FHC e as Drogas
25 de Outubro de 2014, 12:56 - sem comentários aindaPor Georghio Tomelin, advogado em São Paulo
O combate às drogas preocupa todos os que possuem filhos. Ontem à noite (23.10.2014), o Senador Aécio Neves trouxe no programa eleitoral a ideia de colocar as Forças Armadas para combater o narcotráfico. O tema das drogas precisa sim ser debatido com seriedade. Nisso ele tem razão.
O ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso é sabidamente um defensor do abolicionismo das figuras criminais que envolvem o tráfico e o uso de drogas. Esta ideia já foi defendida por outras autoridades mundiais como, por exemplo, Milton Friedman (o que mesmo que disse “não existe almoço grátis”, frase tantas vezes repetida por Ralph Nader e muitos outros entre nós).
A ideia de FHC é simples e corretíssima. O grama da cocaína, por exemplo, já chegou a gravitar perto do preço do grama do ouro. Foi aí que Friedman declarou: “não dá para lutar contra alguém que planta ouro em arbustos”. Ou seja, com a margem de lucro muito alta o traficante é mais poderoso do que a polícia. A única coisa que pode desarmar o traficante é o barateamento do produto. Com o preço alto o traficante compra as autoridades encarregadas da repressão e adquire armamentos. Abolir o crime e liberar as drogas faria o preço cair e assim também a violência daí advinda.
O resto é educação. Já conseguimos aumentar a porcentagem de crianças de baixa renda nas escolas e Universidades, e agora precisamos educar os de alta renda (pois são eles que consomem as drogas em maior porcentagem). Educação é a solução. Violência só leva a mais violência.
E as Forças Armadas? O que dizer da ideia contrária à de FHC: aumentar a repressão em vez de abolir (como propõe o ilustre Senador Aécio). O primeiro problema é que não existe como criar um cordão sanitário no entorno do tráfico. Ele se mescla com todos os setores da sociedade. Não é uma doença, mas sim uma “festa” que cerca muitos jovens de todas as classes (os EUA já tiveram um Presidente viciado em drogas, e foi uma catástrofe cujos efeitos rondam os americanos até hoje).
Por sinal, o modelo de colocar o exército dos Países para correr atrás das drogas é o modelo norte-americano de combate para os demais Estados que julgam seus aliados (pois eles mesmos têm o DEA – Drug Enforcement Administration – e não fazem isso). Qual a plano dos norte-americanos para nós?
Nos EUA, eles possuem muito armamento obsoleto estocado, por conta da Guerra Fria (lembremos os escândalos com as armas no Vietnã e Afeganistão). Tais armas são ainda muito eficazes, mas os meninos de lá (os “mariners” que fizeram 700 mil viúvas no Iraque) não possuem mais treinamento para utilizar tais armas (hoje utilizam potentes miras-laser outros e outros aparatos mais modernos).
Qual então o plano dos americanos para tais armas? Vender, é claro. Vender para os países alinhados. Vender para o “combate às drogas”. Assim, o governo deles venderia parte das armas para o governo brasileiro (sob a forma de “convênio” para o combate conjunto das drogas) e outra parte “por debaixo dos panos” para a guerrilha urbana (algo que os EUA já fizeram muitas vezes, como todos sabemos).
Uma tal sistemática, num País grande como o Brasil, poderia contaminar toda a América Latina e fazer consumir rapidamente as armas estocadas nos EUA, hoje sem utilidade para eles.
Tudo isso para dizer: “viva FHC e sua posição contra as drogas”. Ele está de parabéns. Temos um ex-presidente corajoso que enfrenta o tema de cabeça erguida e sem medo (melhor do que o seu par que “fumou mas não tragou”). Abaixo o tráfico e a cocaína nos Governos. Abaixo a ideia de colocar nossos jovens recrutas (sem o preparo necessário) para combater as drogas.
Precisamos que nossos amigos, que tenham contato com a cúpula da campanha de Aécio, o façam voltar atrás dessa ideia de apoio ao aumento da violência. Precisamos que o Senador Aécio leia FHC (de preferência os livros do sociólogo FHC, antes do “esqueçam o que eu escrevi”). Em 2014, de volta ao Senado, se adotar esta linha, Aécio poderá provar que é realmente contra o uso das drogas.
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O SUS e as eleições de 2014
25 de Outubro de 2014, 12:51 - sem comentários aindaJorge Solla, médico, ex-secretário de Saúde do estado da Bahia e Deputado Federal eleito pelo mesmo estado, escreveu uma Carta Aberta aos Usuários do SUS e profissionais de saúde (incluso médicos) que defendem o SUS. Na carta, o ex-secretário reflete sobre o significado das eleições para o SUS, seus usuários e para os profissionais de saúde.
Prezados,
Todos devem estar acompanhando as mensagens nos espaços virtuais de Médicos que apoiam Aécio e reagem de forma agressiva e antiética. Esta ação raivosa da coorporação Médica contra Dilma possui dois motivos principais:
1. Revogação de artigos da Lei do ato Médico; e,
2. Projeto Mais Médicos.
O que significa para a coorporação estes atos de Dilma:
– perda de poder;
– autonomia das outras profissões;
– não mais subserviência das profissões de saúde;
– menor procura e maior oferta de médicos (quebra de uma lógica de mercado que levava ao enriquecimento rápido, visto que agora existem espaços ocupados por profissionais do Mais Médicos);
– necessidade de cumprimento de carga horária.
O que significa para as outras profissões da Saúde a eleição de Aécio:
– rediscussão dos artigos vetados do ato médico;
– empoderamento da coorporação médica que quer manter as outras profissões como subservientes a eles; e,
– priorização dos ganhos dos médicos em detrimento ao dos outros profissionais de saúde.
O que significa para os Médicos estrangeiros do Mais Médicos:
– Alteração da Carta Acordo com a OPAS, a ponto de causar sua revogação, com a justificativa de que Cuba não aceitou os novos termos;
– Inviabilidade da permanência dos Médicos Cubanos;
– Aplicação do Revalida para todos os Médicos com diploma de outros países (prova que historicamente aprova menos de 10% dos candidatos devido ao nível de exigência e pressão da coorporação Médica, para não perder espaço de mercado).
– Término do Projeto Mais Médicos.
O que significa para a população em geral:
– falta de médicos nos locais de difícil acesso e em municípios pobres;
– desassistência;
– consultas relâmpagos, pois o médico trabalhará em vários estabelecimentos ganhando rios de dinheiro;
– consultas caras (lei de mercado da oferta e procura, quanto menos médicos e maior a procura, mais caro é para contratá-lo);
– retorno as condições de Saúde do período de FHC.
Considerando tais apontamentos, todas as Profissões da Saúde tem o dever de confrontar a coorporação médica e, com isso, defender sua autonomia, a qualidade da assistência prestada e o direito à saúde da população, votando em Dilma 13
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Dilma venceu o debate da TV Globo e se reelegerá domingo
24 de Outubro de 2014, 23:39 - sem comentários aindaDilma Rousseff (PT) venceu o debate na Rede Globo o seu adversário Aécio Neves (PSDB) e tende a ganhar a eleição de domingo. Ela é líder em todas as pesquisas.
Dilma mostrou que ela e Lula fizeram os melhores governos dos últimos tempos, que tem as melhores propostas e que Aécio e FHC representam o retrocesso, o neoliberalismo, o desemprego, a dilapidação da Administração Pública, a redução dos direitos trabalhistas e o fim das políticas sociais.
Amanhã é dia da militância conquistar mais alguns votinhos e domingo fiscalizar para uma eleição calma e democrática.
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Hoje reunião em Curitiba entre os advogados Dilma 13 para o dia da eleição
24 de Outubro de 2014, 11:55 - sem comentários aindaHoje, às 19h, reunião entre os advogados de Curitiba que apoiam a presidenta Dilma Rousseff (PT) 13, para organização do dia D (domingo).
Até lá!
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Hoje reunião em Curitiba entre os advogados Dilma 13 para o dia da eleição
24 de Outubro de 2014, 11:55 - sem comentários aindaHoje, às 19h, reunião entre os advogados de Curitiba que apoiam a presidenta Dilma Rousseff (PT) 13, para organização do dia D (domingo).
Até lá!
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