O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu foi privatizado pelo prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB).
A Ecco-Salva (Salva Serviços Médicos de Emergência) venceu a licitação da prefeitura e será responsável pela contratação de motoristas, socorristas, rádio-operadores e também pela compra de equipamentos de GPS e pela manutenção das 18 ambulâncias (veículos do município). A empresa privada vai embolsar R$ 5,8 milhões em contrato de um ano com o Município de Curitiba.
O departamento de marketing da Ecco-Salva informou que ainda não definiu como serão feitas as contratações dos profissionais, pois ainda está tomando conhecimento de como funciona o Samu. Como assim, venceu uma licitação e não sabe como funciona o Samu?
Os médicos do Samu, de forma irregular, já eram privatizados por meio dos hospitais Evangélico, Cajuru, de Clínicas e Cruz Vermelha. Isso já fere o princípio constitucional do serviço público.
Segundo o Paraná OnLine, o secretário municipal de saúde, Wagno Rigues, não sabe informar quanto isso deve custar a mais para a Prefeitura: “Não fizemos um cálculo”. Uma piada.
Essa privatização vai aumentar os lucros de uma empresa privada e diminuir os salários dos trabalhadores. Também conforme o Paraná OnLine, o presidente do Sindicato dos Socorristas, Resgatistas e Condutores de Ambulâncias do Estado do Paraná (Sindesconar-PR), Roberto Alexandrino da Silva, o “Ceará”, disse que o salário base dos socorristas do Samu é de cerca de R$ 1.080, podendo chegar até a R$ 1.300 com adicionais de periculosidade. No entanto, o edital de licitação prevê um salário de R$ 918 e não cita a necessidade de pagamento de adicionais, com exceção do vale-alimentação e do vale-transporte.
Essa privatização é mais uma realizada por Luciano Ducci e sua turma que é ilícita, por ser uma atividade-fim do município, que é a prestação do serviço de saúde. Ministério Público e Tribunal de Contas, favor investigar!
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