Ir para o conteúdo
ou

Software livre Brasil

Tela cheia
 Feed RSS

Blog

27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Bricolabs

1 de Agosto de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda
“Três principais segmentos de origem podem ser distinguidos: um forte enfoque conceitual brasileiro,  dado por Felipe FonsecaStalker e o descentro.org;  o realismo enraizado na atitude hacker Gnu / Linux do dyne.org, Jaromil e a perícia de Aymeric Mansoux;  e o forte foco conceitual etnográfico em modos de organizar e linkar para o desenvolvimento de políticas e pesquisa por  Bronac Ferran, Matt Ratto e Humphreys Patrick. ” (Kranenburg – The Internet of Things, p. 28)

………………..

“Three main threads of origin can be discerned: a strong Brazilian conceptual focus by Felipe Fonseca, Stalker and descentro.org, the realism ingrained in the Gnu/Linux hacking attitude of dyne.org, Jaromil and the expertise of Aymeric Mansoux, and the strong conceptual ethnographic focus on ways of organizing and linking to policy and research by Bronac Ferran, Matt Ratto and Patrick Humphreys.” (Kranenburg – The Internet of Things, p. 28)



MetaReciclagem e Rede como Política

29 de Julho de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Rede virou um termo genérico  que poucos percebem que perde muito quando usado como formato organizacional.  É ainda a mania moderna de querer prever as soluções  em  formas e fórmulas.  É o adestramento ao qual estamos sendo submetidos já faz algum tempo. A popularização da Internet e toda a parafernália “comunicativa” vigente em sua produção só reforçam este  simulacro de poder. E assim a maioria de nós acredita, tem fé, que a aparência de relacionamento é em em sua performance  um relacionamento.

Pessoas ao meu redor  consideram o facebook o termômetro de sua sociabilidade. Um like, um compartilhamento, um “add” ou não, o número de “amigos” são o argumento que precisam para se sentirem prestigiadas ou não, amadas ou não, bem sucedidas ou não. Inevitavelmente sendo chato e antiquado sou daqueles que leva um tempo, maior ou menor dependo do que se passa juntos, para chamar alguém de amigo. Amigo não é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito. Isso é figura de linguagem. Amigo é alguém que conforme vamos convivendo,  confiando e  nos entregando, passando por situações juntos, aprendemos a assimilar o que consideramos virtudes e defeitos, aprendemos  a conviver e saber  quando contar,  sentimos  de alguma maneira que há um reciprocidade nesses sentimentos, práticas e aprendizados, e, em algum momento, nos damos conta de tudo isso, ainda que inconscientemente.

Redes,  em certas concepções produtivescas da  atualidade e sem teorizar aqui sobre o que venho sendo treinado a pensar sobre redes para além das relações humanas,   são tentativas organizacionais de dar um formato mecanicista às construções e relações de amizades,  mas com um grave problema no processo. Quando tentamos colocar a amizade,  no sentido que defini aqui,  num formato organizacional produtivo, ela vira recurso para produção do que quer que seja e, portanto, deixa de estar naquela concepção de amizade. Não estou julgando se isto é bom ou ruim, apenas tentando falar que o que alguns vem entendo como rede pode ser a  formatação organizacional produtiva do que seriam relações de amizade. Logo, redes em rede, seria a formatação organizacional produtiva dos amigos dos amigos, dos interesses comuns, numa idealização de mundo perfeito, que, obviamente , não existe.

Não podemos confundir o que todo mundo passou a chamar por aí de redes. Alguns  tem consciência de que rede é apenas um nome, uma bandeira pirata, um símbolo de identificação,  constantemente em potência e em  processo de mutação. Mas outros já acreditam que “as redes” são o  ”novo formato organizacional” de ação política. Confesso que até eu uso este termo: “novos formatos organizacionais”. Mas apenas como terminologia de tradução para possibilitar conversas e ações. Aquela que acredita que estamos  fazendo algo em função de “uma rede” e que esse fazer é algo “novo”, revolucionário, transformador,  ou é ingênuo ou está tão preocupado em atender a certas demandas que não vê (ou não que ver) o que de fato ocorre.

Ainda que o discurso caminhe muita vezes  para a  conversação com o crente daquele outro sentido de rede, vejo que aqueles entre nós que usam o termo MetaReciclagem conscientemente sabem que não estão fazendo algo de especial em função de um formato adotado. Rede, no nosso caso não é formato, não é organização e nem prática definida. Uma das coisas que mais  dá prazer em interagir com a MetaReciclagem é ver que há um bom esclarecimento e consciência entre vários de nós que consideram que fazem as coisas “em rede” e  não vêem “a rede” como a fórmula da ação, como o contraponto a modelos estabelecidos e em falência. MetaReciclagem não é uma das redes dentre essas que as pessoas vem chamando por aí de redes e mecanizando em cima de um suposto processo comum. MetaReciclagem é quando precisa ser e não é quando entende que não é . Mais importante, e que poucos conseguem assimilar e potencializar, não é dizer o que MetaReciclagem é, mas sim dizer o que MetaReciclagem faz.

 



Cigac: Semiárido, Meio Ambiente e Colaboração

27 de Abril de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

De 13 a 16 de junho de 2012  estaremos reunidos aqui no município de Sousa, um estrato do Semiárido no alto Sertão da Paraíba,  em torno de ideias e ações sobre Colaboração em Rede entre Ciência e Inovação Social, na Conferência Internacional em Gestão Ambiental Colaborativa – Cigac.

Sousa é um município do Sertão Paraibano  a 427Km da capital.  Localidade central no sertão nordestino, polo de conhecimento e produção agroecológica e que possui um dos sítios arqueológicos mais importantes do país, o Vale dos Dinossauros, infelizmente ainda não tratado como deveria. Isto é  inclusive uma das questões sugeridas por Daniel Duarte Pereira,   do Instituto Nacional do Semiárido – INSA, para discussão na  Cigac.

Produção Orgânica de Maracujás em Sousa - PB

Produção Orgânica de Maracujás em Sousa - PB

Há certamente muitas questões locais que perpassam potencialidades e desafios, o Vale é apenas uma delas. Acredito que uma das coisas que precisamos fomentar, para trazer à tona potencialides e desafios destes espaços e realidades, são vivências complexas nestes estratos do Semiárido. Vivências que se relacionem,  assimilem, integrem diferentes perspectivas em micro partes dessas realidades.

É preciso que diversos olhares se juntem num projeto comum de compreender o local junto com o local e traçar, quem sabe colaborativamente, alternativas e ações para um Semiárido melhor. Esta busca precisa se desfazer de imaginários pejorativos e irreais e assimilar progressivamente o que de fato pode ser aquilo que não sabemos.

Sousa,  provavelmente como vários outros estratos do Semiárido,  reflete uma mistura de narrativas globais em convivência  seu próprio tempo interno, enraizado nos hábitos “tradicionais”. A contemporaneidade proposta em partes do seu no visual urbano é resultado naturalmente das imposições dos padrões globais,   mas que contém nelas mesmas os territórios das tradições de antanhos que não conseguimos compreender à primeira vista.

O encontro inicial com as estruturas locais que remetem ao global pode nos levar a querer operar com o que consideramos hábitos globais e quase que automaticamente, inconscientemente, como entendo que opera o plano cultural, trazer à tona nossas exigências pessoais,  que em vários momentos irão se chocar com a complexidade local, que é muito maior do que a padronização de comportamentos globais imposta pelo sistema econômico mundial. Por conta disto,  podemos deixar de perceber, assimilar,  compreender como lidar com muitas das potencialidades e desafios locais,  que não se tornarão acessíveis para nós senão com convivência,  resignação e despertar para este nosso impulso interior de querer ver sempre “o mesmo” como “o outro” e “o outro” como o “o mesmo”.

Por isso o que faço aqui  é um convite para que venham ver com seus próprios olhos e produzir com seus próprios corpos o que podemos construir em termos de colaboração para questões de gestão ambiental do Semiárido. Entendendo gestão ambiental como uma tag, que na nossa perspectiva não quer ficar nas fronteiras disciplinares e acadêmicas, mas como bem falou o efefe “se orienta por esse processo de aproximação entre a academia, a sociedade, e também a arte – como campo de experimentação, construção de significados e formação de imaginário.” Ou seja, na Cigac queremos que não haja tags separadas em legítimas e ilegítimas ao que se convém chamar de Gestão Ambiental.  Porque se olharmos com mais calma e menos “análise científica moderna” estamos todos num mesmo barco que pode se beneficiar de projetos comuns de permitir  conviver,  compartilhar e colaborar.
Vem! Até dia 30.04.2012 ainda dá tempo de enviar um resumo expandido ou uma proposta de experimento. Veja os detalhes na chamada de trabalhos do site da Cigac e inté junho!


Cigac: Bio Digital e Boas Vindas a Aliadxs

24 de Março de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

A produção da Cigac está num momento muito importante de concretização das parcerias e apoios,  além do já formalizado com o CNPQ. Uma das parcerias que vislumbramos desde que começou a se moldar o projeto foi com o PEASA, que com sua experiência de articulação nas comunidades do Semiárido é uma peça fundamental. Pelo PEASA pretendíamos também alcançar o INSA e assim estabelecer nestas relações uma articulação institucional legítima para a Cigac. Esta articulação já se iniciou e já começou gerando muito bons resultados. Além disso, tivemos esta semana o reconhecimento do reitor da UFCG quanto à  importância estratégica do evento. Agora estamos ainda mais fortalecidos para seguir em frente e fazer da Cigac mais do que o processo projetado de um evento científico, mas, como sempre quisemos, uma conferência de diálogos, de conversas entre diferente movimentações desse todo relacionado à Gestão Ambiental e Colaboração em Rede, da práxis e da vontade de ajudar a materializar um pouquinho de processos de organização, administração, métodos não estão delimitados no manual “ortodoxo” da Administração contemporânea. Aproveito então este momento para falar sobre o a proposta metodológica aberta Bio Digital, cuja articuladora junto à Cicag é a Maira Begalli, da Rede MetaReciclagem.

Considero essa relação de ações em direção a um evento mais cooperativo, no sentido do que as pessoas gostam de chamar por aí de responsabilidade sócioambiental muito, muito, interessante. São propostas que contemplam um amplo conjunto de áreas e processos relacionadas à produção de eventos e que se preocupam desde o pensamento com macro soluções até pequenos detalhes que fazem a diferença. Escrevo aqui na tentativa de iniciar um  pouco da interlocução que merece quem se dedica a preparar algo assim e,  também para de alguma forma ir avaliando, na construção do discurso,  na ordenação das palavras que recorrem automaticamente ao inconsciente,  uma primeira impressão que tive ao chegar ao final da leitura do material, que é: a proposta diz “o que fazer” mas não dá nenhuma pista do “como fazer”. E isto é muito normal quando, na minha cabeça de administrador, opera-se na práxis de “consultoria”, o que pode ser o caso quando trabalhamos a rede de dentro pra fora, performando estratégias de sobrevivência e lidando com processos em que a lógica da competição imbricada na crença no mercado livre são a configuração da matrix em operação.

Por outro lado, se trabalhamos a rede internamente, no estabelecimento das estratégias com aliadxs, na vibe do vamos fazer juntxs, na concretização do solidário, a caracterização “consultoria” perde o sentido e o processo do “como fazer”  passa a ser o mais importante. A esse “como fazer” podemos chamar de métodos, mais do que metodologia, porque estejam talvez em possibilidades de ação muito  mais pontuais, específicas e eficazes neste sentido. A metodologia, o todo, pode até surgir ou já ter surgido ao final de um ciclo, de um evento, de ciclos dentro do evento. Principalmente para aqueles que quiserem / puderem – quiseram / puderam brincar de coordenar a brincadeira. E isso constitui um poder muito bacana que envolve a combinação de poder fazer  incursões de “sucesso” nas matrices e ao mesmo tempo ir fortalecendo a rede, o espaço de interações (que não é o não-lugar do Augè), espaço do prazer de fazer coisas legais e importantes para a vida em comum e que não sejam a mera ordenação programática de matrices.Se isto for possível. Esse poder, ou  contra-poder, como fruto e produtor de construção coletiva, precisa ser assimilado, desenvolvido, regurgitado  na coletividade e nas estratégias coletivas de escapar à programação “inconsciente” do mundo do individualismo. O Super Homem, apesar da aparência humana, é bom lembrar, é um alienígena. E mesmo assim não é perfeito, porque quem o construiu não pode alcançar a dimensão do que seja perfeição, não há como. Por isso talvez a kriptonita, para facilitar seu trabalho de lidar com algo mais próximo da nossa compreensão. Daí que surgem as perguntas: Como fazemos coletivamente, nesse sentido da produção conjunta de aliadxs, o “como fazer” da Bio Digital na Cigac? Como escapamos deste processo ser a implementação de um indivíduo (super-homem) que “integra” as diferentes visões e proposições do “coletivo”?

