Alessandro Oliveira, também conhecido como Cabelo, é um daqueles nomes que prometem ser promissores num futuro bem próximo. Desenvolvedor desde 1986, membro fundador da comunidade “Viva o Linux”, com mais de 100 artigos publicados,  mantenedor da biblioteca open source de vídeo captura e embaixador da openSuse, ele é um dos palestrantes convidados para o #FISL16.

Em 96, fundou a empresa NETI/OITI com a qual tem desenvolvido o Certiface, uma tecnologia com arquitetura LINUX e baseada em bibliotecas de código aberto (openCV) e proprietário, que promete ser a bola da vez no que se refere à certificação de pessoas por biometria facial.

Num mundo onde fraudes de documentos, clonagens de cartões e falsificações de todos os tipos são notícias diárias, o Certiface chega com a promessa de proteger as pessoas de bem. Trocando em miúdos, trata-se de um aplicativo via web que reconhece faces por meio de um mix de algoritmos em menos de um segundo! Sim, você leu corretamente. A face, capturada através de imagem, é convertida em código biométrico binário e gravada numa base de dados centralizada, onde fica armazenada para futuras consultas. A ideia central é oferecer certificação contra fraudes em bancos, departamentos públicos, redes de varejo e outras empresas que validem pagamentos via internet. Em outras palavras, em breve será bem difícil que fraudadores façam compras com um cartão de crédito roubado, por exemplo. Ou ainda, pode garantir que um veículo ou dispositivo funcione apenas ao reconhecer o rosto de seu proprietário ou usuários autorizados. 

Alessandro nos contou em entrevista que o serviço é muito seguro, mas se você ainda tem dúvidas, assista ao vídeo a seguir e veja por si mesmo:

Por operar em nuvem, o Certiface tem fácil integração e usabilidade, sem exigir amplo conhecimento em TI, é intuitivo e muito rápido na certificação de pessoas. O aplicativo é pouco invasivo, pois não exige contato físico, é muito simples para implantação e preserva totalmente a identidade dos bons clientes. Vale lembrar que a captura de imagens dos clientes só ocorre com o consentimento dos mesmos. 

Claro que uma tecnologia desse porte não se presta apenas para fins de proteção ao crédito e um dos algoritmos que compõe o Certiface foi utilizado para identificação de vítimas do Tsunami no Japão. Isso nos dá uma boa ideia do que ele é capaz, mas também abre um precedente: É possível usá-lo para fins não tão nobres? Perguntamos exatamente isso ao Alessandro e ele esclarece que “Não é a tecnologia que pode fazer o mal, mas as pessoas que a utilizam. E isso certamente não está no DNA da nossa empresa.”.

Ele nos contou também que o Perceptual Challenge Brasil, concurso promovido pela Intell durante uma edição anterior do FISL, teve muita importância no desenvolvimento do Certiface. O concurso premiou as melhores ideias com uma câmera 3D e ele, além de levar o prêmio pra casa, pôde solucionar antigos obstáculos da biometria.

Cabelo se diz orgulhoso por poder apresentar tão bons resultados na próxima edição do Fórum Internacional de Software Livre, afinal segundo suas própria palavras “O Certiface deve muito FISL, pois foi lá que se deram as trocas de conhecimento e contatos necessários para sua evolução.”. 

Aqui mais um vídeo para entender como funciona o Certiface.