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27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Aluna do Colégio Estadual perdeu 60% da audição no Massacre de Curitiba

11 de Maio de 2015, 19:45, por Blog do Tarso - 0sem comentários ainda
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Taciane Grassi, 17 anos. Foto de Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Hoje na Gazeta do Povo

Estudante de 17 anos perdeu 60% da audição

“Eu estava na frente do prédio do Tribunal de Justiça quando a confusão começou e a gente ergueu as mãos, gritando ‘sem violência’. Um objeto que eu acho que era uma pedra veio voando de onde estavam os policiais. Meu amigo falou ‘não se desespere, mas sua cabeça está sangrando’. Coloquei a mão, vi o sangue, e fiquei desesperada, é claro. Na ambulância o rapaz me deu iodo e disse ‘não tem mais como te ajudar, porque caiu bomba nos equipamentos’. Aí voltei para o bosque, porque sentia a necessidade de estar ali. O choque avançou jogando bombas no acampamento e a gente corria para tampar as bombas com a caixa de papelão, para não explodir na galera. Na hora que eu cobri uma com a caixa, uma moça caiu do meu lado. Me abaixei para arrastar ela e vieram três bombas. Só ouvi aquele pow, um zunido, e um ‘pi’ eterno. Saí correndo, sem respirar, e fiz um gesto para um amigo mostrando que não conseguia ouvir nada. Cheguei na prefeitura com o meu ouvido já sangrando, e também passaram iodo. Fui para o 24 horas do HC, mas não tinham equipamento para ver meu ouvido. No outro dia minha mãe me levou no médico e ele deu o laudo: perdi 60% da audição no ouvido esquerdo. Vou ter que esperar de três a quatro meses para diminuir a inflamação, ver se a audição melhora. Mas tudo indica que queimou o tímpano, e aí só cirurgia resolve. Na hora a gente não pensa muito. Vi professor meu caído no chão. Eu olhava para as pessoas e dizia ‘me dá um abraço agora’, no meio das bombas. Elas me abraçavam e a gente continuava. Só o que eu consigo pensar é por quê? Qual a necessidade daquilo?”

Taciane Grassi, 17, aluna do 3.º ano do Colégio Estadual do Paraná.

Observação do Blog do Tarso: ela pode ser uma testemunha para o Impeachment de Beto Richa


Arquivado em:Política Tagged: Beto Richa, Massacre do Centro Cívico

Alguns deputados riam após o Massacre do Centro Cívico

11 de Maio de 2015, 19:38, por Blog do Tarso - 0sem comentários ainda
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Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

 

“Parei para transmitir algumas fotos para o jornal e ao cair da noite percebi pelos alto-falantes do prédio anexo que a sessão continuava normalmente dentro do plenário, fui até lá e o cenário que encontrei foi de um dia normal de votação, sem que nada tivesse acontecido lá fora, deputados agiam normalmente, se cumprimentando e alguns inclusive com um sorriso no rosto, fotografei porque era muito contrastante ter vivido horas de conflito e presenciar a normalidade dentro do prédio. Não suportei ficar…”

Daniel Castellano – Gazeta do Povo


Arquivado em:Política Tagged: Beto Richa, Elio Rusch, Massacre do Centro Cívico, Romanelli

A foto do Massacre do Centro Cívico em Curitiba: um relato

11 de Maio de 2015, 19:34, por Blog do Tarso - 0sem comentários ainda
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Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

 

