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Móveis Mágicos nos Teatros de Acaju na Casa do Cazuza, o Circo Voador

28 de Novembro de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Resolvi escrever para expressar o momento que vivo. É para isso que escrevemos né? Para expressar o que vivemos.

Em janeiro de 2010 o movimento música para baixar (MPB) irá completar 1 ano de existência. A partir de idéias do Teatro Mágico, que somou-se à filosofia do software livre e nasceu no Fórum Social Mundial, em Belém do Pará, observamos o potencial daquilo que iniciamos a projetar dias antes durante um encontro realizado São Paulo entre atuantes do software livre e da música.

Faltando 1 mês para o aniversário do movimento, percebi que estamos vivendo um momento rico e histórico, onde é notável a necessidade de mudanças na cadeia produtiva da música, e que as propostas do MPB em defesa e prática da música livre, são bem aceitas.

Vale dizer que a música livre não é somente canções disponíveis na internet. Música livre é uma filosofia, uma prática, uma atitude.

Posso afirmar sem qualquer dúvida, que presenciei um momento histórico e único da prática da música livre. No dia 20 de novembro, na casa do Cazuza, o Circo Voador, vivemos algo magnífico com o Teatro Mágico e Móveis que foram protagonistas na realização de algo grandioso.

As duas maiores bandas de música independente do Brasil, com suas atitudes afirmativas, demonstraram que o movimento música para baixar defende pautas atuais, que interessam a juventude e a maioria dos viventes da música, e assim deverá continuar.

Tanto a trupe do Teatro Mágico como Móveis Coloniais de Acaju, demonstraram na prática que não basta apenas fazer o show, mas também deve afirmar que a música livre é também um processo. É preciso garantir a interatividade completa com o público, além de mostrar que quem promove a diversão, deve também divertir-se junto, de forma consciente e politizada. Este encontro foi a confirmação do movimento MPB em que 2500 pessoas presenciaram ao vivo essa atitude, e poderia ter atingido muito mais gente, se tivéssemos infra-estrutura de internet para transmitir , algo possível, caso não existisse o descaso das empresas de telefonia. Mas mesmo assim, as imagens serão disponibilizadas para o público ver o momento histórico que marcamos.

No dia 19 de novembro, passou a vida de Cazuza na TV, e Tico Santa Cruz, vocalista da banda Detonautas, publicou no seu twitter: “Onde foi parar a contestação do RocK? A Poesia? A rebeldia inteligente que promove senso crítico??? Só querem BAJULAÇÃO, GLAMOUR. Pro inferno!”.

Concordo! Nota-se que precisamos urgentemente de mais pessoas com atitude, com capacidade de animar e encorajar a juventude atual para disseminar práticas para um mundo melhor. E também através da música, elas possam exercitar seus cérebros, suas idéias que infelizmente são dominadas por um marasmo alimentado pelos sonhos em busca da fama, e que para a grande maioria jamais irá acontecer.

A naturalizada prática do jabá conta com ajuda da insana busca pelo sucesso, com o monopólio da comunicação, como o poder das gravadoras e editoras, com total falta de transparência de um sistema de arrecadação e repasse dos recursos do direito autoral e é claro com submissão da classe artística.

Precisamos seguir o exemplo de Móveis e TM, que afirmam a música livre, e dessa forma, repintar um quadro da música brasileira, mal pintado com medo e sem coragem de grande parte de quem vive da música.

É preciso compreender o novo momento do cenário musical brasileiro, e que nos exige reflexão sobre reformas na lei do direito autoral proposta pelo Ministério da Cultura, e a garantia da liberdade de acesso à cultura na internet pelo público, que pode ser garantido na consulta do marco civil da rede em andamento.

É preciso ainda garantir a promoção da música, através da internet e das rádios comunitárias, a circulação com políticas públicas afirmativas para a criação de festivais de música livre, e assim, garantir além de shows, debates sobre a cadeia produtiva da música livre. Precisamos de festivais de música livre, e essa deve ser um das nossas principais bandeiras.

Everton Rodrigues – Artivista do movimento musica para baixar, economia solidária, software livre, e participante do Coletivo Brasil Autogestionário

Vídeos que gravei no Show

1 – http://www.youtube.com/watch?v=PQrCKDGFQuk

2 – http://www.youtube.com/watch?v=qHIhQ1IDbwo

3 – http://www.youtube.com/watch?v=JFmFi64iaHc


Fonte: http://musicaparabaixar.org.br/?p=479

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