Gestão de Fernanda Richa é um desastre: 5 adolescentes mortos nos educandários nos últimos 4 meses. Ministério Público culpa Beto Richa.
23 de Setembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaO Governador Beto Richa (PSDB), para dar maior poder a sua própria família, criou a Super-Secretaria da Família e a deu de presente para sua esposa, Fernanda Richa, assim como criou a Super-Secretaria de Infraestrutura e a presenteou para o irmão Pepe Richa.
O problema é que para presentear sua esposa o governador extinguiu a Secretaria de Estado da Criança e do Adolescente. A Gazeta do Povo de hoje informa que esse ato de Beto Richa ocasionou a morte de cinco adolescentes nos últimos quatro meses nos educandários estaduais, instituições que deveriam protegê-los e ressocializá-los. Segundo o jornal “as mortes revelam que o problema não é pontual e coincidem com a redução do quadro de educadores sociais e a recente extinção da Secretaria da Criança e da Juventude”.
Uma fonte do Judiciário ouvida pela Gazeta do Povo disse que os adolescentes ficaram “sem pai nem mãe entre janeiro e junho”, ou seja, bem no período que Fernanda Richa assumiu como Secretária no Governo Beto Richa.
Segundo a reportagem, para o promotor de Justiça Murilo Digiácomo, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância do Ministério Público do Paraná, a morte de adolescentes que estavam sob a tutela do Estado é tão grave que o próprio governador deveria se manifestar a respeito. Para ele a raiz do problema está na extinção da Secretaria da Criança e Juventude desmontada por Beto Richa e Fernanda Richa, mesmo com manifestações contrária de organismos como o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
O promotor acredita haver tempo de Beto Richa reconhecer o erro e recriar a secretaria: “Não é uma reivindicação só do Ministério Público, mas da sociedade” e “queremos ajudá-lo a perceber que errou e reflitir a respeito, uma reflexão que a sociedade já havia feito ao se manifestar contra a extinção da secretaria”. Finaliza dizendo que se não houver mudanças, a tendência é a repetição de novas tragédias nos educandários do Paraná.
Veja a matéria completa da Gazeta do Povo de hoje:
Esquecidos pelo Estado
Mortes de jovens em educandários do Paraná coincidem com extinção de secretaria e redução no quadro de funcionários
Hoje na Gazeta do Povo, por Mauri Konig
Cinco adolescentes morreram nos últimos quatro meses sob a custódia do Estado, dentro de instituições que deveriam protegê-los e ressocializá-los. Quatro estavam internados em unidades de socioeducação de Maringá, Piraquara, Pato Branco e Laranjeiras do Sul, enquanto outro foi encontrado sem vida numa cela da Polícia Civil, em Ponta Grossa. As mortes revelam que o problema não é pontual e coincidem com a redução do quadro de educadores sociais e a recente extinção da Secretaria da Criança e da Juventude.
Em três anos, o número de internos nos Centros de Socioeducação (Cense) saltou de 700 para 990, enquanto o contingente de educadores estagnou. Segundo o Sindicato dos Servidores e Trabalhadores das Unidades de Internação e Privação de Liberdade de Adolescentes do Paraná (Sindisec), nem todos os 1,2 mil servidores aprovados em concurso em 2009 decidiram ficar. “Quase todos os dias tem gente pedindo exoneração. Não há quem resista a tanta pressão”, diz o presidente do Sindisec, Mário Monteiro. Hoje, existem 894 educadores nos 19 Censes (eram 835 em 2009).
Segurança interna
Os educadores não têm poder de polícia nem porte de arma, mas, na prática, são eles que fazem a segurança nas unidades. Além das atividades laborais e de lazer, eles ainda precisam acompanhar os adolescentes ao médico, às audiências judiciais, nas remoções de uma unidade para outra. O interno materializa o Estado opressor na figura do educador, que tem de algemá-lo, impor limites, dizer “não”. Mergulhados nessa rotina, falta tempo para oxigenar as relações. “Nós cuidamos dos adolescentes, mas quem cuida da gente?”, indaga Monteiro.
A queixa não é sem razão. Cabe ao educador mostrar a importância do convívio social a meninos que muitas vezes não respeitam pai nem mãe. A tensão é permanente. As agressões sofridas vão desde cusparadas e saquinhos de urina nas costas a ameaças de morte. “Tudo isso com um quadro reduzido, por R$ 1,5 mil por mês, sem assistência médica e sem plano de carreira”, lamenta o presidente do Sindisec. “Não há quem resista, vai sucumbir mesmo”, conclui. Para ele, seriam necessários pelo menos mais 400 educadores, exatamente o número que o governo promete contratar ainda este ano.