“No dia 29 de Abril, cheguei um pouco mais cedo do que o costume no jornal e me dirigi para o Centro Cívico, logo ao chegar me deparei com o aparato policial fora do normal, centenas de policiais militares tomavam os prédios do TJ, da assembleia e do Palácio Iguaçu. Percebi que alguma coisa não iria acabar bem quando vi as máscaras de gás usadas pelos policiais e algumas bombas já em suas mãos. As 14h14 vi e fotografei uma professora chorando, parecia que pressentia que algo de ruim viria. E não demorou muito, por volta das 15h o conflito começou, o cordão de isolamento foi quebrado e logo surgiram as primeiras bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, logo a tropa de choque se posicionou em um grande cordão de isolamento que ia do Palácio Iguaçu até em frente ao prédio anexo da Assembleia, consegui chegar no tubo do Centro cívico e fiquei por ali durante alguns minutos fotografando e me protegendo dos disparos das balas de borracha e das bombas. Depois de 1 hora e meia, a tropa de choque ainda avançava em direção a rotatória da prefeitura com a intenção de dispersar os grevistas, de repente uma professora surgiu correndo na minha direção aos prantos gritando: Sou professora, tenho filhos em casa!!! por favor parem de atirar!! Estou desarmada!!! Fui correndo de costas mas não parei de fotografar, tinha que registrar aquele momento e o fiz, ela prosseguiu pedindo clemência ao batalhão de choque até ficar de joelho no meio da Av Cândido de Abreu, ficou por alguns segundos mas quando viu que a barreira de escudos era intransponível, parou. E junto parei de fotografar também, logo encontrei o companheiro Henry Milleo que estava ferido por um estilhaço de bomba. Quando os ânimos se acalmaram, a Policia militar refez o cordão de isolamento e os manifestantes perceberam que nada poderiam fazer para evitar a votação…”

Daniel Castellano – Gazeta do Povo


Arquivado em:Política Tagged: Beto Richa, Massacre do Centro Cívico

Faltam 16 deputados para o Impeachment de Beto Richa

11 de Maio de 2015, 19:10, por Blog do Tarso - 0sem comentários ainda

Após o massacre do Centro Cívico de Curitiba e o relatório da Comissão de Julgadores que decidiu pelo Impeachment do governador Beto Richa (PSDB) e denúncia do Estado do Paraná, um Impeachment do tucano começa a ser ventilado por vários setores da sociedade paranaense.

Richa precisa manter o apoio dos deputados estaduais. Hoje ele tem voto de apenas 31 dos 54, mas esse número tende a diminuir.

Conforma já analisado juridicamente pelo Blog do Tarso,  se algum cidadão apresentar denúncia junto à Assembleia Legislativa do Paraná e ela for julgada objeto de deliberação, se 36 deputados estaduais (2/3) decretarem a procedência da acusação, será o governador Richa imediatamente suspenso de suas funções e será realizado o julgamento do Impeachment por um Tribunal composto de cinco membros do Poder Legislativo (escolhidos entre eles) e de cinco Desembargadores (sorteados), sob a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, que terá direito de voto no caso de empate, com necessidade também de 2/3 (sete votos).

Portanto, além dos 20 deputados que votaram a favor dos professores no dia do massacre, o povo paranaense precisa convencer mais 16 deputados para o início do processo de Impeachment de Richa.

Hoje Richa não tem garantido os seguintes votos:

– Adelino Ribeiro (PSL)
– Ademir Bier (PMDB)
– Anibelli Neto (PMDB)
– Chico Brasileiro (PSD)
– Evandro Araújo (PSC)
– Gilberto Ribeiro (PSB)
– Gilson de Souza (PSC)
– Marcio Pacheco (PPL)
– Marcio Pauliki (PDT)
– Nelson Luersen (PDT)
– Nereu Moura (PMDB)
– Ney Leprevost (PSD)
– Palozi (PSC)
– Pastor Edson Praczyk (PRB)
– Péricles de Mello (PT)
– Professor Lemos (PT)
– Rasca Rodrigues (PV)
– Requião Filho (PMDB)
– Tadeu Veneri (PT)
– Tercílio Turini (PPS).

Beto teria, teoricamente, os seguintes votos a seu favor, que são os deputados que votam em seus projetos e, inclusive, votaram contra os professor e servidores públicos no dia do massacre:

– Alexandre Curi (PMDB)
– Alexandre Guimarães (PSC)
– André Bueno (PDT)
– Artagão Jr. (PMDB)
– Bernardo Ribas Carli (PSDB)
– Claudia Pereira (PSC)
– Cobra Repórter (PSC)
– Cristina Silvestri (PPS)
– Dr. Batista (PMN)
– Elio Rusch (DEM)
– Evandro Jr. (PSDB)
– Felipe Francischini (SD)
– Fernando Scanavaca (PDT)
– Francisco Bührer (PSDB)
– Guto Silva (PSC)
– Hussein Bakri (PSC)
– Jonas Guimarães (PMDB)
– Luiz Carlos Martins (PSD)
– Luiz Claudio Romanelli (PMDB)
– Marcio Nunes (PSC)
– Maria Victoria (PP)
– Mauro Moraes (PSDB)
– Missionário Ricardo Arruda (PSC)
– Nelson Justus (DEM)
– Paulo Litro (PSDB)
– Pedro Lupion (DEM)
– Plauto Miró (DEM)
– Schiavinato (PP)
– Tiago Amaral (PSB)
– Tião Medeiros (PTB)
– Wilmar Reichembach (PSC).

Normalmente também votam em Richa:

– Cantora Mara Lima (PSDB)
– Leonardo Paranhos (PSC)
– Ademar Traiano (PSDB)

Desses que sempre votam com Richa, prevejo que os seguintes podem “pular fora da canoa” tucana, sem contar com os tucanos e os demistas e pmdbistas fãs do governador:

– Alexandre Guimarães (PSC)

– André Bueno (PDT)

– Claudia Pereira (PSC)

– Cobra Repórter (PSC)

– Cristina Silvestri (PPS)

– Dr. Batista (PMN)

– Felipe Francischini (SD)

– Fernando Scanavaca (PDT)

– Guto Silva (PSC)

– Hussein Bakri (PSC)

– Jonas Guimarães (PMDB)

– Luiz Carlos Martins (PSD)

– Luiz Claudio Romanelli (PMDB)

– Marcio Nunes (PSC)

– Maria Victoria (PP)

– Missionário Ricardo Arruda (PSC)

– Nelson Justus (DEM)

– Pedro Lupion (DEM)

– Schiavinato (PP)

– Tiago Amaral (PSB)

– Tião Medeiros (PTB)

– Wilmar Reichembach (PSC)

– Leonardo Paranhos (PSC)

Se setores do PMDB descontentes, o secretário Ratinho Junior (PSC), o deputado Felipe Franscichini (por causa da demissão do pai) e a deputada Maria Victoria (para sua mãe assumir como governadora) racharem com Richa, a chance é grande do Impeachment.

Falta agora pressão popular para que o processo se inicie.


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Beto Richa se esconde para evitar o Impeachment

11 de Maio de 2015, 18:53, por Blog do Tarso - 0sem comentários ainda
Falta transparência no Governo Beto Richa

Beto Richa

Após o relatório da Comissão de Julgadores que decidiu pelo Impeachment de Beto Richa e denúncia do Estado do Paraná, o governador pretende ficar calado e escondido por um bom tempo, até a “poeira baixar”.

No mesmo dia do Massacre do Centro Cívico ele chegou a defender o massacre, dizendo que foi causado pelos black blocs, mas depois foi forçado a demitir os secretários de segurança, educação e o Comando da PM no Paraná.

Um deputado da base de apoio disse para a Folha de S. Paulo que “é o maior desgaste político da história do Paraná”.

Ele não aparece mais no Palácio Iguaçu, quando vai trabalhar vai para o Chapéu Pensador, um prédio afastado que também era utilizado para as gugas do ex-governador Jaime Lerner (ex-PFL).

Caso Beto saia às ruas eles escutaram “Beto Hitler”, “Fora Beto Richa”, “exterminador do futuro”, “renúncia já”, “Impeachment”, entre outros adjetivos não publicáveis.

Além disso a campanha “menos bala, mais giz, somos todos professores” está espalhada por todo o Paraná e os professores continuam em greve.


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