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Como serão os CDS, DVDS, Pirataria, Compartilhamento de arquivos via internet, direitos autorais, OMB, Ecad, Jabá no Paraiso? Por Carlos Younes

1 de Novembro de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - 1Um comentário | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Visualizado 539 vezes
Paraiso paisagem

Muito se fala atualmente sobre pirataria, compartilhamento de músicas na rede mundial de computadores, direitos autorais, OMB, Ecad,Jabá, etc.

Inspirado no texto de LisRodrigues postado 26 de outubro de 2009 na rede social Clube Caubi de compositores, humildemente e com limitações, desfiarei esse “rosário”.

Encarar o fato de que o contexto do mercado fonográfico mudou, depende em muito da compreensão do processo de digitalização dos meios de comunicação e, ainda mais, compreender que hoje existem novos veículos de comunicação de massa.

Compreender o novo contexto que vem com o mundo virtual para a cadeia produtiva da música, depende de compreender que a própria cadeia produtiva já não é mais a mesma. Da composição à produção musical, passando pela distribuição e divulgação, tudo (absolutamente tudo!) mudou.

Enquanto as décadas de 80 e 90 foram prodigiosas na movimentação de bilhões de reais nesse mercado, os anos 2000 vieram pra desafiar a imaginação e a capacidade de adequação para muitos, quase todos, os profissionais da área.
É nessa pseudo entre-safra que cada artista terá a oportunidade de construir uma nova maneira de auto gerir sua carreira, que cada compositor poderá resgatar o direito soberano à sua obra.

Então será que o CD morreu? Será que indústria fonográfica faliu ? Delicado e polêmico de se responder.
Mas a canção, a música, a arte e a cultura vivem soberanas, se renovam e se reinventam. Absorvem novas tecnologias, outras linguagens e se transformam, como é próprio da dinâmica da arte.

Está aí o crescente mercado independente pra ser mais um peso nessa balança em favor da música.
Prova disso é a crescente procura por produtos de autores independentes em forma de CDs, DVDs, dowloads, etc.
Poderiamos chamar do mercado musical e cultural das “jóias ocultas”. E graças à rede mundial cada vez menos ocultas.

Temos atualmente várias redes sociais de divulgação e intercâmbio de autores, intérpretes, compositores, etc.

Taí o Clube Caiubi e suas mais de 10mil canções postadas pra ser “o fato” contra qualquer argumento.

O fato é que já raiou um novo mundo, um novo tempo sim reside vivo e pulsante, muitos hábitos e valores podres que reinavam
invenciveis já foram por água abaixo. Muito temos ainda o que se descobrir, discutir e construir nesse novo mundo.

Poderiamos chama-lo de protótipo do Paraiso ! Mas ainda existem muitos demônios soltos por ai, perturbando nossa paz.

Sem dúvida esse é assunto para infindáveis foruns no congressos, câmaras e redes sociais.

As discuções continuam nos congressos e câmaras, o que será feito de agora em diante dos direitos autorais? E de vários outros direitos e necessidades também se apresentam interrogações.
Embora o cenário tenha mudado, muitas ainda permanecem na distribuição da arrecadação de direitos do Ecad. Isso é no Brasil, como será
que a”coisa” está nos outros países?

Lis Rodrigues informa: Já existem movimentos com disposição para abrir vespeiros, um deles é o MPB (Música para Baixar), que vem realizando fóruns pelo Brasil sobre esses temas e em pouco mais de 6 meses de vida já reúne nomes importantes da música brasileira. (confiram, ainda não tive tempo)

Voltando aos”demônios”:

Parece que o “Jabá” ainda existe, e movimenta boas somas em favor de emissoras de rádio e TV por todo o pais(e mundo). E alguns tentam estender isso pra internet.
Os contratos com gravadoras e selos, quando existem, ainda são desfavoráveis aos direitos dos compositores, que custeiam suas obras pra depois assinar com as próprias mãos verdadeiras amarras, uma vez que, não sendo do interesse comercial da gravadora no momento, são colocados no gelo até que o contrato acabe ou o compositor, por insistir em distribuir e divulgar seu trabalho às próprias custas S/A usando os veículos que tem ao alcance (internet por exemplo), seja processado pela mesma gravadora que o contratou.
No “paraíso” os artistas serão proprietários da própria obra.
De volta ao Paraíso…
Provavelmente, no Paraiso o jabá não será mais necessário, pois, as emissoras e os empressários não precisarão “guerrear” para obter os recursos necessários em manter seus negócios saldáveis e prósperos. E é claro os exploradores, aproveitadores, e todas as variações possíveis de criminosos
não terão mais “ambiente” para existir.

Esses assuntos, midias de veiculação de produtos culturais e novos comportamentos do mercado
fonográfico, entre outros, é bem polêmico e com várias facetas.
Eu particularmente continuo produzindo e vendendo CDs a vários anos. As pessoas que gostam e tem respeito pelo nosso trabalho compram nossos CDS para ouvir e presentear.

Manipular CDs, seus encartes continua sendo um prazer.
Concordo que as gravadoras investem cada vez menos em produção de CDs independentes
mas, na verdade, coexistem dois ambientes de divulgação e comercialização de trabalhos musicais.
Os CDs e DVDs e a internet. Todos muito bons ao meu ver.

Acredito que é perigoso sair afirmando coisas do tipo “Os CDs, DVDs, isso ou aquilo morreu” ,pois, na prática e na real isso não é verdade. Inclusive CDs e DVDs continuam sendo uma das melhores formas de divulgar o trabalhos musicais e de outras procedências, empresas, campanhas, etc.
Ainda servem como cartão de visita de artistas, músicos, grupos musicais, vídeos, filmes, grupos de dança, grupos de teatro, fotógrafos, empresas, etc.

As mídias “eternamente” irão mudar, mas algumas como os Cds e DVDs, vinil, disquetes, etc, irão persistir até que criem algo que realmente entre definitivamente no hábito e na Alma da grande maioria das pessoas. Por incrível que pareça, muitos ouvem, e com prazer, discos de vinil e usam disquetes de 31/2 ” para trasportar dados (inclusive várias instituições governamentais).
Existem muitas opções, inúmeros tipos de cartuchos de memória, pen drives com conexão USB, ou quem sabe as pessoas prefiram os arquivos comprados pela internet, principalmente quando as pessoas aprendam a ter respeito e saibam realmente aproveitar os recursos tecnológicos para o seu bem e para o bem de todos.

Seja lá o que for, continuaremos produzindo divulgando e executando música,arte e cultura, porque ainda somos seres humanos e essas coisas são e sempre serão nossos alimentos .
E a classe dos profissionais da arte e cultura ,como qualquer classe trabalhadora, continuarão tendo que ganhar os recursos necessários para uma vida justa e digna do seu trabalho que no caso é produzir arte.

Na verdade essa discução se tornará irrelevante, quando as pessoas perceberem que o que realmente interessa é criarmos um “paraiso ” em nosso habitat natural.
Se o lado de fora é reflexo incondicional do nosso interior, então sem dúvida o paraíso começa dentro de cada um de nós.
Independentemente de credo, raça, sexo, tendências, política e interesses.

Criemos então o paraiso dentro de cada um de nós,e veremos imediatamente a melhoria enorme e imediata que ocorrerá nas famílias, ruas,bairros,cidades, estados, países e em todo o planeta. Esperimentaremos uma enorme melhoria na qualidade de vida, produção e difusão cultural, assim como nos aspectos comerciais, administrativos, arrecadação dos direitos autorais e muito, muito mais.

Provavelmente no paraiso terão poucas pessoas querendo “explorar, roubar, prostituir, estorquir, apagar, destruir artistas ou profissionais de qualquer espécie. Pois, o interesse principal será melhorar, a qualidade de vida, plantar e regar o paraíso ao seu redor, será a nova ordem mundial.
E se repararmos bem, essa “Ordem Mundial” já está presente e crescente em todos os círculos sociais.
O paraíso já existe dentro de nós, basta descobrirmos e colocarmos para fora, a cada dia de nossas vidas dizem que o ser humano é filho do criador da natureza e de todo universo. Então Filho de Deus, deuzinho é.

E um fato é incontestável, todos temos posse do livre arbítrio. E cabe a cada um descidir o que fazer dele.
Abro então uma nova enquete:

Como será a vida e o mercado cultural no paraíso ? HEHEHE!

Grande abraço a todos.


Fonte: http://musicaparabaixar.org.br/?p=434

1Um comentário

  • 3f3bd3ff3c29cadfbafba66a5bbf5c3b?only path=false&size=50&d=404Carlos Younes(usuário não autenticado)
    7 de Novembro de 2009, 8:02

    Parabéns pela iniciativa, Obrigado pelo post, vamos juntos nessa estrada...

    Parabéns pela iniciativa, Obrigado pelo post,

    Grande abraço a todos

    vamos juntos nessa estrada...


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