Prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet é diplomado pelo TRE/PR
18 de Dezembro de 2012, 0:00 - sem comentários aindaGustavo Fruet (PDT), acabou de ser diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, no Teatro Positivo, juntamente com os demais vereadores eleitos e sua vice Mirian Gonçalves (PT).
A diplomação é o ato solene pelo qual o TRE/PR entrega os títulos que certificam os candidatos como eleitos. Agora começa a contar os 15 dias para que o mandato eletivo possa ser impugnado junto na Justiça Eleitoral, caso verificado algum caso de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. O que parece não ter ocorrido nas eleições de Curitiba, pelo menos da parte de Fruet.
Mirian Gonçalves foi representada por sua grande amiga Maria Olivia Samek, por motivo de luto em decorrência de falecimento na família.
Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet
Governo quer exigir ficha limpa de dirigente de ONG
18 de Dezembro de 2012, 0:00 - sem comentários aindaSegunda-feira na Folha de S. Paulo
Projeto de lei foi fechado após escândalos envolvendo ministérios e entidades
Texto só depende do aval de Dilma para ir para o Congresso e regularia setor beneficiado com R$ 6 bi desde 2008
ERICH DECATFILIPE COUTINHODE BRASÍLIA
Após discussão com outros sete ministérios, a Secretaria-Geral e a Casa Civil encaminharam à presidente Dilma Rousseff texto de projeto de lei que altera a relação entre o governo e as ONGs.
Entre as medidas, estão a exigência de que os dirigentes tenham ficha limpa na Justiça para receber dinheiro público, aceitem salários regulados pelo governo e mudem os estatutos das organizações para tentar barrar o enriquecimento ilícito de seus integrantes.
As regras são controversas e, se aprovadas, vão mudar completamente o funcionamento das organizações não governamentais que recebem verbas federais.
Desde 2008, foram mais de R$ 6 bilhões em repasses do governo para essas entidades, mas não há lei para regular o setor, que se vale das normas de repasses da União a Estados e municípios.
Em 2011, na chamada “faxina” do governo Dilma, três ministros caíram após suas pastas serem alvejadas por irregularidades com ONGs: Esporte, Turismo e Trabalho.
Após a queda de Orlando Silva, do Esporte, o governo chegou a suspender repasses a ONGs e determinou um pente-fino em convênios.
FICHA LIMPA
A proposta de exigir ficha limpa para os dirigentes segue o molde da exigência feita aos políticos candidatos. O dinheiro será barrado não só para entidades ligadas a dirigentes condenados, mas em período de até oito anos após o cumprimento da pena.
O texto, que além dos ministérios foi discutido com 14 entidades, precisa apenas da aprovação de Dilma para seguir para o Congresso.
Outra exigência da proposta é criar um mecanismo para impedir que as ONGs, entidades sem fins lucrativos, sejam usadas para o enriquecimento dos seus membros.
A ideia é obrigar as entidades a alterarem seus estatutos se quiserem receber dinheiro público, o que encontra resistência.
Pelo texto, o patrimônio das ONGs não poderá ser distribuído aos seus integrantes. Caso a entidade seja fechada, os bens devem ser destinados a outra instituição similar. Se sobrar dinheiro, o montante também não seria distribuído entre seus membros.
Além disso, as ONGs deverão aceitar que os salários sejam pagos pelo governo, nos projetos, em valores abaixo do teto constitucional, atualmente em R$ 26,7 mil (o salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal).
Outra medida é submeter projetos acima de R$ 600 mil a uma auditoria externa independente. Além disso, os ministérios deverão criar uma comissão específica para monitorar as parcerias.
Segundo levantamento do governo, entre setembro de 2008 e julho deste ano, os projetos acima de R$ 600 mil representaram cerca de 20% dos projetos, mas concentraram 80% dos repasses.
“Até hoje não existia nada que tratasse de forma direta da relação entre esses entes e as ONGs. Isso criava insegurança para todos”, diz Vera Maria Masagão Ribeiro, representante da Abong (Associação Brasileira de ONGs) que participou da elaboração do projeto de lei.
“Não existia nada que tratasse da relação entre esses entes e as ONGs. Isso criava insegurança”
VERA MARIA MASAGÃO RIBEIRO
representante da Abong (Associação Brasileira de ONGs)
ANÁLISE
Falta de marco legal é apenas um dos problemas das parcerias
GUSTAVO JUSTINO DE OLIVEIRAESPECIAL PARA A FOLHA
As organizações não governamentais desempenham no mundo papéis essenciais na proteção da cidadania, pois vocalizam as demandas da população na promoção e defesa de direitos frente a governos nacionais, mercados e organismos internacionais.
No Brasil, o florescimento de organizações da sociedade dotadas de perfil mais colaborativo do que combativo ocorreu com a redemocratização e a reforma administrativa nos fins do século 20.
Houve um reforço na realização de atividades de interesse público e na prestação de serviços sociais diretamente à população.
Essa maior aproximação entre o setor público e a sociedade vem sendo marcada por diversos problemas.
Falta de transparência, grande soma de dinheiro público envolvida, despreparo dos gestores públicos para lidar com essas parcerias, não explicitação dos resultados a serem alcançados, ineficientes mecanismos de avaliação e controle e ausência de um marco legal são alguns dos fatores que imprimem dúvidas sobre a real necessidade das parcerias estabelecidas.
Ademais, não foram poucos os escândalos de desvio de recursos públicos.
Sem prejuízo, as parcerias do Estado com as organizações da sociedade civil possuem valor estratégico, pois são importantes ferramentas para a melhoria dos baixos índices de qualidade e satisfação na prestação dos serviços em áreas sensíveis como saúde, assistência social, educação e meio ambiente.
Porém, é a administração pública quem falha quando não consegue dar respostas satisfatórias a questões consideradas cruciais ao bom uso dessas parcerias.
Apesar de as atuais propostas do governo serem insuficientes para a mudança do cenário e ainda que estejamos longe de superar as deficiências, finalmente está sendo conferido ao tema a relevância que ele merece.
GUSTAVO JUSTINO DE OLIVEIRA é professor de direito administrativo da USP
Filed under: Política Tagged: ONGs, Terceiro Setor
Gustavo Fruet vai querer assumir a gestão do ICI – Instituto Curitiba de Informática
17 de Dezembro de 2012, 0:00 - sem comentários aindaDurante a entrevista coletiva com o anúncio dos novos secretários de Curitiba, o prefeito eleito de Curitiba disse que pretende assumir a gestão do ICI – Instituto Curitiba de Informática, com muita conversa, com muito diálogo.
O problema é que o modelo, criado por Fernando Henrique Cardozo (PSDB) em 1988 e implementado por Cassio Taniguchi (DEMO) em Curitiba, que é o modelo de organização social – OS, prevê no caso do ICI que dos 10 conselheiros que escolhem o presidente do Instituto, apenas 4 são escolhidos pelo prefeito, e os outros 6 por empresas privadas de informática (3) e por outras formas (3).
Modelo totalmente inconstitucional e anti-democrático. Retira do prefeito eleito o poder que as urnas deram para o chefe do Executivo. Com todo o seu perfil de diálogo, Fruet está preocupado mas vai tentar resolver essa grave questão.
Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet, Instituto Curitiba de Informática ICI
No Sindijor-PR, João Arruda apresenta projeto que anistia jornalistas e blogueiros de multas eleitorais
17 de Dezembro de 2012, 0:00 - sem comentários aindaO deputado federal João Arruda (PMDB-PR) aproveitou a manhã desta segunda-feira (17) para apresentar e debater, com a direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR), seu projeto de lei que prevê anistia de profissionais e grupos (empresas) de comunicação que tenham sido multados pela Justiça Eleitoral, durante a campanha eleitoral.
A proposta, que estabelece anistia retroativa as campanhas de 2008, 2010 e 2010, foi protocolada logo após as eleições municipais de outubro. No texto estão incluídos jornalistas, blogueiros, emissoras de rádio e tevê e portais de notícias.
No Sindijor, João Arruda foi recebido pelo presidente Guilherme Carvalho e a diretora financeira, Maigue Gueths. Aos representantes da categoria, o deputado explicou que, ao punir os profissionais e grupos de comunicação, “às vezes com multas desproporcionais e descabidas”, a Justiça Eleitoral acaba atacando o direito elementar à liberdade de expressão garantida no artigo 5º da Constituição Federal.
