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“MPB – Música para baixar” – reflexões – Por Erico na Rede

1 de Novembro de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Fonte: http://ericonarede.blogspot.com/2009/10/mpb-musica-para-baixar-reflexoes.html

Na matéria reproduzida no site do Clube Caiubi de Compositores, por Lis Rodrigues, com o irônico e pertinene título principal “MPB – Música para baixar”, faz-se considerações importantes sobre a questão dos direitos autorais, passeando nas raias dos interesses industriais versus produção musical ind ependente.

Não é fácil saber, na verdade, que há uma estrutura econômica com uma força ímpar, na história fonográfica do século passado – a qual antes sugava na venda de discos e hoje tenta sugar a dos shows (que era onde o artista conseguia realmente remuneração por seu trabalho). Essa conjuntura viciada obviamente distrái e desvirtua os interesses objetivos dos produtores independentes de música.

Acredito que possamos fazer uma concentração das discussões dentro dos parâmetos do que significa a música independente, como ela é conhecida e como renovar os mecanismos de valia e distribuição – já que não tendo o aval multi-visual da indústria, passa de mão em mão por aquele público que já enxerga a diferença na forma de exibir e distribuir música, como já se enxergou a derrocada da indústria e meios formais de divulgação, distribuição e venda de cds e outras mídias.

Ao invés de chorarmos junto à indústria, cujos sofrimentos são bem diversos da áres independentes – que sempre viveram o boca a boca para assegurar seus interesses -, poderíamos ver que é o contínuo do trabalho que fará o reconhecimento da obra, e que se conta com elementos tão fortes como a internet. O artista independente sempre obteve seus resultados por shows e cds e é este o choro dos industriais, que não passam mais pelas mega-estruturas de distribuição, e que seus processos de fidelização dos consumidores deve ser redirecionado.

Na briga entre internet – que já atinge quase todo o mundo – e a indústria, que sofre a decadência da tirania de suas fórmulas, certamente coloca-se um modo mais justo na briga da captação de ouvintes. No entanto, as rádios, os incentivos fiscais e demais subsídios às produções de obras, ainda há um suporte forte para medalhões passarem mais sabiamente no crivo dos julgadores de projetos culturais. Ainda não dá pra confrontar os “grandes”, tendo eles ainda toda a infra-estrutura para produção e todo o processo de distribuição, além de suas experiências, na formação “daquele tipo” de produção. O jogo parece mais equilibrado. Há de se ver se os incentivos governamentais colocam a visibilidade em outro patamar, olhando para o futuro e realmente democratizando os fazeres culturais e artísticos. A visibilidade é a força econômica motora, que fideliza e faz acontecer. Obviamente, isto reordena, de acordo com as capacidades dos artistas, no que mesmo sendo uma “sempre novidade” no mercado e não tendo o crédito dos espectadores, como antigamente, conta com a sede de novidades que pouco a pouco se espalha, pela saturação e vício (nivelando por baixo) da própria indústria que já impõe o cansaço de seus produtos pasteurizados e chatos.

Esta luta se assemelha muito à da Microsoft versus softwares livres, Microsoft versus Apple. Se a indústria gigantesca dos softwares e hardwares está a se render às novas formas de condução dos negócios, pela profissionalização dos “códigos-abertos”, por que os independentes da música haveriam de continuar sob a mesma insana realidade de quase inexistência, frente ao que há de realidade e não conseguimos ver?


Fonte: http://musicaparabaixar.org.br/?p=427

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