Vejo que a produção,  realmente coletiva e distinta do processo de consultoria top-down, da proposta Bio Digital na Cigac é um grande desafio. Entendo que para coordenar um processo como este é preciso estar aqui em Sousa muito antes dos dias presenciais da Cigac, meses antes certamente. É preciso uma imersão na realidade local que desperte possibilidades, limitações, superações e que vá formando e deformando as próprias subjetividades envolvidas em tudo isso. Construindo gente e lugar como um só pelo processo de penetração do sol na pele, da fumaça do lixo queimado e do alimento com gosto de Sertão. Por outro lado, talvez a simples adesão  de alguns membros das comunidades locais a este processopudesse potencializar em muito as possibilidades de realização de algo mais próximo desse ideal. Penso nisto e começo a ter ideias, que envolvem pensar em articular um pré-evento-imersão da Maira por aqui, de forma a jogar sementes e depois ir regando lá de Santos pra cá. Mas, além da grana (que teria que ser captada) da logística e organização para fazer isso, as ideias vão se enfraquecendo principalmente pela percepção das restrições que estamos enfrentando por aqui, e que no meu entender se referem principalmente a TEMPO e GENTE.

Com muito mais tempo certamente faríamos coisas muito interessantes. Com mais gente aqui no local que já estivesse “integrada” a este processo de organização distribuída, gente já acostumada a propor e decidir no meio do imenso volume de e-mails, sms, webservices, etherpads e links, como se isto fosse uma coisa tão espontânea quanto abrir os olhos e levantar. Gente que, além de tudo isso, estivesse muito afim de fazer algo como a Cigac juntos, a ponto de dedicar mais do que só tempo ou tratar a coisa como uma rotina burocrática, ahh… eu nem consigo imaginar o que faríamos. Mas o que mais me intriga neste processo todo é que algo fica aqui dentro dizendo: “existem, essas pessoas existem, elas estão aí, querem e podem fazer as coisas acontecerem”.

É esta maldita voz interior que certamente me faz dedicar tempo, que ironia, a escrever isto aqui. Agora, só precisamos que alguém traduza e resuma o chamado, talvez em uma primeira versão que diminua estes quase sete mil caracteres retóricos daqui para apenas mil caracteres objetivos e sedutores. E, certamente, para uma segunda versão com apenas 140 caracteres também objetiva e sedutora. Pronto. Veio. Da escrita, da emergência, surgiu na reflexão sobre a proposta de uma aliada, a Maira, a homenagem a outro aliado que se junta a nós esta semana com a ingrata tarefa de movimentar tudo em blogs, facebooks, twitters, redes sociais etc. Salve Camarada! Bem Vindo. Ahh, e acredite, isto não é uma forma diferente de solicitar uma atividade. É, realmente, apenas a coincidência de estar descrevendo sarcasticamente um processo e, de repente, eita!, lembrar que alguém super bacana vai estar fazendo algo mais ou menos assim junto com a gente esses dias.



Educação, Transporte e Meio Ambiente

7 de Fevereiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Biclicleta do Programa “Pedala Paraíba” vista próxima ao Restaurante do Mirante,  no Açude de São Gonçalo – Sousa, PB.

Achei a bicicleta legal,  principalmente  por conta do local em que a encontrei, mas também pelas cores da bandeira da Paraíba que foram bem combinadas e  ficaram bonitas na magrela.

Infelizmente  por falta de tempo não posso fazer qualquer avaliação sobre o programa cujo enfoque  é na falta de transporte, principalmente da zona rural, para o deslocamento de estudantes até as escolas.

No mais acho tem tudo a ver com a CIGAC que se aproxima.