“Tivemos uma excelente conversa com os dirigentes do Sindijor, que elogiaram muito a nossa proposta para anistiar as multas eleitorais de blogueiros, radialistas, apresentadores de tevê e empresas de comunicação”, destacou João Arruda, que é presidente da Comissão Especial que analisa o Marco Civil da Internet, lei que vai definir as diretrizes de uso da rede no Brasil.
Segundo o deputado, o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos constitui pilar básico das democracias modernas. “Trata-se, na verdade, de uma histórica conquista que custou a vida de muitos que por ela lutaram”, ressaltou. A sociedade não pode, “na nossa breve experiência democrática”, permitir excessos restritivos do exercício da liberdade de expressão, “a título de combate à manipulação da vontade popular”, analisou.
Equilíbrio
O desejável equilíbrio entre a garantia constitucional da liberdade de expressão e a paridade de “armas”, nas disputas eleitorais, não pode ocorrer em desvalor da primeira, analisa João Arruda. “Tem blogueiros e repórteres que foram mais multados que candidatos à presidência da República, um absurdo, uma pena descabidamente desproporcional pela opinião que emitiram”.
No Paraná, nas últimas campanhas eleitorais, blogueiros como Tarso Cabral Violin, Luiz Skora e Esmael Morais, acumularam multas em mais de R$ 780 mil. Só para comparar, nas campanhas que disputaram como candidatos a presidência, José Serra, Lula e Dilma, receberam em multa juntos R$ 186 mil.
Desvirtuamento
João Arruda ainda ressaltou, em seu projeto, que a restrição ao livre direito de manifestação, inclusive em áreas onde o padrão de comportamento é compatível com a mais ampla liberdade – como nas redes sociais da Internet -, “tem levado a um evidente desvirtuamento da função pedagógica das multas”.
Para o deputado, o valor das multas são muito desproporcionais ao impacto eleitoral decorrente da publicação supostamente irregular. “Julgamos absolutamente necessário que reavaliemos nosso ordenamento jurídico, no sentido de reequilibrar esses dois valores: a liberdade de expressão e a paridade de armas da disputa eleitoral, sobretudo no território da Internet”.
Judicialização excessiva
“Até que o façamos, não podemos conviver com a “judicialização” excessiva da política”, disse. João Arruda lembra que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a Lei nº 9.996, de 2000, que anistiou as multas aplicadas pela Justiça Eleitoral nas eleições de 1996 e 1998.
Neste caso, o STF rejeitou as alegações de ofensa aos princípios da isonomia, da moralidade e da coisa julgada, ratificou a competência do Congresso Nacional para dispor sobre anistia e declarou a inexistência de direito adquirido dos partidos políticos em relação aos valores correspondentes às multas objeto de anistia.
A anistia prevista no projeto não alcança as multas aplicadas por irregularidades em doações de campanha, as decorrentes do não cumprimento da obrigação de votar ou do não atendimento a convocação da Justiça Eleitoral, as de natureza criminal e as decorrentes do não cumprimento de decisões judiciais.
Filed under: Política Tagged: Blog do Tarso, João Arruda
Vice-prefeita eleita de Curitiba, Mirian Gonçalves, será a Secretária do Trabalho e do Emprego
17 de Dezembro de 2012, 0:00 - sem comentários aindaMirian Gonçalves (PT), a vice-prefeita eleita de Curitiba, a primeira de todos os tempos, foi escolhida por Gustavo Fruet (PDT) para ser a nova secretária do Trabalho e do Emprego de Curitiba (Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego – SMTE).
A advogada Mirian Gonçalves é sócia-fundadora do Escritório Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra), um dos maiores e mais antigos do estado. Mirian é uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores no Paraná e da Central Única dos Trabalhadores. Colaborou também para a criação de diversos sindicatos. Mestre em Direito das Relações Sociais pela Universidade Federal do Paraná e especialista em Direitos Humanos em Huelva, na Espanha, Mirian consolidou sua formação para assessorar importantes entidades sindicais, dentre elas, o Sindicato dos Bancários de Curitiba. Ele foi vice-presidente do Centro Acadêmico Sobral Pinto – CASP, dos estudantes de direito da PUC/PR.
Parabéns Mirian!
Filed under: Política Tagged: Mirian Gonçalves