Akademy 2019
24 de Fevereiro de 2020, 16:22 - sem comentários aindaPast September the Italian city of Milan hosted the KDE contributors meeting called Akademy, the main KDE conference where contributors from different areas like translators, developers, artists, promoters and more stay together for some days thinking and building the future of KDE projects and community(ies).
Firstly before Akademy I departed from Brazil to Portugal to attendee an artificial intelligence conference in Vila Real, the EPIA conference. After that, I flew from Porto to Milan and started my days in Akademy 2019.
Unfortunately I arrived only in the end of the first morning, so I lost interesting presentations like Qt 6 and KDE’ Goals. But at the afternoon I could to watch the presentations of Plasma for mobile, MyCroft on automotive industry, the KDE e.V. report and the students showcase – nice to see interesting projects developed by the newcomers.
The second day I liked the presentations about KPublicTransportat, LibreOffice on Plasma, Get Hot New Stuffs – maybe I will use this framework in a project of my work – and the Caio’s presentation about kpmcore.
After the social party (wow, that was a party), next days were full of BoFs, for me the most interesting part of Akademy.
The Gitlab workshop was interesting because we could to discuss some specific stuffs of KDE migration to that tool. I liked KDE move to Gitlab and I expect all our projects can do this migration ASAP. Cantor is there for some time now.
In the KDE websites BoF I could understand a bit more about the new Jekyll theme for our sites. I expect we will have a internationalization approach soon. After attendee this event, I created a new website for Cantor during LaKademy 2019.
The KDE Craft BoF was interesting to see how to build and distribute our software to Windows. I expect to work in this topic during this year and provide a Cantor package in Windows Store.
I attended the QML and Kirigami workshop organized by Maui project. Nice way to learn how to use Kirigami for future projects.
Lastly, I attended the “All About the Apps Kick Off” BoF. For me, this is the future of KDE: a international community of free software producing high-quality, secure and open source software to several platforms, from desktop to mobile. In fact this is how KDE is organized and works right now, but we don’t communicate it properly for the public. Maybe with the changes in our release approach, the websites for specific projects, and the distribution in different application stores can change how the public see our community.
The day trip was in Lake Como, in the city of Varenna. That trip was wonderful, I was every time thinking about spend my honeymoon in that city. I expect to back there in the future, and spend some days tripping across the cities like that.
I would like to thank you all the local team, Riccardo and his friends, for organize this incredible edition of Akademy. Milan is a very beautiful city, with nice food, historical spots to visit and discovery more about the Italians.
Finally, my gratitude to KDE e.V. for sponsor my attendance in Akademy.
In this link you can see videos of Akademy 2019 presentations and BoFs.
O SERPRO e a validação de documentos digitais
11 de Outubro de 2019, 16:29 - sem comentários aindaNo rascunho do post anterior sobre os documentos digitais no Brasil acabei escrevendo bastante sobre o papel do SERPRO nesse processo – tanto que decidi separá-lo em um post próprio.
Com o lançamento do e-Título foi necessário para o TSE criar uma maneira de validar o documento digital para evitar fraudes. A tecnologia adotada foi o QR Code, que pode ser validado por outro celular também rodando o e-Título.
Tecnologia foi adotado com a Carteira Digital de Trânsito. O SERPRO, produtor do aplicativo, já tinha experiência pois fora o responsável por colocar QR Code na carteira de motorista convencional, impressa, a partir do projeto desenvolvido pela empresa chamado Lince.
Para a versão digital da carteira de motorista o SERPRO apenas aplicou esse projeto, agora renomeado como Vio, que serve tanto identificar essa tecnologia quanto é um aplicativo utilizado para a validação dos documentos. Outro diferencial em relação ao projeto anterior é que o SERPRO trabalha com um modelo de negócios onde ela vende a tecnologia a partir da geração de QR Codes para empresas em geral, não necessariamente públicas.
A partir de então, com o avanço do processo de criação de outros documentos digitais e a necessidade de validá-los, a tecnologia do SERPRO passou a ser utilizada em diferentes projetos. Por exemplo, a validação da carteira funcional dos servidores públicos federais é feita através do Vio, além do documento digital de documentação de carros e da placa veicular do Mercosul.
Projetos ainda em fase de implementação como a ID Estudantil e o Documento Nacional de Identificação também serão desenvolvidos pelo SERPRO e utilizarão o Vio.
Com a experiência acumulada não é estranho que o SERPRO possa avançar sobre a validação de mais documentos digitais, incluindo talvez o próprio e-Título. Inclusive agora, com o temeroso decreto da base de dados unificadas sobre os cidadãos, não resta dúvidas de que a empresa terá um papel a desempenhar nesse cenário.
Ter uma solução unificada de validação de documentos desenvolvida por uma empresa pública como o SERPRO é algo interessante, reduz burocracias, evita retrabalho, e torna o governo mais ágil. O problema é que a empresa é uma das cotadas no projeto de privatizações do governo federal.
Colocaríamos a validação de talvez todos os nossos documentos oficiais em uma empresa privada? Bem, não é de se admirar para quem quer privatizar até a Casa da Moeda.
Os documentos digitais (no plural) do Brasil
7 de Outubro de 2019, 0:29 - sem comentários aindaJá faz algum tempo o Brasil está passando por um processo de digitalização dos documentos oficiais utilizados por pessoas físicas. Entretanto, o que antes se anunciava como uma possível convergência dos mais diferentes documentos para um documento único, que serviria para tudo, passou a acontecer a digitalização de cada documento específico através do desenvolvimento de aplicativos para plataformas de celular.
O primeiro desses aplicativos foi o e-Saúde, hoje rebatizado como Meu digiSUS. Nele é possível buscar nas proximidades pontos de atendimento, clínicas especializadas, maternidades, unidades da Farmácia Popular e outros, receber informações sobre campanhas de vacinação, doação de sangue e transplante de órgãos, agendar atendimentos, ver histórico de retirada de medicamentos, e mais. E além delas, o aplicativo também gera o cartão digital do SUS do usuário.
Em seguida, o primeiro documento de identificação formal que ganhou uma versão digital foi o Título de Eleitor, nomeado e-Título. Com ele é possível saber e se identificar em sua seção e zona eleitoral, além de emitir certidões de quitação com a justiça eleitoral e certidão criminal. O projeto desse documento fez o TSE mobilizar o país em grandes campanhas de renovação e cadastramento biométrico da digital dos cidadãos.
Pouco tempo depois a carteira de motorista recebeu uma versão digital desenvolvida pelo SERPRO e chamada Carteira Digital de Trânsito, que substitui a carteira convencional para todos os seus usos.
E não pára por aí: caso você seja um funcionário público federal há o aplicativo SIGEPE, que dá informações sobre vínculo empregatício, mensagens do governo, informações financeiras, férias, e também traz a carteira funcional digital do usuário.
Para aqueles que são trabalhadores de carteira assinada, há a Carteira de Trabalho Digital.
Já caso você seja estudante o governo prometeu lançar, em represália às entidades estudantis nacionais, a carteira estudantil digital chamada ID Estudantil, que servirá como documento de identificação digital de estudante – entretanto, há dúvidas se o projeto vingará.
E depois de todos esses documentos específicos, ainda há o resiliente projeto da Identidade Unificada que também pretende unir outros documentos – agora chamado de Documento Nacional de Identificação, que será, vejam, digital.
Os documentos digitais são muito práticos no dia a dia. Nunca fiz uso de algo muito sério com eles, mas já fui a shows, teatros, cinemas, votei e embarquei em avião utilizando-os. A opção de tê-los em forma de aplicativo de celular barateia o custo de implantação, mas por outro lado restringe o exercício da nossa cidadania para aqueles que tem acesso a esses dispositivos e também às suas plataformas – quem não tem celular ou utiliza algum sistema operacional diferente dos desenvolvidos pela Apple e Google ficam sem acesso aos documentos digitais.
Dado o panorama de documentos tão diferentes, cada um necessitando de um aplicativo específico para funcionar, só me leva a conclusão que além das versões digitais dos nossos documentos também criamos uma versão digital para nossa burocracia.
Mas, de qualquer forma, esse é um problema que a digitalização nunca iria resolver. Afinal, o digital é apenas um espelho do real.
Grupo de Estudos do Laboratório Amazônico de Estudos Sociotécnicos – UFPA
16 de Setembro de 2019, 13:24 - sem comentários aindaEu e o prof. Leonardo Cruz da Faculdade de Ciências Sociais estamos juntos trabalhando no desenvolvimento do Laboratório Amazônico de Estudos Sociotécnicos da UFPA.
Nossa proposta é realizar leituras e debates críticos sobre o tema da sociologia da tecnologia, produzir pesquisas teóricas e empíricas na região amazônica sobre as relações entre tecnologia e sociedade, e trabalhar com tecnologias livres em comunidades próximas a Belém.
No momento estamos com um grupo de estudos montado com cronograma de textos e filmes para trabalharmos e debatermos criticamente. Esse grupo será o embrião para a orientação de alunos de graduação e pós em temas como impacto da inteligência artificial, computação e guerra, cibernética, vigilantismo, capitalismo de plataforma, fake news, pirataria, software livre, e outros.
Aos interessados, nosso cronograma de estudos está disponível nesse link.
E para quem usa Telegram, pode acessar o grupo de discussão aqui.
Quaisquer dúvidas, só entrar em contato!