
O e-book está disponível em epub, mobi e pdf.
Com informações de Observatório da Imprensa.
Lançado FuguIta 5.3.1, baseado no OpenBSD
23 de Outubro de 2013, 10:00 - sem comentários aindaFuguIta é um sistema que tem suas bases centradas no OpenBSD, cujo modo de operação é Live CD com local de trabalho portátil, baixos requisitos de hardware, software adicional e suporte parcial para o idioma japonês. Este Live CD destina-se a ser o mais próximo possível do padrão OpenBSD, quando instalado num disco rígido.
Sua última versão estável foi a 5.3, que recebeu pequenas atualizações e correções de falhas em junho deste ano, com a liberação do uptodate 5.3.1. Para os entusiastas dos sistemas BSD, mais um sistema para conhecer e se familiarizar.
Com informações de FuguIta e Under-Linux.
Por que o novo projeto de Glenn Greenwald é importante
23 de Outubro de 2013, 9:30 - sem comentários aindaGlenn Greenwald, que publicou muitos dos principais furos sobre os vazamentos de Edward Snowden, está saindo do Guardian e começando um novo empreendimento jornalístico com os veteranos jornalistas Laura Poitras e Jeremy Scahill, do semanário The Nation. A iniciativa é patrocinada por Pierre Omidyar, fundador do site eBay, que disse estar preparado para investir mais de 250 milhões de dólares no novo projeto.
Isso é uma grande notícia para o jornalismo. E também é uma grande notícia para quem se interessa na relação entre a tecnologia da informação e a política. Martha Finnemore e eu esboçamos um texto, há uns dois anos, sobre como as organizações do tipo do WikiLeaks estavam mudando a relação entre conhecimento, política e hipocrisia. Nossas ideias sobre hipocrisia desembocaram num artigo sobre as verdadeiras consequências dos vazamentos de Snowden que vai ser publicado na próxima edição da revista Foreign Affairs. E nossas ideias sobre conhecimento e política talvez digam alguma coisa sobre as consequências deste novo empreendimento (mas tenham paciência comigo; nossa argumentação é um pouco complicada).
Essencialmente, nós achamos que boa parte dos comentários sobre o WikiLeaks e as revelações de Snowden está errada. A maioria das pessoas acha que o WikiLeaks, Snowden etc são politicamente importantes porque revelam informações confidenciais até então desconhecidas. Muitos dos defensores do WikiLeaks – e isso, inicialmente, incluía o próprio Julian Assange – achavam que, ao revelar informações que o governo pretendia esconder, a organização mudaria a política e contribuiria para a deposição de regimes corruptos. E, na verdade, os críticos de Snowden e do WikiLeaks concordam com isso – eles alegam que os EUA (e talvez o mundo) foram feridos ao serem reveladas informações que deveriam continuar secretas.
Quando a informação se torna conhecimento
Nenhum deles tem razão. Assim como nem o WikiLeaks nem Snowden revelaram alguma informação surpreendente ou prejudicial. Os governos europeus e sul-americanos já sabiam que os EUA os espionavam. É claro que a China tinha consciência de que agências norte-americanas estavam tentando invadir seus sistemas. Por outro lado, a esperança inicial de Assange – que mudaria o mundo ao publicar informações prejudiciais – revelou-se sem fundamento algum. O WikiLeaks passou por uma grande frustração tentando conseguir que alguém (exceto blogueiros) desse atenção a suas primeiras revelações. Ninguém parecia se preocupar com isso.
O motivo do por quê é importante. Existe informação demais para que a maioria das pessoas possa prestar atenção – muito menos, decidir se acreditam ou não. Portanto, a maioria das pessoas confia em outras instituições, como as organizações jornalísticas, que lhes digam quais as informações que merecem atenção. As pessoas não só deixam de dar atenção às informações antes que estas sejam reconhecidas por uma instituição de autoridade, como as transformam, pois todo mundo sabe que todo mundo está prestando atenção a elas. E aí as coisas deixam de ser informações e passam a ser conhecimento – fatos aceitos, de maneira geral, que as pessoas usam para construir sua compreensão daquilo que todo mundo sabe sobre política.
Jornais bem montados, como o New York Times, o Washington Post e o Financial Times, desempenham um papel sociológico fundamental ao decidirem qual a informação que é importante e confiável e qual não é. Quando um desses jornais publica uma informação, ela é legitimada como conhecimento – o que as próprias pessoas não só irão provavelmente levar a sério, como terão que levar a sério porque sabem que outras pessoas estão levando a sério. Os governos da União Europeia sabiam perfeitamente que os EUA vinham violando suas comunicações (e se você tivesse acesso a fontes especializadas, também o saberia). Entretanto, esses governos consideraram politicamente mais conveniente desconhecer a espionagem norte-americana do que fazer um espalhafato. Quando essa informação se tornou conhecimento – quando foi publicada e tratada como informação oficial pelos principais jornais –, ficou impossível continuar a desconhecê-la.
Parceria com a imprensa
Assange e o WikiLeaks descobriram uma versão disto há bastante tempo. Foi por isso que começaram a trabalhar em conjunto com jornais importantes, como o Guardian e o New York Times – pois somente dessa maneira conseguiam atrair uma atenção sistemática para a informação que revelavam, transformando-a num conhecimento aceito por todos. Nada tem de surpreendente, entretanto, que essa relação tenha se tornado difícil. Os jornais – mesmo os pioneiros – têm relações políticas com os governos, que os deixam nervosos por publicar (e, portanto, validar) alguns tipos de informações. Isso também ajuda a explicar a grosseria que muitos jornalistas têm para com Greenwald. Embora reconheçam que ele revelou muito furos valiosos, não o veem vinculado às mesmas regras a que obedecem.
Por um lado, pessoas como Assange, Greenwald e Snowden precisam de jornais ou veículos de mídia semelhantes. Sem um tal veículo, ficam falando sozinhos. Por outro lado, e justamente porque os jornais desempenham um papel essencial em validar o conhecimento, eles têm relações complicadas com governos e políticos. Isso os leva a ações que pessoas como Assange e Greenwald provavelmente veem como concessões ao poder.
E é por isso que este novo empreendimento é tão interessante. Provavelmente irá desenvolver-se como uma empresa jornalística séria. Um capital de 250 milhões de dólares pode contratar gente muito boa. A iniciativa tem o potencial para tornar-se uma fonte de informação que pode transformar informação em conhecimento. No entanto, não parece que venha a estar vinculada aos tipos de relações políticas nas quais está embutida a maioria dos jornais. A Columbia Journalism Review ressalta bem esse aspecto quando descreve o empreendimento como o semanário de I.F. Stone, caso este tivesse contado com o pródigo patrocínio de um bilionário amigo.
Conhecimento público sem as velhas regras
Se a iniciativa der certo, é provável que mude a relação entre informação, conhecimento e política de maneiras bastante interessantes. O mais óbvio é que torne ainda mais difícil para o governo norte-americano o controle da política de vazamentos por meio de pressões sobre os jornais para que não publiquem matérias que entende como prejudiciais ao interesse nacional. A esse respeito, Bill Keller, ex-editor-chefe do New York Times, diz o seguinte:
“A tensão entre nossa obrigação de informar e a obrigação do governo de proteger obedece a uma série de rituais. Como escreveu um de meus antecessores no cargo, Max Frankel, “para a grande maioria dos ‘segredos’, desenvolveu-se entre o governo e a imprensa (e o Congresso) uma regra muito simples: o governo esconde o que pode, alegando necessidade enquanto o consiga fazer, e a imprensa bisbilhota tudo o que pode, alegando necessidade e direito à informação. Cada lado neste ‘jogo’ ‘ganha’ ou ‘perde’ uma ou duas jogadas. Cada um luta com as armas de que dispõe. Quando o governo perde um ou dois segredos, ajusta-se, simplesmente, a uma nova realidade.”
É difícil imaginar que Greenwald (ou Laura Poitras) tenha interesse em envolver-se nestes rituais. Se os governos começarem a perder o controle sobre o conhecimento público na era da informação, certamente não será porque a informação “quer ser livre”. Será devido à criação de novos empreendimentos como este, que criam conhecimento público sem aderir às velhas regras de como o governo tem voz na decisão sobre o que vai e o que não vai ser publicado.
Tradução de Jô Amado, edição de Leticia Nunes. Informações de Henry Farrell [“Why Glenn Greenwald’s new media venture is a big deal”, Washington Post, 17/10/13]
Com informações de Observatório da Imprensa.
NSA coletou milhões de listas de contatos de e-mails pessoais
23 de Outubro de 2013, 8:30 - sem comentários aindaA agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, em sua sigla em inglês) coletou milhões de listas de contatos de e-mails pessoais e mensagens instantâneas em todo o mundo – incluindo de americanos – em seu esforço para encontrar ligações com o terrorismo ou outra atividade criminal. As informações inéditas foram divulgadas nesta segunda-feira pelo jornal “Washington Post”.
Vazados pelo ex-técnico da NSA Edward Snowden, os números foram confirmadas por oficiais de inteligência dos EUA. E-mails dos servidores Yahoo, Gmail, Facebook e Hotmail vêm sendo rastreados continuamente, além de cerca de meio milhão de listas de serviços de chat.
Durante um único dia do ano passado, o sistema recolheu 444.743 e-mails de listas de contatos do Yahoo, 105.068 do Hotmail, 82.857 do Facebook e 33.697 do Gmail, além de 22.881 endereços a partir de outros provedores não especificados, de acordo com uma apresentação interna da NSA. Além disso,segundo o relatório, a agência americana recolhe diariamente contatos de cerca de 500 mil pessoas de listas de amigos em serviços de bate-papo, bem como de mensagens privadas. Apesar dos números, um porta-voz do governo informou que a agência de inteligência não tem interesse em informações pessoais de americanos comuns.
O programa de coleta, que ainda não havia sido divulgado, intercepta e-mails e listas de amigos de serviços de mensagens instantâneas através de links de dados globais. Serviços on-line muitas vezes transmitem os contatos quando um usuário acessa sua conta pessoal, escreve uma mensagem ou sincroniza um computador ou dispositivo móvel com as informações armazenadas em servidores remotos.
Mas, ao invés de serem direcionadas a usuários individuais, as informações são coletadas pela NSA, que vem reunindo listas de contatos em números que equivalem a uma fração considerável da população mundial. A análise desses dados permite que a agência possa buscar conexões ocultas e relacionamentos dentro de um universo muito menor, incluindo estrangeiros. A coleta depende de acordos secretos com companhias estrangeiras de telecomunicações ou serviços de inteligência que direcionam o tráfego ao longo das principais rotas de dados da Internet.
Com informações de Observatório da Imprensa.
Conheça o AxCrypt, um software Open Source de criptografia para sistemas Windows
23 de Outubro de 2013, 8:00 - sem comentários aindaAxCrypt, como é do conhecimento de muitas pessoas ligadas à área da segurança da informação, é o principal software de criptografia de código aberto desenvolvido para o sistema Windows. Ele se integra perfeitamente com o Windows para compactar, criptografar, decodificar, armazenar, enviar e trabalhar com arquivos individuais. Esse utilitário enfatiza a questão da privacidade pessoal e segurança com criptografia AES-128 File Encryption e Compressão para Windows 2000/2003/XP/Vista/2008/7.
O utilizador deve clicar duas vezes para, automaticamente, decifrar os documentos abertos. Além disso, o utilitário pode armazenar chaves fortes em dispositivos USB removíveis. Dentre as características de AxCrypt, está a capacidade de proteger com senha, qualquer número de arquivos usando um sistema de criptografia forte.
Ao usar o botão direito do mouse, haverá uma integração com o Windows Explorer que torna AxCrypt a maneira mais fácil para criptografar arquivos individuais no Windows. Nesse contexto, você deve clicar duas vezes para abrir, e então editar e salvar arquivos protegidos; além disso, o utilitário traz muitos recursos adicionais, mas nenhuma configuração necessária. Basta instalá-lo e em seguida, utilizá-lo.
Quer saber mais? Visite o site do AxCrypt.
Com informações de AxCrypt e Under-Linux.