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Software livre Brasil

Lucas Alberto Souza Santos

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Relato do Festival de Cultura Livre do fisl10 - Parte 2

7 de Julho de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Foto da desconferência: Encontro Comunitário dos Pontos de Cultura



Continuando com o relato do Festival de Cultura Livre do fisl10.

Desconferência


Este ano organizamos uma desconferência dentro do FISL, reservamos um espaço para que discussões aflorassem num modelo diferente das clássicas palestras onde o palestrante fala e o público só participa nos últimos 10 minutos através de perguntas. Na desconferência o modelo de interação é muito mais horizontal, não há a figura do palestrante. A 1ª desconferência do FISL aconteceu nas manhãs do dia 24 e 24 de Junho, no auditório da Faculdade de Comunicação da PUC-RS.

A iniciativa de promover a desconferência foi prover um local capaz de agregar pessoas dos mais variados perfis técnicos, desenvolvedores, ativistas, estudantes, professores, etc; e desta forma possibilitar a troca de conhecimento. Todavia a participação do público nos dois dias de desconferência ficou muito aquém do desejado, e existem alguns motivos para isso.

Na desconferência, foram explorados dois temas, no primeiro dia éramos um grupos de mais ou menos 6 pessoas, conversamos sobre a pedagogia Libertadora do Software Livre, tema proposto por Wilkens Lenon S. de Andrade, paraibano estudante da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba e funcionário do Ministério Público do Estado da Paraíba. O tema foi do agrado dos presentes e a conversa rolou solta, discutimos sobre os aspectos pedágógicos, culturais e sócio-políticos propostos pela filosofia GNU, espcialmente no que diz respeito à socialização do conhecimento, ao desenvolvimento da cibercultura e suas riquezas humanas produzidas em rede. No papo, Wilkens invocou a pedagogia de Paulo Freire e fez um paralelo com a filosofia por trás do movimento software livre.

No segundo dia de desconferência a participação foi ainda menor, 3 pessoas. A temática da conversa foi sobre sistemas de agregação de conteúdo na web em tempo real, como o SocialCamp, LiveStream?, Twittercamp, etc...

Recebemos muitos elogios sobre a iniciativa da desconferência e alguns participantes se ofereceram para ajudar na organização do espaço no próximo FISL.

O principal dos motivos que podem justificar a baixa participação na desconferência é o desconhecimento sobre o que é este tipo de evento. São comuns no exterior (EUA,Europa), eventos nos moldes de desconferência, e aqui no Brasil os Barcamps são um exemplo já relativamente popular em algumas capitais.

Nos Barcamps (modelo de desconferência) nacionais podemos encontrar, principalmente (peço licença pra generalizar), blogueiro(a)s, jornalistas, web-designers e ativistas de movimentos 'ciber-sociais', ou seja, o entendimento do propósito de uma desconferência é ainda difundido em redes restritas, estritamente virtuais. Tiro a conclusão de que grande parte do público do FISL não sabe o que é uma desconferência, e poucos se motivaram a ir conhecer a proposta do espaço.

Para a desconferência do próximo FISL, vamos investir numa maior divulgação do conceito do espaço, e assim atrair um público maior. Acho fundamental criar uma lista de discussão para colocar o povo em contato e criar uma organização compartilhada, permitindo a ajuda de voltuntários remotos. No próximo evento podemos também viabilizar a interação entre participantes presentes e virtuais, usando recursos de transmissão de vídeo via TV Software Livre, canal de batepapo IRC e cobertura por redes de micro-blogging.

Encontro da Rede de Pontos de Cultura


Na manhã do dia 27 de Junho, último dia de FISL, aconteceu o Encontro Comunitário da Rede de Pontos de Cultura. Entre os presentes estavam pontos de cultura de várias regiões do Brasil, o Pontão FOCU (TV OVO), Pontão Minuano, Pontão Ganesha, Pontão Kuai Tema (Soylocoporti), Ponto quilombo do Sopapo, Fundação Cultura de Curitiba, Pontão Diplô na rede, dentre outros.

Vários pontos de cultura da região Sul puderam comparecer ao FISL e, especialmente, a esse encontro, por causa do apoio dado pela Associação Software Livre e Pontão de Cultura Digital Minuano, estes pontos tiveram inscrições gratuitas no FISL10.

O encontro foi bastante interessante, sendo organizado no sistema de desconferência. Os presentes construíram uma pauta de 10 itens, mas no final das contas, na maior parte do tempo se discutiu o fortalecimento da rede de comunicação entre Pontos de Cultura. Foram citadas várias iniciativas de criações de redes sociais online para interação entre os pontos de cultura, como o Fórum da Cultura Digital Brasileira e o Diplo na Rede. Os membros dos pontos de cultura falaram das dificuldades na publicação de fotos, músicas e vídeos que documentam sua produção cultural. Foi debatida a diferença entre as redes sociais de divulgação cultural e as redes de debate político. Chegamos ao consenso da necessidade de criar um sistema que permita a agregação (feeds rss/xml) do conteúdo (texto,vídeos,fotos,músicas) dos sítios dos pontos, de forma que forme uma vitrine nacional (e regional) da produção cultural dos pontos de cultura.



No fim do nosso encontro que durou 2 horas, o pessoal ainda queria continuar a discussão, então migramos todos para o estande da cultura livre, onde o papo continuou. O estande da Cultura Livre foi criado pela Associação Software Livre para servir de ponto de encontro e espaço de atividades relacionadas a cultura.

Aguardem os próximos relatos sobre as outras atividades do Festival de Cultura Livre do fisl10.


Fonte: http://estudiolivre.org/tiki-view_blog_post.php?blogId=42&postId=1071

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