O Movimento Música para Baixar - MPB é uma inciativa para conectar diversas áreas relacionadas como: música, arte tecnologia e comunicação colaborativa e espalhar suas propostas para o âmbito de diversos territórios, levando suas propostas para o maior numero de pessoas, extrapolando as fronteiras de um determinado gênero musical.
Nei Lisboa fala sobre internet e a música
15 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaDomingo de sol, 14 de junho em Porto Alegre aconteceram shows no lançamento da Jornada Contra a Violência na Redenção, o parque mais visitado pela população da cidade.
Nei Lisboa (http://www.neilisboa.com.br/ ) e Richard Serraria com o show Vila Brasil estiveram presentes no palco além de Revolução RS, Dante Ramon Ledesma e Eraci Rocha, que fizeram seus shows. Os articuladores do Movimento Música Para Baixar no RS, Richard Serraria e Everton Rodrigues aproveitaram a oportunidade para dialogar com o músico Nei Lisboa sobre a relação da internet e as pessoas que vivem da música.
Momentos antes da apresentação, quando Nei Lisboa preparava-se para começar seu show, fizemos um vídeo onde o artista opina sobre a importância da internet na atualidade e como é preciso refletir sobre o direito autoral, a internet livre e a remuneração justa dos artistas, dentre outras coisas.
Ele inicia a conversa dizendo: “….o debate é amplo e envolve inúmeros aspectos na relação das pessoas com as obras dos criadores e com o trânsito da cultura de modo geral nesse mundo da internet”. Ele diz que está se situando no debate e que é muito simpático à livre circulação das obras. Afirma ainda que ele tenta disponibilizar de todas as formas possíveis a sua obra.
Mais: fala das mudanças no mercado fonográfico, que todos os seus discos com exceção do último são das gravadoras e de um problema que ele está vivendo. Especificamente, que a gravadora do seu disco Hi-Fi faliu e ele não pode fazer nada com os fonogramas desse disco apesar do interesse grande do público pela reedição do conteúdo.
Fala ainda da transição do analógico para o digital e que sempre se soube que essa revolução digital não seria permanente, que os monopólios da indústria não cairiam por terra de maneira simples. Na verdade, segundo Nei, está ocorrendo certa reorganização por parte dessa indústria, o que abre uma brecha para que seja criada uma relação mais justa entre o mercado e o artista.
Ele acha interessante o ambiente onde a “gurizada” está organizando suas bandas através da internet , sugere que isso se preserve e torce para que possa continuar. É claro e direto ao falar que é preciso gritar contra o AI-5 digital.
Para quem não conhece Nei Lisboa, sugerimos dar uma espiada na wikipédia http://www.neilisboa.com.br/, acessar o site: http://www.neilisboa.com.br/, ver o vídeo da música Cena Beatnik http://www.youtube.com/watch?v=naZVsNc6KqI , e se possível acessar: http://letras.terra.com.br/nei-lisboa/127873/
Nei Lisboa fará participação no show da banda Bataclã FC na Mostra Música Para Baixar no Teatro CIEE (http://www.teatrociee.com.br) no dia 24 de junho às 19h, que fica na rua Dom Pedro II, 861 em Porto Alegre cantando a canção “Carecas da Jamaica”.
O 1º Fórum Música Para Baixar acontecerá de 24 a 27 de junho junto ao 10º Fórum Internacional de Software Livre em Porto Alegre.
De quem é, então?
15 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaComeço esse artigo com uma provocação a partir de uma canção que fiz: nome: Cacilda (personagem de uma música de Arnaldo Baptista, in Let in Bed): versos-citações: “luz quero luz…” (Chico Buarque), “Cacilda, nós gostamos de você…”(Jorge Ben em Fio Maravilha): “Lucy and Sky…”(Beatles) : eu não sou lóki, bicho! : acredite, tudo isso está em apenas uma canção.
Corte: De quem é a música?
O auditório saltita. Resmunga. Grita. Qual é a música?
Pois é.
Essa música, uma das minhas auto preferidas foi gestada no fundo do meu quintal, sob causticante sol em Cuiabá no ano de 2008. Tem outra do quintal também onde cito, corto, recorto, colo, copio, acrescento: “Marylin Monroe morreu no meu quintal”, onde brinco com essa musa eterna de sorriso tão brilhante. Cito Andy Warhol, cito a indústria que explora e mata suas próprias crias. A perversão está solta, sugam o sangue dos meninos e das meninas que nunca encontramos (Caetano?), só midasmídias, somos seres meros midiatizados, seres embonecados, seres de plástico, artista morre de fome?
tem vários exemplos nas canções que venho escrevendo. presente de grego também: saca só: “preparo meu cavalo de Tróia/ vou te dar mais um presente de grego./Ciclope com apenas um olho é rei/ nessa terra de cegos… por aí vamos criando uns com os outros, uns nos outros, de ré, de quarta, de primeira.
