Post publicado por Lucas Pretti em: http://culturadigital.br/simposioacervosdigitais/2010/07/08/a-interacao-entre-conteudo-e-usuario-e-diferente-no-trem-e-em-casa/
Quando chegaram o iPod e os primeiros celulares com acesso à internet, no começo da década passada, os homens precisaram se acostumar com um modo diferente do tradicional monitor-teclado-mouse para interagir com a tecnologia. Desde então, a discussão sobre interfaces é latente. A pesquisadora do Netherlands Institute for Heritage e líder da conferência Digital Strategies for Heritage (Dish), na Holanda, Anne Vroegop, é enfática quando discute a importância de se pensar em interfaces: “Se você está no trem ou no ônibus a interação com o conteúdo é diferente do que se você estivesse em casa”.
Veja a entrevista em vídeo feita pela FLi Multimídia durante o Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais:
Anne compara o desenvolvimento de dispositivos à criação de novos seres humanos. O iPhone antes e, agora, iPad, da Apple, são bons exemplos de hábitos criados a partir da interface/hardware. “Precisamos descobrir sempre que outros tipos de uso são possíveis.” Ela é autora de uma pesquisa sobre o comportamento de visitantes de museus ao se depararem com obras de arte. A questão é entender o contexto para então sugerir a interface. Anne cita a experiência de dois garotos holandeses que desenvolveram um aplicativo para iPhone em que as pessoas podem trocar opiniões sobre as obras de um museu e que, segundo ela, deu bastante certo.
O trabalho de Anne no Netherlands Institute for Heritage também tem ligação com a biblioteca digital Europeana, um dos maiores empreendimentos da área no mundo. São 6 milhões de objetos digitais de 40 países. “Não adianta ter gandes projetos online nem boas coisas apenas offline. O importante é a conversa entre as duas coisas, fazer pequenas iniciativas se conectarem umas com as outras”, afirma, ressaltando a importância do pensamento em rede.
Sobre o futuro da tecnologia, Anne faz apostas: tudo será menor e mais transparente, com usabilidade bastante desenvolvida para ajudar na nossa rotina diária. “Não veremos mais a tecnologia no futuro. Ela simplesmente estará.”
Outras entrevistas gravadas durante o Simpósio
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