Segundo uma fonte do Judiciário ouvida pela reportagem, o quadro reduzido de pessoal compromete as atividades socioeducativas. Para ela, os adolescentes ficaram “sem pai nem mãe entre janeiro e junho”, período de indefinição sobre qual pasta ficaria com os Censes. “Seis meses é muito tempo para o sistema socioeducativo”, avalia.
“Nem tudo pode ser evitado”
O governo do estado afirma não se eximir da responsabilidade pelos cinco adolescentes mortos sob sua custódia nos últimos cinco meses, mas ainda não sabe explicar as razões das mortes. Os casos estão sob investigação administrativa e criminal para se chegar aos responsáveis, informa a coordenadora de socioeducação da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Cláudia Foltran, responsável pelas 19 unidades de internação do estado.
Segundo ela, equipes técnicas estão fazendo visitas aos Centros de Socioeducação (Censes) para elaborar relatórios sobre cada unidade em particular. Junto, devem surgir as causas das mortes. “Nem tudo é previsível, nem tudo pode ser evitado”, justifica. A secretária prefere não atribuir a culpa a fatores não avaliados, mas, segundo ela, não se pode ser simplista ao apontar as causas. Para ela, não é porque a secretaria mudou de nome que o trabalho deixou de existir.
Recomposição
Cláudia diz que o governo está tentando recompor o quadro de educadores e anuncia um concurso público para o início de 2012. Até lá, está prestes a realizar um processo seletivo (mais simplificado do que um concurso) para a contratação temporária de 470 desses profissionais ainda este ano.
Um educador recebe, em média, R$ 2,1 mil brutos por mês, podendo chegar a R$ 2,7 mil com as gratificações, variáveis de acordo com o tempo de serviço e a função exercida. O governo promete, ainda, investir na capacitação dos atuais e futuros educadores.
Anseio da sociedade
MP pede a volta de secretaria
Para o promotor de Justiça Murilo Digiácomo, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância do Ministério Público do Paraná, a morte de adolescentes que estavam sob a tutela do Estado é tão grave que o próprio governador deveria se manifestar a respeito. A raiz do problema, segundo ele, está na extinção da Secretaria da Criança e Juventude, desmontada este ano pelo governo, mesmo com manifestações contrária de organismos como o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Digiácomo acredita haver tempo de o governo reconhecer o erro e recriar a secretaria, ou, no mínimo, um departamento que dê melhor atenção à criança e ao adolescente. “Não é uma reivindicação só do Ministério Público, mas da sociedade”, diz. “Não é nada contra o governo, pelo contrário, queremos ajudá-lo a perceber que errou e reflitir a respeito, uma reflexão que a sociedade já havia feito ao se manifestar contra a extinção da secretaria”, ressalta. Segundo Digiácomo, se não houver mudanças, a tendência é a repetição de novas tragédias nos educandários do Paraná.
Restrição de liberdade
Internação cresce 10% ao ano
Na última década, o Brasil viu aumentar, a uma taxa média anual de 10%, o número de adolescentes infratores submetidos a medidas de privação e restrição de liberdade. O número saiu de 8.579 nesse período para 17.703, conforme a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Pelos números mais atuais, 12.041 estavam internados, 3.934 em internação provisória e 1.728 em medida de semiliberdade. Projetando a evolução média do último triênio, com avanço baixo e estável, o Brasil tem hoje 20 mil adolescentes em educandários e delegacias especializadas.
Sistematizado pela coordenação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), o levantamento evidencia a preferência pela privação de liberdade em relação a outras formas de punição do infrator. Em abordagem inédita, o estudo ainda permite analisar em que medida o país recorre à reclusão desses jovens e quais estados mais têm usado esse recurso. O país interna 8,8 adolescentes a cada grupo de 10 mil jovens menores de 18 anos. O Distrito Federal lidera o ranking (taxa de 29,6). Oitavo na lista, o Paraná interna 9,8 adolescentes a cada 10 mil.
Gestão de Fernanda Richa é um desastre: 5 adolescentes mortos nos educandários nos últimos 4 meses. Ministério Público culpa Beto Richa.
23 de Setembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaO Governador Beto Richa (PSDB), para dar maior poder a sua própria família, criou a Super-Secretaria da Família e a deu de presente para sua esposa, Fernanda Richa, assim como criou a Super-Secretaria de Infraestrutura e a presenteou para o irmão Pepe Richa.
O problema é que para presentear sua esposa o governador extinguiu a Secretaria de Estado da Criança e do Adolescente. A Gazeta do Povo de hoje informa que esse ato de Beto Richa ocasionou a morte de cinco adolescentes nos últimos quatro meses nos educandários estaduais, instituições que deveriam protegê-los e ressocializá-los. Segundo o jornal “as mortes revelam que o problema não é pontual e coincidem com a redução do quadro de educadores sociais e a recente extinção da Secretaria da Criança e da Juventude”.
Uma fonte do Judiciário ouvida pela Gazeta do Povo disse que os adolescentes ficaram “sem pai nem mãe entre janeiro e junho”, ou seja, bem no período que Fernanda Richa assumiu como Secretária no Governo Beto Richa.
Segundo a reportagem, para o promotor de Justiça Murilo Digiácomo, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância do Ministério Público do Paraná, a morte de adolescentes que estavam sob a tutela do Estado é tão grave que o próprio governador deveria se manifestar a respeito. Para ele a raiz do problema está na extinção da Secretaria da Criança e Juventude desmontada por Beto Richa e Fernanda Richa, mesmo com manifestações contrária de organismos como o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
O promotor acredita haver tempo de Beto Richa reconhecer o erro e recriar a secretaria: “Não é uma reivindicação só do Ministério Público, mas da sociedade” e “queremos ajudá-lo a perceber que errou e reflitir a respeito, uma reflexão que a sociedade já havia feito ao se manifestar contra a extinção da secretaria”. Finaliza dizendo que se não houver mudanças, a tendência é a repetição de novas tragédias nos educandários do Paraná.
Veja a matéria completa da Gazeta do Povo de hoje:
Esquecidos pelo Estado
Mortes de jovens em educandários do Paraná coincidem com extinção de secretaria e redução no quadro de funcionários
Hoje na Gazeta do Povo, por Mauri Konig
Cinco adolescentes morreram nos últimos quatro meses sob a custódia do Estado, dentro de instituições que deveriam protegê-los e ressocializá-los. Quatro estavam internados em unidades de socioeducação de Maringá, Piraquara, Pato Branco e Laranjeiras do Sul, enquanto outro foi encontrado sem vida numa cela da Polícia Civil, em Ponta Grossa. As mortes revelam que o problema não é pontual e coincidem com a redução do quadro de educadores sociais e a recente extinção da Secretaria da Criança e da Juventude.
Em três anos, o número de internos nos Centros de Socioeducação (Cense) saltou de 700 para 990, enquanto o contingente de educadores estagnou. Segundo o Sindicato dos Servidores e Trabalhadores das Unidades de Internação e Privação de Liberdade de Adolescentes do Paraná (Sindisec), nem todos os 1,2 mil servidores aprovados em concurso em 2009 decidiram ficar. “Quase todos os dias tem gente pedindo exoneração. Não há quem resista a tanta pressão”, diz o presidente do Sindisec, Mário Monteiro. Hoje, existem 894 educadores nos 19 Censes (eram 835 em 2009).
Segurança interna
Os educadores não têm poder de polícia nem porte de arma, mas, na prática, são eles que fazem a segurança nas unidades. Além das atividades laborais e de lazer, eles ainda precisam acompanhar os adolescentes ao médico, às audiências judiciais, nas remoções de uma unidade para outra. O interno materializa o Estado opressor na figura do educador, que tem de algemá-lo, impor limites, dizer “não”. Mergulhados nessa rotina, falta tempo para oxigenar as relações. “Nós cuidamos dos adolescentes, mas quem cuida da gente?”, indaga Monteiro.
A queixa não é sem razão. Cabe ao educador mostrar a importância do convívio social a meninos que muitas vezes não respeitam pai nem mãe. A tensão é permanente. As agressões sofridas vão desde cusparadas e saquinhos de urina nas costas a ameaças de morte. “Tudo isso com um quadro reduzido, por R$ 1,5 mil por mês, sem assistência médica e sem plano de carreira”, lamenta o presidente do Sindisec. “Não há quem resista, vai sucumbir mesmo”, conclui. Para ele, seriam necessários pelo menos mais 400 educadores, exatamente o número que o governo promete contratar ainda este ano.