Uso reuso copio colo mexc desmexo conecto desconexo me sinto à vontade, entre, a música é sua. Existe muito pudor fabricado nessa história toda. O Autor sempre foi vendido como divindade e isso só fez crescer o ego e o poder de quem manipula. Antes eram os reis a bajularem os artistas, agora o Estado Moderno, com os mais de mil tentáculos travestidos de editais de fomento à cultura.
Queremos autonomia? Liberdade? Tem que conquistar então. Fazer seu bolo e dividir com sua turma. Ah, pegar os gregos e torcer até enxugar sua filosofia, pode, não é mesmo? Afinal, são mais de 2 mil anos…Cretinice.
O conhecimento só tem sentido se fizer parte da vida de todo mundo. Ratinhos de setenta e poucos anos, tipo Mickey Mouse, são jovens demais para se tornar de domínio público. Piada de salão. O Rei está nú.
Quem criou só que atire a primeira canção. Mas não venha dar uma de Madalena arrependida: seja herói, seja marginal. De quem é mesmo isso?
Torquato Neto, Hélio Oiticica, SOS. O mundo pirou de vez.
Gente, vamos acordar: Não! Não me confundam com o Espírito Santo da Santíssima Trindade, sou do jardim das flores do mal, sou da taberna do macário, entre um trago e outro com minha boca infernal.
Calado, menino mau: com essas coisas não se brinca!
Tá bom, vou brincar de compartilhar músicas e filmes na internet, então.
Fernando Anitelli da trupe O Teatro Mágico fala do Movimento Música para Baixar - MPB
15 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaPor Elisandro Rodrigues e Andressa Pazzini
No último dia 12 de junho, a Trupe do Teatro Mágico realizou show na cidade de Campo Bom, dentro da programação da Festa do Sapato. Com chuva e frio o público não deixou de comparecer e prestigiar o trabalho de arte independente proposto pelo grupo. Entre uma música e outra, o idealizador do Teatro Mágico, Fernando Anitelli, comentou sobre a importância da arte e da cultura independente e da valorização dos trabalhos feitos em prol da liberdade cultural e artística, valorizando os trabalhos realizados sem a ajuda de grandes gravadoras ou produtoras. Próximo ao final do espetáculo, antes de cantar Xanel nº 5, Anitelli mencionou os processos de democratização dos veículos e a possibilidade de se divulgar os trabalhos de forma acessível a todos, ressaltando que a música Xanel traz a discussão sobre o processo de dominação midiática que sofremos e do qual precisamos nos libertar.
Após o show, como é de costume, a trupe desceu do palco para conversar com o público. Quem não conhecia a trupe ficou encantado com o trabalho que mistura arte circence, cultura, poesia e discussões políticas. Entre abraços e fotos, e após receber o zine da Banda CIRC (Contestação Intervenção e Resistência Cultural) de Porto Alegre, Anitelli falou sobre o MPB. Enfatizando que o movimento está surgindo com toda a força pelo Brasil, o músico trouxe uma fala que usou no ato contra o AI 5, em São Paulo, onde fala sobre a importância de se discutir e estar presente nos debates, pois é necessário “viralizar sem pagá jabá” a cultura e a arte independente. Falou ainda sobre as atividades que serão realizadas do dia 24 à 27 de junho, junto ao FISL10 (www.softwarelivre.org).
Os integrantes da comunidade do Orkut do TM no RS, que assistiram ao show, confirmaram presença nas atividades do FISL e já estão debatendo na comunidade sobre o MPB. Aproveitaram também para divulgar a Festa, em formato de Sarau, que ocorrerá no dia 19, reunindo três grupos de Porto Alegre que trabalham com a proposta de democratização da cultura.
FESTA/SARAU “TUDO NUMA COISA SÓ”
Quando: 19/06
Onde: Lopo Gonçalves, 438 - Esquina com a José do Patrocínio, próximo ao Opinião
Horário: A partir das 22h
Quanto: R$ 6,00
Música por conta dos grupos:
Pé de Vento (http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/pedevento)
Extramuros (http://www.myspace.com/bandaextramuros)
CIRC (http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=4530112507024308223)
Direto de Vitória-ES: Sol na Garganta do Futuro no Fórum MPB
15 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários ainda
No próximo dia 24 desembarcaremos em Porto Alegre. Direto de Vitória-ES: Sol na Garganta do Futuro no Fórum MPB e no fisl. Com time completo realizaremos algumas apresentações na capital gaúcha e interior, agitando também o Estúdio Garganta durante os eventos.
Nosso trabalho está na junção de música e texto falado, poemas, notícias de jornal, dialogo de filme. Formato experimental, ligado a performance no palco, utilizando elementos diversos, inspiração diversa.
Por aqui o trabalho do grupo é bastante difundido tendo se apresentado nos principais palcos e eventos do estado. Nesse link é possível baixar nosso CD-DEMO, um pouco desatualizado. Mesmas músicas que ilustram nosso myspace. Na internet tem uns vídeos legais, como esse do nosso premiado Cabra Cega. Em nosso Blog Garganta todos os novos/nossos passos.
Temos participado desde o início, pós-FSM, do debate e difusão do MPB. Enxergamos com muito entusiasmo toda a movimentação da classe em torno da cultura livre e há alguns anos trabalhamos nesse sentido. Toda nossa produção está disponibilizada, de diversas formas, na internet. Toda a produção dos quase 8 anos de trabalho coletivo está licenciado sob uma licença livre. Mais do que isso, o público sempre esteve convidado a compartilhar e interagir em nossa obra, através de composições coletivas, participações em shows e mais recentemente do Estúdio Garganta.
Nessa célula itinerante trabalhamos, a partir de diversas ações, a demanda musical e textual do público. É um estúdio móvel de gravação, edição, masterização e publicação de material em áudio. Um espaço aberto que funciona como um catador de sons. Registrando manifestações distintas por onde passa; música, textos, poesia, falações, cantigas. Os artistas envolvidos no MPB estão mais do que convidados a participar das gravações nessa edição do Estúdio Garganta, para que essas sejam aproveitadas futuramente na difusão do movimento. Todo o material é produzido utilizando softwares livres, licenciado e disponibilizado para download gratuito na internet.
Mentiroso Original - Sol na Garganta do Futuro (2009) from Sol na Garganta do Futuro on Vimeo.
Em Vitória, buscamos através de parceria com o Fórum de Mídia Livre a realização de uma atividade do MPB aqui em agosto, com shows e debate. Fabricio Noronha, um dos nossos integrantes participa do Fórum MPB também mediando o debate “Formas de licenciamento, gestão coletiva e proposta de mudança na legislação autoral”, dia 25, às 14h (confira programação completa). Atento ao debate em torno das mudanças na lei do direito autoral, Fabricio, acredita que todas as flexibilidades são bem vindas. “As coisas em si não são de ninguém e que as questões relativas ao autor e autoria são muito mais complexas do que como está atualmente definida no senso comum. A maioria dos ´criadores´ ainda acreditam que sejam `criadores´ e isso é difícil de mudar.”
Ao licenciar e estimular que outros artistas assim tratem a sua obra, o Sol na Garganta do Futuro trabalha para que em breve se chegue num ponto ótimo na relação do autor, seus direitos e o acesso do público. Os apontamentos da nova lei são bons, avançam em pequenos itens essenciais em uma direção interessante, o que já é muito num debate cheio de macaco velho de plantão.
As leis sempre podem ser superadas, o importante é instrumentalizar as pessoas com a acesso e conhecimento, baseados na vocação de liberdade da grande rede. Daí as pessoas por si só farão uso e rapidinho a lei vai ficar ultrapassada de novo e o debate mais claro na cabeça da rapaziada. Por essas e outras o Sol na Garganta está nessa!
FMPB e Ação Caô ao sul do mundo
14 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaPor Richard Serraria
Estamos viajando pelo interior do RS, visitando pontos de cultura (MUSICARTE de São Lourenço, ArtEstação do Cassino, Dunas Casa Brasil), tocando nesses lugares e entrevistando pessoas no caminho do sopapo. Fizemos show na quinta no Bar Joquin em Pelotas no aniversário da AMIZ Vidadania, ontem visitamos dois jornais em Pelotas divulgando o Vila Brasil e hoje tocaremos no Rincão Nativo em Pelotas depois de termos participado de um debate sobre Cultura Livre no Sindicato dos Bancários na Rua Tiradentes. Visitamos o Mestre Batista na noite de sexta e as imagens mostram nossa emoção pelo convívio com esse mito vivo da história do sopapo. Em todos locais deixamos convites às pessoas para irem ao FMPB em Porto Alegre logo mais, junto ao FISL 10.
A música do vídeo chamada “princesa” foi criada na viagem à Pelotas a 2 meses atrás. A inspiração de Richard Serraria foi de um bar chamado “Liberdade” onde rola samba de raiz.
O instrumento de percussão no vídeo é o sopapo, que é o único criado no RS pelos escravos.
