Além dos tradicionais aplicativos sociais como Facebook ou WhatsApp, os jogos casuais estão atualmente entre os mais populares usos dos smartphones.

O fácil acesso aos aparelhos e conexão a internet, os celulares se tornaram o primeiro dispositivo usado para jogos no Brasil, de acordo com a pesquisa Game Brasil 2015. 32% dos entrevistados informaram usar seus aparelhos para jogar.

O maior número de jogadores está entre os chamados jogos casuais – que incluem títulos como 2048 ou Flappy Bird, mas também os interessados por jogos mais complexos (melhores gráficos, jogabilidade, tempo investido) como Clash of Clans, um dos principais MMOs da atualidade. Vale ressaltar que entre estes 32% também estão usuários que podem interagir com outras plataformas, não somente jogos online.

Ainda do lado dos jogadores casuais, sites de jogos online, que rodam no próprio browser, ainda fazem um grande sucesso, atraindo atenção de 28,9% dos gamers brasileiros. Alguns dos principais nomes deste mercado são a Toca dos Jogos, Click Jogos e Papa Jogos.

Mesmo que a grande maioria do catálogo oferecido seja de jogos em Flash (já não mais apreciado como no passado) nos últimos anos vem acontecendo uma convergencia que pode unir o mercado casual desktop e mobile: o HTML5.

A tecnologia funciona em browser e, na maioria dos casos, jogos podem adaptados com facilidade para ambos os dispositivos, cortando custos de desenvolvimento e ampliando as possibilidades de distribuição. O próprio 2048 é um exemplo disso: com código aberto, o game ganhou versões onde os jogadores poderiam customizá-lo com as imagens que desejássem (ao invés dos números), criando a sua própria versão única.

Se por um lado os jogos tem ficado cada vez melhores e a disponibilidade de games seja alta, o grande desafio mercado atualmente é crescer do ponto de vista da monetização. A maioria dos desenvolvedores ainda batalha para ter lucros e seguir ativo no mercado. Além do fato do baixo percentual de gamers que tem se mostrado disposto a pagar para ter acesso aos jogos ou comprar produtos dentro deles. Mas assim como música e filme conseguiram sair do mercado pirata e ter atraido alto interesse dos internautas dispostos a pagar por um produto premium, este pode ser um caminho de amadurecimento também neste mercado.

A mesma pesquisa Game Brasil 2015 ainda descobriu que 31% dos jogadores brasileiros usam consoles, 7% se divertem com tablets e que quase metade (47,1%) deste mercado é das mulheres. Um último dado coletado foi que 80% do tempo usado em jogos acontece durante deslocamentos – uma grande oportunidade de crescimento para os jogos casuais.