Ética Hacker para mudar o mundo
9 de Julho de 2015, 22:29
, por Mariel Zasso
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Olivia Janequine e Claudia Melo, da ThoughtWorks Brasil, inspirando os hackers a mudarem o mundo (Foto: Ana Maria Mor, Cobertura Colaborativa)
O hackerismo e a tecnologia na relação entre governo e sociedade foi tema da exposição realizada hoje no FISL pela cientista social Olivia Janequine e pela cientista da computação Claudia Melo, da ThoughtWorks Brasil. Juntas, elas falaram sobre o papel do hacker e da tecnologia na construção da sociedade do futuro, buscando provocar reflexões.
Os princípios da Ética Hacker de Steven Levy foram guia para as ponderações, orientadas para além da tecnologia. Privacidade do cidadão e transparência dos governos foram apresentados como elementos essenciais para a democracia. Projetos de software livre nos quais as pesquisadoras estão envolvidas serviram de exemplos. Claudia e Olivia falaram um pouco de como os hackers podem ajudar a criar uma sociedade mais segura e mais justa.
A reconstrução de toda a infraestrutura da internet de modo a tornar a rede mundial de computador de fato um bem público, voltado para o benefício comum e a encriptação universal como ferramenta de segurança de dados de todos os cidadãos foram apontamentos para decisões que nós, hackers, podemos tomar (e iniciar) e que não são apenas técnicas, mas políticas.
Assim, elas terminaram devolvendo para o público uma provocação. Fazendo ainda a ressalva de que qualquer pessoa que vá atrás de uma solução rápida e inovadora para um problema posto - o que inclui justamente a predisposição de todo o brasileiro para a gambiarra - elas convidaram os presentes a iniciarem uma troca de ideias em torno da questão. O tempo no auditório era curto, mas a pergunta fica como um eco para todos: "o que é o poder em um mundo construído por hackers?" Todo hacker é bem-vindo!
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