Evento: Administração Pública e Corrupção
27 de Outubro de 2013, 18:59 - sem comentários aindaO Núcleo de Investigações Constitucionais da Universidade Federal do Paraná (NINC-UFPR) realiza na próxima quinta-feira (31 de outubro de 2013), 18h30, a palestra “Administração Pública e Corrupção”, com o professor Fabrizio Fracchia, da Università Commerciale Luigi Bocconi, de Milão/Itália.
Coordenação dos professores Emerson Gabardo (UFPR e PUC-PR) e Estefânia M. Barboza (Universidade Positivo e UniBrasil). A palestra será em espanhol. Na sala da memória, 1° andar, na sede histórica da Praça Santos Andrade. Inscrições gratuitas no site www.ppgd.ufpr.br.
Vou convidar meus alunos das optativas Parcerias e Licitações e Controle da Administração Pública para que participem do evento. Mas todos os meus demais alunos, ex-alunos, juristas e leitores interessados em Direito Administrativo e Administração Pública estão convidados.
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Boaventura de Souza Santos elogia Lula, diz que Dilma tem insensibilidade social e que Marina Silva é a nova cara da direita
26 de Outubro de 2013, 12:00 - sem comentários aindaEm entrevista para a Folha de S. Paulo de hoje, o sociólogo português Boaventura de Souza Santos, doutor pela Universidade de Yale (EUA), professor da Universidade de Coimbra (Portugal) e da Universidade de Wisconsin (EUA), diz que na área de direitos humanos há “conquistas extraordinárias desde Lula”, “que a presidente Dilma está a perder uma batalha e está realmente com uma grande insensibilidade ao movimento indígena camponês”, mas que o governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) é progressista, mas que ela faz ”muito do que a direita sempre fez, o mesmo modelo de acumulação, neoliberalismo”, aproveitou “a mesma onda de extrativismo”, “mas o que esses governos fazem e que a direita nunca fez na América Latina foi redistribuir esses rendimentos de alguma forma”.
Fala que há problemas, pois a CUT e outras entidades antes dos protestos de junho nunca foram recebidos pela presidenta: “portanto significa que a presidente Dilma tem uma grande insensibilidade social, que se tornou ainda mais evidente por conta da posição do Lula, ao estilo Lula, que era de muito mais aproximação com os movimentos. Isso perdeu-se. Uma perda muito grave”.
Boaventura diz que é amigo de Marina Silva, pois comunga de muitas causas ambientalistas: “mas acho que não porque a dimensão religiosa que está por trás dela é uma dimensão que, no meu entender, tem um potencial mais conservador do que um potencial da Teologia da Libertação. É um potenciador de uma interferência conservadora na sociedade. Isso pode ter outras dimensões para os direitos das mulheres, dos homossexuais, para as diversidades sexuais. Por outro lado, sua política econômica, por aquilo que tenho visto e pelos apoios que ela recorre, é realmente uma tentativa de, com uma cara nova, uma mulher, repor o sistema que estava antes. Então eu penso que ela é uma cara nova para a direita”.
Por fim, sobre a democracia no Brasil, entende que “a juventude se dá conta que aquela democracia que ela acreditou não funciona, está sendo derrotada pelo capitalismo. Os países dão mais atenção aos mercados internacionais, aos grandes grupos transnacionais, do que dão aos seus cidadãos”. “A democracia está sendo usada contra os cidadãos. A democracia é exercida hoje contra o bem estar. Tinha-se a ideia que caminhava-mos para um estado de bem estar. De alguma maneira, hoje, o Estado é um Estado de mal estar. O que aconteceu no Brasil, no meu entender, é essa frustração.
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Programa de TV do PT defende Bolsa Família e Programa Mais Médicos
25 de Outubro de 2013, 17:58 - sem comentários ainda
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Conheça e debata a nova PEC dos Tribunais de Contas
24 de Outubro de 2013, 13:36 - sem comentários aindaGraças ao trabalho da Associação Nacional dos Procuradores de Contas (AMPCON), uma Proposta de Emenda Constitucional de reforma dos Tribunais de Contas foi apresentada no Congresso Nacional pelo Deputado Federal Francisco Praciano (PT-AM), que coordena a Frente Parlamentar de Combate à Corrupção.
PEC QUE PROPÕE A FISCALIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS PELO CNJ FOI APRESENTADA NESTA QUINTA-FEIRA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Pouco mais de 200 deputados e deputadas federais assinaram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que foi protocolada hoje (quinta-feira, 17/10) e mexe profundamente com os Tribunais de Contas.
De acordo com o deputado Francisco Praciano (PT/AM), presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção e primeiro signatário da Proposta, a busca pela assinatura dos deputados em apoio à PEC (que recebeu o número 329/2013) começou na terça-feira da semana passada e foi concluída ontem (quarta-feira, 16/10).
Segundo o deputado, a Proposta lhe foi sugerida pela Associação Nacional do Ministério Público de Contas (AMPCON) e, antes de ser protocolada, foi apresentada no dia 17 do mês passado aos deputados e a representantes da sociedade civil organizada em uma Audiência Pública promovida pela Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção.
Para Praciano, os Tribunais de Contas perderam totalmente a credibilidade junto ao povo brasileiro. “Inúmeras decisões desses órgãos não possuem nenhuma sintonia com os recentes brados contra a corrupção feitos pelas multidões em várias cidades do país. São órgãos lentos e deficientes que andam de costas para a sociedade, gastam uma fábula de recursos para manterem seus suntuosos prédios e seus milhares de servidores, sem, contudo, conseguirem superar anos de atraso”, diz o deputado.
Outro grande problema envolvendo esses Tribunais – principalmente os Tribunais de Contas dos Estados – de acordo com Praciano, é a questão do estreito vínculo existente entre os Membros dessas Cortes de Contas e as forças políticas responsáveis pelas suas nomeações. “Da forma como é hoje, os governadores são responsáveis, na prática, pela escolha de cinco dos sete Conselheiros de Contas que compõem cada um desses Tribunais. E o resultado disso se vê no perfil desses membros, onde 25% deles não possuem formação adequada, não possuem capacidade técnica para exercer a função e 80% compõe-se de ex-governadores, ex-senadores, deputados, prefeitos, secretários de estado ou vereadores. Os Tribunais de Contas estão servindo de premiação a amigos de governadores”, complementa o deputado.
A PEC estabelece que o Conselho Nacional de Justiça, que hoje é o órgão de controle externo do Poder Judiciário, será também órgão fiscalizador dos Tribunais de Contas. Além disso, a PEC também prevê mudança na forma de escolha dos Conselheiros de Contas, estabelecendo que, dos sete Conselheiros, seis sejam escolhidos dentre auditores e membros do Ministério Público de Contas.
Segue, abaixo, os principais pontos da PEC:
1. Veda a escolha de ministros e conselheiros de tribunais de contas que tenham sido condenados em decisão transitada em julgado (ou proferida por órgão judicial colegiado) pelos crimes e atos que tornem o cidadão inelegível para cargos públicos;
2. Exige que ministros e conselheiros de contas tenham mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija formação em nível superior nas áreas de: Direito, Administração, Contabilidade ou Economia;
3. Submete os ministros do TCU e os conselheiros estaduais de contas (e do DF), bem como os Ministros auditores e Conselheiros Substitutos de contas, ao controle externo pelo CNJ;
4. Submete os membros do Ministério Público de Contas (procuradores de contas) ao controle externo pelo Conselho Nacional do Ministério Público;
5. Estabelece nova forma de composição e escolha dos conselheiros estaduais de contas (e do tribunal de contas do DF), como sendo:
a) 1 (um) eleito pela classe dentre os auditores de controle externo do Tribunal.
b) 1 (um) eleito pela classe dentre os membros vitalícios do MP de Contas.
c) 1 (um) eleito, alternadamente, pelos conselhos profissionais de Administração, Economia, Contabilidade ou da OAB.
d) 4 (quatro) eleitos pela classe dentre os auditores substitutos de conselheiros vitalícios.
Observação: após escolhidos por suas classes, os conselheiros então indicados serão nomeados pelo chefe do poder executivo, ficando afastada, assim, a vontade do Chefe do Executivo Estadual (bem como das Assembleias Legislativas) na escolha dos membros dos TCEs.
6. Determina que uma Lei Complementar, a ser proposta pelo TCU, estabelecerá as normas gerais pertinentes à organização, fiscalização, competências, funcionamento e processo dos Tribunais de Contas;
7. Cria procedimento extraordinário de uniformização da jurisdição de contas, para tornar padrão o entendimento sobre normas nacionais. Este procedimento será processado autonomamente e em abstrato pelo Tribunal de Contas da União, em casos de repercussão geral, diante de decisão exarada por tribunal de contas que, aparentemente, contrarie dispositivo da Constituição Federal ou de Lei Nacional;
8. Estabelece que ao TCU caberá o planejamento, o estabelecimento de políticas e a organização do “sistema nacional dos Tribunais de Contas”, com prioridade para o combate à corrupção, a transparência e o estímulo ao controle social.
9. Concede autonomia financeira e orçamentária às unidades do Ministério Público de Contas.
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Governo Beto Richa se nega a discutir a privatização da e-Paraná com a sociedade
24 de Outubro de 2013, 12:15 - sem comentários aindaO governo Beto Richa (PSDB) pretende privatizar a e-Paraná (Rádio e TV Paraná Educativa) por meio da criação de um serviço social autônomo.
A ideia neoliberal-gerencial é simples: terceirizar as atividades-fim da autarquia para burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal e não precisar mais realizar concurso público.
Ao invés de organizar a autarquia RTVE/PR, ou transformá-la em fundação ou empresa pública, o governo quer privatizar, repassar quase tudo para uma entidade privada que não faz parte da Administração Pública.
Membros de sindicatos, jornalistas, professores e cidadãos tentam de todas as formas debater o tema com representantes do governo Beto Richa (PSDB), como o secretário de comunicação Marcelo Cattani, o diretor da RTVE/PR, Flávio Costa, e Silvio Lohmann, da Agência de Notícias, mas eles não querem conversa.
O projeto de lei 383/2013 já foi aprovado em primeira discussão na última terça-feira na Assembleia Legislativa, e a situação não aceita propostas de publicização e democratização do PL, como a ampliação e democratização do Conselho de Administração, criação de Conselho Curador e concurso pública para a contratação dos trabalhadores.
Apenas 11 deputados estaduais votaram contra a privatização. Caso o PL seja realmente aprovado, os deputados privatistas vão ter seus nomes amplamente divulgados.
Por favor 2014, chega logo!
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