“A educação na era do Software Livre: programe ou serás programado” foi tema da mesa de debates do Fórum Internacional de Software Livre (FISL), na tarde de ontem no fisl14. Na ocasião, a professora de Design Digital da PUCPR, Fabianne Balvedi, falou sobre o termo “educadora” e se declarou uma auxiliar do aprendizado. Além disso, defendeu a acessibilidade que o Software Livre oferece. “Na era em que vivemos, os códigos precisam ser abertos a todos. A democratização da informação é um direito de todos”, disse. A professora da UFMG, Ana Cristina Matte, contou que sua experiência com o Software Livre começou com o GNU/Linux. “Achava o sistema rápido e fácil de usar. São programas claros e acessíveis. E podemos sempre baixar a última atualização”, disse.
O colaborador do Wikipedia, Rodrigo Padula, mostrou a história do site e pediu a contribuição dos professores no processo de atualização. “Os professores precisam usar e construir o Wikipedia conosco. Inserir textos, construir dados, escrever artigos, tudo isso será de grande valia para o sucesso do projeto e da educação”, disse. O coordenador do GT Educação, Lucas Alberto Santos, alertou para a real definição de programação: criar. “Códigos são como a receita de um bolo. Precisam estar acessíveis e abertos para as pessoas contribuírem”, revelou.
O coordenador do projeto Software Livre Educacional, Frederico Gonçalves Guimarães, falou sobre a sua ausência das redes sociais. “Eu não uso Facebook, pois não quero ser escaneado e enviado para um computador. As pessoas dizem que não tenho vida virtual dessa forma. Eu respondo que estou ótimo na vida real”, brincou. Guimarães garantiu que só existe educação com Software Livre. “Toda e qualquer informação precisa ser compartilhada. Não posso ensinar um menino a lidar com um programa lindo se ele só for fazer isso na escola. E se eu fizer uma cópia de um programa proprietário para ele praticar em casa, estarei cometendo um crime”, finalizou.
Foto: Camila Cunha/indicefoto