O Movimento Música para Baixar - MPB é uma inciativa para conectar diversas áreas relacionadas como: música, arte tecnologia e comunicação colaborativa e espalhar suas propostas para o âmbito de diversos territórios, levando suas propostas para o maior numero de pessoas, extrapolando as fronteiras de um determinado gênero musical.
Jéferson Assumção e @Vinicius_Wu apresentam o #FIMLivre – Festival Inter #MusicaLivre -Porto Alegre
21 de Março de 2011, 0:00 - sem comentários ainda
Vinícius Wu e Jéferson Assumção*
No contexto do estimulo à cultura digital, compromisso do atual governo gaúcho, iniciamos, nos últimos dias, o debate público visando à construção do I festival internacional de Musica Livre – FIMLivre, como parte do Fórum Social Mundial 2012. Pretendemos que esta seja uma iniciativa do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, em parceria com o Governo Federal e diversos atores sociais e organizações da sociedade civil dispostas a construir uma nova relação entre o Estado e a sociedade.
O FIMLivre será um espaço inédito de criação, produção e circulação da produção cultural inovadora e criativa, que emerge no âmbito do vasto campo de concepções e práticas em torno do que denominamos cultura livre e digital. Será um espaço de música, arte e experimentação contemplando toda a cadeia produtiva da interatividade contemporânea através das redes digitais.
A produção cultural neste limiar do século XXI atravessa uma profunda transformação, transbordando as fronteiras da antiga indústria cultural. Uma verdadeira revolução tornada possível pelas inovações tecnológicas das últimas décadas.
Nesse sentido, o Governo do Estado do RS constituiu o Gabinete Digital, para realizar uma interface direta com esses novos atores políticos, dentro de uma perspectiva plural da participação e voltada à construção de políticas públicas nas quais os agentes participam, efetivamente, desde sua elaboração até sua execução.
Queremos transformar Porto Alegre, pelo menos por três dias, na capital mundial da música livre. Este evento multicultural, policêntrico e livre de qualquer rotulo, está inserido na estratégia do novo governo gaúcho de tornar o RS num terreno de experimentações colaborativas e estímulo à participação cidadã.
Será uma pequena contribuição à renovação da utopia democrática neste início de século, o que somente será possível se soubermos adaptar nossa compreensão a respeito do conceito de democracia aos imensos desafios do tempo presente. Neste sentido, a mobilização em rede e a plena incorporação da cultura digital, suas novas linguagens e formas de manifestação são elementos decisivos.
O FIMLivre será o encontro entre a cultura livre e a busca pela renovação democrática das estruturas de Estado, que devem cada vez mais abrir-se a inovação, à experimentação e a novas e inovadoras formas de apropriação do Estado pela sociedade.
O FIMLivre será lançado no dia 13 de abril às 16h, na Casa de Cultura Mário Quinta (Rua dos Andradas, 736 – Porto Alegre-RS)
Participe da construção do FIMLivre.
É uma idéia livre a ser construída por cada um e uma de nós.
*Jéferson Assunção – Secretário adjunto de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul
Visite nosso blog no OpenFSM http://openfsm.net/projects/fimlivre/blog/ ou envie um e-mail para gabinetedigital@gg.rs.gov.br
Por @GnuEverton O debate sobre #direitoautoral (DA) é manipulado p/o bem dos monopólios #MusicaLivre #NovaLDA
11 de Março de 2011, 0:00 - sem comentários aindaNo século XIX, na europa, o sistema capitalista expandia-se largamente e aqueles que desejavam extenso acúmulo de riqueza organizavam-se no poder e com medo das propostas que defendiam os direitos das pessoas, iniciaram um processo de lançar terror a todos os “cantos”, seus maiores oponentes eram naturalmente os comunistas e socialistas.
Entre as mentiras terroristas os oposicionistas às propostas sociais contrárias ao individualismo, afirmavam que os “comunistas” iriam invadir lares, roubar os bens, os filhos e a liberdade das pessoas e que, inclusive, “comiam criancinhas”.
Na campanha presidencial de 89 esta prática do terrorismo foi amplamente utilizada. Os adversários afirmavam em campanhas clandestinas que se Lula fosse eleito presidente da república, as famílias da classe média teriam de dividir seus bens, seu dinheiro seria confiscado e suas casas invadidas.
Agora no debate da reforma da legislação autoral, mais uma vez a estratégia é mesma aplicada contra os comunistas e contra Lula. Ou seja, o principal objetivo é disseminar a mentira, o terror como forma de espalhar o medo para aqueles que desconhecem o conteúdo do debate.
Reformar a LDA para adequá-la o momento em que vivemos, certamente, passa longe de “satanizar o autor”, ao contrário, busca autonomia e fortalecimento dos criadores. Hoje, diante das inúmeras possibilidades da internet, esses autores podem e devem ter políticas de distribuição de conteúdos de forma comercial ou não, a depender da realidade econômica dos seus respectivos públicos, ao invés a obrigar todos utilizarem o mesmo engessado “todos os direitos reservados”. Além de tornar transparente a arrecadação e repasse dos valores do DA e a superação dos intermediários.
É notório que muitos autores/criadores desconhecem o que realmente está em jogo neste debate e são facilmente manipulados por sujeitos como o cantor Caetano Veloso e instituições a exemplo do ECAD e ABRAMUS, que querem manter a ignorância por interesse estritamente individualista.
É conveniente para o ECAD afirmar que “a reforma da legislação autoral significa acabar com os direitos do autor, ou que a legislação brasileira permite a liberação de conteúdos… ou não existe impedimento que o Creative Commons ou outras formas de licenciamento sejam utilizados por quem desejar.”
Em primeiro lugar, o ECAD não reconhece e tem combatido frontalmente o Creative Commons. O ECAD como monopólio concedido pelo estado simplesmente não representa nenhum autor que utilize licenças livres. Esta entidade não procura compreender a diferença entre liberar conteúdos para uso não comercial, onde qualquer pessoa tem a liberdade de uso para fins não lucrativos, ou para uso comercial em que autor devem ser remunerados.
Portanto, é completamente falso afirmar que “licenças permissivas” acabam com os direitos do autor. O que se pretende é empoderar autores, o que o ECAD não quer, pois defendem a classe dos intermediários que arrecadam para si o maior pedaço do bolo do direito autoral.
Em segundo lugar, não é verdade que a atual lei do direito autoral reconhece o Creative Commons. Se fosse verdadeira esta afirmação, então, quando alguém publicasse um conteúdo haveria diversidade de opções dentre um conjunto de licenças previstas na lei deveria escolher a mais adequada a sua realidade, informando as condições de uso da obra. Ao contrário, quando o criador não informa a licença de uso, o padrão é “todos os direitos reservados”.
Por fim, o que os defensores dos monopólios querem é manter tudo como esta sem qualquer debate público e aberto, por isso, combatem com falsidades todos os fóruns realizados de direito do autor, não reconhecem as propostas oriundas da segunda conferência nacional de cultura e da consulta pública sobre direito autoral. Se reconhecessem o debate público teriam participado destes fóruns e isto negaram-se a fazer quando ocorrido.