O PSL-PI tem por objetivo incentivar o uso e a produção de software livre no Piauí como política de combate à exclusão digital. Acreditamos que a distribuição de conhecimentos proporcionada pelo Open Source/Software Livre tornará nossa sociedade mais justa e próspera, exatamente por dar a todos as mesmas condições de conhecimento e desenvolvimento.
Software Livre é uma grande oportunidade de construirmos uma sociedade produtora de ciência, independente e efetivamente competitiva. Estamos reconstruindo as bases da nossa sociedade, não mais calcados nos braços do Estado, mas sim, amparados pela iniciativa própria, pela auto-determinação. Nós somos capazes de nos auto-governar. Somos capazes de construir uma sociedade efetivamente Livre. Esta é a essência do PSL-PI.
O PSL-PI é formado pela articulação de indivíduos que atuam em instituições publicas e privadas, grupos de usuários e desenvolvedores de software livre, empresas, governos ou ONGs, e demais setores da sociedade. O importante é a consciência e disposição para propagar o uso de software livre e a cultura colaborativa nas diferentes esferas da sociedade.
Aracele Torres: Community memory, por uma informática libertária
30 de Julho de 2011, 0:00 - sem comentários aindaNa década de 70, quando surgiram os primeiros microprocessadores, e com eles a possibilidade de computadores menores e mais potentes, a noção que se tinha de computadores começou a mudar completamente. Na verdade, a partir desse momento eles começam a perder o status de máquinas enormes, que pesavam toneladas e que eram restritas ao uso dos grandes informatas, cientistas e, principalmente, máquinas a serviço da(s) guerra(s). Os computadores vão sendo (re)significados a partir de outra noção completamente oposta: sendo introduzidos no cotidiano das pessoas e desempenhando também um papel de tecnologia libertadora. Para além dos cientistas e informatas, interessados em utilizar esta tecnologia como máquinas calculadoras e/ou como inteligências artificiais a serviço da conquista da hegemonia política, em meio a um contexto bélico; haviam os que vislumbravam para o computador um futuro mais libertário, com um uso mais socialmente justo.
Com os microprocessadores foi possível construir microcomputadores que alimentaram a utopia de uma comunidade de jovens hackers californianos, os mesmos que também defendiam a paz em plena Guerra do Vietnã. Tudo começou na Universidade de Berkeley, onde esse grupo de hackers, através de bricolagens eletrônicas, desenvolveu os primeiros computadores pessoais. A ideologia por trás dessa iniciativa era a de fazer com que os computadores fossem acessíveis ao povo, colocá-los a serviço das pessoas e não contra elas. Estes hackers usaram todos os seus conhecimentos técnicos em prol da liberdade da informação e da liberdade das pessoas. Para eles, a informática devia ser sinônimo de liberdade, não de controle, de inclusão e não o contrário. Computers for the people (computadores para o povo) foi o lema do movimento. Essa comunidade hacker se formou em torno da região conhecida até hoje como o Vale do Silício, famosa por ser o berço de inovações científicas e tecnológicas, e que na década de 70 abrigou diversas utopias: universidades, indústrias de eletrônica, instituições científicas, movimentos como o hippie e o hacker etc.
Um dos projetos desenvolvidos por esse movimento libertário foi o Community Memory, criado em 1973. Ele tinha como intenção fazer uma rede de informações que funcionasse de forma descentralizada, possuindo terminais espalhados por toda região, através dos quais as pessoas pudessem produzir e/ou ler informações da forma que lhes fosse mais conveniente. Desse modo, a comunidade teria à sua disposição uma fonte alternativa de informações, produzida por ela mesma e relacionada com seus interesses e necessidades.
O Community Memory se apropriou da ARPANET, a rede descentralizada de comunicação criada pelos militares em 1969, que deu origem à nossa internet, para construir comunidades on-line inovadoras, compartilhadoras de informações e construtoras de inteligências coletivas. E foi isso que começou a ser feito quando um grupo de nerds começou a pensar na combinação de sistemas de informação e sociedade. Ken Colstad, Mark Szpakowski, Lee Felsenstein e Efrem Lipkin tiveram a ideia de criar um sistema que funcionasse como uma fonte de informações para a comunidade. Com a ajuda do grupo Resource One, também defensor da causa da informática libertária, o Community Memory montou seu primeiro terminal público, uma máquina feia, como diz Steven Levy, no segundo andar da Leopold’s Records, uma famosa loja de discos californiana.
Segundo Levy, depois do Community Memory era inevitável que os computadores chegassem ao povo. Após a instalação do primeiro terminal. mesmo sendo considerados como desumanos, não orgânicos, belicistas e inflexíveis, os computadores não foram vistos necessariamente como uma ameaça ao bem-estar das pessoas. Com o seu projeto, os hackers californianos davam sua contribuição para a guerra de guerrilha das pessoas contra a burocracia, tendo como arma fundamental a tecnologia.
Logo a seguir está um trecho da descrição das intenções feita pelo grupo em 1972:
Nossa intenção é introduzir a Community Memory em bairros e comunidades desta região, e torná-la acessível para que possam viver com ela, brincar com ela, e formar o seu crescimento e desenvolvimento. A idéia é trabalhar com um processo por meio de ferramentas tecnológicas, como computadores, que são utilizados pelas próprias pessoas para moldar suas próprias vidas e as comunidades de uma maneira sadia e libertadora. Neste caso, o computador permite a criação de um banco de memória comum, acessível a qualquer pessoa da comunidade. Com isso, podemos trabalhar fornecendo a informação, os serviços, as habilidades, a educação e o apoio econômico que a nossa comunidade necessita. Temos uma ferramenta poderosa – um gênio – à nossa disposição, a questão é saber se podemos integrá-lo em nossas vidas, mantê-lo e usá-lo para melhorar nossa própria vida e a nossa capacidade de sobrevivência.
A mudança é possível, diziam os hackers do Community Memory! E ela podia ser vislumbrada nas tecnologias que emergiam do pós-guerra, desde que pudessemos usá-las para potencializar nossas habilidades de comunicação, educação etc. Os hackers dos anos 70 forneceram uma outra leitura possível da informática, uma concepção impregnada pelo desejo de revolução social, justiça e liberdade. A informática não precisaria ser necessariamente uma arma para aniquilar, subjugar, dominar os homens. Ela bem pode nos conectar, nos tornar compartilhadores, nos tornar mais inteligentes. Essa era uma das utopias que se podia encontrar na Califórnia do século XX, e em muitos outros lugares, ontem e hoje!
Para saber mais:
Hackers: heroes of the computer revolution – Steven Levy
História da Informática – Philippe Breton
Remembering Community Memory / The Berkeley beginnings of online community
The People’s Computer Company and The Community Memory Project
Filipe Saraiva: Soon: KDE 4.7 Release Party in Teresina – Piauí – Brazil
29 de Julho de 2011, 0:00 - sem comentários aindaPlasma and Applications in KDE SC 4.7
KDE-PI is organizing a release party for the release of KDE SC 4.7 version.
It is time to reconnect with friends, make new friends, chat and celebrate free software developers who create programs that we love so much!
The meeting will be at the Praça de Alimentação of Teresina Shopping (Food Court in Shopping Teresina), from 19:00 h. Look for people wearing KDE T-shirts .
More informations in oficial page of release party. Any doubts, call Aracele Torres.
And remember: KDE-PI will be at the Desktop Summit! See you there!
Filipe Saraiva: Logo mais: KDE 4.7 Release Party em Teresina
29 de Julho de 2011, 0:00 - sem comentários aindaPlasma e Aplicações KDE SC 4.7
O KDE-PI está organizando hoje a release party do lançamento da versão 4.7 do KDE SC.
É o momento de reencontrar amigos, fazer novas amizades, conversar e festejar os desenvolvedores de software livre que criam os programas que tanto amamos!
O encontro será realizado na Praça de Alimentação do Teresina Shopping, a partir das 19:00h. Procurem pessoas com camisas do KDE por lá.
Maiores informações podem ser encontradas no link oficial do release party. Qualquer dúvida, contatem Aracele Torres.
E lembrando: o KDE-PI estará no Desktop Summit! Nos vemos lá!
Casa Brasil - Parnaíba/PI: Cinema Comunitário do Casa Brasil.
21 de Julho de 2011, 0:00 - sem comentários aindaRobson Javas.
ASCOM da Casa Brasil.
Marvin Lemos: Utilizando SysRq em Sistemas Debian pela rede por meio do sysrqd
20 de Julho de 2011, 0:00 - sem comentários aindaCreio que muitos usuários leigos já se indagaram sobre a funcionalidade da tecla (Print Screen | Sysrq)
em seus teclados. SysRq
significa System Request, que são funções mapeadas em atalhos de teclado pelo Kernel.
É possível usá-las pressionando a combinação de teclas Alt + SysRq + [tecla]
, que permite executar comandos comuns do SysRq
, tais como: sync, umount, reboot, poweroff, sak, term
, etc., onde [tecla]
pode ser s
(sync), k
(SAK), 0-9
(nível de log), b
(reboot), entre outras.
O sysrqd é um pequeno daemon que visa oferecer o controle do sistema com SysRq
pela rede.
A grande utilidade dessas funções são em situações em que o sistema está com carga de trabalho (processamento e memória) muito alta ou até mesmo inoperante. Já sysrqd é bastante útil quando não se está na frente do servidor e seja necessário realizar alguma intervenção.
Eis uma relação das funções que o SysRq
oferece:
- r – Tira o teclado e o mouse do controle do servidor X. Isso pode ser bem viável quando o servidor; X estiver travado, pode-se mudar para um terminal e matar o X (ou ainda, verificar os logs);
- k – Mata todos os processos que estão rodando no momento. Não é aconselhável fazer isso no terminal onde está rodando o X (tty7). A interface gráfica iria parar;
- b – Imediatamente reinicia o sistema, sem desmontar partições ou realizar sincronização;
- o – Desligamento via APM;
- s – Realiza a sincronização de todo o sistema de arquivos montado, ou seja, escreve todos os dados em memória virtual para a física;
- u – Remonta todo sistema de arquivos que foi montado para read-only;
- t – Mostra uma lista de tarefas atuais e suas informações para o console;
- m – Envia todas as informações atuais da memória para o terminal;
- p – Imprimi os conteúdos atuais dos registradores e flags para o console;
- 0-9 – Define o nível de log do console, controlando que mensagens do kernel serão impressas para no console;
-
e – Envia um
SIGTERM
para todos os processos fazendo com que se preparem para o shutdown ou reboot, exceto oinit
; -
i – Envia um
SIGTERM
para todos os processos (Quem não obdeceu aoAlt + SysRq + e
toma um kill -9), exceto oinit
; -
l – Envia um sinal de
SIGKILL
para todos os processos, inclusive oinit
; -
f – Executará a chamada de sistema
oom_kill
para matar o processo que está usando mais memória; - h – Usado para mostrar a ajuda. Entretanto, qualquer outra tecla não-listada acima irá exibir a ajuda.
Para habilitar as funções de SysRq
, é necessário ativá-la no kernel:
# echo "1" > /proc/sys/kernel/sysrq
Para persistir essa informação mesmo após um reinício da máquina, adiciona-se a seguinte linha ao /etc/sysctl.conf
:
kernel.sysrq = 1
Instalação do Sysrqd em Sistemas Debian
# apt-get install sysrqd
Uso do sysrqd
A conexão com o sysrqd
é protegido por senha, mas não cifrada. Configurando a senha:
# echo "senha_do_servico"> /etc/sysrqd.secret # chmod 0600 /etc/sysrqd.secret
Agora, para testar, basta dar um telnet
na porta 4094/tcp
.
$ telnet localhost 4094 Trying 127.0.0.1 ... Connected to localhost. Escape character is '^]'. sysrqd password: senha_do_servico sysrq> s sysrq> u sysrq> q
Fonte: http://www.dicas-l.com.br/dicas-l/20110720.php