O Fórum da Cultura Digital Brasileira é um espaço público e aberto voltado para a formulação e a construção democrática de uma política pública de cultura digital, integrando cidadãos e insituições governamentais, estatais, da sociedade civil e do mercado.
Encontro global Emergências reúne pensadores no Rio de Janeiro
7 de Dezembro de 2015, 13:11 - sem comentários aindaLabicBR e #redelabs: 15 dias de experimentação no Rio
15 de Novembro de 2015, 22:48 - sem comentários aindaNeste domingo (15), será dada a largada para uma grande maratona de experimentação, concepção e prototipagem de novas ferramentas, plataformas e ações cidadãs que ajudem a promover a inclusão social e a qualidade de vida das pessoas a partir de tecnologias digitais. É o Laboratório Ibero-Americano de Inovação Cidadã Brasil (LabicBR), que será realizado até o próximo dia 29, no Rio de Janeiro (RJ).
Nestas duas semanas, todos os dias, das 9h30 às 18h, o segundo andar do Edifício Gustavo Capanema, no centro da capital fluminense, será transformado em um laboratório de desenvolvimento de 12 projetos de inovação cidadã por 120 participantes vindos de 14 países ibero-americanos.
“Queremos estimular a criação de ambientes para o desenvolvimento de inovações nos diversos campos sociais, com envolvimento cidadão na busca de soluções para problemas locais”, destaca o secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC), Guilherme Varella. “A proposta é reunir pessoas vindas de diferentes realidades e diversos saberes em um trabalho de cooperação intercultural e interdisciplinar e apresentar os resultados na Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado na Colômbia em 2016”, informa.
O LabicBR é uma iniciativa do MinC, por meio da ação #RedeLabs da Secretaria de Políticas Culturais, e da Secretaria-Geral Ibero-Americana (Segib) e conta com a colaboração do Medialab-Prado.
Metodologia e projetos
Os 120 participantes serão divididos em 12 grupos de 10 pessoas e contarão com o assessoramento de quatro mentores. Cada grupo se dedicará a um dos 12 projetos que serão desenvolvidos e todos participarão de sete workshops, sessões críticas e reflexões sobre o formato de Laboratórios de Inovação Cidadã, entre outras atividades. Ao final, os trabalhos serão apresentados à secretária geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, ao ministro da Cultura, Juca Ferreira, e aos prefeitos de Montevidéu, Daniel Martinez, e de Madrid, Manuela Carmena.
Tanto os participantes quanto os projetos a serem desenvolvidos foram selecionados por meio de chamada pública. Os 12 projetos são: Aprender Brincando: tessituras afetivas e poéticas para a aprendizagem em rede; Caixa Mágica de Participação Social; Cargografías; Criação de modelo de rádios comunitárias não piratas no Brasil por meio da geração de capacidades; HiperGuardiões; Jardins Suspensos; Monitoramento Comunitário de Focos de Vetores de Dengue no Brasil e América Latina; Praça: instruções de uso; Redes de telecomunicações comunitárias; Sinergia da Diversidade Ibero-Americana; Todas as tuas ideias: protocolo para ativar processos participativos no espaço público; e VirtualCidade.
Brasil e UE: maior cooperação para acervos digitais culturais
4 de Novembro de 2015, 1:55 - sem comentários aindaTrocar experiências entre Brasil e Europa sobre digitalização de acervos culturais. Esse será um dos objetivos da missão internacional de representantes do Ministério da Cultura (MinC) em Amsterdã, na Holanda, entre 1 e 8 de novembro. A viagem ocorre no âmbito do Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil.
Fazem parte da comitiva brasileira o coordenador-geral de Cultura Digital do MinC, José Murilo Costa Carvalho, a coordenadora-geral de Cooperação de Assuntos Bilaterais da Diretoria de Relações Internacionais da pasta, Cyntia Bicalho Uchôa, o coordenador de políticas digitais do MinC, Geyzon Dantas, e a coordenadora-geral de sistema de informações museais do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Rose Miranda.
“A viagem busca uma cooperação no campo dos acervos digitais. O que nos move nesse diálogo (setorial entre União Europeia e Brasil) é a busca de um modelo de interoperabilidade global para acervos de bibliotecas, arquivos e museus”, explica José Murilo.
De 3 a 4 de novembro, a comitiva participa de evento da Biblioteca Digital Europeana, plataforma digital que reúne o patrimônio dos grandes museus, das coleções audiovisuais, dos arquivos e bibliotecas europeias. A ideia é que educadores, programadores e o público em geral possam usar e partilhar gratuitamente o conteúdo.
Durante a missão, o MinC irá apresentar experiências realizadas no Brasil, a partir de editais lançados para a digitalização de acervos culturais indígenas e afro-brasileiros. “Isso nos dá elementos do que é gerar uma coleção digital de cultura. Em vez de prática exclusivamente institucional, tais iniciativas passam a acontecer de forma social no contexto da rede, ao interligar dados que já estão publicados de forma organizada em plataformas como Flickr e Youtube, por exemplo”, comenta José Murilo.
A missão permitirá verificar se a digitalização dos acervos da cultura brasileira está em sintonia com o que está ocorrendo no mundo. “A expectativa é criar um diálogo entre diversos acervos do mundo interligados pelos arranjos de metadados. É uma forma de conectar acervos da cultura brasileira e da global”, conclui o coordenador-geral.
Diálogos Setoriais
Os Diálogos Setoriais constituem uma dinâmica de cooperação entre a União Europeia (UE) e o Brasil. Há cerca de 30 diálogos mapeados entre os dois interlocutores sobre os mais diversos temas, que se dão com base em princípios de reciprocidade e complementaridade e visam o intercâmbio de conhecimentos e experiências em áreas de interesse mútuo.
Cecilia Coelho
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura
Edital fomentará acervos digitais sobre povos indígenas
27 de Outubro de 2015, 14:27 - sem comentários aindaSerão investidos R$ 1,4 milhão para fortalecer acervo digital sobre povos indígenas brasileiros (Foto: Oliver Kornblihtt)
A Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (SPC/MinC) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) irão lançar, na quarta-feira (28), em Porto Alegre (RS), um edital que investirá R$ 1,4 milhão em pesquisa e atividades voltadas a fortalecer o acervo digital sobre os povos originários do Brasil.
Oriundos do Fundo Nacional de Cultura (FNC), os recursos se destinarão a apoiar a coleta, recuperação, conservação e disponibilização para o acesso público de acervos de interesse científico e cultural de bens do patrimônio indígena brasileiro, permitindo, facilitando a geração de conhecimento sobre a cultura dos povos indígenas do País.
Poderão apresentar propostas pesquisadores vinculados a instituições de caráter científico ou tecnológico. Os projetos aprovados poderão receber recursos de até R$ 80 mil. O edital na íntegra estará disponível nas páginas do MinC e da UFPE no dia 28 de outubro.
Programação
O evento de lançamento do edital será aberto pelo secretário de Políticas Culturais do MinC, Guilherme Varella, e pelas representações de grupos indígenas de Porto Alegre. A cerimônia será realizada a partir das 9h30 no Auditório 2 da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Campus Saúde: Rua Ramiro Barcelos, 2705 – Bairro Santana) e tem entrada franca.
O coordenador-geral de Cultura Digital da SPC/MinC, José Murilo Costa, fará um panorama sobre as iniciativas que o ministério tem realizado para os acervos digitais da cultura.
O professor Marcos Galindo, da UFPE, apresentará as linhas gerais do novo edital e o professor Dalton Martins, da Universidade Federal de Goiás (UFG), a solução tecnológica que está sendo desenvolvida em parceria com o MinC para disponibilizar os acervos em formato digital na rede – batizada de Tainacan. Ao final, haverá um bate-papo com o público presente.
Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail culturadigital@cultura.gov.br ou pelos telefones (61) 2024.2037 e (81) 2126.7726.
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Fórum debate soluções para agregar informações culturais
23 de Outubro de 2015, 10:56 - sem comentários aindaTerminou nessa quinta-feira (22), em João Pessoa (PB), o I Fórum Nacional de Sistemas de Informação Cultural. Foram três dias de intensas discussões com cerca de 120 participantes – dentre gestores públicos dos governos federal, estaduais e municipais, artistas, pesquisadores, desenvolvedores e ativistas de cultura digital – sobre um processo decisivo para a evolução da política pública cultural brasileira: o desenvolvimento de metodologias de mapeamento, de sistematização, de parametrização e de alinhamento das plataformas digitais que agrupam as informações do setor.
“Precisamos de mais instrumentos para direcionar as políticas. A cultura tem uma variedade que não se tem em outras áreas. Então, é necessário criar ferramentas para interoperacionalização dos muitos temas e atores. É preciso também mudar o cotidiano e as práticas dos gestores para que eles mesmos alimentem os sistemas de informação, diariamente, e tornem vivas as plataformas”, explicou o secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC), Guilherme Varella.
