Articulação de Esquerda do PT

Divulgo a Resolução Política da Articulação de Esquerda, tendência interna do PT com mais de 18 anos de atuação, sobre a Campanha Eleitoral de 2012, após a realização do Encontro Municipal que decidiu pela aliança com o PDT e apoio a Gustavo Fruet nas eleições para prefeito:

RESOLUÇÃO POLÍTICA DA ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA EM FACE DAS DECISÕES DO 18.o ENCONTRO MUNICIPAL DO PT SOBRE TÁTICA ELEITORAL EM 2012

A Articulação de Esquerda, tendência interna do Partido dos Trabalhadores, reconhece a legitimidade e aceita as decisões do 18.o Encontro Municipal do PT de Curitiba, sobre a tática eleitoral de aliança no primeiro turno com o PDT, em que pese ter defendido a tese da candidatura própria do Partido.

Respeitando a decisão democrática da maioria dos filiados do PT de Curitiba, da qual discordou até o Encontro, a AE Paraná assume o compromisso de participar ativamente das instâncias partidárias e demais fóruns do processo eleitoral, defendendo um programa de governo progressista para o município, que assuma, entre outros pontos:

1. Priorização no atendimento às necessidades mais básicas da população (prioridade social), principalmente das populações com menores níveis de renda e das regiões que nos governos do PSDB e aliados, receberam menos atenção e investimentos;

1. Restruturação e funcionamento em níveis aceitáveis dos serviços públicos essenciais (saúde, educação, moradia, assistência social, cultura, lazer, transporte, infra-estrutura urbana, etc) ;

1. Nenhuma privatização ou terceirização de serviços públicos de caráter permanente;

1. Valorização das carreiras de servidores públicos municipais;

1. Implantação do Sistema de Orçamento Participativo, com discussão organizada e efetiva das prioridades de cada bairro e região;

6.      Implementação efetiva dos inúmeros programas federais destinados aos municípios que vem sendo desprezados pelas ultimas administrações;

Para defender o programa petista para a administração municipal, a Articulação de Esquerda destaca a grande importância do fortalecimento das candidaturas petistas à Câmara Municipal, defendendo para tanto que cada partido da coligação tenha sua chapa própria, para evitar que o PT, partido majoritário no apoio popular, com a popularidade de nossa presidenta superando aos 70% em Curitiba, faça votos para eleger vereadores de outros partidos da coligação.

Convocamos todas as tendências do PT para assumirem um papel de defesa de uma pauta progressista para o município, reivindicando legitimamente os espaços no Partido e na campanha eleitoral, bem como em um eventual futuro governo da aliança PT/PDT/PV.

O mais importante agora é ajudar a população de Curitiba a remover a pretensa “elite” que se apossou do poder público para utilizá-lo em proveito próprio, e que deseja enriquecer ainda mais através da privatização dos serviços de educação, saúde, cultura, assistência materno-infantil, etc. que pretendem entregar  sem licitação às chamadas “Organizações Sociais”, que nada mais são do que verdadeiras “arapucas”, compostas e articuladas por apoiadores financeiros de suas campanhas políticas anteriores e da próxima.

Além disso, de realizarmos essa renovação, é preciso esclarecer totalmente e punir de forma exemplar os culpados pela vergonhosa série de “maracutaias”, envolvendo não apenas João Carlos Derosso, eleito pelo PSDB, com o apoio de Beto Richa, presidente da Câmara de Vereadores, mas outros membros da base aliada do prefeito Luciano Ducci, que só assumiu porque era vice do mesmo Beto.

Por isso mesmo, barrar a privatização dos serviços públicos municipais e estaduais deve ser uma prioridade de nossos compromissos com a população, bem como torná-los mais acessíveis e adequados às necessidades, não só da população que mais precisa deles, os mais pobres, mas também da classe média, como acontece em outros países, até menores do que o Brasil.

Implantar o Orçamento Participativo, como forma de definir prioridades da Prefeitura, deve ser outro ponto fundamental de nosso governo na prefeitura, não só devido ao conteúdo democrático e popular de sua implantação, mas pela didática difusão dos princípios do socialismo que tal prática, vitoriosa em centenas de cidades governadas pelo PT hoje representa.

Para podermos realizar esses compromissos, é preciso não apenas vencer as eleições mas também fazer com que, ao elegermos Fruet, a população curitibana eleja um Programa de Governo claro, conhecido e transparente, no qual  PT, PDT, PV e demais partidos que venham a compor essa aliança, firmem seus objetivos em comum.

Articulação de Esquerda

Curitiba, 22 de maio de 2012

Beto Richa, o Schettino brasileiro

Em quase um ano e meio de governo é a segunda vez que o governador Beto Richa tirou férias, foi para a Europa com primeira dma e amigos.

Segundo a Gazeta do Povo, para o professor de ciência política da UFPR, Ricardo Costa de Oliveira, o momento escolhido pelo governador para sair de férias é inadequado:

“No meio de uma crise não convém que o comandante abandone o barco”!

Oliveira ainda criticou que o mês escolhido para as férias não coincide com o do recesso parlamentar, o que tornaria o momento ainda mais inconveniente. Para o professor, a gestão da segurança tem sido o ponto negativo do mandato do governador, citando três casos graves ocorridos na área durante o govenro Beto Richa:

1. O afastamento do ex-comandante -geral da PM coronel Marcos Scheremettta por suspeita de envolvimento com contraventores;

2. A ação de um grupo de policiais civis rebeldes que “estouraram” um cassino clandestino no bairro do Parolin; e

3. A recente revelação das irregularidades no Fundo Rotativo da Polícia Civil.

Lembram do cruzeiro Costa Concordia, que naufragou em janeiro após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana, com várias mortes? O comandante do navio, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio e levou uma bronca do comandante Gregorio De Falco, da Capitania dos Portos de Livorno. Vejam o vídeo: