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27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Internet e Anonimidade

17 de Maio de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Pode parecer estranho, mas a Internet nunca foi projetada para ser uma rede anônima. O endereço de IP único identificaria definitivamente cada ponto conectado a rede. Se você já construiu uma rede local sabe exatamente do que estou falando… a maneira mais fácil de fazê-lo é atribuir um número de IP novo, único e imutável para cada ponto na rede, e era exatamente isso que era feito quando a Internet estava em sua infância.

Você pode ver um mapa de como a Internet, em sua presente encarnação, está dividida por áreas (e, claro, uma versão do XKCD). Prova de que o espaço de números na Internet foi, inicialmente, tratado como nós mesmos tratamos pequenas redes locais é a grande área no quadrante superior esquerdo desse mapa… nessa área vemos que universidades e companhias americanas daquela época detém enormes espaços de números, enquanto enormes regiões do globo detém frações desses espaços (sim… somando Xerox e IBM temos o mesmo espaço que toda a América Latina e Caribe!).

O que fez a Internet tornar-se uma rede quasi-anônima foi exatamente o seu enorme sucesso. Quando os blocos disponíveis começaram a ser mais rapidamente alocados coisas como “o fim do mundo” começaram a ser previstas. (Atualmente, acreditamos que em qualquer momento pelo fim de 2010 o espaço disponível para alocação vai simplesmente acabar) O que salvou a Internet (e continua a retardar o fim dos tempos) foi o NAT. O NAT permitiu a utilização de um número limitado de IPs “quentes” por um número ilimitado de IPs “frios”. Isso permitiu o crescimento da Internet comercial: artificialmente geramos um “cidadão de segundo nível” (detentor de um IP “frio”)... alguém dependente de um provedor de acesso (os detentores dos IPs “quentes”).

Com a pulverização dos provedores e dos usuários ficou extremamente difícil rastrear a utilização que alguém faz da Internet. Como subproduto disso temos uma anonimidade de facto. A história vai dizer se tenho razão ou não, mas acredito que esse subproduto é e está sendo extremamente importante para a manutenção dos direitos aqui fora, no mundo real. Coisas como o WikiLeaks, a Freenet e o Tor têm sido extremamente importantes, preservando a anonimidade das pessoas e denunciando abusos aos direitos de inúmeras pessoas (e até nações!).

É claro que isso incomoda muita gente… Principalmente muita gente poderosa. Pessoas que estão sujeitas a mais um tipo de escrutínio em suas ações. Pessoas que suprimiriam seus acusadores sem mais delongas, caso soubessem quem são. Além de, é claro, pessoas que não querem arcar com os custos que as demandas on-line exigem no quesito segurança. Não me surpreenderia nem um pouco se descobrissem que motivos como esse estejam por trás de Projetos de Lei como o do Senador Azeredo (e seus similares mundo afora).

Já escrevi antes, mas não custa repetir: os únicos prejudicados por tais “leis” são os que tentarem cumpri-la. Sim, eu e você… Pessoas comuns, que não têm nada a temer por navegar abertamente na Internet. Os verdadeiros criminosos, esses vão apenas colocar mais uma camada de proteção. Como disse David Wheeler: Qualquer problema em ciência da computação pode ser resolvido com mais uma camada de indireção... E isso é exatamente o que os criminosos farão! Nós, pessoas de bem, é que estaremos sujeitos ao escrutínio diário, ininterrupto e completamente sem motivo algum!

Pense bem: você estaria disposto a ter 100% dos seus passos registrados, 100% das vezes no mundo real? Por que você permitiria isso no mundo virtual? “Por que os malditos pedófilos precisam ser presos!!!” alguns responderão. Mas esses pedófilos não vão ser presos… simplesmente por que, facilmente, colocarão uma camada extra de proteção. No início será interessante, ver alguns desses doentes (sim, a pedofilia é uma doença, antes de ser um crime) sendo presos… Porque doentes são, geralmente descuidados. Mas prendê-los é o principal objetivo? Vou mudar a pergunta um pouquinho: prender o consumidor de drogas é o principal objetivo? (ou seria prender o traficante?). Sim… assim como os traficantes, os vendedores de pedofilia sairão impunes, simplesmente porque não são tão descuidados quanto os doentes!

Mesmo que ganhemos a batalha contra o projeto-de-lei do Sen. Azeredo, vejam que essa é apenas a primeira batalha. A menos que estejamos dispostos a manter uma vigilância constante para entrarmos nos próximos embates bem embasados (e, mais que isso, estejamos dispostos a jogar o mesmo jogo por vezes sujo que o adversário), perderemos a guerra. Sempre vai existir o próximo Sen. Azeredo… Mas existe uma solução em definitivo: refazermos a rede.

Sim… refazermos a rede. Hoje a Internet é “clientelista” e não o é sem motivo… Dependemos dos meios físicos, dos cabos trans-atlânticos, dos satélites, do cabo do provedor… Pagamos por isso, e somos submetidos a ser um “cidadão de segundo nível” na Internet. É assim porque, por mais que queiramos acreditar o contrário, no fundo a Internet tem “dono”. Mas não precisa mais ser assim…

A tecnologia evoluiu e podemos nos conectar sem fios, com o mínimo de investimento, comprando apenas uma antena (um Access Point)... De uma maneira quase milagrosa, essas antenas podem se enxergar umas às outras, e se comunicar entre si. Os mais “antenados” (no pun intended) já perceberam do que falo: redes Mesh. Existem protocolos de redes Mesh que mantém a anonimidade, e que podem crescer ad infinitum, como o Netsukuku (Sim, eu sei que o IPv6 é bastante grande, mas o infinito é bem maior :-) ), ou projetos bastante interessantes, como o Roofnet do MIT. Quando todos estivermos em uma gigante rede Mesh, pra que precisamos da Internet mesmo? E nesse momento, o que farão os detratores da liberdade?



Inspiring picture

16 de Maio de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Just this week I went to the movies to check the latest incarnation of Cap. Kirk, Mr. Spock et al. It really was a great movie… I was expecting less, I have to admit. But the movie was not bad at all…

With all that “space and beyond” thing in my mind, yesterday I was surprised with a greatly inspiring picture taken from Hubble Florida, before STS-125 reach Hubble (thanks Florian Weimer for the heads-up):

How inspiring can that be?

You can find the original here, along with the explanation of how and when it was taken.



Saúde da economia Brasileira

14 de Maio de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Sei que não é um tópico frequente aqui, mas resolvi blogar sobre uma conversa que alguns amigos e eu tivemos há alguns dias sobre a aparente (?) saúde da economia Brasileira.

Veja, antes de mais nada, que não sou economista e que o pouco que entendo do assunto é por interesse próprio, porém sem a mínima base acadêmica. (Gostaria, inclusive, de ouvir a opinião de alguém entendido).

Todos estávamos comentando sobre como o corte do IPI para carros e para eletrodomésticos da chamada “linha branca” ativou o mercado local e manteve os níveis de vendas no comércio, mantendo, portanto, uma atividade econômica suficiente para evitar o aumento do impacto que a crise mundial vinha tendo sobre o Brasil. Rapidamente o papo evoluiu para o “dever de casa” que o Brasil insiste em não realizar: reforma tributária…

Para encurtar o assunto, a opinião predominante foi que o impacto da crise tem um belo potencial de ser muito menor no Brasil do que no restante do mundo e isso graças a não termos feito o dever de casa! Sim… graças a não termos baixado as taxas de juro para níveis “de primeiro mundo” é que ainda temos o que cortar, assim como graças a termos a maior carga tributária do planeta (do universo?), podemos lançar mão do corte de impostos como forma de ativar a economia… Coisa impensável para os países como os EUA, que têm déficits orçamentários de proporções homéricas, e já não têm mais onde cortar o juro.

No entanto, como um pensamento posterior, enquanto meditava sobre a conversa, fiquei com “a pulga atrás da orelha”... E se tivéssemos feito o dever de casa? E se nossas taxas de juro fossem menores previamente à crise, e nossa carga tributária estivesse melhor ajustada? Apesar de especulativo, acho que teríamos uma economia ainda mais forte para suportar a crise! É verdade que talvez dispuséssemos de menos ferramentas de controle monetário (e econômico)... mas talvez nem precisássemos delas! O setor que mais sofreria é o que mais está sofrendo: o exportador. Mas isso é efeito da crise no mundo: todos estão comprando menos… No entanto o mercado interno estaria muito maior e teríamos muito mais empresas vendendo para ele, o que significa emprego auto-sustentável (ou melhor, sustentado no crescimento do mercado interno, que seria mais “bem influenciado” por menos impostos do que “mal influenciado” pelos impactos da crise).

Pode ser que eu não tenha um entendimento profundo do assunto, mas logicamente, com crise ou sem crise, quanto antes fizermos o dever de casa, melhor! Meu maior medo é que o pensamento que acabou predominando naquela conversa (de que é bom termos juros e impostos altos para momentos como esse) acabe “pegando”. Não! Por favor… não é assim que devemos justificar não termos aquecido a economia antes! Devemos, isso sim, utilizar a crise como um catalisador para essas mudanças! Ou alguém discorda que seria bom que o IPI ou os juros nunca voltassem aos níveis anteriores?



Another small victory - don't relax just yet

7 de Maio de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Months (even years) of activism, over 140 thousand signatures, and finally another small victory: Brazilian Minister of Justice – Mr. Tarso Genro – sent a letter [pt-BR] stating that Sen. Azeredo’ s bill is dangerous, and that the Ministry is working in an alternative (among other things). We had already incited a public hearing that were very fruitful [pt-BR] and might have brought the Ministry to the issue.

But don’t relax just yet, folks! Right now, working in this “alternative”, are people with every kind of agenda… It’s safe to assume that some of them are from the same lobby that pushed Sen. Azeredo first version of the thing. So, yes, this was another victory, but nothing really changed… The bill is still approved by the Senate and still has to be reviewed by the Chamber-of-Deputies, and the alternative that will be presented by the Ministry is still under construction. What we accomplished is nothing more than making the Minister aware of the issue…

So, keep the pressure over your representatives, send messages to the Ministry, stating how you feel about the issue! Let’s show them what we want them to do… After all, that’s why we elected them, in the first place, isn’t it?

[Published also at Trezentos, in portuguese]



EeePC: Surviving liquid spills

30 de Abril de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Last few months since I got my EeePC have been a lot of fun. Playing and tweaking the little bastard is a joy in the end of a busy day. Besides, since I loaded it with the most useful SysAdmin tools, it became a powerful device in my “tool belt”.

Unfortunately, I’ve been stupid enough to drink a glass of orange juice while messing with it. I know, I know! Silly thing to do. I should know better! But life is like that… I spilled a few drops over it. Of course, the web is pouring off information on what to do in cases like this, so I’ll just summarize what I did:

  1. Imediatelly, without thinking or questioning, I turned it upside down and removed the battery. It was a clumsy thing to do… I ended up spilling the rest of my orange juice on the floor while worrying about the EeePC. Concearns about filesystem corruption (or whatever) crossed my mind, but I can always deal with that later… First things first!
  2. I went online in another computer and found out how to disassemble it. For me it was easy, since I got other two computers at home… but if I needed to leave it there while looking for information, I would! If it’s upside down and has no power whatsoever (the battery was removed), it’s safe, I think. The information was easily found. I decided I didn’t need to disassemble all of it, but having those information at hand was pretty useful.
  3. I began by removing the keyboard. It’s tricky but not difficult. The secret relies on the spring-mounted tabs near the screen. I checked for spills under it and cleaned with a cotton swab.
  4. I was not very confortable to open the case, but I decided that turning it back on without checking the electronic parts first was too risky. So I said “goodbye” to my warranty and unscrewed the 6 screws from the bottom and the 9 from the silver casing under the keyboard.
  5. There I found some little drops! Good decision to open it up! I dried it using cotton swabs again.
  6. Before putting it all together, I decided to leave it open until the next day. I was pretty sure everything was dry again, but “better safe than sorry”. The next day I successfully assembled it and turned it on. Great! Everything worked fine.

Now… that was just what worked for me. My EeePC is back, fully restored but, of course, the warranty is void :-( So I cannot recommend you to do the same. Best advice I can tell you: Keep liquids away your EeePC!