O objetivo, disse Varella, é aprimorar a mensuração da atividade do campo cultural e das necessidades sociais por cultura, de modo a permitir a formulação, o monitoramento, a gestão e a avaliação das políticas públicas de cultura. O secretário de Cultura da Paraíba, Lau Siqueira, explicou que é muito difícil planejar e ser preciso no uso dos recursos. “É preciso avançar como guerrilheiros para encontrar saídas para conhecer o que é feito nos territórios do estado”, exemplificou.
Durante o Fórum, diferentes iniciativas nesse campo foram apresentadas a partir do olhar de quem desenvolve as plataformas, conectado às necessidades dos territórios e dos segmentos mapeados. Por meio da exposição de experiências diversas de mapeamentos, plataformas de eventos, direitos autorais, economia solidária, bancos comunitários, desenvolvedores de softwares, festivais, cartografias e sistemas de informação, foi possível conhecer os trabalhos desenvolvidos em parceria entre poder público, organizações da sociedade civil e agentes que realizam a Cultura nos territórios.
Agregação das informações culturais de todo o Brasil
Iniciativa central do MinC, a reformulação do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC) foi apresentada durante o Fórum. O diretor de Estudos e Monitoramento de Políticas Culturais do MinC, Pedro Vasconcellos, explicou que o SNIIC nasceu com a função de monitorar a execução das metas do Plano Nacional de Cultura (PNC). “Esse esforço, feito desde 2010, é para que todos aqueles que trabalham com cultura possam se basear nos mesmo indicadores”, explicou.
Segundo Vasconcellos, a preocupação é atender da melhor maneira o pesquisador, os agentes, os artistas e os cidadãos em geral, que poderão acessar o sistema com as informações organizadas de forma integrada. “Ainda não temos um levantamento fidedigno do quanto a área pública gasta anualmente com cultura, se pensamos os gastos de estados e municípios. Um dos desafios com o novo SNIIC será o diálogo federativo. Queremos criar um grupo de trabalho constituído em rede para aprofundar determinadas questões, integrar dados, estudar modelos etc, o que vai exigir bastante pactuação com a ponta”.
Novo SNIIC
O novo SNIIC está em fase final de reformulação e será dividido em módulos. A principal interface de mapeamento e reconhecimento de agentes e iniciativas culturais serão o Mapa da Cultura. A nova proposta já obteve êxito na cidade de São Paulo, ao propor uma metodologia e interface de integração entre gestores, equipamentos e agentes culturais e órgãos, superando dificuldades de comunicação que sempre travaram os processos de gestão, planejamento, divulgação e transparência das atividades culturais.
A base são os mapas culturais, desenvolvidos em parceria pela secretaria de Cultura de São Paulo e pelo Instituto Tim, e que já foram replicadas e desenvolvidas em algumas capitais e estados do País. O Mapa da Cultura servirá de modelo para a base do cadastro do SNIIC, georreferenciando os agentes culturais e integrando outros cadastros, como a Rede Cultura Viva, o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e o Cadastro Nacional de Museus. A ferramenta também permite identificar eventos no Brasil inteiro, possibilitando a construção de um calendário cultural de abrangência nacional, assim como unificar base de editais e propor e divulgar atividades de formação e treinamento de desenvolvedores para iniciativas de governo aberto.
“A ideia é fazer o ‘cadastro vivo’, para integrar e manter ao mesmo tempo as diferentes identidades da Cultura brasileira e permitir que os estados e municípios utilizem a ferramenta oferecida pelo MinC”, explicou o coordenador-geral do SNIIC, Leonardo Germani.
Além do Mapa da Cultura, o SNIIC ainda estará baseado em mais quatro plataformas, voltadas para os dados da Cultura, os vocabulários utilizados, os indicadores gerados e as publicações já realizadas na área de informações e indicadores culturais.
O Fórum também possibilitou a avaliação das plataformas desenvolvidas no padrão dos mapas, apontando limitações e avanços necessários, desde refino da ferramenta até sua adequação a realidades limitantes. “Em Tocantins, há grande número de territórios indígenas e quilombolas, onde geralmente não há Internet, o que limita o alcance e a validade dos mapeamentos”, explica o gestor do mapa Cultural de Tocantins, Melck Aquino.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura
Confira algumas imagens do Fórum: