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27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Alunos evangélicos se recusam a fazer trabalho de cultura africana

10 de Novembro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Para país evangélicos, o estudo da cultura afro-brasileira ia
expor seus filhos a outros deuses, o que a Bíblia proíbe

Do Paulo Lopes

Isabel Costa, diretora da Escola Estadual Senador João Bosco de Ramos Lima, de Manaus (AM), comentou que, em sete anos do projeto interdisciplinar, nunca houve a confusão que ocorreu agora. “Fique muito abalada.”

Catorze alunos evangélicos do 2º e 3º ano do ensino médio se recusaram a apresentar na feira cultural um trabalho sobre cultura africana porque acharam que seria uma ofensa a sua religião e aos seus princípios morais. Eles propuseram uma dissertação sobre “As missões evangélicas na África”, e a escola rejeitou.

“O que eles [evangélicos] queriam apresentar fugia totalmente do tema”, disse Raimundo Cleocir, coordenador adjunto da escola.

No entendimento da evangélica Wanderléa Noronha, o trabalho proposto pela escola exporia a sua filha a religiões de matriz africanas, com o que ela, a mãe, não concorda. “A discriminação aconteceu conosco”, disse. “Por que não pode haver espaço para a religião evangélica na feira?”  Ela disse que a sua filha sofreu bullying por não aceitar a fazer o trabalho. 

O aluno Ivo Rodrigo disse que o tema “Conhecendo os paradigmas das representações dos negros e índios na literatura brasileira, sensibilizamos para o respeito à diversidade” contraria a sua religião. “A Bíblia Sagrada nos ensina que não devemos adorar outros deuses, e quando realizamos um trabalho desses estamos compactuando com a ideia de que outros deuses existem e isso fere as nossas crenças no Deus único.”

O aluno Jefferson Carlos reclamou que foi obrigado a ler um livro de Jorge Amado, “chamado Jubiabá”, “onde um garoto tem amizade com um pai de santo”.  “Achei muito estranha isso, porque teríamos de relatar essa história no trabalho”, afirmou. “Queríamos apresentar de outro modo, sem falar sobre isso”.
Os evangélicos também criticaram a indicação para leitura de outros livros clássicos da literatura brasileira, como “Macunaíma”, “Iracema”, ‘Ubirajara’, ‘O mulato’, ‘Tenda dos Milagres’, e ‘O Guarany’, por abordarem homossexualidade, umbanda e candomblé.

Por detrás da reação dos evangélicos está o pastor Marcos Freitas, do Ministério Cooperadores de Cristo. Ele criticou os livros que a escola listou para que os alunos lessem. “Tinha homossexualismo no meio, eles [direção da escola] querem que os alunos engulam isso?”

A discordância assumiu maior proporção, chamando a atenção da imprensa e de entidades de direitos humanos, quando os alunos montaram uma tenda fora da escola para apresentar o seu trabalho sobre as missões evangélicas na África.

Evangélicos montaram tenda para
apresentar trabalho sobre missões

Esses alunos tiveram nota baixa porque, disse Cleocir, “o trabalho não pôde ser avaliado, pois não tinha nada a ver com a feira”. Os pais ficaram mais revoltados.

A escola promoveu uma reunião entre professores e pais para explicar as notas baixas. A convite, houve a participação de representantes dos Direitos Humanos, Movimento Religioso de Matriz Africanas, Comissão de Diversidade Sexual da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Marcha Mundial das Mulheres.

Raimunda Nonata Corrêa, da Carma (Coordenação Amazonense das Religiões de Matriz Africana), disse que os evangélicos estavam equivocados porque a feira tem sido promovida para expor os ingredientes culturais da sociedade brasileira, entre os quais os de origem africana.

Ela ressaltou que, além disso, “a escola não é espaço de disputa religiosa”, porque o seu objetivo é “qualificar o aluno como cidadão de um país que é plural”.

Luiz Fernando Costa, professor na escola e presidente do Movimento Negro no Amazonas, lembrou que as escolas têm de ensinar sobre a cultura afro-brasileira e indígenas não só por causa de sua importância, mas também porque há uma lei federal que obriga a isso. “Todo esse tema está no currículo da escola, a discussão é sobre ensino das culturas e não sobre a religião.”

A reunião na escola foi mediada por Rosaly Pinheiro, representante do Conselho dos Direitos Humanos. Ela reconheceu que o assunto é “delicado” porque as pessoas precisam entender que “vivemos numa democracia e que todos têm liberdade de expressão”.

A reunião terminou sem consenso. Na próxima semana, a Secretaria de Educação decidirá como vão ficar as notas dos evangélicos. A diretora Isabel Costa admitiu que o trabalho “Missões Evangélicas na África” poderá ter “uma avaliação diferenciada”.

Com informação do DM24AM, entre outras fontes.

Filed under: Política Tagged: evangélicos

Onde está Wally em Abu Dhabi?

3 de Novembro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Reconhece alguém?

Torcedores no treino de classificação do GP de F1 de Abu Dhabi, no Emirados Árabes Unidos. Foto de Christopher Pike / The National

Achou?

Será que não quis se misturar com a ralé?

A corrida será amanhã. Quem achar ganha um picolé de chuchu.


Filed under: Política Tagged: Formula 1

O alvo agora é Lula na guerra sem fim

3 de Novembro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Por Ricardo Kotscho, do Balaio do Kotscho, do R7

Pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2006, o sujeito viu a manchete do jornal na banca e não se conformou.

“Esse aí, só matando!”, disse ao dono da banca, apontando o resultado da última pesquisa Datafolha que apontava a reeleição de Lula.

Passados seis anos desta cena nos Jardins, tradicional reduto tucano na capital paulista, o ódio de uma parcela da sociedade _ cada vez menor, é verdade _ contra Lula e tudo o que ele representa só fez aumentar.

Nem se trata mais de questão ideológica ou de simples preconceito de classe. Ao perder o poder em 2002, e não conseguir mais resgatá-lo nas sucessivas eleições seguintes, os antigos donos da opinião pública e dos destinos do país parecem já não acreditar mais na redenção pelas urnas.

Montados nos canhões do Instituto Millenium, os artilheiros do esquadrão Globo-Veja-Estadão miraram no julgamento do chamado mensalão, na esperança de ”acabar com esta raça”, como queria, já em 2005, o grande estadista nativo Jorge Bornhausen, que sumiu de cena, mas deixou alguns seguidores fanáticos para consumar a vingança.

A batalha final se daria no domingo passado, como consequência da “blitzkrieg” desfechada nos últimos três meses, que levou à condenação pelo STF de José Dirceu e José Genóino, duas lideranças históricas do PT.

Faltou combinar com os eleitores e o resultado acabou sendo o oposto do planejado: o PT de Lula e seus aliados saíram das urnas como os grandes vencedores em mais de 80% dos municípios brasileiros. E as oposições continuaram definhando.

Ato contínuo, os derrotados de domingo passado esqueceram-se de Dirceu e Genoíno, e mudaram o alvo diretamente para Lula, o inimigo principal a ser abatido, como queriam aquele personagem da banca de jornal e o antigo líder dos demo-tucanos.

Não passa um dia sem que qualquer declaração de qualquer cidadão contra Lula vá para a capa de jornal ou de revista, na tentativa de desconstruir o legado deixado por seu governo, ao final aprovado por mais de 80% da população _ o mesmo contingente de eleitores que votou agora nos candidatos dos partidos por ele apoiados.

Enganei-me ao prever que teríamos alguns dias de trégua neste feriadão. Esta é uma guerra sem fim. Quanto mais perdem, mais furiosos ficam, inconformados com a realidade que não se dobra mais aos seus canhões midiáticos movidos a intolerância e manipulação dos fatos.

O país em que eles mandavam não existe mais.


Filed under: Política Tagged: Lula

Organizações sociais devem administrar hospitais públicos?

3 de Novembro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Hoje no tendências e debates da Folha de S. Paulo

NÃO

Cid Carvalhaes

Terceirização sucateia a saúde pública

O gerenciamento de unidades de saúde por Organizações Sociais (OSs) é desastroso, antidemocrático e antissocial. A terceirização da saúde pública cria diversos problemas, pois gera a mercantilização de um sistema que por dever é de responsabilidade do poder público e por direito, da população, que deve ter acesso a uma saúde de qualidade, ágil e resolutiva.

Desde que foram implantas no Estado, em 1998, as OSs tem apresentado fragilidades. Com a privatização dos serviços públicos, os médicos, os profissionais da saúde e os usuários assistiram a um processo acelerado de sucateamento da saúde, artifício utilizado pelo gestor público para justificar a manutenção do serviço de privatização.

A discrepância pode ser vista em números. De acordo com o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, somente na capital, em 2011, o governo repassou quase 40% de seu orçamento de mais de R$ 5 bilhões destinados à saúde para as OSs. No Estado de São Paulo, a situação não é diferente: estão sobre gerenciamento de OSs quase 40 hospitais, 44 unidades de saúde.

Temos consciência de que as organizações sociais aprofundaram os problemas da saúde pública do país e de São Paulo. As empresas maquiaram vários pontos de atendimento com pintura de paredes e modificação de pisos, mas o atendimento continua defasado, ineficiente e deficitário. No aspecto da prestação de contas, as OSs têm demonstrado dificuldades em apresentar eficiente controle do destino do dinheiro público para o privado.

Além disso, a terceirização gera uma rotatividade desastrosa nas contratações. Profissionais são contratados sem concurso público, sendo muitos deles sem qualificação adequada, o que gera grande desassistência aos usuários do sistema.

A lei das OSs se assemelha a outra experiência já rechaçada pela população de São Paulo anos atrás: o PAS (Plano de Atendimento à Saúde), do ex-prefeito Paulo Maluf. A alegação de que as empresas não têm fins lucrativos é desculpa para pagar polpudos salários a diretores e criar cargos em comissão por interesses administrativos, levantando a hipótese de benefícios eleiçoeiros e outros não declarados.

Após muitas lutas, em maio deste ano conseguimos sensibilizar a Justiça do Trabalho, que proibiu todas as contratações de funcionários nas parcerias entre a Secretaria de Saúde e as OSs por suposta terceirização irregular de mão de obra, mas a Procuradoria do Estado de São Paulo tenta desde o início de outubro reverter essa decisão.

Desde 1998, tramita uma ação direta de inconstitucionalidade para julgar a validade desses convênios. Nos últimos anos, houve também outras tentativas de impedir judicialmente os contratos com as OSs, mas uma definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) é aguardada.

O Brasil precisa ter um orçamento realista para a saúde e uma gestão eficiente, focada na melhoria da qualidade dos serviços prestados para todos os brasileiros, sem distinção. Para tanto, é necessário auscultar todos os representantes envolvidos com a saúde e direcionar soluções concretas, eficientes e definitivas de sorte a garantir à população brasileira uma saúde mais sadia.

Há que se fazer valer o direito de todo cidadão a um sistema de saúde de qualidade. Garantir a todos um ambiente de trabalho seguro e consistente. A verdadeira justiça só se faz pela equidade! Afinal de contas, a saúde é um bem público e não deve ter intermediários.

CID CARVALHAES, 66, neurocirurgião e advogado, é presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia

****************************

Veja o texto pelo

SIM

Nacime Salomão Mansur

Trata-se de um modelo consagrado

A Constituição de 1988 consagrou o desejo da sociedade brasileira de um sistema único de saúde de acesso universal e igualitário, atendimento integral e participação da comunidade. Sabiamente, não impôs um SUS unicamente estatal na execução das ações e serviços de saúde. Hoje, 65% dos serviços prestados ao SUS são realizados por entidades de natureza privada, lucrativas ou não.

A recente regulamentação da emenda 29/2000 cristalizou um cenário de baixo financiamento para a saúde pública, principalmente no gasto federal, que na última década decresceu ano a ano. Nesse cenário, torna-se necessário buscar mais eficiência e eficácia no gasto público.

Em São Paulo, o Estado aprovou em 1998 uma lei que iria revolucionar o conceito de gestão hospital pública em todo Brasil.

O advento das Organizações Sociais de Saúde (OSs) permite imprimir a necessária agilidade na administração de unidades de saúde do próprio governo, proporcionando maior eficiência na gestão de recursos humanos (correspondente a 70% da despesa hospitalar) e na aquisição de materiais e medicamentos.

É o que faz a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), entidade ligada à Universidade Federal de São Paulo. Hoje, administramos 11 hospitais, 29 ambulatórios e quatro farmácias. Tudo de forma eficiente e transparente.

O modelo deu tão certo que foi replicado país afora. Os hospitais estaduais gerenciados por OSs são premiados e reconhecidos. Três deles receberam, desde 2010, certificados de qualidade emitidos pela Canadian Council on Health Accreditation, após auditorias atestando que as unidades possuem evidências concretas de que a gestão e a assistência prestadas na instituição são seguras e feitas de forma interdisciplinar, com foco no paciente.

Além disso, vários trabalhos científicos mostram que OSs obtêm melhores resultados que a administração direta. Um estudo da Fiocruz de 2005, por exemplo, comprovou a maior eficiência das OSs, com maior taxa de ocupação de leitos (80%, contra 63% na administração direta), 61% mais altas cirúrgicas e 62% mais altas de clínicas médicas. Nos leitos, a taxa de substituição dos pacientes é de 29 horas, enquanto na administração direta o leito fica desocupado quase quatro dias.

Com a governabilidade e a governança que os governos ganham com as parcerias, foi possível uma expansão sem precedentes no atendimento do SUS. Um exemplo é o município de São Paulo, com a abertura de quase 400 serviços de saúde.

Aspecto importante que deve ser ressaltado é a fiscalização e controle sobre os contratos de gestão, que são regularmente auditados pelo Tribunal de Contas do Estado e do Município, Secretaria da Fazenda do Estado e Comissão de Controle dos Contratos de Gestão, com participação do Conselho Estadual de Saúde e Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia Legislativa, além do Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS) e Tribunal de Contas da União.

É fundamental que o STF termine o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade 1.923, sobre a constitucionalidade das leis das OSs.

Isso colocaria fim ao vácuo legal que causa fragilidade jurídica dos contratos -a ponto de permitir que a Justiça do Trabalho, de forma temerária, determine a nulidade dos contratos de gestão firmados entre governos e OSs, colocando em risco os serviços de saúde, o atendimento e vidas de milhões de pessoas assistidas gratuitamente pelo SUS.

A construção de um SUS forte, que enfrente os desafios da saúde pública, não pode ser obstado por falsas ideologias, fruto maior da resistência corporativa-sindical, distantes da necessidade dos pacientes e da sociedade.

NACIME SALOMÃO MANSUR, 54, médico e especialista em administração hospitalar, é superintendente dos hospitais da SPDM/Unifesp e diretor do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo)


Filed under: Política Tagged: OS - Organizações Sociais, saúde

Depoimento sobre o furacão Sandy

3 de Novembro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Já faz quase uma semana que o Furacão Sandy atingiu toda a região da costa Leste dos EUA e ainda estamos sentindo os resultados devastadores desta tragédia. Foi uma semana difícil, a nossa área esta devastada, com casas destruídas, árvores centenárias no chão e milhões de pessoas no escuro. Somente quem passa por uma experiência como esta para descrever o desespero que é não ter energia por dias, consequentemente não ter aquecimento, internet e gasolina. Ficamos completamente isolados do mundo. Os ventos foram tão fortes que a impressão e que as janelas vão explodir. Estávamos preparados com gerador, gasolina nos carros, água e comida. Assim sendo, conseguimos superar bem os momentos complicados até a energia retornar. Porém, supermercados continuam fechados por falta de luz. Consegui voltar ao trabalho somente depois de cinco dias, mas muita gente ainda esta sem energia e sem gasolina. É impossível conseguir gasolina e as pessoas estão esperando em filas de mais de quatro horas nos postos. Amigos que trabalham em Nova York não têm transporte, porque vários túneis dos metrôs continuam inundados. O litoral de Nova Jersey, incluindo Atlantic City, estão devastados; férias de verão nunca mais serão as mesmas. Staten Island, em Nova York, foi uma das áreas mais atingidas, com um número grande de casualidades e milhares de casas destruídas. Os moradores estão revoltados com o prefeito de NY, o acusando de somente dar atenção para a região de Manhattan. O que mais me marcou foi o incêndio em Queens, onde mais de 100 casas foram queimadas em horas. Com a força violenta dos ventos o fogo se espalhou rapidamente. São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que e difícil de descrever, foi o pior desastre natural dos últimos 100 anos. Porém, estamos todos unidos para ajudar nossos visinhos necessitados.

Carla Cabral Violin, de New Hope/PA, especialmente para o Blog do Tarso

Veja um vídeo do furacão em Nova York, clique aqui.


Filed under: Variedades Tagged: EUA USA