Por Jéssica Moraes
Na palestra “O governo aberto no Rio Grande do Sul - um modelo de transparência e participação social”, participaram Fabrício Solagna, secretário geral do governo; Cláudio Dutra, vice presidente da PROCERGS; Juliana Forengs, subsecretaria de ética e Marcelo Rezende, responsável pelos dados abertos da PROCERGS, contaram os planos e projetos do Governo do Estado do Rio Grande do Sul para a abertura de dados.
Marcelo conta que a lei de acesso a informação é um desafio e tudo começa com ações internas, como a análise de dados, tabelas desnormalizadas e dados crus, onde se possa gerar e distribuir dados JSON, XML e CVS, também estáticos (download) e RDF, que ainda não é uma realidade, e sim um formato usado apenas no meio acadêmico. A infraestrutura necessita de um espaço isolado, réplica de dados, balanços rápidos e leves.
Adesão a Infraestrutura Nacional de Dados Abertos (INDA) e implantação do Comprehensive Knowledge Archive Network (CKAN) são passos decisivos para incentivar a população a buscar dados e aplicativos, já que dados são para máquinas e aplicativos para pessoas. Tornando o acesso a informação um ato legítimo de democracia.
Juliana explica o motivo de se ter um governo aberto, que consiste em uma democracia representativa, conversacional e aberta. Onde os princípios são: transparência, participação e colaboração. Então existirá um clico de maior participação popular – envolvimento – exigências de serviço público – engajamento cívico e exercício da cidadania.
O Open Source Governance é a aplicação dos princípios de software livre ao contexto dos governos democráticos, como explica Fabrício. Sendo assim, o Gabinete Digital fica responsável pelos canais que aproximem o governo dos cidadãos. Mas nesse processo de abertura de informações o caminho não é fácil. É necessário boas metodologias, arquiteturas de escolhas, design thinking.
E saber se é o que a sociedade realmente quer, fugindo de respostas prontas e sabendo que não serão apenas respostas e sim sugestões úteis de como fazer a mudança a partir dos critérios do público. Contudo o processo não é fácil pois é preciso mudar a cultura, processos, organizações e formas de relação. E essas são mudanças profundas.