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Rádio Software Livre

23 de Abril de 2011, 0:00 , por Software Livre Brasil - | 1 pessoa seguindo este artigo.

A poesia das pequenas coisas

3 de Novembro de 2014, 17:44, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

O escritor Jeferson Camargo busca inspiração no universo dos insetos para atrair a atenção das crianças

Despertar o interesse da criançada para a poesia cotidiana é uma das paixões do escritor Jeferson Camargo. "Hoje em dia as crianças sabem tudo de internet mas não conhecem o jardim de casa", ressaltou Jeferson durante entrevista para a Rádio Software Livre nesta segunda-feira (3).

Num bate-papo descontraído com o jornalista Gabriel Galli, Jeferson falou sobre o seu trabalho como arte-educador, lembrou histórias de infância e homenageou uma série de insetos com suas lindas poesias sobre as pequenas coisas.

"Quando eu era criança, ficava horas no pátio de casa procurando lesmas e formigas. Num trabalho como oficineiro, falei sobfre estas coisas e percebi que a maioria das crianças nunca havia brincado destas coisas. Daí nasceu o projeto de poesia infantil".

CONFIRA a entrevista completa:

 


 




A estética criativa das editoras independentes

3 de Novembro de 2014, 16:52, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

Conheça a experiência da Coisa Edições e mergulhe no mercado alternativo das editoras artesanais

Garantir a autonomia e a liberdade de expressão são algumas das vantagens de publicar de maneira independente. A possibilidade de experimentar novas linguagens também atrai os escritores mais aventureiros. É o caso da dupla Roberta Fofonka e Jeison Placinsch. Juntos, eles criaram a "Coisa edições" que comemora dois anos em 2014. "A Coisa nasceu para que nós pudéssemos transformar o que a gente produzia em publicações. A nossa produção é completamente artesanal. Fazemos tudo em casa", contou Roberta durante entrevista para a #RadioLivreNaFeira realizada hoje (3).

Com um projeto gráfico cuidadoso e criativo, a estética criativa da Coisa Edições tem conquistado novos públicos. "Hoje editamos mais livros e fanzines dos outros do que nossos", destacou Roberta. De acorda com ela, a internet é uma ferramenta eficaz para comunicar o trabalho da editora e ampliar as chances de distribuição. "Não temos nenhum plano de comunicação mas sem dúvida a rede ficaria bem mais difícil de chegarmos até as pessoas. Também conhecemos muita gente em eventos de literatura e arte gráfica".

ESCUTE a entrevista completa:

 

 

Assista ao vídeo:



Educação popular de mãos dadas como movimento software livre

3 de Novembro de 2014, 15:50, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

Manefasto Dadaesmo pela Escola Expandida 2.0. Afinal, do que se trata? Escute a entrevista e entenda o assunto!

A educadora popular Alissa Gottfried está sempre atrás de uma brecha para hackear o sistema. Por isso, aliar o software livre às suas práticas de ensino e aprendizagem acabou sendo algo natural. Fundadora da editora coletiva EcoaEcoa, Alissa desenvolve ações de arte e literatura com jovens da periferia. "Não tem como usar windows trabalhando com estes temas. É uma questão de coerência".

Na tarde desta segunda-feira (3) Alissa esteve no estúdio da Rádio Software Livre na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre para falar sobre suas atividades e projetos. Durante a entrevista, a educadora falou sobre o  conceito de escola 2.0, o trabalho colaborativo com a molecada e sobre o seu não-livro, entre diversos outros assuntos.

Durante o bate-papo, Alissa também detalhou os passos que seguiu até criar a EcoaEcoa. "Depois de alguns anos de oficinas literárias com as crianças, inclusive analfabetas, surgiu a necessidade de termos uma editora para publicar livros de maneira prática e totalmente artesanal", contou.

SAIBA mais sobre a experiência da EcoaEcoa escutando a entrevista completa:

 

 



Tecnologia libertária ao alcance de um clique

3 de Novembro de 2014, 13:16, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

Mais que um sistema operacional, o software livre é uma filosofia de vida. Saiba um pouco mais sobre a história deste movimento que mobiliza ativistas no mundo inteiro


Na década de 80, muita gente achou que o Richard Stallman estava fora da casinha quando abandonou o seu trabalho no laboratório de inteligência artificial do (AI Lab) MIT e se dedicou à criação dos primeiros projetos de software livre. Hoje, mais de trinta anos depois, o movimento software livre mobiliza ativistas do mundo inteiro na defesa do livre compartilhamento de ideias, códigos e conhecimentos. Para falar um pouco mais sobre esta história, a #RadioLivreNaFeira entrevistou nesta segunda-feira (3) o coordenador ASL Sady Jacques.

"O software originalmente nasceu livre. O cenário proprietário veio depois e  por ter uma incidência econômica muito forte acabou ganhando o mundo, principalmente após o desenvolvimento do primeiro PC e do windows. Isso só começou a mudar quando o Stallman resolveu encasquetar com isso", contou Sady, acrescentando que para ser considerado livre o software precisa responder a alguns princípios básicos. "O software precisa ser compartilhado, ter colaboração e ser mantido livre", explicou.

ESCUTE o podcast da entrevista COMPLETA!




PROGRAMAÇÃO 2/11 - Sintonize a #RadioLivreNaFeira

3 de Novembro de 2014, 11:56, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

No trabalho, na rua, em casa ou de qualquer lugar: sintonize a Rádio Software Livre via internet!

 

A semana começa com muita informação e arte na #RádioLivreNaFeira. Escutando a primeira entrevista desta segunda-feira (3), às 12h, você ficará sabendo um pouco mais sobre a história do movimento software livre no Brasil e no mundo. Na sequência, falaremos sobre arte, educação, teatro e literatura. Hoje também será a estréia do programa Licença poética, com o convidado Jeferson Bueno.

 

Confira a PROGRAMAÇÃO completa:

 

12h

Ação direta - entrevistas com quem hackeia o mundo

Tema: Software Livre no Brasil

Entrevistado: Sady Jacques

15H

Vasto Mundo - literatura & arte na #RadioLivreNaFeira

Tema: O não-livro os manefastos dadaesmos

Projeto de publicação do Não Livro - Uma série de colagens feitas com autoria coletiva que fazem parte do Manifesto da Escola Expandida 2.0  

https://www.facebook.com/ecoaecoadadaesmos

http://dadaoutrodada.blogspot.com.br/

Entrevistada: Alissa Gott

16H

Vasto Mundo - literatura & arte na #RadioLivreNaFeira

Tema: Editoras alternativas

Entrevistada: Roberta Fofonka, Coisa Edições

17h







18h30

Licença poética - a vida em prosa e rima na #RadioLivreNaFeira

Tema: Poesia das pequenas coisas - Poesia infantil, oficina para crianças - tirar a criança do universo virtual

Entrevistado: Jeferson Bueno Camargo, poeta e escritor.


Vasto Mundo - literatura & arte na #RadioLivreNaFeira

Tema: Sobre anjos e grilos – O universo de Mario Quintana

Espetáculo teatral

Entrevistada: Deborah Finocchiaro





É fan-tás-ti-co!

2 de Novembro de 2014, 20:00, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

Indo muito além de elfos e duendes, a literatura fantástica  ganha cada vez mais adeptos



A literatura de Fantasia está conquistando o cenário nacional. Autores como Eduardo Spohr e Carolina Munhóz estão entre os mais conhecidos e já contam com um fiel público leitor. Para conversar sobre este estilo de escrita, a #RadioLivreNaFeira conversou neste domingo (2) com a blogueira Ana Carolina Silveira. "Se você for hoje numa grande livraria, ela estará tomada com obras de literatura fastástica. Obras como Harry Potter são voltadas para um público infanto-juvenil, mas atingem todas as idades, pontuou.

Fã do gênero, Ana explicou que não existe uma definição exata do que ele significa. "Mesmo na academia existe confusão sobre o conceito de literatura fantástica. Um dos pontos que sempre aparece é a suspensão da descrença. Por exemplo: nós estamos numa rua e de repente passa um unicórnio ou um dragão ao nosso lado e isso é absolutamente real dentro do contexto. Outro aspecto é a suspensão total da descrença", explicou. Durante a entrevista, a "escritora-leitora" também deu dicas sobre o mercado editorial para quem está começando.

ESCUTE a entrevista COMPLETA:

 

 



Que venham os próximos 60 anos da Feira do Livro!

2 de Novembro de 2014, 17:56, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

Com seis décadas de história, a Feira do Livro faz parte do imaginário de pelo menos três gerações de porto-alegrenses



A Feira do Livro de Porto Alegre comemora 60 anos nesta edição de 2014. Funcionando desde sexta-feira (31), o mais tradicional encontro literário a céu aberto do Brasil já recebeu milhares de visitantes. Nem a chuva afasta o público, que movimenta o evento neste domingo cinzento. Atração é o que não falta: ao todo, são 127 expositores, sendo 14 barracas na Área Infantil e Juvenil, 102 na Área Geral e 11 estandes na Área Internacional.

Além disso, a programação conta com uma série de oficinas, palestras e sessões de autógrafos. E foi justamente para falar sobre este universo de atividades que a Rádio Software Livre conversou com o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Marco Antonio Cena Lopes. "Em 60 anos de história, nós conseguimos desenvolver um bom sistema e a Feira funciona. Temos certeza que estes 60 anos são apenas o começo da nossa história", ressaltou.

ESCUTE a entrevista COMPLETA:

 

 



Literatura e cultura hacker

2 de Novembro de 2014, 17:09, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

A internet abriu um portal para os bens culturais superarem a condição de simples mercadoria. Na cena musical esta é uma realidade consolidada. Mas como anda a carruagem da literatura?

 

O jornalista Leo Foletto foi o nosso entrevistado da vez no #Hashtag - o programa que agrega conteúdo,  na tarde deste domingo (2) na #RadioLivreNaFeira. Na conversa, o jornalista explicou como funcionam os diferentes modelos de distribuição e cópias de bens culturais, além de abordar temas como cultura livre, remix e direito autoral. "É mais difícil falar em licenças abertas na literatura, as pessoas confundem com dar a obra graça", pontuou Leo.

Escute a entrevista COMPLETA:

 

 



Jornalismo wi-fi zone

2 de Novembro de 2014, 16:16, por nanda barreto - 0sem comentários ainda


A era digital está transformando - e muito - o cotidiano dos profissionais da comunicação. De olho neste cenário, dupla de jornalistas gaúchos criou um site especializado em novas tendências do jornalismo

A revolução tecnológica foi devastadora para a zona de conforto dos jornalistas. A proliferação diária de aplicativos, plataformas e novas mídias está deixando boa parte dos profissionais da área de cabelo em pé. Com tantas ofertas, como escolher a mais adequada? Consultar o Google pode ser desolador: é tanto horizonte que fica fácil se perder num vasto mar de interrogações.

Pensando nisso, os jornalistas Moreno Osório e Marcela Donini criaram o site Farol Jornalismo, que se dedica a debater e apontar novas tendências para a profissão. Foi em torno deste tema que girou a entrevista que fizemos com o Moreno na tarde chuvosa deste domingo (2) na #RadioLivreNaFeira.

CONFIRA o bate-papo COMPLETO:

 



O blog como trampolim para o livro

2 de Novembro de 2014, 14:18, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

Cada vez mais escritores têm publicado primeiro na internet para depois lançar seus textos em livros. Para saber mais sobre este caminho, confira a entrevista!

A transição da literatura em linguagem digital para a impressa foi o tema da entrevista realizada neste domingo com a jornalista, editora e agente literária Kelli Rosa Pedroso (@kellipedroso). "Uma das principais diferenças é que na web as pessoas geralmente vão escrevendo o que vem na mente. Quando a gente vai colocar isso no pepel, é necessário ter um cuidado maior com a edição e revisão", pontou.

ESCUTE a entrevista COMPLETA:

 



Dia de literatura & jornalismo na #RadioLivreNaFeira

2 de Novembro de 2014, 13:49, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

Acompanhe a nossa programação e fique por dentro dos destaques da Feira do Livro

 

 

 

Já está marcado na agenda mental de grande parte dos moradores de Porto Alegre e região: domingo é reservado para visitar a Feira do Livro. De fato, mesmo com chuva, a Praça da Alfândega está movimentada. A Rádio Software Livre reflete este interesse do público e dedica sua programação exclusivamente à literatura. Confira a programação COMPLETA e participe publicando comentários com a hashtag #RadioLivreNaFeira.

13h

Do blogue para o livro impresso: uma transição de linguagem 
 
                           

Kelli Pedroso discorre sobre as possibilidades e relações nos caminhos do blogue para o livro impresso

14h


Novas narrativas na internet
Entrevistado: Moreno Cruz Osório

16h

Cultura Hacker na literatura - Do Pinguín e o Leviatã à Catedral e o Bazar


Entrevistado:  Leonardo Foletto

Jornalista, mestre e doutorando em comunicação. Pesquisa Cultura Hacker na comunicação. É editor do blog Baixa Cultura.

17h

Destaques da Feira do Livro


Marco Antonio Cena Lopes

Presidente da Camara do Livro

19h

Literatura fantástica

Ana Carolina Silveira (escritora de fantasia) e Bruno Schlatter







Que saudades do Garagem Hermética!

1 de Novembro de 2014, 18:48, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

Livro conta a história do bar que acolheu pelo menos duas gerações de desajustados em Porto Alegre


Leo Felipe era um insatisfeito bancário de 19 anos quando resolveu virar a mesa e abrir as portas do Garagem Hermética junto com mais uns sócios. O ano era 1992 e Leo nem imaginava que estaria inaugurando um dos mais lendários bares da capital gaúcha. "Eu tinha uma vida entediante. Minha vontade era estar na cena rock and roll. No entanto, até aquele momento o mais próximo eu tinha conseguido chegar disso era ser roadie de uma banda", contou o jornalista durante entrevista na #RadioLivreNaFeira neste sábado (1º).

Incentivado por amigos, Leo resolveu pedir demissão e correr atrás do sonho. Talvez nunca o dinheiro de uma rescisão de contrato tenha sido tão bem aplicado em prol da coletividade. Quem frequentou o velho Garagem lembra bem da atmosfera que encantou a moçada mais underground da cidade. Para quem não teve a oportunidade, o Leo conta um pouco desta história no livro A Fantástica Fábrica, que será autografado hoje, às 19h, durante a 60ª Feira do Livro de Porto Alegre. Ao longo das 271 páginas da publicação, Leo conta detalhes sobre os bastidores do bar que durante duas décadas reuniu milhares de artistas, músicos, estudantes e uma gurizada diversa no casarão mais mal falado da Barros Cassal.

Escute a entrevista COMPLETA!

 



Jornalismo bom de ler

1 de Novembro de 2014, 17:10, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

Quando a gente lança o olhar para os detalhes, a vida real pode ser muito mais interessante que a ficção. Esta é a aposta de um estilo de jornalismo conhecido mundialmente como literário. Mas o que o exatamente o diferencia das notícias que lemos todos os dias nos jornais?


O jornalismo que vai além das aparências e mergulha fundo nos fatos foi o assunto do bate-papo realizado neste sábado (1º) no estúdio da Rádio Software Livre montado na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre. Os jornalistas André Lacasi, Laís Webber e Nádia Alíbio, repórteres da Revistão Bastião, comandaram a roda de conversa e contaram um pouco sobre a experiência de cada um.

Na opinião dos entrevistados, é um equívoco pensar que não existe espaço para este tipo de reportagens no mercado de comunicação atual. "Há uma tendência de achar que as pessoas não têm mais tempo de ler um texto com fôlego. Pela nossa experiência, percebemos que não é bem assim. Quando a gente oferece uma narrativa diferenciada, o leitor se prende", ressaltou Nádia.

Na avaliação do grupo, o principal segredo para escrever um bom texto é ouvir. "Cada pessoa é potente para contar a sua história", defendeu Nadia. Na opinião de André, outro ponto importante é se libertar do mito da objetividade. "O jornalismo literário busca a humanização dos fatos e não apenas informar. É preciso estar atento às emoções, sentimentos e vivências dos personagens envolvidos na história".

Escute a entrevista COMPLETA!

 



Um ano depois: quais são os ecos das jornadas de junho?

1 de Novembro de 2014, 16:46, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

2013 ficou marcado como ano em que o Brasil saiu às ruas. De Norte a Sul, não se falava em outra coisa. Para alguns, o país havia acordado. Para outros, jamais havia dormido. Mas qual foi o legado que as jornadas de junho deixaram para a democracia?

Refletir sobre os recados que as ruas deram no ano passado foi o objetivo do bate-papo que a Rádio Software Livre realizou nesta sábado (1º) com o professor do departamento de sociologia e diretor da editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Alex Teixeira e o doutorando em sociologia Vitor Alessandri. Ambos assinam artigos no livro Protestos de Rua em 2013: catarse efêmera ou despertar cívico, que será lançado hoje na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Na conversa, destaque para temas como a crise do sistema de representação, o papel dos meios de comunicação na cobertura das manifestações e a violência do Estado contra a população. "As opiniões precipitadas deixaram muito claro que a imprensa não estava entendendo absolutamente nada do que acontecia nas ruas", ressaltou o professor Teixeira. Alessandri concorda. Para ele, foi difícil para a mídia compreeder a existência de um grande movimento sem lideranças. "Uma das principais contestações era justamente contra as hierarquias", resumiu.

Aperte o PLAY e escute a entrevista completa!

 



Feminismo agita bandeiras também na internet

1 de Novembro de 2014, 15:02, por nanda barreto - 0sem comentários ainda

Lançado no ciberespaço há pouco mais de um mês, o blog "Era uma vez outra mulher" foi o tema da primeira entrevista realizada neste sábado (1º) na #RadioLivreNaFeira


Uma cantadinha aqui, um comentário sexista acolá. O cotidiano das mulheres é tão infestado de machismos que a necessidade de botar a boca no trombone é incontrolável. Talvez por isso a internet venha se tornando um território cada vez mais propício para desabafos, reflexões e trocas de informações sobre este assunto. Com as professoras de português Raquel Leão e Ananda Vargas foi assim: cansadas dos abusos naturalizados no dia-a-dia elas decidiram criar o blog 'Era uma vez outra mulher'.

"O blog nasceu de uma necessidade. Em geral, os textos tratam de nossas próprias experiências ou de pessoas muito próximas. Tipo: aconteceu alguma coisa hoje comigo e eu fiquei pensando sobre isso o dia todo. Então, quando chego em casa, sinto que preciso parar para escrever", resumiu Ananda. De acordo com ela, a proposta o blog não tem muitas pretensões além de promover o debate. "Publicamos textos bem informais, não tem nada de erudito. Tiramos muito sarro de situações até por elas serem tão absurdamente consideradas normais".

No arquivo digital do blog, é possível encontrar posts sobre  temas como aborto, liberdade sexual e direitos. "Também temos o interesse de pensar o feminismo como educação, já que somos professoras. É comum ver meninas de 11, 12 anos que estão naturalizando o machismo. Então, ao mesmo tempo em que temos que ensinar gramática, entendemos que nosso papel na educação é inserir temas relacionados à política e à desconstrução de velhos paradigmas de gêneros", pontuou Raquel.

Na avaliação das ativistas, os debates na rede contribuem para fortalecer as mulheres e desconstruir preconceitos. "Ainda estamos engatinhando. Por exemplo, até hoje existe um super estigma sobre a própria palavra 'feminismo'. Então, discutir os lugares que as mulheres ocupam no mundo é fundamental. Toda mulher é feminista quando começa a pensar e questionar seu papel na sociedade. Isso está presente nas micro-relações. Não podemos deixar passar batido", defendeu Raquel.

Escute a entrevista COMPLETA: