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Helio Costa - hlegius : Como manter sua suite de testes saudável

29 de Setembro de 2014, 13:45 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Depois de uma longa pausa por causa da demanda que o #S7TDD me gerou, retorno das sombras para continuar com as polêmicas do Test-first. Hoje, retomo com algo primordial, principal, essencial, o must have em Test-first: nada menos do que ele, a manutenção da suite de testes.

Voltando

O que é a manutenção da suite?

Partindo do princípio de que sua suite está em constante crescimento, você uma hora ou outra irá se perguntar em como organizar a casa para evitar se perder e não se enrolar com seus testes de unidade.

Para tanto, a manutenção da suite é importante e, quanto mais você praticar Test-first, mais simples e eventual torna-se-á tal manutenção.

E para que preciso saber/fazer isso?

Como nem todo mundo está no nível de Robert Martin (@unclebob), se reorganizar torna-se importante para continuar vendo resultado no Test-First e principalmente, continuar entendendo como o software funciona só de olhar um punhado pequeno de testes de unidade.

Perder o controle da suite é relativamente fácil principalmente quando estamos começando com testes de unidade, pois como muitos questionam: “mas e as junções? você não une as coisas nunca?”. A vantagem do Teste de Unidade mora justamente no cerne apontado nesta frase, mas como tudo tem um viés, você precisa estar atento justamente com a manutenção deste monte de teste de unidade espalhados pelo seu /specs.

Sejamos pragmáticos aqui: sua suite está precisando de uma reorganizada quando você lê um teste e não entende o que aquilo está fazendo dentro de um contexto macro. Deixando a explicação fancy de lado, temos:

  1. Pegue um teste de unidade aleatoriamente;
  2. Leia e veja o que ele implementa (funcionabilidade);
  3. Tente reproduzir aquela situação em um Controller, Command, etc, ou seja, suponha que você viu o teste e deseja criar a funcionalidade numa Action de Controller qualquer;
  4. Ache uma outra funcionalidade que se relacione com essa primeira que você reproduziu;
  5. Leia o teste dela, tente reproduzi-la ligando a primeira funcionalidade na segunda.

Conseguiu entender ambos os testes e relacionar as funcionalidades? Parabéns, sua suite está saudável (por enquanto haha).

Restabelecendo a ordem na casa (dos testes)

A primeira coisa a se fazer caso os steps acima não tenham dado resultado é verificar a anatomia dos testes de unidade. Às vezes, você acumulou duas ou três funcionalidades em um mesmo teste de unidade sem perceber. Ao splitar estes testes em testes específicos para cada situação, a legibilidade irá saltar de um espaguete para algo compreensível. Costumo dizer que esta é a principal dica para quem quer arrumar a legibilidade dos testes.

Supondo que o problema da anatomia está resolvido, podemos melhorar a legibilidade seguindo o Ubiquitous Language descrita por Eric Evans em seu renomado livro Domain-Driven Design cujo já o mencionei aqui algumas vezes no passado. Dar nomes é algo complicado (veja pelas ruas das cidades). O nome é a coisa mais importante do seu código. Isto é o elo entre o código e a vida real, solicitada e falada o tempo todo por alguém de business. Quanto mais você incorporar os nomes que ouve no código, mais natural ficará as reuniões de planejamento/sprint.

Nosso item número três do check-list é o Princípio da Responsabilidade Única (SRP, sigla em inglês). Lê isso: seu método em teste precisa fazer apenas uma coisa. Ele pode entretanto, se relacionar com outros objeto#metódo para complementar sua atividade, pedindo uma espécie de suporte. Pode também delegar atividades para outros objeto#método. Pode inclusive, se passar como parâmetro para outros objeto#método. Veja a quantidade de recursos em Design Orientado a Objetos que você tem a disposição para não violar a SRP e você aí fazendo 3, 4, 5 steps em um único método sem a menor necessidade. Vai entender, né?

Sério. SRP é TOP 3 não é por acaso. Ela é aqui na minha lista a primeira que trata de código e OOD. As outras duas são mais arquiteturais e convenções do que código na prática.

Acredito que estas três dicas farão o trabalho de reduzir o caos que sua suite possa estar enfrentando enquanto lê isso. Um chute nada estatístico seria 80~90% de problemas resolvidos.

Como evitar on the fly que isso aconteça?

Planeje no macro; Codifique no micro. Não entendeu? Segunda-feira que vem você entenderá o que isso quer dizer.


Fonte: http://hlegius.pro.br/post/como-manter-sua-suite-de-testes-saudavel

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