Segundo uma fonte do Judiciário ouvida pela reportagem, o quadro reduzido de pessoal compromete as atividades socioeducativas. Para ela, os adolescentes ficaram “sem pai nem mãe entre janeiro e junho”, período de indefinição sobre qual pasta ficaria com os Censes. “Seis meses é muito tempo para o sistema socioeducativo”, avalia.
“Nem tudo pode ser evitado”
O governo do estado afirma não se eximir da responsabilidade pelos cinco adolescentes mortos sob sua custódia nos últimos cinco meses, mas ainda não sabe explicar as razões das mortes. Os casos estão sob investigação administrativa e criminal para se chegar aos responsáveis, informa a coordenadora de socioeducação da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Cláudia Foltran, responsável pelas 19 unidades de internação do estado.
Segundo ela, equipes técnicas estão fazendo visitas aos Centros de Socioeducação (Censes) para elaborar relatórios sobre cada unidade em particular. Junto, devem surgir as causas das mortes. “Nem tudo é previsível, nem tudo pode ser evitado”, justifica. A secretária prefere não atribuir a culpa a fatores não avaliados, mas, segundo ela, não se pode ser simplista ao apontar as causas. Para ela, não é porque a secretaria mudou de nome que o trabalho deixou de existir.
Recomposição
Cláudia diz que o governo está tentando recompor o quadro de educadores e anuncia um concurso público para o início de 2012. Até lá, está prestes a realizar um processo seletivo (mais simplificado do que um concurso) para a contratação temporária de 470 desses profissionais ainda este ano.
Um educador recebe, em média, R$ 2,1 mil brutos por mês, podendo chegar a R$ 2,7 mil com as gratificações, variáveis de acordo com o tempo de serviço e a função exercida. O governo promete, ainda, investir na capacitação dos atuais e futuros educadores.
Anseio da sociedade
MP pede a volta de secretaria
Para o promotor de Justiça Murilo Digiácomo, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância do Ministério Público do Paraná, a morte de adolescentes que estavam sob a tutela do Estado é tão grave que o próprio governador deveria se manifestar a respeito. A raiz do problema, segundo ele, está na extinção da Secretaria da Criança e Juventude, desmontada este ano pelo governo, mesmo com manifestações contrária de organismos como o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Digiácomo acredita haver tempo de o governo reconhecer o erro e recriar a secretaria, ou, no mínimo, um departamento que dê melhor atenção à criança e ao adolescente. “Não é uma reivindicação só do Ministério Público, mas da sociedade”, diz. “Não é nada contra o governo, pelo contrário, queremos ajudá-lo a perceber que errou e reflitir a respeito, uma reflexão que a sociedade já havia feito ao se manifestar contra a extinção da secretaria”, ressalta. Segundo Digiácomo, se não houver mudanças, a tendência é a repetição de novas tragédias nos educandários do Paraná.
Restrição de liberdade
Internação cresce 10% ao ano
Na última década, o Brasil viu aumentar, a uma taxa média anual de 10%, o número de adolescentes infratores submetidos a medidas de privação e restrição de liberdade. O número saiu de 8.579 nesse período para 17.703, conforme a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Pelos números mais atuais, 12.041 estavam internados, 3.934 em internação provisória e 1.728 em medida de semiliberdade. Projetando a evolução média do último triênio, com avanço baixo e estável, o Brasil tem hoje 20 mil adolescentes em educandários e delegacias especializadas.
Sistematizado pela coordenação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), o levantamento evidencia a preferência pela privação de liberdade em relação a outras formas de punição do infrator. Em abordagem inédita, o estudo ainda permite analisar em que medida o país recorre à reclusão desses jovens e quais estados mais têm usado esse recurso. O país interna 8,8 adolescentes a cada grupo de 10 mil jovens menores de 18 anos. O Distrito Federal lidera o ranking (taxa de 29,6). Oitavo na lista, o Paraná interna 9,8 adolescentes a cada 10 mil.
O que anda acontecendo na PGE e em sua Corregedoria no Governo Beto Richa? Há algo de podre no Reino da Dinamarca?
23 de Setembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaO Blog do Tarso está investigando e pode sair notícias/denúncias sobre o tema nos próximos dias.
Organizações Sociais: natureza jurídica da responsabilidade civil das organizações sociais em face dos danos causados a terceiros – Cristiana Fortini
23 de Setembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaClique na imagem para ler o texto:
Organizações Sociais: natureza jurídica da responsabilidade civil das organizações sociais em face dos danos causados a terceiros – Cristiana Fortini
23 de Setembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaClique na imagem para ler o texto: