A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.
A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.
Adolescente chinês é preso por ser retuitado
6 de Outubro de 2013, 23:23 - sem comentários aindaNa terça-feira, dia 17 de setembro, Yang Hui foi chamado da sua aula de matemática pelo vice-diretor da escola, segundo o jovem estudante de ensino médio relatou a um jornal estatal chinês. O rapaz de 16 anos rapidamente descobriu que tinha um grande problema. Três policiais à paisana e um uniformizado esperavam por ele no gabinete do diretor. Eles perguntaram pelo celular de Yang, depois o interrogaram e levaram para a delegacia para esclarecer outros pontos e, então, trancaram-no em um centro de detenção local. O crime? Ele foi retuitado.
Há duas semanas, o governo anunciou novas regras destinadas a conter o suposto aumento da disseminação de rumores que, de acordo com as autoridades, atrapalham o desenvolvimento harmonioso da internet no país. Poucos chineses acreditam que as novas normas sejam muito diferentes da tentativa anterior – e mais pesada – de checar dissidências online e reassegurar o controle sobre o que a China pensa, fala e tuíta sobre seus líderes. Os termos estipulam que qualquer um cuja mensagem seja retuitada mais de 500 vezes em perfis chineses ou vista por mais de 5 mil usuários pode ser condenado a até três anos de prisão se a postagem original for falsa. Esta é uma das poderosas ferramentas da repressão governamental.
A aventura de Yang começou em 12 de setembro, em Zhangjiachuan, um condado remoto na província de Gansu. Naquela semana, o corpo de um homem foi encontrado perto de um clube de karaokê. Na China, esses locais são fortemente associados à prostituição e ao crime organizado. As autoridades disseram que o homem cometeu suicídio pulando do último andar da construção (versão suspeita, já que o prédio tinha apenas dois níveis, segundo o jornal Los Angeles Times). Em uma entrevista à imprensa chinesa, Yang contou ter ouvido de testemunhas que a vítima morreu depois de ter sido agredida por policiais.
Lei contra rumores
Há cinco anos, Yang provavelmente teria guardado esta história. Mas ele faz parte da geração conectada às redes sociais e, dois dias depois da morte em frente ao karaokê, ele publicou o primeiro de seus posts, agora apagados, em dois serviços chineses de microblogs similares ao Twitter, o China’s QQ e o Sina Weibo. As mensagens questionavam a versão do governo, afirmavam que o dono do clube era um oficial de justiça (aparentemente, a informação não era verdadeira, e o karaokê pertencia à esposa de outro oficial) e convocava protestos (houve realmente um encontro, mas não ficou claro se ele foi gerado pelos apelos do jovem).
“Passaram-se três dias e duas noites desde o assassinato de Zhangjiachuan em 12 de setembro e a polícia ainda não age, a mídia não reporta e as pessoas não sabem a verdade”, denunciava uma das mensagens no QQ, de acordo com o jornal Southern Metropolis Daily que, embora estatal, é bastante independente do governo. “Ele, que morreu, pode descansar em paz, nós vamos buscar justiça por vocês!” Até o dia 20 de setembro, a postagem havia sido compartilhada 962 vezes, conforme dados obtidos pelo Southern Metropolis Daily.
Em algumas ocasiões durante esta sequência de eventos – um pouco confusa pelas interpretações conflitantes e atividades online apagadas – a conduta de Yang descumpriu a lei contra a disseminação de rumores, pelo menos do ponto de vista do governo de Zhongjiachuan. Assim começaram a jornada ao gabinete do diretor e o que parecia ser uma passagem só de ida para a detenção administrativa, sistema que permite à polícia prender criminosos que cometeram ofensas leves por até 15 dias sem uma análise judicial.
Libertado após protestos
A prisão do jovem acabou chamando a atenção: as notícias se espalharam na internet praticamente desde o momento da detenção. Boa parte da raiva das pessoas foi canalizada para a lei a respeito da disseminação de rumores e para o bullying feito contra Yang. A reação tomou proporções tão grandes que alguns termos associados ao caso – como “detenção administrativa” – foram bloqueados das buscas do “Sina Weibo”.
Uma das postagens de protesto dizia que o chefe de polícia local havia comprado o cargo e teve mais de 14.900 compartilhamentos e 5.600 comentários. Ainda assim, não foi deletado nem gerou qualquer forma de processo para o autor. Na verdade, eles surtiram efeitos, e Yang foi liberado da detenção na manhã do último domingo. No mesmo dia, o governo de Zhangjiachuan anunciou a suspensão do chefe de polícia denunciado pelos internautas e a prisão do superior dele.
Este é um pequeno progresso para a luta por liberdade de expressão na internet, afinal, trata-se de uma pequena localidade afastada de Pequim. As punições por lá aplicadas significam quase nada para os líderes nacionais que passaram os últimos dois meses aumentando o controle sobre a internet. A liberdade de Yang pode até ser usada como bandeira pelo partido, sob a alegação de que as regras serão usadas com critérios, diferente do que se teme.
Questionado sobre como a experiência o modificou, Yang respondeu à mídia chinesa: “Eu vou continuar a seguir microblogs, mas minhas postagens serão mais prudentes, baseadas em evidências verificáveis e sem linguagem chula.”
Com informações de Observatório da Imprensa.
Precisa ser mundial a luta por uma internet livre
6 de Outubro de 2013, 23:21 - sem comentários aindaNa parte inicial de seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, terça-feira (24/9), a presidente Dilma Rousseff cumpriu o que prometera ao reagir às primeiras denúncias de que o sistema eletrônico de espionagem americano escolhera o Brasil como alvo, e alinhou algumas propostas para um “marco civil multilateral” de governança da internet. O que menos importa na questão é a espionagem institucional. Claro que toda invasão de privacidade precisa e deve ser reprimida, mas não será por tratados internacionais que esta secular atividade será contida. O Brasil e qualquer outro país – independentemente das necessárias reclamações e denúncias públicas – que tratem de investir em tecnologia para proteger seus segredos da bisbilhotagem neste mundo digital sem fronteiras e cada vez menor.
Espionagem à parte, há vários aspectos a serem abordados numa regulação do uso da internet, mas sempre com a preocupação de se preservar sua característica básica, a da liberdade de expressão, também abordada por Dilma.
Em alguns pontos, a presidente relacionou vários princípios que uma governança multilateral da internet deve preservar: ser democrática, estimular a “criação coletiva e a participação da sociedade, dos governos e do setor privado”; ajudar na construção de “sociedades inclusivas e não discriminatórias” e exercitar a diversidade cultural, sem impor crenças, costumes e valores. A não ser em regimes autoritários, não há quem possa se opor a estes predicados. Dilma incluiu, ainda, na sua lista de sugestões, a “neutralidade de rede”, a fim de que não haja restrições ao tráfego na internet “por motivos políticos, comerciais, religiosos ou de qualquer outra natureza”.
O termo é meio obscuro – “neutralidade de rede” – mas designa um vespeiro, em que se engalfinham grandes companhias de telecomunicações, provedores na rede mundial de computadores, de um lado, e, de outro, o usuário – da Google à pessoa que navega na internet em casa, à noite. A briga é mundial. Em busca de mais faturamento, as telecoms querem, no Brasil, nos Estados Unidos, onde for, cobrar tarifas maiores de quem trafega mais na rede e/ou necessita de mais velocidade e espaço para os seus arquivos.
Para Google e grandes sites jornalísticos, não haveria problema pagar mais. Mas não para pequenos empreendedores, por exemplo. Assim, acabar com a “neutralidade de rede” é erguer uma barreira de entrada a novos concorrentes no mundo digital. E, com isso, pulverizam-se duas características pétreas da internet: ser livre e aberta a todos. Parece ilusório levar esta discussão à ONU, como fez Dilma. Não parece, porque é preciso colocar este tema em todos os fóruns multilaterais. Não apenas nas Nações Unidas. A própria presidente deve defender internamente a “neutralidade de rede”, como fez em Nova York, por ser a inclusão deste conceito na proposta de Marco Civil para a internet no país que trava a tramitação do projeto na Câmara.
Com informações de Observatório da Imprensa.
NSA monitorou conexões sociais de cidadãos americanos
6 de Outubro de 2013, 23:19 - sem comentários aindaOs dados de registros telefônicos e e-mails de cidadãos americanos estão sendo analisados desde novembro de 2010 pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) e usados como base para a geração de gráficos sofisticados de conexões sociais, localização e outras informações pessoais. Segundo documentos datados de janeiro de 2011 vazados por Edward Snowden, ex-funcionário da agência, o monitoramento de cidadãos do país foi possível após a NSA cancelar restrições para a prática, com a justificativa de ajudar a “descobrir e rastrear” conexões entre alvos da inteligência no exterior e pessoas nos EUA.
Na época, a NSA recebeu autorização para realizar “análises gráficas em larga escala sobre grandes blocos de metadados de comunicação sem ter de verificar desconformidade” de cada email, telefone ou outro identificador. Antes, isso só era permitido para estrangeiros, devido a preocupações sobre a invasão da privacidade de cidadãos americanos.
Uma porta-voz da agência justificou que todo o trabalho da NSA tem um propósito de inteligência estrangeiro. “Nossas atividades estão centradas no contraterrorismo, contraproliferação e cibersegurança”, afirmou. Ela informou que o fundamento legal para a mudança que permitiu a análise de dados de americanos foi uma determinação da Suprema Corte de 1979, que alegava que americanos não deveriam esperar privacidade em relação a números discados. Com base nisso, o órgão de segurança e o Pentágono decidiram que poderiam ser criadas correntes de contatos usando metadados, ou seja, hora, localização e outros detalhes de telefonemas e emails, mas não seu conteúdo.
A NSA vinha tentando há mais de uma década obter essa alteração. Em 2006, um memorando do Departamento de Justiça já alertava sobre o potencial do mau uso de tais informações sem as proteções adequadas. Em 2008, o governo de George W. Bush deu aprovação à agência para realizar análise de emails e telefonemas de americanos. A NSA então implantou um projeto piloto durante um ano e meio e, em novembro de 2010, ele foi colocado em prática.
Funcionários da NSA foram alertados a seguir “regras de minimização”, que proíbem a agência de compartilhar com outros órgãos nomes e outros detalhes de cidadãos americanos cujos dados são coletados, a não ser que isso seja necessário para compreender relatórios de inteligência estrangeiros ou se há evidência de crime. Os dados podem ser ampliados com material de outras fontes, como perfis em redes sociais como o Facebook, informações de localização de GPS, registros de propriedade e de impostos, entre outros. A agência desenvolveu uma série de softwares e ferramentas para descobrir a maior quantidade possível de segredos de indivíduos.
Por baixo dos panos
As novas revelações levaram políticos a pedir que o presidente Barack Obama ordene a análise das políticas de vigilância do país. Sabe-se muito pouco sobre as operações da NSA e até mesmo a decisão de revisar os limites em relação à análise de dados de cidadãos americanos foi tomada em segredo, sem revisão da corte ou qualquer debate público. Não foram revelados quantos americanos tiveram seus dados analisados e nem o que resultou dessas análises.
Um documento interno revelou que, em 2011, uma ferramenta monitorava 700 milhões de registros telefônicos por dia e que, em agosto daquele ano, passou a receber também 1,1 bilhão de registros de chamadas por celular de apenas uma operadora. A agência afirmou que grande parte dos registros de telefonemas domésticos, divulgados por Snowden em junho, foi excluída.
Em 2013, a agência fez um pedido secreto de orçamento ao Congresso, também revelado por Snowden, que mostra um investimento de recursos financeiros e humanos para criar um repositório de metadados capaz de armazenar 20 bilhões de “registros de eventos” diariamente e torná-los disponíveis para funcionários da NSA em até 60 minutos. Os gastos incluem apoio para um sistema que tem um orçamento plurianual de US$ 394 milhões, destinado a “descobrir e correlacionar rapidamente padrões e relações complexas em meio a fontes diversas de dados em escala massiva”, segundo um documento de 2008.
Em um Comitê de Inteligência do Senado, na semana passada, o general Keith Alexander, diretor da NSA, não quis dar detalhes se a agência coletou ou teve planos de reunir dados de localizações de americanos com base em telefones celulares. Mas se a NSA não usar esses dados imediatamente, pode fazê-lo posteriormente, segundo documentos revelados.
Com informações de Observatório da Imprensa.
OOoPy – Biblioteca para a criação de documentos dinâmicos no Libre/Openoffice
5 de Outubro de 2013, 15:28 - sem comentários aindaSabe aquele contrato que tu geras onde só muda o nome do cliente, seu CNPJ e endereço? Considera criar um documento padrão e usar um script em Python para preencher o resto usando o OOoPy.
Mas o módulo (ou biblioteca, ou conjunto de funções) OOoPy não serve só para isso. Ele permite a concatenação de porções de documentos sem que a formatação dos mesmos seja perdida. Pensa em contratos com cláusulas que variam de acordo com o cliente ou situação: o OOoPy pode te ajudar a criar documentos finais compostos a partir de vários outros documentos. Quer mais informações?! Visite a página do projeto.
Evento: Tchelinux Santana do Livramento e Porto Alegre
5 de Outubro de 2013, 15:25 - sem comentários aindaQuase fechando o ano, o pessoal do TcheLinux vai percorrer de uma ponta a outra do Rio Grande do Sul com mais dois eventos nos próximos meses.
Dia 05/10 será realizado o TcheLinux Santana do Livramento, no Instituto Livramento – Escola Anglicana. O site do evento já está no ar junto com a programação: http://institutolivramentoil.com.br/tchelinux/
Dia 31/11 teremos o tradicional TcheLinux Porto Alegre, realizado em parceria com a FTEC Porto Alegre. A chamada de trabalhos já está aberta, assim como as inscrições para o evento: http://tchelinux.paralelo30.org/portoalegre2013/
Com informações de Dicas-L.
[Dicas-L] Agenda Livre – Tchelinux Santana do Livramento e Porto Alegre
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Tchelinux Santana do Livramento e Porto AlegreColaboração: Jerônimo Medina Madruga Data de Publicação: 02 de Outubro de 2013 Quase fechando o ano, o pessoal do TcheLinux vai percorrer de uma ponta a outra do Rio Grande do Sul com mais dois eventos nos próximos meses. Dia 05/10 será realizado o TcheLinux Santana do Livramento, no Instituto Livramento – Escola Anglicana. O site do evento já está no ar junto com a programação: http://institutolivramentoil.com.br/tchelinux/ Dia 31/11 teremos o tradicional TcheLinux Porto Alegre, realizado em parceria com a FTEC Porto Alegre. A chamada de trabalhos já está aberta, assim como as inscrições para o evento: http://tchelinux.paralelo30.org/portoalegre2013/
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