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Helio Loureiro

27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

A era do Arch Linux

29 de Dezembro de 2021, 13:35, por Home - helio.loureiro.eng.br - 0sem comentários ainda

Já faz um certo tempo que venho acompanhando o Archlinux de perto.   Já tinha uma VM rodando pra testes.  Mas com a decisão da Steam de lançar o device de games steam deck baseado no Arch, eu realmente fiquei tentado a experimentar mais a fundo, como meu sistema principal no desktop.

Antes de mais nada vou deixar claro que como desktop eu não tenho somente um computador.  Tenho um gabinete desktop mesmo, que já descrevi anos atrás no artigo goosfraba, e tenho também o laptop de trabalho.  Eu geralmente passo mais tempo no laptop, que roda Ubuntu.  O meu desktop estava também com Ubuntu, mas rodando o 21.10.  E não tinha reclamações a respeito.  Mas faz um tempo que desejo sair do mundo Debian/Ubuntu por vários motivos.  De comunidade a questão de forma de participação.

Então aproveitando as férias que peguei nesse fim de ano, resolvi partir pra cima da instalação do Arch.   Peço antecipadamente desculpas por ser muita coisa em imagens, mas eu fiz registros dos passos e dificuldades de instalação atráves de imagens em posts no Twitter pra justamente descrever aqui.

Como o computador já roda Ubuntu com LVM, não precisei fazer muita coisa além de criar mais partições que seriam próprias do Arch.  Então simplesmente as criei assim:

lvcreate diskspace -L 10G -n archlinux-root
lvcreate diskspace -L 50G -n archlinux-usr
lvcreate diskspace -L 10G -n archlinux-var

E em teoria isso deveria ser o suficiente.  Parti pra instalação e o primeiro problema foi encontrar o pendrive pra dar boot na instalação do Arch.   Eu tinha criado o pendrive com o comando dd mas eu resolvi seguir à risca a instalação do Arch e refiz o pendrive novamente.

dd if=/usr/local/tmp/ISO/archlinux-2021.12.01-x86_64.iso of=/dev/sdc conv=fsync oflag=direct status=progress

Não que tivesse mudado muita coisa.  Eu precisei mexer nos parâmetros de boot da BIOS pra aceitar o pendrive.  Depois de algumas configurações extras que mais foram mais próximas ao vodoo, eis que consegui o tão almejado boot.

BIOS do computador mostrando opção "EUFI: USB Flash Disk"

O boot do Arch foi um passeio no parque.   Como ele não faz nada automático e você faz tudo manualmente bastou apenas formatar e montar as partições que eu já tinha criado pra seguir com a instalação.

Shell de instalação do Arch mostrando a montagem das partições.

Nos passos de instalação do grub e meio que empaquei.  Eu já tinha o grub instalado na partição UEFI e funcionando no Ubuntu.  Seria o caso de apenas adicionar uma nova entrada no grub.cfg?  E foi

menuentry 'Arch Linux' --class archlinux --class gnu-linux --class gnu --class os $menuentry_id_option 'gnulinux-simple-16a93a2f-e4a6-4ab3-8eee-b33403509ed4' {
        recordfail
        load_video
        gfxmode $linux_gfx_mode
        insmod gzio
        if [ x$grub_platform = xxen ]; then insmod xzio; insmod lzopio; fi
        insmod part_gpt
        insmod ext2
        set root='hd0,gpt2'
        if [ x$feature_platform_search_hint = xy ]; then
          search --no-floppy --fs-uuid --set=root --hint-bios=hd0,gpt2 --hint-efi=hd0,gpt2 --hint-baremetal=ahci0,gpt2 --hint='hd0,gpt2'  bfc3c17e-d451-4c35-8c4a-f93b17436783
        else
          search --no-floppy --fs-uuid --set=root bfc3c17e-d451-4c35-8c4a-f93b17436783
        fi
        linux   /vmlinuz-linux root=/dev/mapper/diskspace-archlinux--root init=/usr/lib/systemd/systemd ro net.ifnames=0 biosdevname=0 iommu=pt showopts noquiet nosplash verbose
        initrd  /initramfs-linux.img
}

Com isso eu consegui deixar a opção de boot do Arch disponível.   Existe aí um pequeno problema, o tal elefante na sala: o que acontece quando o Ubuntu atualizar.  Eventualmente eu devo dar boot no Ubuntu e rodar algum upgrade de kernel.  Ao rodar o mkinitram, com certeza vai sobreescrever essa entrada.  Ainda não resolvi esse problema, mas por enquanto sigo usando somente Arch.

Menu do bootloader grub mostrando a opção de Arch Linux para boot.

Então a coisa foi mesmo fácil e bastou apenas apertar o <Enter>...

Boot do Arch quebrado por não encontrar init.

O que deu errado?  E aqui eu comecei a entender um pouco mais do Arch além da superfície.  E essa era meu objetivo desde o início.  Pra entender o problema é preciso olhar como são os diretórios dentro do Arch primeiro.

root@goosfraba /u/bin# ls -l /
total 28
lrwxrwxrwx   1 root root    7 Dec  7 03:41 bin -> usr/bin
drwxr-xr-x   5 root root 4096 Dec 27 21:51 boot
drwxr-xr-x  23 root root 4600 Dec 29 00:12 dev
drwxr-xr-x   3 root root 4096 Jan  1  1970 efi
drwxr-xr-x  90 root root 8192 Dec 29 13:48 etc
drwxr-xr-x  35 root root 4096 Jun  9  2020 home
lrwxrwxrwx   1 root root    7 Dec  7 03:41 lib -> usr/lib
lrwxrwxrwx   1 root root    7 Dec  7 03:41 lib64 -> usr/lib
drwxr-xr-x   2 root root    6 Dec  7 03:41 mnt
drwxr-xr-x  11 root root  154 Dec 29 13:48 opt
dr-xr-xr-x 437 root root    0 Dec 27 21:59 proc
drwxr-x---  14 root root  239 Dec 29 13:27 root
drwxr-xr-x  26 root root  740 Dec 29 00:45 run
lrwxrwxrwx   1 root root    7 Dec  7 03:41 sbin -> usr/bin
drwxr-xr-x   4 root root   29 Dec 27 21:17 srv
dr-xr-xr-x  13 root root    0 Dec 27 21:59 sys
drwxrwxrwt  24 root root 4096 Dec 29 13:48 tmp
drwxr-xr-x  23 root root  332 Jun 19  2018 ubuntu
drwxr-xr-x   9 root root  118 Dec 29 13:48 usr
drwxr-xr-x  14 root root  201 Dec 29 12:58 var

O Arch não tem /bin, /sbin, /lib e /lib64.  Ele joga todos os executáveis em /usr/bin e todas as libs em /usr/lib.  Isso talvez facilite algum tipo de manutenção, mas quebra o princípio de que pra dar boot todo o necessário deveria estar em /bin pra executáveis de usuário e /sbin pra executáveis de root.  Assim como a libc em /lib.  O problema foi que eu tinha criado uma partição /dev/devicemapper/diskspace-arch--usr e montado no /usr, que não é passada no boot, que pede somente a partição root.

Então tive de replanejar minha instalação aumentando a partição raiz e removendo a partição que abrigava o /usr.

Mostrando como aumentar a partição usando LVM and XFS.

E finalmente copiar os dados do que era /usr.

Passos pra migrar o /usr antigo pra um novo.

E finalmente remover a partição criada pra abrigar originalmente o /usr.

Removendo um partição lógica no LVM.

Com isso eu pude finalmente dar boot no Arch e subir o KDE plasma.

Imagem do ambiente desktop KDE Plasma

Mas foi só isso.  Não consegui mexer em mais nada.  O que deu errado?  Primeiramente foi a escolha de KDE que fiz durante a etapa do pacstrap.  Eu escolhi o plasma-desktop e o mesmo não vem completo, o certo era plasma-meta.  Não tinha um shell pra eu abrir como o gnome-terminal nem konsole.  E como habilitei o sddm, então não conseguia voltar pro console virtual usando <ctrl>+<alt>+<F1>.   Fiquei empacado.  E precisei novamente dar boot pelo pendrive pra corrigir isso.

E consegui subir meu ambiente da mesma forma que antes.  Apenas re-criei meu usuário com mesmo UID e GID e montei a mesma partição /home que era do Ubuntu.  Transparentemente.

neofetch logo após a instalação

neofetch com as fontes corrigidas

É nítida a diferença do primeiro screenshot do neofetch pro segundo, em como as fontes melhoraram.  Aos poucos vou instalando e habilitando aquilo que preciso no Arch.

Ambiente desktop (2 telas) com aplicativos funcionando.

Eu de cara já sai com alguns extras funcionando sem mexer, como o Google Chrome, que aparece na imagem do desktop.  Como estava na partição /opt, eu simplesmente montei e re-usei.  Instalei o programa yay pra baixar pacotes faltando como steam e spotify.  Ambos já instalados.  E aos poucos vou arrumando a casa.

Um dos problemas que encontrei foi que minha partição de jogos da steam não aparecia disponível.  Mas estava lá no comando lvs:

root@goosfraba /u/bin# lvs 
 LV                    VG        Attr       LSize   Pool Origin Data%  Meta%  Move Log Cpy%Sync Convert
 archlinux-root        diskspace -wi-ao----  60.00g                                                     
 archlinux-var         diskspace -wi-ao----  10.00g                                                     
 debian                diskspace -wi-a-----  10.00g                                                     
 docker                diskspace -wi-ao----  30.00g                                                     
 home                  diskspace -wi-ao---- 500.00g                                                     
 linux-arch            diskspace -wi-a-----  20.00g                                                     
 opt                   diskspace -wi-ao----   4.00g                                                     
 root                  diskspace -wi-ao----  10.00g                                                     
 steam                 diskspace rwi-aor--- 750.00g                                    100.00           
 swap                  diskspace -wi-a-----  15.00g                                                     
 tmp                   diskspace -wi-ao----   5.00g                                                     
 usr                   diskspace -wi-ao----  95.00g                                                     
 usrlocal              diskspace -wi-ao---- 600.00g                                                     
 var                   diskspace -wi-a-----  50.00g                                                    

O problema era que precisava ativar a partição, que faz mirroring entre os dois HDs que tenho.  Bastou fazer o comando:

lvchange -a y /dev/diskspace/steam

 E meu steam passou a funcionar de novo. 

E como eu já deixei o docker em um partição só sua, bastou montar pra ter novamente os containers que uso disponíveis no Arch.

root@goosfraba /u/bin# docker images 
REPOSITORY            TAG       IMAGE ID       CREATED        SIZE
debian                11.0      6c97952ad9c0   6 days ago     626MB
theiaide/theia-full   latest    de7823cee314   2 months ago   11.5GB
debian                <none>    a178460bae57   3 months ago   124MB
theiaide/theia-full   <none>    9c178198e255   3 months ago   8.86GB

No arch já sai com o python 3.10 funcionando. 

Tela de ipython mostrando versão 3.10.1 do python.

E pra minha surpresa a instalação do suporte à NVIDIA foi fácil e tranquilo.  Mais que no Ubuntu.

Tela do NVIDIA X Server Settings mostrando que está ativa.

Como foi possível ver é bem divertido o uso do Arch e resgata um pouco daquele espírito hacker de fuçar no seu sistema operacional pra ter tudo funcionando.  Eu estou gostando da experiência por equanto.  Acho que agora já posso fazer como o Kretcheu, se bem que Debian eu já não uso faz alguns anos.



Países considerados os mais felizes do mundo escondem problemas graves - a identidade

23 de Dezembro de 2021, 14:28, por Home - helio.loureiro.eng.br - 0sem comentários ainda

Caso não tenha lido os artigos anteriores:

Como bom brasileiros, nascidos na burocracia, estamos acostumados a ter vários números pra diferentes finalidades.  CPF pra coisas relacionadas com imposto, RG pra identidade, certificado de reservista, cartão eleitoral, etc.  E cada um com um número qualquer que temos em geral de memorizar.

Na Suécia sua vida toda é ligada ao que é chamado de "personnummer", ou "personal number" em inglês, ou número pessoal na boa e velha língua tupiniquim.  Ele é composto de <ano em que nasceu><mês em que nasceu><dia em que nasceu>-<4 dígitos aleatórios>.  Algo como YYYYMMDD-ABCD.  Simples assim.

O ano de nascimento pode ser usado tanto o formato YY como YYYY.   Nos documentos aparecem no formato YY, mas quando recebe seu número, via carta, ele vem no formato do ano completo com 4 dígitos, YYYY.

E com esse número baseado no seu aniversário você faz tudo: vota, tira carteira de motorista, faz o imposto de renda, vai ao médico, contrata serviços pelo telefone, etc.

De posse do número, você pode tirar a sua carteira de identidade de estrangeiro residente.

A moçoila bonita da foto nasceu em 12 de junho de 1970 de acordo com seu "personnummer".   Existe um número gigantesco no topo à esquerda, o "kortnummer", que é "número do cartão", mas esse não é usado pra nada.

O mesmo formato aplica-se pra identidade de quem é cidadão sueco.

A diferença dessas identidades é que a primeira é emitida pelo skatteverket, órgão responsável por cobrar os impostos e também de registro civil, e o segundo, pela polícia.   O cartão emitido pelo skatteverket tem mais a aparência e formato de um cartão de crédito comum, enquanto que a carteira emitida pela polícia é um papel plastificado num plástico rígido.

Existe também a carteira de motorista, emitida pelo trafiksverket, órgão responsável controle e regulamentação de tráfego.

A carteria de motorista, körkort em sueco (kör - dirigir, kort - cartão), tem a data de nascimento no campo 3 e o número pessoal no campo 5, que mostra a mesma data em formato invertido e mais os 4 últimos dígitos aleatórios/verificadores (parece que os 2 últimos são os verificadores).  Aqui dentro da Suécia a carteira de motorista serve como identidade.   Tanto que só ando com ela na carteira.

Nas viagens que fiz aqui pela europa, a maioria dos aeroportos aceitou só a carteira de motorista pra embarcar.  Exceção foi o aeroporto internacional de Lisboa, que exigiu meu passaporte.

O ponto interessante aqui é que seu nome não diz muita coisa.  Quem o define é seu número pessoal.  Então qualquer pessoa pode ir ao skatteverket, onde está o registro civil, e mudar seu nome quando quiser, quantas vezes quiser e pro que quiser.  Parece simples, não?  E realmente é.

Claro que alguns podem argumentar que um sistema simples desse pode levar a um maior monitoramento de sua vida e atividades privadas.   Eu diria que sim.  Mas acho que benefício de ter um só número significativo pra tudo na sua vida compensa isso.  A menos que você seja um despachante.



Países considerados os mais felizes do mundo esconde problemas graves - a identidade

23 de Dezembro de 2021, 14:28, por Home - helio.loureiro.eng.br - 0sem comentários ainda

Caso não tenha lido os artigos anteriores:

Como bom brasileiros, nascidos na burocracia, estamos acostumados a ter vários números pra diferentes finalidades.  CPF pra coisas relacionadas com imposto, RG pra identidade, certificado de reservista, cartão eleitoral, etc.  E cada um com um número qualquer que temos em geral de memorizar.

Na Suécia sua vida toda é ligada ao que é chamado de "personnummer", ou "personal number" em inglês, ou número pessoal na boa e velha língua tupiniquim.  Ele é composto de <ano em que nasceu><mês em que nasceu><dia em que nasceu>-<4 dígitos aleatórios>.  Algo como YYYYMMDD-ABCD.  Simples assim.

O ano de nascimento pode ser usado tanto o formato YY como YYYY.   Nos documentos aparecem no formato YY, mas quando recebe seu número, via carta, ele vem no formato do ano completo com 4 dígitos, YYYY.

E com esse número baseado no seu aniversário você faz tudo: vota, tira carteira de motorista, faz o imposto de renda, vai ao médico, contrata serviços pelo telefone, etc.

De posse do número, você pode tirar a sua carteira de identidade de estrangeiro residente.

A moçoila bonita da foto nasceu em 12 de junho de 1970 de acordo com seu "personnummer".   Existe um número gigantesco no topo à esquerda, o "kortnummer", que é "número do cartão", mas esse não é usado pra nada.

O mesmo formato aplica-se pra identidade de quem é cidadão sueco.

A diferença dessas identidades é que a primeira é emitida pelo skatteverket, órgão responsável por cobrar os impostos e também de registro civil, e o segundo, pela polícia.   O cartão emitido pelo skatteverket tem mais a aparência e formato de um cartão de crédito comum, enquanto que a carteira emitida pela polícia é um papel plastificado num plástico rígido.

Existe também a carteira de motorista, emitida pelo trafiksverket, órgão responsável controle e regulamentação de tráfego.

A carteria de motorista, körkort em sueco (kör - dirigir, kort - cartão), tem a data de nascimento no campo 3 e o número pessoal no campo 5, que mostra a mesma data em formato invertido e mais os 4 últimos dígitos aleatórios/verificadores (parece que os 2 últimos são os verificadores).  Aqui dentro da Suécia a carteira de motorista serve como identidade.   Tanto que só ando com ela na carteira.

Nas viagens que fiz aqui pela europa, a maioria dos aeroportos aceitou só a carteira de motorista pra embarcar.  Exceção foi o aeroporto internacional de Lisboa, que exigiu meu passaporte.

O ponto interessante aqui é que seu nome não diz muita coisa.  Quem o define é seu número pessoal.  Então qualquer pessoa pode ir ao skatteverket, onde está o registro civil, e mudar seu nome quando quiser, quantas vezes quiser e pro que quiser.  Parece simples, não?  E realmente é.

Claro que alguns podem argumentar que um sistema simples desse pode levar a um maior monitoramento de sua vida e atividades privadas.   Eu diria que sim.  Mas acho que benefício de ter um só número significativo pra tudo na sua vida compensa isso.  A menos que você seja um despachante.



Refatorando meu script de bloqueio de youtube no openwrt

19 de Dezembro de 2021, 13:03, por Home - helio.loureiro.eng.br - 0sem comentários ainda

Filho aborrecente é... aborrecente.  E infelizmente tenho de tempos em tempos de usar a artimanha de bloquear o YouTube pra conseguir sua atenção e fazer as suas tarefas.

Hoje eu estava revendo o script que criei em bloqueando Youtube no OpenWRT, criado em 2018.  Dei uma melhorada no código e fiz o cáculo do horário de uma forma melhor.

Precisei carregar os módulos "bc" e "iptables-mod-filter" no openwrt pra funcionar como desejado.


#! /bin/sh
# save it into /usr/lib/scripts/firewall.sh
# and add into scheduled tasks as
# */5 * * * * /usr/lib/scripts/firewall.sh timetable

NOW=$(date +"%H:%M")
TIMETABLE="07:55,10:00 12:00,18:00 20:30,22:00"

status_file=/tmp/firewall_status

blocked_pattern="youtubei.googleapis.com"
blocked_pattern="$blocked_pattern googlevideo.com"
blocked_pattern="$blocked_pattern ytimg-edge-static.l.google.com"
blocked_pattern="$blocked_pattern i.ytimg.com"
blocked_pattern="$blocked_pattern youtube-ui.l.google.com"
blocked_pattern="$blocked_pattern www.youtube.com"
blocked_pattern="$blocked_pattern googleapis.l.google.com"
blocked_pattern="$blocked_pattern youtubei.googleapis.com"
blocked_pattern="$blocked_pattern video-stats.l.google.com"
blocked_pattern="$blocked_pattern ytimg-edge-static.l.google.com"

enable_firewall() {
    echo "Enabling firewall"
    for chain in INPUT FORWARD OUTPUT
        do
        count=1
        for proto in tcp udp
            do
                for blocked in $blocked_pattern
                    do
                    echo iptables -I $chain $count -p $proto -m string --algo bm --string "$blocked" -j DROP
                    iptables -I $chain $count -p $proto -m string --algo bm --string "$blocked" -j DROP
                    count=`expr $count + 1`
                done
        done
        echo iptables -I $chain $count -p udp --sport 443 -j DROP
        iptables -I $chain $count -p udp --sport 443 -j DROP
        count=`expr $count + 1`
        echo iptables -I $chain $count -p udp --dport 443 -j DROP
        iptables -I $chain $count -p udp --dport 443 -j DROP
        count=`expr $count + 1`
    done
    echo -n "enabled" > $status_file
}

disable_firewall() {
    echo "Disabling firewall"
    for chain in INPUT FORWARD OUTPUT
        do
        for proto in tcp udp
            do
                for blocked in $blocked_pattern
                    do
                    echo iptables -D $chain -p $proto -m string --algo bm --string "$blocked" -j DROP
                    iptables -D $chain -p $proto -m string --algo bm --string "$blocked" -j DROP
                done
        done
        echo iptables -D $chain -p udp --sport 443 -j DROP
        iptables -D $chain -p udp --sport 443 -j DROP
        echo iptables -D $chain -p udp --dport 443 -j DROP
        iptables -D $chain -p udp --dport 443 -j DROP
    done
    echo -n "disabled" > $status_file
}

_get_time_as_integer() {
  time=$1

  hour=$(echo $time | cut -d: -f 1)
  minute=$(echo $time | cut -d: -f 2)

  echo "$hour * 100 + $minute" | bc
}

_get_start_time(){
    # expected format: 07:00,10:00
    time_str=$1

    time_start=$(echo $time_str | cut -d, -f 1)
    _get_time_as_integer $time_start
}

_get_stop_time() {
    #expected format: 07:00,10:00
    time_str=$1

    time_stop=$(echo $time_str | cut -d, -f 2)
    _get_time_as_integer $time_stop
}

get_timetable() {

do_activate=0
for value in $TIMETABLE
    do
    start=$(_get_start_time $value)
    stop=$(_get_stop_time $value)
    cur_time=$(_get_time_as_integer $NOW)
    if [ $start -lt $cur_time ]; then
        if [ $cur_time -lt $stop ]; then
           do_activate=1
        fi
    fi
done

cur_status=$(cat $status_file)
if [ $do_activate ]; then
    if [ "$cur_status" = "enabled" ]; then
        echo "firewall already activated"
    else
       echo "activating firewall"
       enable_firewall
    fi
else
    if [ "$cur_status" = "enabled" ]; then
       echo "deactivating firewall"
       disable_firewall
    else
        echo "firewall already deactivated"
    fi
fi
}

case $1 in
    start) enable_firewall
           exit 0;;
    stop) disable_firewall
          exit 0;;
    timetable) get_timetable
               exit 0;;
    status) echo "firewall rules are $(cat $status_file)";;
    *) echo "Use: $0 [start|stop|timetable|status]"
       exit 0
esac

exit 0

Agora os horário de bloqueio ficam na variável TIMETABLE e no format "<horário início HH:MM>,<horário fim HH:MM>".  O firewall permite um direto "start" e "stop" pra ativar, assim como um "status".  Crie alguma funções com o "_" no início, pra seguir um pouco o padrão do python de funções internas/privadas.

Seu funcionamento agora ficou muito bom e fácil, pra desespero dos aborrecentes.

root@OpenWrt:/usr/lib/scripts# ls
firewall.sh
root@OpenWrt:/usr/lib/scripts# ./firewall.sh status
firewall rules are disabled
root@OpenWrt:/usr/lib/scripts# ./firewall.sh timetable
activating firewall
Enabling firewall
iptables -I INPUT 1 -p tcp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I INPUT 2 -p tcp -m string --algo bm --string googlevideo.com -j DROP
iptables -I INPUT 3 -p tcp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I INPUT 4 -p tcp -m string --algo bm --string i.ytimg.com -j DROP
iptables -I INPUT 5 -p tcp -m string --algo bm --string youtube-ui.l.google.com -j DROP
iptables -I INPUT 6 -p tcp -m string --algo bm --string www.youtube.com -j DROP
iptables -I INPUT 7 -p tcp -m string --algo bm --string googleapis.l.google.com -j DROP
iptables -I INPUT 8 -p tcp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I INPUT 9 -p tcp -m string --algo bm --string video-stats.l.google.com -j DROP
iptables -I INPUT 10 -p tcp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I INPUT 11 -p udp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I INPUT 12 -p udp -m string --algo bm --string googlevideo.com -j DROP
iptables -I INPUT 13 -p udp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I INPUT 14 -p udp -m string --algo bm --string i.ytimg.com -j DROP
iptables -I INPUT 15 -p udp -m string --algo bm --string youtube-ui.l.google.com -j DROP
iptables -I INPUT 16 -p udp -m string --algo bm --string www.youtube.com -j DROP
iptables -I INPUT 17 -p udp -m string --algo bm --string googleapis.l.google.com -j DROP
iptables -I INPUT 18 -p udp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I INPUT 19 -p udp -m string --algo bm --string video-stats.l.google.com -j DROP
iptables -I INPUT 20 -p udp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I INPUT 21 -p udp --sport 443 -j DROP
iptables -I INPUT 22 -p udp --dport 443 -j DROP
iptables -I FORWARD 1 -p tcp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I FORWARD 2 -p tcp -m string --algo bm --string googlevideo.com -j DROP
iptables -I FORWARD 3 -p tcp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I FORWARD 4 -p tcp -m string --algo bm --string i.ytimg.com -j DROP
iptables -I FORWARD 5 -p tcp -m string --algo bm --string youtube-ui.l.google.com -j DROP
iptables -I FORWARD 6 -p tcp -m string --algo bm --string www.youtube.com -j DROP
iptables -I FORWARD 7 -p tcp -m string --algo bm --string googleapis.l.google.com -j DROP
iptables -I FORWARD 8 -p tcp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I FORWARD 9 -p tcp -m string --algo bm --string video-stats.l.google.com -j DROP
iptables -I FORWARD 10 -p tcp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I FORWARD 11 -p udp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I FORWARD 12 -p udp -m string --algo bm --string googlevideo.com -j DROP
iptables -I FORWARD 13 -p udp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I FORWARD 14 -p udp -m string --algo bm --string i.ytimg.com -j DROP
iptables -I FORWARD 15 -p udp -m string --algo bm --string youtube-ui.l.google.com -j DROP
iptables -I FORWARD 16 -p udp -m string --algo bm --string www.youtube.com -j DROP
iptables -I FORWARD 17 -p udp -m string --algo bm --string googleapis.l.google.com -j DROP
iptables -I FORWARD 18 -p udp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I FORWARD 19 -p udp -m string --algo bm --string video-stats.l.google.com -j DROP
iptables -I FORWARD 20 -p udp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I FORWARD 21 -p udp --sport 443 -j DROP
iptables -I FORWARD 22 -p udp --dport 443 -j DROP
iptables -I OUTPUT 1 -p tcp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 2 -p tcp -m string --algo bm --string googlevideo.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 3 -p tcp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 4 -p tcp -m string --algo bm --string i.ytimg.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 5 -p tcp -m string --algo bm --string youtube-ui.l.google.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 6 -p tcp -m string --algo bm --string www.youtube.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 7 -p tcp -m string --algo bm --string googleapis.l.google.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 8 -p tcp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 9 -p tcp -m string --algo bm --string video-stats.l.google.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 10 -p tcp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 11 -p udp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 12 -p udp -m string --algo bm --string googlevideo.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 13 -p udp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 14 -p udp -m string --algo bm --string i.ytimg.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 15 -p udp -m string --algo bm --string youtube-ui.l.google.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 16 -p udp -m string --algo bm --string www.youtube.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 17 -p udp -m string --algo bm --string googleapis.l.google.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 18 -p udp -m string --algo bm --string youtubei.googleapis.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 19 -p udp -m string --algo bm --string video-stats.l.google.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 20 -p udp -m string --algo bm --string ytimg-edge-static.l.google.com -j DROP
iptables -I OUTPUT 21 -p udp --sport 443 -j DROP
iptables -I OUTPUT 22 -p udp --dport 443 -j DROP
root@OpenWrt:/usr/lib/scripts# ./firewall.sh timetable
firewall already activated
root@OpenWrt:/usr/lib/scripts# ./firewall.sh status
firewall rules are enabled
root@OpenWrt:/usr/lib/scripts# date
Sun Dec 19 13:51:32 CET 2021

Boa diversão.  Ou não caso seja o aborrescente lendo esse artigo pra descobrir o porquê seu YouTube parou de funcionar.

No roadmap: incluir TikTok e Instagram.



Modificando um livecd de Ubuntu

11 de Dezembro de 2021, 17:48, por Home - helio.loureiro.eng.br - 0sem comentários ainda

Não é sempre que preciso fazer dessas coisas, mas recentemente precisei mexer num disco de livecd do Ubuntu que estava em formato iso pra alterar algumas coisa.

Então aqui fica receita de como fazer isso (dependendo do que deseja fazer, claro).

Primeiro eu tenho dois diretórios que uso pra montagem dos filesystems.  Os /cdrom e /mnt.  Como já uso desse forma faz anos, não sei se são criados por padrão no Ubuntu ou outro sistemas.  Então se for copiar o que descrevo aqui, tenha certeza que esses diretórios existem.  Outro ponto importante é que rodo todos os comandos como root.

Então o começo de tudo é montar a imagem do Ubuntu no diretório desejado.

root@goosfraba /# mount -t iso9660 -o loop ubuntu-20.04.03-desktop-amd64.iso /cdrom

Esse conteúdo precisa ser copiado  pra um diretório temporário.

root@goosfraba /# mkdir /tmp/temp-cdrom
root@goosfraba /# cd /tmp/temp-cdrom
root@goosfraba /t/temp-cdrom# tar cvf - -C /cdrom . | tar xvf -

Existe o arquivo casper/filesystem.squashfs que é o filesystem do livecd.  Você pode montar esse disco com o seguinte comando (e aqui entra o /mnt que comentei antes):

root@goosfraba /t/temp-cdrom# mount -t squashfs -o loop /tmp/temp-cdrom/casper/filesystem.squashfs /mnt

mas esse disco é apenas read-only.  Pra modificar é preciso usar a ferramenta unsquashfs que faz parte do pacote squashfs-tools.

root@goosfraba /t/temp-cdrom# mkdir /tmp/squashfs
root@goosfraba /t/temp-cdrom# cd /tmp/squashfs
root@goosfraba /t/squashfs# unsquashfs /tmp/temp-cdrom/casper/filesystem.squashfs
Parallel unsquashfs: Using 8 processors
185020 inodes (205968 blocks) to write
[=================================================================================================================================================================/] 205968/205968 100%
created 155722 files
created 19319 directories
created 29184 symlinks
created 8 devices
created 0 fifos

root@goosfraba /t/squashfs# ls squashfs-root/
bin@  boot/  dev/  etc/  home/  lib@  lib32@  lib64@  libx32@  media/  mnt/  opt/  proc/  root/  run/  sbin@  snap/  srv/  sys/  tmp/  usr/  var/

Daí sim fazer as modificações desejadas.

Ao terminar é preciso gerar a imagem no formato squashfs novamente, agora usando o mksquashfs.  Prepare-se pra ir fazer um café ou assistir um filme pois o processo demora bastante nesse passo.

root@goosfraba /t/squashfs# mksquashfs squashfs-root /tmp/temp-cdrom/casper/filesystem.squashfs -b 1024k -comp xz -Xbcj x86 -e boot
Parallel mksquashfs: Using 8 processors
Creating 4.0 filesystem on /tmp/temp-cdrom/casper/filesystem.squashfs, block size 1048576. [=================================================================================================================================================================/] 149629/149629 100%

Exportable Squashfs 4.0 filesystem, xz compressed, data block size 1048576
        compressed data, compressed metadata, compressed fragments,
        compressed xattrs, compressed ids
        duplicates are removed
Filesystem size 1695376.64 Kbytes (1655.64 Mbytes)
        32.81% of uncompressed filesystem size (5167137.40 Kbytes)
Inode table size 1550743 bytes (1514.40 Kbytes)
        20.75% of uncompressed inode table size (7473067 bytes)
Directory table size 1819524 bytes (1776.88 Kbytes)
        36.53% of uncompressed directory table size (4981005 bytes)
Xattr table size 98 bytes (0.10 Kbytes)
        81.67% of uncompressed xattr table size (120 bytes)
Number of duplicate files found 18577
Number of inodes 204220
Number of files 155715
Number of fragments 2275
Number of symbolic links  29180
Number of device nodes 8
Number of fifo nodes 0
Number of socket nodes 0
Number of directories 19317
Number of ids (unique uids + gids) 37
Number of uids 15
        root (0)
        ntp (126)
        dnsmasq (112)
        saned (119)
        speech-dispatcher (114)
        systemd-timesync (100)
        _apt (105)
        rtkit (118)
        messagebus (106)
        man (6)
        postfix (125)
        whoopsie (109)
        sshd (121)
        sddm (122)
        syslog (104)
Number of gids 28
        root (0)
        dip (30)
        shadow (42)
        lpadmin (113)
        rtkit (126)
        mysql (131)
        nogroup (65534)
        lp (7)
        audio (29)
        systemd-timesync (102)
        utmp (43)
        tty (5)
        geoclue (105)
        _ssh (118)
        input (106)
        mail (8)
        staff (50)
        avahi (120)
        man (12)
        pulse-access (125)
        whoopsie (116)
        munin (130)
        saned (127)
        pulse (124)
        uuidd (111)
        systemd-journal (101)
        adm (4)
        messagebus (110)

E o último passo é gerar o disco bootável.  Pra isso eu usei o genisoimage:

root@goosfraba /tmp# genisoimage -b isolinux/isolinux.bin -c isolinux/boot.cat -no-emul-boot -boot-load-size 4 -boot-info-table -r -J -o /tmp/ubuntu-20.04.03-modificado-desktop-amd64.iso /tmp/temp-cdrom

Com isso a image iso ubuntu-20.04.03-modificado-desktop-amd64.iso é gerada.



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