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27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Steve Jobs, empregos e carros – Paul Krugman

29 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Visão de mundo atual dos republicanos não aceita que empresas bem-sucedidas não existem isoladamente

Mitch Daniels, antigo diretor de Orçamento da Casa Branca na era George W. Bush e agora governador de Indiana, apresentou a resposta republicana ao discurso do presidente Barack Obama sobre o Estado da União. Seu desempenho foi, bem, tedioso. Mas disse uma coisa que me levou a refletir -e não da maneira que ele gostaria.

Ele tentou recobrir seu partido com o manto de Steve Jobs, a quem retratou como um grande criador de empregos -algo que Jobs claramente nunca foi. E, ao perguntarmos por que a Apple criou tão poucos empregos nos EUA, descobrimos alguma coisa sobre o que há de errado com a ideologia que domina boa parte da política americana atual.

Daniels primeiro criticou o presidente por “sua constante depreciação de homens e mulheres de negócios”, o que na verdade representa uma completa mentira. Obama jamais agiu assim. E prosseguiu: “O grande Steve Jobs -e como seu nome era adequado [jobs é empregos em inglês]- criou mais postos de trabalho do que todas aquelas verbas de estímulo que o presidente tomou emprestadas e desperdiçou”.

Daniels claramente não tem grande futuro no ramo do humor. Mas o que importa é que que sua afirmação é completamente falsa: a Apple emprega pouca gente nos EUA.

São apenas 43 mil pessoas nos EUA. No entanto, cria empregos indiretos para cerca de 700 mil pessoas em seus diversos fornecedores. Infelizmente, quase nenhum deles está estabelecido nos EUA.

Por que a Apple fabrica no exterior, especialmente na China? O atrativo não são só os baixos salários. A China também oferece grande vantagem porque já abriga boa parte da cadeia de suprimentos.

As empresas de sucesso -ou ao menos as que dão grande contribuição para a economia de um país- não existem isoladamente. A prosperidade depende da aglomeração, e não do empresário individual.

Mas a visão de mundo atual dos republicanos não aceita esse tipo de consideração. Da perspectiva do partido, tudo depende do empresário heroico, do “criador de empregos”, que nos cumula de benefícios e, portanto, precisa ser premiado com alíquotas tributárias inferiores às pagas pela classe média.

E essa visão ajuda a explicar a furiosa oposição de muitos republicanos à iniciativa política de maior sucesso dos últimos anos -o resgate à indústria automobilística.

Se a quebra da GM e da Chrysler fosse permitida, elas teriam arrastado consigo boa parte da cadeia de suprimentos, o que derrubaria também a Ford. Felizmente, o governo Obama não permitiu isso.

Por isso, deveríamos agradecer a Daniels pelas suas declarações. Ele estava errado quanto aos fatos, mas sem querer colocou em destaque uma importante diferença filosófica entre os partidos. Um lado acredita que a economia só encontra sucesso graças a heroicos empreendedores; o outro nada tem contra os empreendedores, mas acredita que necessitem de um ambiente de sustentação e que o governo ocasionalmente precisa ajudar a criar ou manter esse ambiente.

E a interpretação de que o país precisa de mais que heróis dos negócios se enquadra perfeitamente aos fatos.

Tradução de PAULO MIGLIACCI


Filed under: Política Tagged: Apple, Paul Krugman

O conluio entre os poderes econômico e político – Plínio de Arruda Sampaio

29 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Sábado na Folha de S. Paulo

Até quando os noticiários dos jornais e da televisão mostrarão as cenas degradantes dos despejos de famílias sem-teto?

A mais recente delas, realizada em uma área de São José dos Santos, expulsou famílias que ocupavam, há oito anos, uma área periférica da cidade.

Oito mil policiais foram desviados das suas funções de manutenção da segurança da população para essa inglória tarefa.

Agindo com violência, esses policiais feriram as pessoas, destruíram as casas e os objetos dessa pobre gente, atingindo até as crianças. Foi uma barbaridade.

O promotor público, obrigado por lei a presenciar essas operações, brilhou pela ausência.

Chama a atenção igualmente a ausência de parlamentares, especialmente daqueles pertencentes aos partidos de esquerda.

Com a exceção honrosa do senador Eduardo Suplicy, é muito raro ver parlamentares presentes nesses eventos com a finalidade de prevenir excessos da força policial.

O mais incrível é que o mesmo Estado que realizou o despejo estava negociando com o proprietário do terreno a aquisição da área, para vender aos ocupantes.

Os advogados dessas famílias fizeram um grande esforço para demonstrar à juíza do processo que a solução do problema era uma questão de dias.

Indiferente ao drama humano que sua decisão causaria, a juíza aplicou mecanicamente a lei e determinou o despejo.

Não contente, um juiz de direito acompanhou o despejo e indeferiu de plano, em pleno local, todas as petições que foram apresentadas pelos advogados com o proposito de evitar a execução do mandado.

Só se justificaria a presença de um magistrado em eventos desse tipo se fosse para prevenir excessos da força policial.

No entanto, a presença de um juiz de direito no Pinheirinho não causou nenhuma inibição nos soldados, em uma evidente demonstração do conluio entre o poder econômico e o poder político nos Estados hegemonizados pela burguesia.

Nesses Estados, a prioridade primeiríssima é sempre a defesa do sacrossanto direito de propriedade. Todo o resto -os direitos humanos, a integridade física, os pequenos pertences das pessoas- fica subordinado ao direito maior.

Por isso, o direito à propriedade de um milionário relapso, que deve milhões de tributos não pagos ao Estado brasileiro, justifica o espancamento de pessoas e a destruição de seus bens.

E agora? Como ficam as famílias despejadas? Quem cuidará delas?

Elas obviamente irão ocupar outra área. Serão novamente expulsas e voltarão a sofrer os mesmos vexames e as mesmas violências.

Isso acontece e continuará acontecendo enquanto não houver uma legislação que coíba a especulação imobiliária, porque é ela que causa o aumento extorsivo do preço dos terrenos e, desse modo, exclui as famílias pobres do mercado.

Pacífica, despolitizada e sem organização, essa população tem aceitado a situação intolerável sem recorrer à violência. Até quando?

Isso vai continuar acontecendo enquanto os partidos de esquerda deixarem de cumprir seu papel de conscientizar e organizar essa massa, para que ela resista a esses ataques de armas na mão.

Na hora em que isto for uma realidade, não haverá violência, porque a consciência dessa realidade será suficiente para manter os cassetetes na cintura.

PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO, 81, advogado, foi deputado federal pelo PT-SP (1985-1991), consultor da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) e candidato a presidente pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade)


Filed under: Política Tagged: Pinheirinho, Plínio de Arruda Sampaio

Charge: reintegração impecável!

29 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Laertevisão, hoje na Folha de S. Paulo


Filed under: Política Tagged: charge, Pinheirinho

A foto diz tudo: o respeito que Luciano “Microfaixa” Ducci tem com os ciclistas

28 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda


Filed under: Política Tagged: Luciano Ducci

Vídeo “A doutrina do choque” sobre o neoliberalismo

28 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Vídeo imperdível baseado no livro de Naomi Klein “The Shock Doctrine” (La Doctrina del Shock), narra a forma como os chamados “Chicago Boys” de Milton Friedman utilizaram o descobrimento dos electrochoques da psicologia para apagar as recordações e regressar o sujeito a um estado infantil, e poder reescrever sua história, aplicando a doutrina no contexto sócio-econômico dos países em desenvolvimento para propiciar choques econômicos de neoliberais de direita nas ditaduras sul-americanas no Chile (golpe de Pinochet sobre governo democrático de Allende) e Argentina, com privatizações, fim de políticas sociais, com loteamento dos recursos naturais e enriquecimento de empresas multinacionais. O que influenciou também os governos neoliberais de Ronald Reagan, Margaret Thatcher, George W. Bush e a política armamentista dos EUA no Iraque e demais países do oriente médio. Até a guerra foi privatizada.


Filed under: Política Tagged: neoliberalismo