A programação do #fisl a cada ano está mais feminina. Neste #fisl15, uma das atividades que trouxe a pauta para o debate foi a oficina "Mulheres, software livre e Educação", ministrada por Camila Achutti, blogueira do mulheresnacomputacao.com e promotora do programa Technovation, no Brasil. Em pouco mais de uma hora, ela explicou como surgiu o projeto, seus avanços e contou a história de alguns resultados.
Quando ela percebeu que era imperante romper com o paradigma do esterótipo de hacker, e incluir mulheres na computação, começou a escrever sobre isso no seu blog e organizar algumas atividades - em especial, hackdays, que reúne mulheres durante um período não maior do que 5 horas para elaborarem algum produto, seja aplicativo, site, visualização, de preferência que que seja simples e mostre algum resultado aos encontros.
Com o tempo, Camila teve o convite para participar do projeto Technovation, o que lhe permitiu participar desses eventos e promovê-los em outros países com meninas e adolescentes com o objetivo de inserir essas mulheres no mercado tecnológico. Em Mumbai, na Índia, uma menina criou uma lojinha para mãe dela pela internet. Na África, um grupo de mulheres criou um aplicativo que denunciava quando estão sofrendo mutilação genital, auxiliando o pedido de socorro junto a outras mulheres.
Camila quer "mudar o mundo" , e faz o que está ao seu alcance. O projeto dela é aberto a sugestões ideias, ampliações e tudo o mais, porque é livre, como ela e como o software utilizado para libertar essas mulheres no mundo da tecnologia.
Texto: Mariana Lettis
Fotos: Matheus Piccini