E se nós usássemos o campo elétrico do planeta como fonte inesgotável de energia para todos? Se você acha que transmissão de energia elétrica sem fio é algo impossível, precisa ver isso: além de oficinas de robótica e hardware livre, que incluem aulas de eletrônica básica, o FISL dedicará espaço para experimentações de cientistas nem tão malucos assim.
Uma das grandes atrações será a exibição da maior Bobina de Tesla eletrônica do Brasil. O estudante de engenharia eletrônica Gregory Gusberti é o responsável pelo sistema, que consiste em um inversor ressonante de topologia full bridge com um circuito LC série de saída, alimentado por um conversor boost quádruplo que pode fornecer até 12kw de potência de saída, em uma rede de 190V até 240V atinge um fator de potência de .98 ou mais. A maior Bobina de Tesla pode atingir raios de até 3,4m com possibilidade de modulação de áudio com modulador MIDI micro-controlado.
Se você é integrante do time cujos olhos brilharam ao ler esta descrição ou faz parte do time que simplesmente não entendeu nada, você não pode perder as demonstrações que serão realizadas na Mostra de Tecnologias Livres, no espaço de exposições do FISL. Com as demonstrações da bobina, nossos jovens cientistas vão provar que a tecnologia de transmissão de energia elétrica sem fio é algo que existe e que funciona bem (e não atrapalha a interner sem fio!).
Eles estão entre nós
O projeto do Gregory já foi pauta no Fantástico.
Nikola Tesla viveu a transição do século XIX para o XX, e nesse contexto, tornou-se um dos maiores inventores dos últimos séculos, ao deixar diversas contribuições no estudo da eletrotécnica e da engenharia mecânica.
Das suas inúmeras invenções, a mais conhecidas é a bobina de Tesla, que consiste numa espécie de transformador construído com materiais simples capaz de gerar tensões muito altas, o que resulta em faíscas elétricas que podem chegar a vários metros de comprimento.
Outro cientista que participará indireta e postumamente do FISL é Michael Faraday, que na transição do séculos XVIII para o XIX, criou a famosa gaiola que isola um campo de descargas elétricas, comprovando sua tese de que as cargas elétricas podem se distribuir de forma homogênea sobre uma superfície de campo elétrico nulo.
É graças à gaiola de Faraday que as descargas de até 700 mil volts (e 3 metros de comprimento!) da bonina do Gregory (e do Tesla) poderão ser demonstradas no FISL sem risco.
Como ainda falta um mês até o FISL, você pode aproveitar para mergulhar no assunto assistindo as videoaulas que Gregory disponibiliza no canal do Youtube AllEletronicsGR.